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O PROBLEMA DA RESPONSABILIDADE DO MÉDICO E DO HOSPITAL Izaquiel Bento Alves 03039852 Direito O art. 951 do Código Civil dispoe sobre a aplicação da reparação por lesão ou morte oriundos de culpa por parte do profissional de saúde (que é liberal). No caso em comento vale lembrar que a contratação do serviço não foi feito na busca individualizada de um determinado médico, depositando a confiança em seus dotes individuais (seria o caso de uma clínica com o nome dele por exemplo) e sim na pessoa jurídica do hospital. Com base nisso, percebe-se que a responsabilidade civil em relação a este é objetiva conforme preceitua o art. 14 caput do Código de Defesa do Consumidor. O problema apresentado se resume na discussão da reponsabilidade solidária de ambos e se não restaria caracterizada a hipótese de rompimento do nexo de causalidade previsto no art. 14, §3°, II do diploma consumerista ante a conduta praticada pelo paciente sem a qual não teria ocorrido sua queda e complicações decorrentes. Na análize do caso, cumpre ressaltar que não houve culpa exclusiva da vítima, já que ela havia sofrido um AVC e tal condição - por sua própria natureza - teria reduzido a sua capacidade de raciocínio e demandaria a presença de um profissional para prevenir acidentes como o ocorrido. Logo, configura-se a responsabilidade objetiva pela falha ligada a prestação do serviço. Cabe mencionar que o STJ já se pronunciou no sentido de responsabilizar o hospital, independentemente de culpa, em questões atinentes a atividade de empresa tais como a estada do paciente - hipótese do caso em discussão - mas excluindo os serviços médicos efetivados. Observe-se que a atividade prestada pelo esculápio não apresentou falhas, visto que ele cumpriu o próprio dever ao determinar a permanência de Amaro na UTI, cabendo ao nosocômio – ante tal fato – providenciar o necessário para o bom andamento da estadia. Destarte, observa-se que somente o hospital deve arcar com os custos do tratamento e possíveis lucros cessantes e até mesmo pensão em caso de inabilitação ou diminuição de capacidade para o trabalho consoante o art. 950 do CC e compensação por danos morais tendo em vista o enorme abalo psicológico presumivelmente experimentado (ipse facto conforme a jurisprudência do STJ) pela vítima e sua família. Referências GODOY, Claudio Luiz Bueno de et al. Código Civil comentado: doutrina e jurisprudência; coordenação Cezar Peluzo. - 13. ed. - Barueri [SP] : Manoele, 2019. GUILHERME, Luiz Fernando do Vale de Almeida. Manual de Direito Civil: tabelas com resumo e questões de concurso e da Ordem; 2 ed. Barueri [SP]: Manoele, 2019. JUNIOR, Antonio Pereira; MELLO, Cleyson de Moraes. Código de Defesa do Consumidor comentado: doutrina, jurisprudência, legislação, súmulas; 2 ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2018.
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