Buscar

Fisiologia fetal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

FISIOLOGIA FETAL
FUNÇÃO NEUROMUSCULAR 
· Reflexos rudimentares – 8 semanas. São pequenos movimentos que já são vistos. 
· Traçado no eletroencefalograma – 13 semanas 
· Mesmo em conceptos muito prematuros, já tem sensibilidade gustativa, olfativa, tátil e auditiva (26-28 semanas, pode-se identificar que o feto é mais sensível a sons mais agudos por estes se transmitirem melhor em meio líquido) 
NUTRIÇÃO E METABOLISMO DA GRÁVIDA 
· O feto não se comporta como um parasita materno. Na realidade o feto obtém os nutrientes da mãe, mas não retira mais do que está disponível. Ou seja, se a mulher não se nutrir corretamente, o feto não vai conseguir atingir o ideal de nutrição. 
· A desnutrição materna pode causar perda do concepto, parto prematuro e crescimento intrauterino restrito. 
NUTRIÇÃO E METABOLISMO DO FETO 
· Carboidratos: 
· A obtenção ocorre por difusão facilitada pela placenta. Transporte ativo de glicose do sangue materno para o sangue fetal 
· A glicemia fetal é aproximadamente 90% da materna – preocupar com a hipoglicemia materna 
· O feto tem um grande consumo de glicose por conta de seu metabolismo acelerado 
· Lipídeos: 
· O feto cresce mais até as 32-33 semanas, nas últimas 6 semanas ele engorda mais do que cresce. 
· Ele faz deposição de gordura para estocar para o período pós parto 
· O feto tem, além da gordura branca, a gordura castanha (altamente energética, é mobilizada nas primeiras 24 horas de vida enquanto o feto se adapta à nova alimentação) 
· Proteínas: 
· Passagem placentária de aminoácidos 
· O feto faz muita síntese proteica porque está criando novos tecidos 
· Excreção placentária de resíduos nitrogenados (pois ainda não há sistema urinário completo)
APARELHO DIGESTIVO 
· Funciona a partir das 16 semanas fazendo deglutição, absorção e peristalse (fez a deglutição e absorção do próprio líquido amniótico, depois é eliminado por urina fetal – é renovado a cada 3 horas, está em contínuo fluxo. Também faz de elementos da pele, como o vernix caseoso) 
· Malformações, como anencefalia (não tem reflexo de deglutição), fazem com que o feto não seja capaz de reabsorver o líquido, gerando um acúmulo de líquido (polidramnia) 
· Por outro lado, um feto com malformação do sistema urinário pode ter uma oligodramnia 
· Essa contínua deglutição e absorção faz com que uma pequena parte que não é absorvida do líquido amniótico, principalmente as células epiteliais e pelos, sejam acumulados dentro do intestino, formando o mecônio. 
· Normalmente o mecônio não é liberado, mas pode ser liberado a partir do mecanismo de maturidade fetal 
MECÔNIO 
· Maturidade fetal → leva a um aumento do tônus vagal → leva a um aumento da peristalse → pode resultar na liberação de mecônio, formando o líquido meconial. 
· O líquido amniótico fica com uma coloração verde-escura, que se aspirada pelo feto, pode levar a uma síndrome irritativa pneumônica. 
· O líquido meconial também pode ser liberado em situações de baixa oxigenação fetal: hipóxia aguda → acidose fetal → relaxamento do esfíncter anal com liberação de mecônio. 
· Então, devemos encarar o líquido meconial como sendo um indicativo de uma possibilidade de sofrimento fetal. 
RIM E VIAS URINÁRIAS 
· A função excretória é toda realizada pela placenta, mesmo com os rins funcionantes (eles excretam para o líquido amniótico). Tudo que foi excretado, é reabsorvido pelo trato gastrointestinal 
· A bexiga pode ser identificada na USG nas 14 semanas 
· Na vigência de malformações renais, é possível ter diminuição do volume do líquido amniótico (oligohidramnio) porque o líquido amniótico não está sendo formado da forma correta 
ENDOCRINOLOGIA
· A produção de todos os hormônios começa a acontecer desde as 12 semanas e é mais marcada a partir de 28 a 30 semanas. 
· Alguns hormônios, como os da tireoide, são permeáveis pela placenta, então fetos com agenesia de tireoide não sofrem com hipotireoidismo pois recebem os hormônios tireoidianos da mãe. Assim como mães com hipotireoidismo podem ter a sua condição melhorada por conta dos hormônios que ela recebe do feto. 
· Tireoide: permeabilidade placentária e secreção durante a gestação 
· Pâncreas: produção de insulina 
· Hipófise: GH, TSH, PRL, LH, FSH e ACTH 
· Gônadas: testosterona (masculino) e estrogênios (feminino) 
HEMATOPOESE 
· Ocorre em 3 períodos: 
· Mesoblástico: as células sanguíneas são produzidas no próprio endotélio vascular – 19 dias 
· Hepático: a partir de 35 dias, o fígado assume essa função 
· Mieloide: a partir dos 4 meses, essa função é da medula óssea 
HIPÓXIA 
· O feto lida com a hipóxia de uma forma diferente do adulto. 
· Ele possui uma grande quantidade de hemoglobina, os elementos vermelhos do sangue do feto estão em maior quantidade do que no adulto. 
· Os tecidos lidam com a anaerobiose de uma forma diferente, pois utilizam a glicólise para obter energia. 
· Além disso, existe uma quantidade reduzida de oxigênio porque o metabolismo fetal é reduzido, já que o feto tem baixa mobilidade, ausência de trabalho digestivo e ele vive em um meio isotérmico (não perde calor para o ambiente). 
APARELHO RESPIRATÓRIO 
· As trocas gasosas são feitas pela placenta 
· Existem movimentos respiratórios a partir do 2º trimestre que são importantes para o desenvolvimento do sistema respiratório fetal 
· O surfactante pulmonar fetal permite a estabilidade do sistema respiratório, então fetos prematuros podem não ter essa estabilidade, tendo síndrome da angústia respiratória do RN
· A maturação pulmonar pode ser acelerada: na presença de hipertensão materna, na insuficiência placentária, na ruptura prematura de membrana ovular e pacientes com incompetência istmo-cervical ou por meio de medicamentos como corticoides (administrados com a finalidade de induzir a maturação pulmonar fetal) 
· A maturação pulmonar pode ser retardada: pacientes com DM, hidropsia imune e nefropatia materna 
· A maturação completa se dá a partir das 34 semanas. Então o uso de corticoides para maturação do sistema respiratório do feto é muito mais eficiente ATÉ as 34 semanas
APARELHO CIRCULATÓRIO
· É facilmente identificado. Todas as consultas a partir de 12 semanas se identificam os batimentos cardíacos fetais 
· O ritmo dos batimentos gira em torno de 140bpm (120 a 160 bpm) 
· Existem diferenças entre a circulação fetal, neonatal e definitiva CIRCULAÇÃO FETAL 
· Toda a circulação ocorre pela placenta 
· Recebe-se pelo cordão umbilical (veia umbilical) o sangue arterial, que sobe até o ducto venoso e se encontra com o sangue da VCI e adentra ao átrio direito, onde se encontra com o fluxo da VCS 
· Essa mistura vai, por uma diferença de pressão, do átrio direito para o esquerdo pelo forame oval (é quem permite a passagem)
· Então esse sangue vai passar para o lado esquerdo, e o restante que ficar do lado direito vai ser ejetado pela artéria pulmonar 
· O sangue arterial vai ser ejetado pela aorta, e posteriormente, por meio de uma diferença de pressão, o sangue oriundo da artéria pulmonar vai passar pelo ducto arterial para a aorta 
· Novamente os fluxos se encontram e continuam durante toda a circulação até que o sangue desça e vá pelas artérias umbilicais retornar à placenta para o novo ciclo de oxigenação 
CIRCULAÇÃO NEONATAL 
· A partir do nascimento, a placenta sai do circuito e acontece o fechamento das artérias umbilicais e da veia umbilical 
· Quando os pulmões se expandem, tem-se uma diminuição da pressão na pequena circulação, ocasionando uma pressão maior na cavidade esquerda do que a direita, tendo assim o fechamento do forame oval 
· A partir da inversão da pressão, existe uma liberação de prostaglandinas que faz com que o canal arterial se colabe naturalmente e deixe de existir 
· Até 3 dias esse canal arterial vai se fechando 
· Em fetos que apresentam uma hipertensão pulmonar, essa persistência do ducto arterial pode ocasionar um desbalanceamento do feto, tendo que fechar o canal artificialmente 
CIRCULAÇÃO DEFINITIVA 
· A partir do 3º dia, após fechar o ducto

Outros materiais