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Livro Eletrônico Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas Décio Terror Filho 84695954079 - Marco Antonio 1 Aula 3: Sintaxe: processo de coordenação. Pontuação. SUMÁRIO PÁGINA 1. Diferença entre frase, período e oração e a pontuação 1 2. Diferença entre coordenação e subordinação 13 3. Estrutura básica do período composto por coordenação 15 4. Comentário do autor 32 5. Lista das questões da banca FGV 34 6. O que devo tomar nota como mais importante? 56 7. Gabarito 68 Olá, pessoal! Nesta aula, trabalharemos o período composto por coordenação, abordando o princípio gramatical de frase, período e oração, o uso das conjunções e da pontuação. A transformação de estruturas é a reescrita de orações mantendo o sentido original, o que veremos muito nas questões. Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a diferença entre frase, período e oração. Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase. Podemos dizer que o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...). Com isso, a próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula. Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação. O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase declarativa: As aulas terminaram mais cedo. O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um sentimento. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase exclamativa: Socorro! Ajude-me! O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta: Por que você não veio ontem? Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 2 Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção do leitor: O rombo da corrupção? O povo paga. Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma bem objetiva: O povo paga o rombo da corrupção. Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo que poderia ser apenas uma declaração, como fizemos no exemplo acima. Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG 2014 Agente (banca IDECAN) Em “O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si?” (3º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para a) exprimir espanto. b) finalizar frase imperativa. c) indicar continuação de um fato. d) realizar pergunta, questionamento. Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta, isto é, uma pergunta, questionamento. Assim, a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D DETRAN-RO 2014 Agente (banca IDECAN) No trecho “Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas estruturas de transporte?” (1º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para a) indicar pergunta. b) exprimir admiração. c) realçar uma palavra ou expressão. d) fechar período de frases imperativas. e) representar, na escrita, hesitações comuns da língua falada. Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta, isto é, uma pergunta, questionamento. Assim, a alternativa (A) é a correta. Gabarito: A PMMG 2013 Assistente Administrativo (banca CRS PMMG) Nas afirmativas abaixo, marque “V” se for verdadeira ou “F” se for falsa. Em seguida, marque a alternativa que contém a sequência de respostas CORRETA: ( ) O silêncio dos inocentes. (frase nominal), ( ) O homem é produto do meio. (oração / período simples) ( ) O silêncio vale ouro. (frase nominal) ( ) Pedro chegou motorizado e saiu a pé. (oração / período composto) A. ( ) F, V, V, V. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 3 B. ( ) V, F, V, V. C. ( ) V, V, V, F. D. ( ) V, V, F, V. Comentário: Frase nominal é o segmento com sentido completo sem verbo. Assim, “O silêncio dos inocentes.” é uma frase nominal e devemos considerar a afirmação como verdadeira (V). Oração é um segmento com verbo. Como tem sentido completo, é também um período. Quando o período é constituído de apenas uma oração é chamado de período simples. Assim, “O homem é produto do meio.” é uma oração absoluta, ou seja, um período simples. Assim, devemos considerar a afirmação como verdadeira (V). Como frase nominal é o segmento com sentido completo sem verbo e o enunciado “O silêncio vale ouro.” possui o verbo “vale”, é uma frase verbal, uma oração, um período simples. Assim, devemos considerar a afirmação como falsa (F). Como a oração é um segmento com verbo e o segmento “Pedro chegou motorizado e saiu a pé.” apresenta dois verbos, há orações, portanto, um período composto. Assim, devemos considerar a afirmação como verdadeira (V). Assim, a sequência correta é V, V, F, V Gabarito: D CODESP 2012 Artesão (banca Consulplan) Fragmento do texto: Pensaram mal do que viram e o mataram a flechadas. Ele morreu cheio de flechas pelo corpo. Em “Ele morreu cheio de flechas pelo corpo.”, o ponto final ( . ) foi utilizado para A) marcar surpresa ou espanto. D) inserir uma explicação. B) marcar uma maior pausa. E) acrescentar uma reflexão. C) realizar um questionamento. Comentário: Vimos, pelas questões anteriores, o ponto final como pausa maior. Assim também ocorreu nesta. Gabarito: B Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente cobrados nas provas, mas cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. Os outros empregos dessa pontuação serão vistos adiante e em outras aulas. Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de alguém, o recorte de um outro texto. Veja: O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.” Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que transmite exatamente a fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”. Assim, o termo entre aspas „Há dois anos os juros estavam mais baixos’ seria a voz do personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 4 Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar” do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte quando necessário. Veja: Discurso direto: O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.” Discurso indireto: O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos. Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o uso das aspas, o que nos ajudará bastante nas questões que envolvem citações. UFPB 2016 Auxiliar Administrativo (banca IDECAN) Fragmento do texto: Em casa, as paredes do quarto são forradas de pôsteres, revistas são consumidas aos milhares, álbuns são confeccionados com devoção e programas de TV são ansiosamente esperados apenas para assistir a uma rápida aparição do ídolo. Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção de tantos jovens? A primeira e mais óbvia resposta é que todos esses astros, mais do que qualquer outro mortal, detêm objetos de desejo de nossa cultura ocidental, como fama, sucesso, beleza, dinheiro etc. No trecho “Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção de tantos jovens?” (linha 5), os dois pontos ( : ) foram utilizados a) antes de uma citação. b) devido a uma enumeração. c) para finalizar frase declarativa. d) para anunciar a fala do personagem. Comentário: A expressão “o que essas pessoastêm de tão especial para atrair a atenção de tantos jovens?” é a pergunta de muitos pais, anunciada na oração anterior. Assim, entendemos que o sinal de dois pontos marca uma citação direta e a alternativa (A) é a correta. Gabarito: A Aspas As aspas são empregadas: a. Em citações textuais diretas: O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.” O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?” Alguém comentou: “Não acredito!” Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 5 Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser usadas quando se quer dar destaque a todo o texto, ou a algum termo em particular: O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou destaque) O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras usadas pelo Ministro) O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”. (ênfase específica numa palavra, sobressaindo uma ideia) b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de uma palavra: O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”: aumento da carga tributária, arrocho salarial, alta da inflação, perda do poder de compra... Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no caso de pronunciamento oral, indicarão a ironia ou impropriedade. c. Com gírias, neologismos, criações vocabulares de qualquer tipo ou palavras estrangeiras ainda não incorporadas ao vocabulário da língua, quando couber o seu uso no texto: Essa manobra tem ar de “maracutaia”. O conferencista falou em puro “economês”, o que não agradou à maioria dos presentes, que era de leigos. Favor dar um “feedback” confirmando sua presença. d. Para destacar títulos, termos técnicos, expressões fixas, definições, exemplificações e assemelhados: Foi discutida a “privatização das universidades federais” no encontro de reitores. O maior inteiro que divide simultaneamente cada membro de um conjunto é o “máximo divisor comum”. Não confundir o prefixo ante-, que significa “anterior”, com anti-, “contra”. Para efeitos deste estudo, entenda-se por “transtorno bipolar”... Nem sempre se pode aplicar uma “norma ideal” no lugar de uma “norma real”. Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG 2014 Agente (banca IDECAN) Fragmento do texto: Querem mais? No Brasil, 67% da população, ou seja, 130 milhões de almas, sintonizam a televisão todos os dias. E a média diária de permanência à frente da telinha é de 3h26 nos dias de semana (3h20 aos sábados e domingos). A pesquisa desce a detalhes. A tevê, de acordo com seu público consumidor, oscila entre o lixo e a informação. Mas o próprio espectador guarda uma salutar distância daquilo que ouve quando a televisão simula ser “séria”. Entre confiar e desconfiar da notícia de tevê, dá empate técnico: 49% a 51%. Por via das dúvidas, é ainda melhor se fiar no que vem impresso no papel. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 6 A pontuação tem por objetivo estruturar os textos, estabelecer pausas e entonações da fala além de outros. No parágrafo, o uso de aspas indica que o termo a) destaca a característica atribuída à televisão positivamente. b) confere um grau maior de confiabilidade ao teor da informação. c) apresenta um sentido particular no contexto em que está inserido. d) acrescenta um dado argumentativo acerca da referida informação. Comentário: A expressão “simula ser „séria‟” já elimina as alternativas (A), (B). A alternativa (D) está errada, pois a inserção de trecho entre aspas como um dado argumentativo normalmente é feito com a citação direta, o que não ocorreu neste parágrafo. Dessa forma, a alternativa (C) é a correta, pois a palavra “séria”, entre aspas, teve um tom particular: a crítica na simulação de confiabilidade, de responsabilidade. Gabarito: C DECEA 2012 Controlador de Tráfego Aéreo (banca Cesgranrio) A Associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São cem, cento e vinte senhoras, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como você está bonita, como você está conservada.” Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas. Alguns não abrirão. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria possível sem um mínimo de titilantes incertezas. SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 211. Adaptado. O emprego das aspas em alguns trechos do texto desempenha principalmente a função de (A) indicar discurso de pessoa diferente do narrador. (B) iniciar apresentação de textos desconhecidos do leitor. (C) destacar elementos do enredo importantes para o leitor. (D) sugerir importância das falas do cotidiano para a narrativa. (E) demonstrar crítica do narrador ao conteúdo das frases. Comentário: Note que as aspas sinalizam as falas das aeromoças, como “Como você está bonita, como você está conservada.”; “Posso lhe oferecer um Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 7 lanche, senhora?”; “Algo para beber, senhora?” e até a voz das aeromoças cantando o hino: “Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”. Assim, está correta a alternativa (A), pois realmente as aspas indicam discurso de pessoa diferente do narrador. Gabarito: A Termobahia 2012 Técnico de Administração (banca Cesgranrio) Crescimento da população é “desafio do século”, diz consultor da ONU O crescimento populacional é o “desafio do século” e não está sendo tratado de forma adequada na Rio+20, segundo o consultor do Fundo de População das Nações Unidas, Michael Herrmann. “O desafio do século é promover bem-estar para uma população grande e em crescimento, ao mesmo tempo em que se assegura o uso sustentável dos recursos naturais” [...] “As questões relacionadas à população estão sendo tratadas de forma adequada nas negociações atuais? Eu acho que não. O assunto é muito sensível e muitos preferem evitá-lo. Mas nós estaremos enganando a nós mesmos se acharmos que é possível falar de desenvolvimento sustentável sem falar sobre quantas pessoas seremos no planeta, onde estaremos vivendo e que estilo de vida teremos”, afirmou. No Texto, as aspas são usadas para (A) indicar desvio de significado original (B) citar falas de especialista em uma área (C) assinalar exposição de crítica irônica (D) destacar dados de estudos científicos (E) inserir trechos de publicação especializada Comentário: Os termos entre aspas são seguidos de expressões, como segundo o consultor do Fundo de População das Nações Unidas, Michael Herrmann e afirmou, as quais confirmam a fala de um especialista. Assim, a alternativa (B). Gabarito: B CODEG 2013 Auxiliar-Administrativo (banca Consulplan) Fragmento do texto: E isso pode criar uma situação inusitada – por instituir uma pena branda demais, a nova lei pode estimular o delito, em vez de coibi- lo. “Tem muito computador por aí com informação que vale muito mais do que uma cesta básica”, diz Opice Blum. Aos criminosos,cometer o delito, ser pego e ter de pagar pelo crime de invasão, pode compensar. O uso da vírgula em “„Tem muito computador por aí com informação que vale muito mais do que uma cesta básica‟, diz Opice Blum.” justifica-se por A) separar um vocativo. B) separar um adjunto adverbial anteposto. C) acrescentar oração justaposta para registro de ato de fala. D) antecipar um termo que será retomado por um pronome. E) separar um adjunto adverbial na sua ordem natural para realçá-lo. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 8 Comentário: A expressão entre aspas “Tem muito computador por aí com informação que vale muito mais do que uma cesta básica” é o recorte da fala de Opice Blum, conforme se observa com a vírgula, seguida da oração “diz Opice Blum”. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C PM TO 2013 Nível médio (banca Consulplan) Fragmento do texto: Não é difícil para um hacker, com o conhecimento técnico certo, invadir um computador pessoal e colher dali fotos e informações que possa usar para denegrir a imagem da vítima na Internet ou chantageá- la. Mas para alcançar seu objetivo, o criminoso depende da ajuda do usuário: o clique em um link desconhecido, enviado na maioria das vezes por e-mail. “O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável. E isso acontece quando você clica em um link que não é seguro ou mantém uma senha fraca para acesso ao e-mail, por exemplo”, explica, ao site de VEJA, o especialista em crimes virtuais, Wanderson Castilho. O uso das aspas no texto indica (A) citação textual. (B) expressão em evidência. (C) interrupção do pensamento. (D) movimento ou continuação de um fato. Comentário: Citação é o recorte da fala de alguém ou das expressões de leis, de livros etc. A expressão entre aspas “O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável. E isso acontece quando você clica em um link que não é seguro ou mantém uma senha fraca para acesso ao e-mail, por exemplo” é o recorte da fala de Wanderson Castilho, conforme se observa com a expressão “explica, ao site de VEJA, o especialista em crimes virtuais, Wanderson Castilho”. Assim, a alternativa correta é a (A). Gabarito: A Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em diversas situações, as quais serão vistas adiante. Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a declaração que vinha sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto. Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres e muita munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e... Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de 2011, em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa atenção ao problema. Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também pode ser expresso por “etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 9 qual significa “e as demais coisas”, muito usada para que o leitor entenda que a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem a informação necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte. Mas antes de entrarmos nas questões, vamos a um breve resumo sobre o uso deste sinal de pontuação: Reticências As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso sobretudo literário), para assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar a omissão de partes de um texto. Nesses dois últimos casos, são usadas: a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está incompleta: Se o projeto será aprovado? Bem... b. Para indicar hesitação: Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo. c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos pronunciamentos, quando o orador é interrompido): – O Presidente da República está ciente... (início de uma declaração) – Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe) – ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre advogado. (Continuação da declaração, após a interrupção. Em seguida, foi concedida a palavra a outrem) d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida, recomendando-se neste caso o seu emprego entre colchetes: “A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.” (CF, art. 182) CODESP 2012 Agente Comunitário (banca Consulplan) Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu- a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz... Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são dores na alma. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 10 Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para A) exprimir indignação. D) finalizar uma interrogativa direta. B) inserir uma explicação. E) indicar a continuidade de uma ação ou fato. C) acrescentar uma reflexão. Comentário: As alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, porque o contexto nos mostra que não houve expressão de indignação, explicação ou interrogativa. Você poderia ter ficado na dúvida entre as alternativas (C) e (E), mas perceba que é o parágrafo posterior que acrescenta a reflexão do autor, e não o emprego das reticências. Assim, a alternativa (E) é a correta, pois a esposa recebeu a pérola, ficou feliz e se subentende que, pelo uso das reticências, houve algumas ações em sequência, mas que não tinham necessidade de serem expressas no texto, para ficarem no imaginário do leitor. Gabarito: E IBASCAF – 2011 – Advogado (banca Fund. Dom Cintra) Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc. Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas. “Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.”.O emprego da abreviatura etc no final desse período indica que: A) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita. B) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da escrita. C) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de alusões. D) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de expectativa que favorece o riso. E) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer todos os detalhes informativos ao leitor. Comentário: Se o autor fosse elencar todas as etapas da evolução da escrita, fatalmente a enumeração seria tão extensa que o texto perderia o foco, o seu motivo. Assim, foi utilizado o recurso da abreviatura “etc”, para mostrar ao leitor que as etapas foram várias, mas não interessava listar todas ao leitor. Dessa forma, a alternativa correta é a (B). Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 11 A alternativa (A) está errada, pois já vimos que não houve a intenção de citar todas. Isso não ocorreu por esquecimento. A alternativa (C) está errada, pois “alusões” é um elemento estilístico em que o autor insere uma expressão ou nome que faz referência (alusão) a um feito, uma virtude, uma moral. Exemplo: Ela acha que sabe de mais. Não se lembra da lição de Sócrates. Aqui foi feita alusão à célebre frase de Sócrates “Só sei que nada sei.”, como uma crítica à presunção de inteligência de alguém. Assim, percebemos que isso nada tem a ver com a abreviatura “etc” deste texto. A alternativa (D) está errada, pois a quebra de expectativa é sinalizada, na linguagem, com a adversidade, oposição, contraste, por meio de conjunções como “mas”, “porém”, “contudo”. A alternativa (E) está errada, pois, se fosse para fornecer todos os detalhes, a abreviatura “etc” não poderia ter sido usada, pois todos os elementos da enumeração deveriam ter sido elencados. Gabarito: B Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período. Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo. Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período obrigatoriamente terá. Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. Veja: “Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. “Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo. “Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. “Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo. Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo. Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de frase nominal. Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve ser a mesma da frase: . ! ? : ... Agora veremos a oração. A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo. Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas. Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações, porque cada oração terá um verbo diferente. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 12 Assim, vejamos: 1. “Socorro!” (apenas frase) 2. “Ajude-me!” (frase, período e oração) 3. “Olá!” (apenas frase) 4. “Você está bem?” (frase, período e oração) 5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e orações) Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração absoluta. Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.”. Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma pontuação final de uma frase: . ! ? : ... Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a oração pode ser sucedida por: , ; ņ e às vezes não receberá nenhuma pontuação. Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta. Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante da conjunção e da pontuação. Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação: Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova, passará no concurso. Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há várias orações em um período composto. 1 2 3 4 Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 13 O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas possuem o mesmo valor: condição. Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO. Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si. Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no concurso”. Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido? Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova ...passará no concurso do TSE. Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que as outras (subordinadas) tenham sentido. Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações estão subordinadas em relação à oração 4 (principal). A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de oração inicial). A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos. Veja: “Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.” Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os substantivos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. A enumeração de substantivos ocorre em qualquer termo composto da oração (mais de um núcleo). Então podemos entender que termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser substantivos (quando queremos nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos demonstrar uma sequência de ações). Veja: Enumeração de substantivos: Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno. 1 2 3 1 Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 14 Enumeração de adjetivos:Achei a pintura clara, intrigante, linda! Sequência de ações: Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para casa. Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3, respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é? Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório, desde que haja uma vírgula em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”. Prefeitura de Marilândia - ES 2016 Auxiliar Adm (banca IDECAN) No trecho “Hoje eu roubei um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha e um celular.", as vírgulas foram utilizadas para a) exprimir espanto. b) separar enumerações. c) marcar pausa de longa duração. d) destacar informações importantes. Comentário: Vimos que os termos enumerados, coordenados são separados por vírgulas, o que ocorreu em “um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha”. Assim, a alternativa (B) é a correta. Gabarito: B 2 3 Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 15 MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan) Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o motivo pelo qual as vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia.”. A) Separar uma enumeração. B) Separar expressões retificativas. C) Separar uma aposição explicativa. D) Separar termos que serão retomados por pronome. Comentário: Note que as vírgulas separam os termos enumerados “conversação entre iguais”, “a polêmica”, “o debate” e “a controvérsia”. Assim, só cabe a alternativa (A) como a correta. Gabarito: A Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico de cada estrutura coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo com o esquema a seguir: Esquema do período composto por coordenação ______________________ e ____________________. (aditiva) ______________________, mas _________________. (adversativa) ______________________ ou ___________________. (alternativa) ______________________, portanto ______________. (conclusiva) ______________________, pois _________________. (explicativa) oração inicial (ou assindética) oração coordenada sindética Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, “mas”, “ou”, “portanto”, “pois”. A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor semântico, conforme apontado nesse esquema. Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste caso as chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido. Exemplo: Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética) Período composto por coordenação Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 16 Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética) Normalmente não é cobrado o nome destas orações, mas a pontuação e a possibilidade de troca de conjunções de mesmo sentido. Vejamos os principais valores: 1) Aditivas: ______________________ e ____________________. (aditiva) oração inicial(ou assindética) oração coordenada sindética As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica. As principais são: e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como, tanto...quanto. Ex.: Ele caminha e corre todos os dias. Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostrada acima, naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos. Ele não caminha nem corre. Josefina não trabalha, tampouco estuda. Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos. A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações: a) quando o sujeito for diferente: Ana estudou, e Jucélia trabalhou. Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é facultativa. b) quando o sentido for de contraste, oposição: Estudei muito, e não entendi nada. Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada obrigatória, mas podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula. c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja: Enumeração subjetiva: _________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________. Período composto por coordenação Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 17 A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante. A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. Chamamos de subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção para se aumentar a força nos argumentos. Agora, vejamos a enumeração objetiva: Enumeração objetiva: _________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________. A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante. Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração subjetiva. Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja: _________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________. A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante. A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. Mas as duas construções estão corretas. Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses elementos por ponto e vírgula. Veja: Uso do ponto e vírgula: ____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________. Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição leve; alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala; realizaram a prova; e saíram confiantes. Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na 1 2 3 4 5 1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 6 Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulaswww.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 18 enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado (6) e o penúltimo (5) como apenas um. Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna: ____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________. ____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________. ____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________. ____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________. Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da vírgula quando há enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões internas, como visto anteriormente. Isso torna o texto mais claro ao leitor. Exemplo: A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do processamento com particularidades ainda não plenamente entendidas por funcionários antigos; essa lógica tem trazido prejuízos àqueles que não se adaptam ao novo. UFPB 2016 Administrador (banca IDECAN) Fragmento do texto: Hoje pela manhã ela começou a me dizer qualquer coisa – “seu Rubem, o cajueirinho...”– mas o telefone tocou, fui atender, e a frase não se completou. Agora mesmo ela voltou da feira; trouxe um pequeno vaso com terra e transplantou para ele a mudinha. Em “... mas o telefone tocou, fui atender, e a frase não se completou.” A partícula “e”, sublinhada nessa estrutura, estabelece entre as orações uma ideia de a) oposição. b) conclusão. c) acréscimo. d) proporção. 1 2 3 4 5 1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 6 1 2 3 4 5 1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 6 1 2 3 4 5 1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 6 1 2 3 4 5 1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 6 Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 19 Comentário: A conjunção “e” nunca poderá ter valor de proporção. Assim, já eliminamos a alternativa (D). O contexto também não permite o valor de conclusão. Vimos que a conjunção “e” possui valor de adição (acréscimo), além de valor adversativo, o qual transmite contraste. Assim, nesse contexto, sabemos que houve uma quebra de expectativa, pois uma pessoa foi atender o telefone e de repente houve falha na comunicação: a frase não se completou. Dessa forma, entendemos que a conjunção “e”, além de transmitir a noção de acréscimo de informação, traduz também um valor adversativo, de contraste. Mas a banca quis que você não confundisse contraste com oposição. Note que o fato de ir atender não é exatamente antagônico, oposto, em relação ao fato de a frase não se completar. O oposto de atender é não atender, concorda? O personagem foi atender, mas a frase não se completou. Se a alternativa apresentasse a palavra “contraste”, esta seria a resposta correta. Como ficamos entre oposição e acréscimo, esta última está de acordo com o contexto, pois a conjunção “e”, além de transmitir acréscimo, traduz valor de contraste. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C PRODEB 2015 Analista de TI (banca IDECAN) “Ferramentamos, ajudamos e até atrapalhamos, ok.” A respeito do período anterior, analise as afirmativas. I. Há, no período, uma oração reduzida. II. O período apresenta apenas orações coordenadas. III. Há ocorrência de oração coordenada sindética aditiva. IV. O período é composto por duas orações coordenadas e uma subordinada. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) II e III. c) I, II e IV. d) I, III e IV. Comentário: No período acima, há três orações coordenadas aditivas, enumeradas. As duas primeiras são assindéticas, a última apresenta a conjunção aditiva “e”, por isso é sindética. Dessa forma, as afirmações II e III estão corretas e a alternativa (B) é a correta. Gabarito: B Banco do Brasil 2015 Escriturário (banca Cesgranrio) Na última frase do texto, é transcrita a opinião de um empresário, para quem “conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas também para seus fornecedores”. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 1 20 Considerando-se o conteúdo dessa opinião, que outra estrutura frasal poderia representá-la? (A) Conhecer bem o CDC é vital tanto para os lojistas quanto para seus fornecedores. (B) Conhecer bem o CDC é vital em especial para os lojistas assim como para seus fornecedores. (C) Conhecer bem o CDC é vital nem tanto para os lojistas como para seus fornecedores. (D) Conhecer bem o CDC é vital inclusive para os lojistas sem falar em seus fornecedores. (E) Conhecer bem o CDC é vital não tanto para os lojistas bem como para seus fornecedores. Comentário: A estrutura original possui a expressão correlativa de adição “não só...mas também”. A reescrita deve possuir expressão que mantenha o sentido de adição. A alternativa (A) é a correta, pois houve simplesmente a substituição da expressão correlativa “não só...mas também” pela expressão de igual valor “tanto...quanto”. Compare: “conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas também para seus fornecedores”. Conhecer bem o CDC é vital tanto para os lojistas quanto para seus fornecedores. A alternativa (B) está errada, pois houve acréscimo da expressão “em especial” e da expressão comparativa “assim como”, as quais de certa forma fazem mudar o sentido. As alternativas (C) e (E) estão erradas, porque as expressões “nem tanto” e “não tanto” negam a necessidade de conhecer bem o CDC, o que faz mudar o sentido. A alternativa (D) está errada, pois o vocábulo “inclusive” faz mudar o sentido, pois dá a noção de que não era de se esperar que os lojistas conhecessem bem o CDC. Note que podemos substituir tal palavra por “até mesmo”, o que reforça a mudança de sentido. Gabarito: A 2) Adversativas: ______________________ , mas ____________________. (adversativa) oração inicial oração coordenada sindética As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As principais são: Período composto por coordenação Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 0 21 mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto. Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas memorizar as conjunções. Ex.: Estudou muito, mas não passou. Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa. Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos básicos. Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a sustentabilidade do planeta. O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver. Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da oração, as conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s): Há muito serviço, porém ninguém trabalhava. Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava. Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém. As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode sersubstituída pela conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto, contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições vistas acima. Uso do ponto e vírgula: Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode- se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula, quando há divisão interna. Veja: Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava. Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém. Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja: Há muito serviço; porém ninguém trabalhava. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio b 22 Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda será vista adiante. Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava. PM SP 2017 Soldado (banca VUNESP) A expressão no entanto, em “Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto.” (último parágrafo), pode ser substituída, sem alteração de sentido, por (A) com isso. (B) porque. (C) todavia. (D) em vista disso. (E) portanto. Comentário: A expressão “no entanto” só pode ser um conectivo coordenativo adversativo e pode ser substituído pela conjunção “todavia”. Dessa forma, a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C UFPB 2016 Administrador (banca IDECAN) Fragmento do texto: O princípio de que, para enfrentar a exclusão, é preciso compreendê-la como processo que ocorre em várias circunstâncias, é também adotado neste texto, acrescentando-se que a percepção no contexto mais abrangente em que se situam: o da diversidade. O enfrentamento da exclusão necessita do empenho acadêmico, social e político em decisões e movimentos pela inclusão, justiça e autonomia dos sujeitos, respeitando-se suas diferenças socioculturais e identitárias. Contudo, ressalva-se que não se entende ou propõe o acolhimento à diversidade como subalternização do outro, do diferente, como forma de colonização, mas sim garantindo-se seus direitos à vida cidadã e, nesse sentido, a sua efetiva participação nas decisões políticas e a sua afirmação como sujeitos sociais. É nesse sentido que se assume, como premissa e perspectiva deste estudo, a reivindicação do respeito à diversidade, em seus vários contornos. [...] O 2º§ é introduzido pelo termo “contudo" que estabelece uma relação tal entre as informações que o antecedem e que o sucedem que poderia ser substituído sem qualquer prejuízo semântico por: a) Todavia. b) Porquanto. c) Desde que. d) Consoante. Comentário: A conjunção sublinhada só pode ter valor coordenativo adversativo. Assim, pode ser substituída por “Todavia”. A conjunção “Porquanto” tem valor explicativo, “Desde que” tem valor adverbial condicional e “Consoante” tem valor adverbial de conformidade. Assim, a alternativa correta é a (A). Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 0 23 Gabarito: A Prefeitura Itápolis-SP 2016 Agente Educacional (banca VUNESP) O termo Mas, no segundo quadrinho, tem valor (A) causal, e pode ser substituído por Pois. (B) conclusivo, e pode ser substituído por Portanto. (C) explicativo, e pode ser substituído por Porque. (D) adversativo, e pode ser substituído por Contudo. (E) alternativo, e pode ser substituído por Ou. Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa, por isso pode ser substituída pela conjunção “contudo”. Assim, a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D UFPB 2016 Técnico Segurança do Trabalho (banca IDECAN) “Não existem vacinas contra o zika, embora algumas plataformas possam ser adaptadas em pouco tempo. No entanto, como os casos surgem de forma esporádica e imprevisível, vacinar populações inteiras pode ser proibitivo pelos custos e pela inutilidade de imunizar milhões de pessoas em regiões poupadas pelo vírus.” O termo sublinhado, de acordo com o contexto, pode ser substituído por: a) Portanto. b) Porquanto. c) Além disso. d) Não obstante. Comentário: A expressão sublinhada só pode ter valor coordenativo adversativo. Assim, pode ser substituída por “Não obstante”. A conjunção “Portanto” tem valor conclusivo, “Porquanto” tem valor explicativo e “Além disso” tem valor aditivo. Assim, a alternativa correta é a (D). Gabarito: D Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 8 24 IPISM SP 2016 Agente Administrativo (banca VUNESP) O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam a saúde. No entanto, é preciso ter cuidado ao começar a praticar atividades físicas. Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, mantendo seu sentido original. (A) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, assim é preciso cautela ao começar a prática de exercícios. (B) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, contudo é preciso cautela ao começar a prática de exercícios. (C) Conforme o sedentarismo seja uma das principais causas de risco à saúde, é preciso cautela ao começar a prática de exercícios. (D) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, para isso é preciso cautela ao começar a prática de exercícios. (E) Se o sedentarismo fosse uma das principais causas de risco à saúde, seria preciso cautela ao começar a prática de exercícios. Comentário: Entre os períodos sintáticos, o conectivo “No entanto” é coordenativo adversativo. Não se pode substituir tal conectivo por “assim”, “conforme”, “para isso” e “se”. Assim, a alternativa (B) é a correta. Compare o original e esta alternativa: O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam a saúde. No entanto, é preciso ter cuidado ao começar a praticar atividades físicas. O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, contudo é preciso cautela ao começar a prática de exercícios. Gabarito: B 3) Alternativas: ______________________ ou ____________________. (alternativa) oração inicial oração coordenada sindética A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em cada uma das orações. Com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas normalmente não são separadas por vírgula, como vimos no esquema acima. Veja as principais conjunções: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer. Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho. Período composto por coordenação Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio a 25 A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada como conectivo de orações, ela normalmente cobra seu valor de inclusão ou exclusão entre substantivos ou adjetivos, e isso será mais explorado na aula de concordância. Inclusão: João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão) Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual dos termos, os dois possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro possuem as características de bons candidatos. Exclusão: João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão) Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá Pedro e vice-versa. Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem valor conjuntivo indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplose iniciar cada uma das orações alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons autores separando orações cujo conectivo é repetido: Ora narrava, ora comentava. 4) Conclusivas: ______________________, portanto ____________________. (conclusiva) oração inicial oração coordenada sindética A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados exemplos destas construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele simplesmente pode ocorrer, é o registro mais aceitável. As conjunções coordenativas conclusivas são muito utilizadas em textos dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de argumento conclusivo e dedução. As principais são: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso. Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas. O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo economicamente. Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria. Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil. Estudou, então passou. Período composto por coordenação Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 26 Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas conclusivas também têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s): Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde. Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde. Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto. Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde. Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto. Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde. Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde. Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência anterior. Outro fato relevante para as provas é notarmos que algumas vezes este tipo de oração encontra-se com verbo no gerúndio e sem conjunção. Chamamos isso de oração reduzida de gerúndio, a qual será mais explorada adiante. O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica ascensional. A questões pedem muitas vezes para transformar essa oração reduzida em desenvolvida, com as conjunções conclusivas ou até com a conjunção “e”. Neste caso, essa conjunção, além de ter valor adicional, terá também o de conclusão. Veja: O Brasil exportou mais em 2010, portanto continua sua trajetória econômica ascensional. O Brasil exportou mais em 2010; logo, continua sua trajetória econômica ascensional. O Brasil exportou mais em 2010, e continua sua trajetória econômica ascensional. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 27 CRBio – 1ª Região 2017 Técnico (banca VUNESP) Considere a charge de Ronaldo para responder à questão. Na frase dita pela personagem, a segunda oração “e ela começou a rir...” apresenta, em relação à primeira oração, ideia de (A) condição, sinalizando que o cliente vai ser obrigado a recorrer ao cheque especial para pagar suas contas. (B) conformidade, sinalizando que o cliente não obteve o empréstimo bancário que havia solicitado ao gerente. (C) finalidade, sinalizando que o cliente está com o saldo bancário negativo há vários dias. (D) consequência, sinalizando que o cliente tem pouco dinheiro ou está sem dinheiro na conta bancária. (E) causa, sinalizando que o cliente está endividado em decorrência da cobrança dos altos juros bancários. Comentário: A conjunção “e” demonstra que um fato ocorreu após o outro: o segundo sendo o resultado do primeiro. Note que o usuário pediu o saldo, e o resultado (a consequência) foi o riso. Certamente, isso sinaliza que o cliente tem pouco dinheiro ou está sem dinheiro na conta bancária. Assim, cabe apenas a alternativa (D). Gabarito: D TJ SP 2017 Psicólogo (banca VUNESP) No enunciado “Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa...”, a conjunção “e”, que introduz o trecho destacado, imprime a este o sentido de (A) consequência. (B) condição. (C) oposição. (D) causa. (E) tempo. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 28 Comentário: A conjunção “e” normalmente tem o valor de adição. Porém, observando as alternativas, percebemos que a banca quer o seu valor secundário, contextual. Note pelo contexto que, primeiro, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal. Com base nisso, a Fadinha ficou boa, completamente boa. Assim, podemos trocar a conjunção coordenativa “e” pelo conectivo coordenativo conclusivo “por conseguinte”. Veja: “Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, por conseguinte Fadinha ficou boa, completamente boa...” Como a conclusão traduz o resultado, o efeito, a consequência de uma ação anterior, a alternativa (A) é a correta. Gabarito: A PRODEB 2015 Assistente (banca IDECAN) Fragmento do texto: A neurociência busca determinar como o cérebro afeta o comportamento, e o Direito se preocupa em regular o comportamento. Assim, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham um peso cada vez maior nas leis. No Reino Unido, porém, existe uma enorme brecha entre os avanços dos laboratórios e o dia a dia dos tribunais. Não há fóruns de discussão para que cientistas e profissionais da Justiça explorem temas de interesse comum. Em países como o Brasil, não é diferente. E isso traz grandes consequências para a sociedade. “Assim, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham um peso cada vez maior nas leis." O conectivo “assim" introduz uma a) causa. b) adição. c) condição. d) conclusão. Comentário: A palavra “assim” é um conectivo que traduz um efeito, um resultado da informação que ela antecede e a anterior. Para confirmar, podemos até trocar pela conjunção “portanto”. Veja: “Portanto, é de se esperar que as descobertas dos neurocientistas tenham um peso cada vez maior nas leis." Dessa forma, a alternativa correta é a (D). Gabarito: D CEPISA 2012 Assistente Administrativo (banca Consulplan) “E nós sabemos que não estamos tratando da Terra como deveríamos. Por isso os membros da Organização das Nações Unidas (ONU) preocupam-se com o meio ambiente.” Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 29 O termo em destaque, no fragmento anterior, pode ser substituído sem que haja prejuízo de sentido por A) já que. B) em vista disso. C) no entanto. D) mas ainda. E) assim como. Comentário: Primeiro, note que o termo destacado encontra-se no início do período e por isso está iniciado com letra maiúscula. A banca se descuidou e colocou todos os conectivos das alternativas com letra minúscula. Porém, isso não fará diferença, porque a questão se ateve exclusivamente ao sentido. Assim, desconsidere as iniciais minúsculas das alternativas. Vimos que o conectivo “Por isso” tem valor conclusivo. Assim, pode ser substituído pela expressão “Em vista disso” (alternativa B). Gabarito: B CEPISA 2012 Assistente Administrativo (banca Consulplan) No trecho “Todos os homens são iguais e, portanto, têm o direito de viver bem, num ambiente saudável”, pode-se depreender que a segunda oração exprime em relação à primeirao sentido de A) conclusão. B) finalidade. C) contraste. D) explicação. E) consequência. Comentário: A conjunção “portanto” só pode ser empregada com valor coordenativo conclusivo. Assim, a alternativa correta é a (A). Gabarito: A 5) Explicativas: ______________________, pois ____________________. (explicativa) oração inicial oração coordenada sindética As conjunções coordenativas explicativas iniciam termo que esclarece uma declaração anterior ou ameniza uma ordem. As principais conjunções são: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que. As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é natural a banca pedir para substituir essas conjunções explicativas por “uma vez que”, “já que”, etc. Reconheceremos a seguir as conjunções. Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas: Período composto por coordenação Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 30 a) Esclarecimento de uma informação anterior: Ele deve ter chorado muito, porque os olhos estão inchados. Choveu muito, pois o chão está alagado. Joana está mesmo cansada, porquanto pediu desconto em férias. A vírgula neste caso é facultativa. b) Amenização de uma ordem: Estudem, que o concurso não é fácil. Tranque a porta, pois tem havido muito assalto aqui. A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada oração. A primeira oração expressa uma ordem; a segunda, uma explicação. Tem sido cobrada nas provas a inserção da conjunção coordenativa explicativa com a retirada de ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve- se entender SEMPRE o valor semântico da oração no texto. Veja os exemplos: Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia. Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o vocábulo “Sua” mude a inicial maiúscula para minúscula. Veja: Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os preocuparia.(Note que a vírgula antes da conjunção “pois” é facultativa.) Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja: Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia. Finalizando, as orações coordenadas aqui vistas são chamadas de independentes. Isso porque geralmente elas não dependem de outra para fazer sentido. Por esse motivo, muitas vezes podemos unir períodos simples e um único período composto e vice-versa. CRA-MA 2014 Administrador Fiscal (banca IDECAN) Fragmento do texto: Uma alternativa é diminuir o consumo. Mas, isto também não é simples, pois existem bilhões de habitantes que não possuem condições adequadas de sobrevivência e lutam por uma vida com mais conforto, com mais educação e saúde, com melhores condições de habitação e lazer etc. A China, por exemplo, é um país que controlou o crescimento da população, mas liberou o crescimento do consumo e já é o maior mercado para alimentos, moradias, eletrodomésticos, motocicletas, automóveis, celulares etc. Os termos “mas" e “pois" em: “Mas, isto também não é simples, pois existem bilhões de habitantes [...]" (2º§) estabelecem, respectivamente, uma relação de a) acréscimo e causa. b) oposição e conclusão. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 31 c) causa e consequência. d) contraste e explicação. e) conclusão e comparação. Comentário: A conjunção “mas” tem valor adversativo (contraste, oposição) e a conjunção “pois” inicia oração explicativa. Assim, a alternativa correta é a (D). Gabarito: D ODAC 2016 Agente Administrativo Científico (banca VUNESP) A alternativa que preenche corretamente a lacuna da frase – Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito, ________ tinha esquecido seu casaco no táxi. –, preservando a relação de sentido estabelecida no primeiro parágrafo, é: (A) pois (B) porém (C) contudo (D) embora (E) entretanto Comentário: Podemos entender que houve um esclarecimento do motivo de ter havido um grito. Assim, cabe a conjunção “pois” e a alternativa (A) é a correta. Veja: Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito, pois tinha esquecido seu casaco no táxi. Gabarito: A Prefeitura Alumínio-SP 2016 Assistente Social (banca VUNESP) Os dois-pontos em – Green School é uma escola em Bali, na Indonésia, onde tudo é natural: as estruturas são de bambu e as salas de aula, abertas, para que o calor e o vento balineses possam entrar. (2º parágrafo) – servem ao propósito de introduzir, com relação à primeira parte da frase, (A) um contraste. (B) uma síntese. (C) uma ressalva. (D) um esclarecimento. (E) uma relativização. Comentário: Os dois-pontos sinalizam um esclarecimento de tudo ser natural naquela escola e para isso se usou o fato de as estruturas serem de bambu e as salas de aulas serem abertas. Assim, a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D DECEA 2012 Controlador de Tráfego Aéreo (banca Cesgranrio) Fragmento do texto: Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 32 nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas. No trecho do Texto “disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir”, o sinal de dois-pontos pode ser substituído por um conectivo, mantendo-se a mesma relação de sentido entre as orações. Esse conectivo é (A) todavia (B) embora (C) porque (D) então ( E) enquanto Comentário: Nesta estrutura, veja novamente que há uma explicação sinalizada pelos dois-pontos. Assim, podemos trocar os dois-pontos pela conjunção coordenativa explicativa “porque”. Compare: “disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir.” “disputam com entusiasmo os carrinhos porque querem servir.” Gabarito: C Comentários do autor/orações parentéticas Além das orações coordenadas, também são estruturas independentes as orações intercaladas. Elas não fazem parte do grupo de orações coordenadas, pois são inserções feitas pelo autor, com desprendimento sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão parentética ou comentário do autor e transmite certos valores semânticos: a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário: Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um dos meus melhores amigos. b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar: D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a brincadeira da garotada. (Machado de Assis) c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom ou mau: José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe. d) escusa: o falante se desculpa: “Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por que fenômenos de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de Assis) e) permissão: o falante solicita algo: Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu espírito era naquela ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis) Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079- Marco Antonio 33 f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um enunciado: Ele, que eu saiba, nunca veio aqui. “Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo repreendeu severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco) Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito. g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado: “– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos outros homens.” (Machado de Assis) “Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório) “Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner Andressen) Pref Presidente Prudente-SP 2016 Engenheiro (banca VUNESP) Assinale a alternativa em que a expressão destacada expressa uma advertência do autor. a) Há muitas e muitas décadas – para não dizer séculos –, a humanidade tenta decifrar o impacto do avanço tecnológico em nossa vida. b) Por outro lado, – e que ninguém duvide disso –, é a força primeira que faz o mundo andar. c) A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo por que se olhe. d) Por um lado, o avanço das técnicas torna ultrapassadas inúmeras empresas e uma multidão de trabalhadores. e) Desde o domínio do fogo e das primeiras ferramentas de pedra, as conquistas humanas apresentam a característica de modificar nossos hábitos. Comentário: A questão nos cobra o conhecimento das orações intercaladas, isto é, do comentário do autor com um conteúdo semântico específico: “advertência”, como vimos na letra “a” da teoria acima. Fica fácil perceber que a única alternativa que apresenta em negrito o comentário à parte do autor é a (B). Além disso, percebemos o tom de advertência: “e que ninguém duvide disso”. As demais estruturas em negrito não transmitem advertência. Nas alternativas (A), (C) e (E), as estruturas em negrito transmitem noção temporal. Na alternativa (D), a estrutura em negrito transmite a restrição a um lado, a qual sugere uma afirmação contrastante na sequência: por um lado...por outro lado. Gabarito: B Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 34 Agora é hora de praticarmos com questões da FGV! Vamos lá?! Questão 1: ALERJ 2017 – Especialista Legislativo (banca FGV) “Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de culturas também / supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo”. O trecho acima foi separado em duas partes por uma barra inclinada. Sobre o emprego das vírgulas nessas duas partes, é correto afirmar que: a) marcam a presença de enumerações de termos nas duas partes; b) indicam, respectivamente, a presença de aposto e da enumeração de termos; c) documentam a presença de apostos explicativos nos dois segmentos; d) mostram, nos dois segmentos, inserções de termos; e) indicam, respectivamente, a presença de enumeração e de aposto explicativo. Comentário: O verbo “Entender” é transitivo direto e o objeto direto composto tem seus núcleos (“debates”, “práticas”, “bioética” e “choque”) separados por vírgulas. Assim, estão enumerados. O substantivo “conhecimento” é seguido do complemento nominal composto, que tem seus núcleos (“cristianismo”, “elementos”, “peripécias” e “etapas”) separados por vírgulas. Assim, também estão enumerados. Confirme: “Entender os debates mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de culturas também / supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutrina, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo”. Dessa forma, as vírgulas separam elementos enumerados e a alternativa correta é a (A). Gabarito: A Questão 2: ALEMA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV) Fragmento do texto: No início do mês, um assaltante matou um jovem em São Paulo com um tiro na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o celular. Identificado por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz, o criminoso foi localizado pela polícia, mas – apesar de todos os registros que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato – não ficará um dia preso. Menor de idade, foi “apreendido” e levado a um centro de recolhimento. O máximo de punição a que está sujeito é submeterǦse, por três anos, à aplicação de medidas “socioeducativas”. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 35 No primeiro parágrafo do texto aparecem entre aspas os vocábulos “apreendido” e “socioeducativas”. O motivo da utilização desses sinais gráficos é indicar que esses vocábulos (A) foram empregados em sentido figurado. (B) registram vocábulos empregados em relação a jovens infratores. (C) marcam a intenção textual de destacar termos importantes. (D) indicam a presença de um novo sentido aplicado a tais vocábulos. (E) criticam a linguagem empregada em caso de crimes contra jovens. Comentário: Note que o autor do texto demonstra, por suas palavras e pela forma como narrou o fato, crítica à situação de um menor não ficar preso, mesmo tendo matado alguém de forma banal, pois a vítima já havia passado ao menor criminoso o celular. Essa crítica se mostra também pelas aspas nas palavras “apreendido” e “socioeducativas”. Por que a palavra “apreendido” e não “preso”? Por que o menor não vai ficar na prisão, lugar que parece ser o ideal na visão do autor? Por que medida “socioeducativa”? Na visão do autor, possivelmente essas medidas são perigosas e não educam o jovem infrator. Assim, as aspas não foram usadas em sentido figurado, por isso eliminamos a alternativa (A); não foram usadas para marcar simplesmente termos importantes, como termos técnicos, por isso eliminamos a alternativa (C); não foram usadas para aplicar novo sentido, por isso eliminamos a alternativa (D); e não foram usadas especificamente para criticar crimes contra jovens, mas crimes realizados pelos menores. Assim, resta a alternativa (B) como correta, pois as aspas foram usadas para registrar vocábulos empregados em relação a jovens infratores, criticados pelo autor do texto. Gabarito: B Questão 3: DPE RJ 2014 Técnico (banca FGV) Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de comunicação. No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece entre aspas porque (A) mostra uma frase sem respeito pela norma culta. (B) indica o tópico central do parágrafo. (C) destaca uma ironia da autora do texto. (D) copia uma expressão popular. (E) enfatiza uma ideia importante do texto. Comentário: As aspas podem indicar expressões não dicionarizadas, típicas de linguagem popular, como ocorre com a expressão “onde o sapato aperta”. Décio Terror Filho Aula 03 Português p/ Polícia Civil-RJ (Inspetor) Com videoaulas www.estrategiaconcursos.com.br 84695954079 - Marco Antonio 36 Assim, observamos que a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D Questão 4: TJ BA 2015 Analista Judiciário(banca FGV) O segmento abaixo em que a conjunção E tem valor adversativo, e não aditivo, é: (A) “Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em mais rápida expansão”; (B) “Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros impressionantes,
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