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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB INSTITUTO DE QUÍMICA BRUNA MENDONÇA PIMENTEL 200035789 RELATÓRIO DE QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL – 1° SEMESTRE (IQD0126) EIXO TEMÁTICO: “PROPROEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: DENSIDADE E VISCOSIDADE” Barreiras - Ba 2020 BRUNA MENDONÇA PIMENTEL 200035789 RELATÓRIO DE QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL – 1° SEMESTRE (IQD0126) EIXO TEMÁTICO: “PROPROEDADES FÍSICO-QUÍMICAS: DENSIDADE E VISCOSIDADE” Relatório apresentado ao Instituto de Química da Universidade de Brasília (UnB), campus Darcy Ribeiro, como requisito parcial para avaliação na disciplina de Química Geral Experimental, do curso de graduação em Engenharia Civil, turma 04A, sob orientação do professora Josenaide Pereira do Nascimento. Barreiras - Ba 2020 1. RESUMO A partir da necessidade de obter conhecimento em relação às propriedades físico- químicas dos materiais e substâncias, o relatório em questão traz uma abordagem sobre os experimentos acerca da densidade e viscosidade de alguns materiais. Assim, tomando como base tal importância foi efetuado o experimento no qual encontrou-se a densidade de dois líquidos: Água destilada e óleo e a densidade de dois sólidos: A e B e, a viscosidade da água destilada, do etileno glicol, da glicerina e do ciclohexano. Através dos procedimentos efetuados foi encontrado as respectivas características dos materiais citados. 2. INTRODUÇÃO No cotidiano é encontrado uma grande diversidade de substâncias e materiais, no qual possuem propriedades físicas e químicas distintas. Diante disso, é imprescindível analisar tais propriedades e características especificas de cada um. Dessa forma, para chegar à uma conclusão é imperioso efetuar experimentos com fluidos e sólidos que possuem tais divergências em suas definições. Assim, para poder diferenciá-los e realizar a respectiva caracterização, é fundamental compreender algumas propriedades, tais com viscosidade e densidade, essas que garantem um comportamento especifico para as substâncias e materiais. A densidade (ρ) é uma propriedade especifica de cada material frequentemente empregada para identificar uma substância, que relaciona a quantidade de massa de uma determinada substância contida por unidade de volume, assim: (ρ = m/v) (PERUZZO, 2010). Analogamente, é perceptível que a densidade é diretamente proporcional a massa e inversamente proporcional ao volume, então quanto menor o volume ocupado por uma determinada massa, maior será sua densidade. Diante disso, é sabido que o volume se modifica com pressão e temperatura. Assim, é visto que essa característica (a densidade) possui uma relação direta com essa grandeza física, então consequentemente, assim como o volume, a densidade depende também da variação desses fatores físicos presentes nos materiais estudados. Além disso, através da análise da fórmula matemática da densidade, é possível definir a unidade de grandeza a qual ela pertence, assim é expressa por g/cm³, g/L, kg/L, mas no Sistema Internacional (SI) é definida por kg/m³. Por sua vez, a viscosidade é definida como uma propriedade capaz de medir a resistência do fluido à deformação provocada por forças tangencias, ou seja, a resistência ao cisalhamento (GOMIDE, 1993). Diante disso, quanto maior a viscosidade, menor será a capacidade de um fluido escoar. Os líquidos sofrem influência entre outros fatores, da temperatura. Assim, a viscosidade é inversamente proporcional à temperatura, haja visto que o aumento dessa acarreta em uma diminuição da coesão entre as moléculas, diminuindo dessa forma, a resistência ao movimento de fluidez. Devido ao seu comportamento de acordo com a Lei de Newton, alguns fluidos são denominados de fluidos newtonianos. Pela Lei de Newton, a viscosidade possui uma constante de viscosidade, absoluta ou relativa ( ), essa que é tabelada, e para efeito de cálculo é necessário consultar os valores existentes em tal, haja visto que cada fluido possui uma determinada constante, de acordo com sua respectiva temperatura (figura 01). O cálculo da viscosidade é dado pela equação: Além de ter conhecimento acerca do coeficiente de viscosidade da água, tabelado, é preciso conhecer o tempo de escoamento da água ( ) e sua densidade ( ), e através de experimentos descobrir o tempo de escoamento ( ) e a densidade ( ) de outros fluidos a serem testados. Figura 01 – Tabela 1 - Densidade e viscosidade da água em diferentes temperaturas à pressão de 1 atm. Disponível em: 3. OBJETIVOS Medir a densidade de líquidos e sólidos divergentes. Calcular através dos experimentos a viscosidade de líquidos diferentes utilizando os valores referenciais tabelados da viscosidade da água. 4. EXPERIMENTOS (MATERIAIS E PROCEDIMENTOS) Parte 01: Medidas de massa e volume MATERIAIS Balança; Placa de petri; Espátula; Pipeta graduada; Pipeta volumétrica; Proveta; Béquer de 100 ml. PROCEDIMENTO Parte 1.1: Nesta parte, foi efetuado o experimento para realizar a medidas de massa do reagente NaCl e medidas de massa e volume da água em uma temperatura ambiente. A partir dos devidos cuidados tomados no ambiente do laboratório, foram aderidos alguns procedimentos efetuar o experimento em questão. Diante disso, primeiramente foi pesada uma massa do NaCl para realizar a testagem da balança, tomando os seguintes procedimentos: verificou-se o REAGENTES: NaCl; Água destilada. nivelamento da balança utilizada, depois foi ligada e realizada a tara (zerando-a) da mesma, atentando-se cuidadosamente para verificar se não havia resquícios de algum tipo de resíduo no prato dessa. Em seguida, foi colocada uma placa de petri no prato da balança na parte interior, para assim poder realizar a pesagem. Vale ressaltar que é importante efetuar a pesagem dos materiais com a porta da balança fechada para não sofrer interferências de agentes externos, que venha ocasionar na alteração do resultado, dito isso, fora fechada essa e com o intuito de desconsiderar a massa da placa de petri, a balança foi novamente zerada. Em sequência, adicionou-se cuidadosamente ao centro da placa, com uma espátula, a massa de NaCl, para efetuar a medição, teoricamente foi solicitado o valor de 1,0g do sal, entretanto, houve a diferença de alguns decimais significativos, obtendo assim uma massa (m). Parte 1.2: Na segunda parte desse experimento, os procedimentos efetuados tiveram como objetivo realizar a medida de massa e volume da água destilada e analisar a exatidão e precisão das vidrarias utilizadas. Foi efetuado todos os procedimento de cuidado da balança citado anteriormente. Logo em seguida, realizou-se a pesagem do béquer 100 ml, vazio, cuja massa obtida foi anotada. Em seguida, colocou-se no béquer 10ml de água destilada, que foi medidas na pipeta graduada, efetuou-se novamente a pesagem, cuja massa (M1) foi anotada. Novamente, os procedimentos de cuidado com a balança foi aderido. Agora, adicionou-se 10 ml de água ao béquer já pesado, só que dessa vez, medida em uma pipeta volumétrica, a pesagem foi realizada e obteve a massa (M2), esse resultado que foi anotado. Em sequência, o processo foi repetido só que dessa vez o volume de água foi medido em uma proveta, cuja massa (M3) foi também anotada. Por fim, os procedimentos de nivelamento e tara da balança foram tomados mais uma vez, e assim, colocou-se no béquer uma quantidade de 10 ml, agora medidos em outro béquer, e assim obteve-se uma outra massa (M4) através da pesagem efetuada na balança. Todos os resultados foram anotados e guardados para fins de análise. Parte 02: Densidade dos líquidos MATERIAIS Balão volumétrico de 25 ml sem tampa; Termômetro; Balança; Béquer de 250 ml; Pipetade Pasteur. PROCEDIMENTOS Nesta parte, foi efetuado o experimento para realizar os cálculos das densidades, em uma temperatura, de dois líquidos: Água destilada e óleo. A partir dos devidos cuidados tomados no ambiente do laboratório, foram aderidos alguns procedimentos efetuar o experimento em questão, utilizando os materiais citados anteriormente. Parte 2.1: A primeira etapa foi realizar a tara da balança, através da realização do nivelamento, seguido da ligação do equipamento e realização da tara, como supracitado, é imperioso tomar os devidos cuidados em relação aos resíduos presentes no prato da balança, caso haja, é necessário retira-los o máximo possível, não deixando que fatores como esse interfiram no resultado do experimento. Assim, com essa primeira etapa concluída, foi feito a pesagem de um balão volumétrico, cuja capacidade era de 100 ml, e com a porta da balança fechada, o resultado da massa foi obtido (M1). Logo após, na vidraria pesada anteriormente, foi adicionado 25 ml de água destilada com um conta-gotas (Pipeta de Pasteur), aferindo assim o balão com tal substância e obtendo o resultado da massa (M2) com a balança estabilizada. O líquido contido no balão foi transferido para o béquer e usando o termômetro mediu-se a temperatura da água que fora utilizada no experimento, cujo valor aproximado (T) foi anotado para fins de análise dos resultados. Parte 2.2: Na segunda parte do experimento, foi efetuado o mesmo procedimento de cuidados com a balança, conforme citado na primeira etapa. Posteriormente, colocou- se um segundo balão volumétrico para ser pesado e com a porta da balança fechada, REAGENTES: Óleo vegetal; Água destilada. efetuou-se tal pesagem, em que o valor da massa obtido fora novamente anotado (M2). Assim, adicionou-se à vidraria, com um conta-gotas (Pipeta de Pasteur), uma medida de 25 ml de óleo, aferindo-o e realizando em seguida a pesagem desse, no qual foi obtido uma nova massa (M2), que após a estabilização do equipamento, foi anotado. Parte 03: Densidade dos sólidos MATERIAIS: Espátula; Balança; Proveta 25 ml. PROCEDIMENTOS: Nesta seção, foi efetuado o experimento para analisar através da medição do volume e massa de dois sólidos (“A” e “B”), as densidades dos respectivos materiais, a partir de cálculos e com o auxílio da tabela 6 de referência, determinar quais são esses sólidos. Como nos procedimentos anteriores, os devidos cuidados com a balança foram tomados, para efetuar a pesagem dos sólidos em estudo. Com essa parte concluída, pesou-se o sólido “A” e, com a balança estabilizada, anotou-se a massa obtida (Ma). Em seguida, foi adicionado em uma proveta 25 ml de água e nessa vidraria o sólido em estudo foi inserido, com cuidado para não quebrar a vidraria e/ou não sofrer perda de líquido com respingos para fora do recipiente. Assim, com o intuito de medir o deslocamento do líquido e poder obter o volume do material em análise, foi feito o cálculo: volume final – volume inicial = volume do sólido “A” (Va). Em sequência, com os dados obtidos em mãos, foi feito também o cálculo da densidade (Ma/Va), para descobrir qual sólido estava em análise e, através da consulta à tabela 6 de referência de densidade, foi determinado o resultado. O mesmo processo foi feito para o sólido “B”, tarou-se a balança e posteriormente, efetuou com todo cuidado a sua pesagem (Mb) e posteriormente adicionou-se em uma proveta 30 mL de água para verificar o deslocamento e assim, encontrar a medida do volume (Vb), aderindo a todos os cálculos realizado anteriormente. Assim, com todos os dados em mãos, foi calculado a densidade desse sólido “B”, em seguida a analise REAGENTES: Água da torneira; Sólido “A”; Sólido “B”. a partir da consulta à tabela de referência de densidade (Mb/Vb) para descobrir qual material estava sendo experimentado. Parte 04: Viscosidade dos líquidos MATERIAIS Suporte universal; Béquer; Cronômetro; Termômetro; Bureta de 200 ml. PROCEDIMENTOS: Nessa quarta e última parte do experimento, foram feitos processos no qual objetivou-se encontrar a viscosidade de alguns reagentes, esses que foram respectivamente citados no item anterior (materiais). Assim, por meio de cálculos, essa propriedade foi definida, envolvendo com o coeficiente de viscosidade dinâmica, à temperatura ambiente e então, a partir do coeficiente referencial da água, do tempo de escoamento e das respectivas densidades, a viscosidade de cada substância foi encontrada. Primeiramente, foi colocado em um suporte universal a bureta de 200 ml, limpa e seca, nessa vidraria foi adicionado com um béquer a primeira substância, no caso, a água, que preencheu a vidraria até a parte superior, passando da marca “zero” e, assim, aferiu-se a vidraria. Então, com o cronômetro em mãos o líquido começou a ser liberado com a abertura da válvula na parte inferior da bureta, no momento em que o líquido passou pelo marco zero, o cronômetro foi ativado e cronometrou o tempo (T1) em segundos até o ponto em que o líquido atingiu o nível de 35 ml. Feito isso, os dados foram anotados para serem utilizados nos cálculos de coeficiente de viscosidade dinâmica: μ=μH2O.( t . ρ ) / ( tH2O . ρH2O ). Da mesma forma foi aderido o procedimento para a determinação da viscosidade dos demais líquidos, obtendo o tempo T2, T3 e T4, para o Etileno glicol (C2H6O2), a Glicerina (C3H8O3) e o Ciclohexano (C6H12) respectivamente. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES O experimento foi dividido em 4 etapas, na primeira foi feita pesagem de reagentes e determinação medida da massa e volume da água destilada, com o intuito de REAGENTES: Água (H2O); Etileno glicol (C2H6O2); Glicerina (C3H8O3); Ciclohexano (C6H12). analisar a exatidão e precisão das vidrarias utilizadas. A segunda etapa por sua vez, foi feita a determinação da densidade de líquidos, na terceira a determinação da densidade de sólidos. Por fim, na quarta e última etapa, foi determinada a viscosidade de líquidos. Parte 01: Determinação de massa e volume Nessa etapa, fez-se o uso dos procedimentos de cuidado para com a utilização da balança analítica, adotando todos os procedimentos para efetuar a medida com precisão do valor de massa do sal NaCl. Inicialmente, no roteiro do experimento, foi solicitado a pesagem de uma massa referente a 1,0 gramas, entretanto, após a adição de massa do sal, foi obtido uma massa M = 1,0030g. Em seguida, foi solicitado a medida da massa da água, que seria medido em um béquer vazio, cuja massa M = 33,1931g, na qual foi medido seu volume de 10 ml em diferentes vidrarias volumétricas, para assim poder observar a variação da massa desse líquido, conforme a mudança de vidraria utilizada, analisando em conjunto a precisão de cada vidraria. Assim, os dados obtidos foram anotados (Tabela 2). A massa da água foi encontrada a partir do cálculo: (massa água + béquer) – (massa do béquer). Béquer seco = 33,1931 g Vidrarias volumétricas utilizadas Massa da água + béquer Volume da água Massa da água Pipeta graduada 43,2187 g 10 ml 10,0256 g Pipeta volumétrica 41,4920 g 10 ml 8,2989 g Proveta 42,4935 g 10 ml 9,3004 g Béquer 41,7470 g 10 ml 8,5539 g Tabela 2 – massa da água Ao analisar os resultados das medidas de massa da água, é possível concluir que a diferença dos resultados está associado a um erro experimental intrínseco da precisão dos instrumentos volumétricos utilizados, uma vez que consultando a tabela (Tabela 1) de referência da densidade da água em uma temperatura ambiente, cujo valor é de 25°C, a densidade correspondente seria de: 0,9970 g/cm3. Assim a massa tabelada seria equivalente a: ρ = m/v > 0,9970 g/cm3 = M / 10 cm3 > M = 10 cm3 x 0,9970 g/cm3 M = 9,9700g Entretanto na análise experimental foram obtidos resultadosdivergentes, em que o mais próximo seria o valor medido pela pipeta graduada, que é um das vidrarias volumétricas de maior precisão, a diferença entre ambos foi de 0,0556 g. Conclui-se assim, que a vidraria em questão seria a mais indicada em termos de medidas de volume. Parte 02: Densidade dos líquidos Na segunda etapa do experimento foi feita a determinação da densidade de dois líquidos: água destilada e óleo. Primeiramente, obteve-se a massa do balão volumétrico de 25 ml, valor correspondente a M1 = 14,9264 g. Na vidraria foi adicionado 25 ml de água destilada e obteve-se o resultado da massa referente a M2 = 39,6445 g. Tendo em vista que a temperatura exerce influência direta no comportamento dos líquidos, uma vez que com o aumento da mesma, o volume do líquido em análise tende a um aumento também. Infere-se portanto, que como a densidade e o volume são grandezas inversamente proporcionais, com o aumento da temperatura, o volume também aumenta e, consequentemente, a densidade do respectivo líquido fica menor. Assim, no experimento foi efetuado a medição da temperatura do líquido para fins de análise entre a densidade obtida e a tabelada, em que foi feita uma leitura no termômetro de aproximadamente T = 28°C. Em sequência, o cálculo para descobrir a massa do líquido foi efetuado, a partir das massas encontradas anteriormente: M3 = M2 – M1 e, respectivamente a densidade calculada por: ρ = M3/25 mL. Assim todos os resultados foram anotados na Tabela 3. Posteriormente, um segundo balão volumétrico foi pesado obtendo uma massa M1 = 24,6237 g. Assim, adicionou-se à vidraria uma medida de 25 ml de óleo, que após pesada obteve uma massa M2 = 47,3265 g, a temperatura aderida foi a ambiente, equivalente a T = 25°C. Os mesmos cálculos realizados anteriormente, foi aderido para essa segunda determinação de densidade e respectivamente anotados na tabela 3. Massa do balão 1 seco: 14,9264g; Massa balão 2 seco: 24,6237 g M2 Balão + líquido M3 Líquido Densidade (ρ) g/mL Temperatura °C Água destilada 39,6445 24,7181 0,9887 28 Óleo 47,3265 22,7028 0,9081 25 Tabela 3 – Resultados das densidades dos líquidos Analogamente, foi feita a comparação do valor obtido em experimento (tabela 3) com o valor referencial de densidade da água (tabela 1) à temperatura de 28°C, cuja densidade é equivalente a 0,9962 g/mL. Assim, pode-se perceber uma divergência de densidade de 0,0075 g/mL, essa diferença apesar de ser relativamente pequena, o fator principal que interferiu na exatidão do resultado foi a falta de precisão na leitura do menisco, avaliando assim, de forma errônea o volume no balão. Consultando a tabela de densidade do óleo, é possível observar que a densidade a temperatura ambiente desse líquido é de 0,8900 g/mL. Portanto, a diferença entre o valor encontrado experimentalmente e o tabelado é de cerca de 0,0181 g/mL. Essa divergência pode ser explicada pelo mesmo fator citado anteriormente. Vale ressaltar na discussão desse experimento que foi comprovado que para um mesmo volume dos líquidos em estudo, ambos possuem densidades diferentes, com a da água sendo maior que a do óleo. Tal fator explica o motivo pelo qual o segundo líquido flutua sobre o primeiro ao serem misturados, uma vez que substâncias mais densas possuem uma maior massa e ficam por baixo ao entrarem em contato com outra menos densa, cuja massa é relativamente menor. Parte 03: Densidade dos sólidos Nessa terceira etapa, foram feitos experimentos com dois sólidos (A e B) para descobrir através da densidade de ambos, de qual material era composto. Ao efetuar a pesagem do primeiro sólido, obteve-se um valor Ma = 23,6061g. Ao imergir o sólido no volume de 25 mL, houve um deslocamento de 3 mL, uma vez que o volume inicial era 25 mL e volume final foi de 28 mL. Posteriormente a densidade (Ma/Va) foi calculada e anotada na tabela 4. Conforme feito para o sólido A, no segundo sólido foi efetuado mesmo processo com uma massa registrada Mb= 28,0014g e o deslocamento visualizado foi de aproximadamente 3,2 mL, uma vez que o volume inicial foi 30 mL e o volume final foi dado por 33,2 mL. Portanto, com os dados em mãos foi efetuado o cálculo da densidade do sólido B (Mb/Vb), conforme foi registrado na tabela 4. Como a temperatura é um fator de alta relevância, quando se trata de medidas de densidade, pois ela afeta diretamente no volume, esse que que é usado para fins de cálculo. Portanto, utilizar e/ou considerar temperaturas dos materiais em estudo iguais, é de extrema importância. Assim, como todos estavam em uma temperatura ambiente, não ocorreu alteração da medida de densidade devido a esse fator. Volume do sólido (mL) Massa do sólido (g) Densidade (g/mL) Sólido A 3,0 23,6061 7,8687 Sólido B 3,2 28,0014 8,7504 Tabela 4 – Densidade dos sólidos, a 25°C Analisando os resultados, pode-se concluir que os valores encontrados são respectivamente pertencentes ao aço 1020 e ao cobre, cuja densidades são: 7,86 e 8,89. Essa conclusão foi realizada a partir da consulta à tabela de densidades de sólidos (tabela 5). Tabela 6 – Referência das densidades de sólidos, à temperatura ambiente (25°C) Os valores encontrados sofreram pequena divergência devido ao limite de precisão da vidraria volumétrica utilizada, no caso a proveta, além de que a leitura feita a olho nu (menisco), é relativamente imprecisa, o que acaba interferindo de alguma maneira nos resultados. Apesar de estarem bem próximos, os resultados foram diferentes em algumas casas decimais. A determinação, portanto, foi efetuada em detrimento da aproximação com os dados dispostos na tabela 6. Parte 04: Viscosidade de líquidos Na quarta e última etapa, foi encontrado os valores referentes à viscosidade de quarto líquidos: água, etileno glicol, glicerina e ciclohexano. A partir dos dados encontrados das densidades dos respectivos líquidos, obtidos na literatura, e o valor do tempo de escoamento encontrado através de analise experimento. Assim, o tempo de escoamento para um volume de 35 mL à temperatura ambiente (25°C), foi T1 = 00’06’’79 (6,075 segundos), T2 = 00’12’’97 (12,097 segundos), T3 = 07’ 27’’95 (447,095 segundos) e T4 = 00’ 07’’09 (7,009 segundos). Esses tempos encontrados referem-se respectivamente aos líquidos citados anteriormente. Os dados obtidos em laboratório foram registrados e anotados na tabela 6, para fins de análise experimental. Por fim, também expresso na tabela citada, foi anotado os resultados dos cálculos dos coeficientes de viscosidade a partir da seguinte equação: Assim, para efeito de cálculo: T (°C) ρH2O (g/cm3) ρH2O (cP) = 00’06’’79 (6,075 s) x = 6,075 x 0,9970 = 6,0608 s.g/cm3 Fazendo uso da tabela 1 de referência da água, obtêm-se: Etileno glicol (C2H6O2): - Tempo: 00 12’’97 (12,97s) - Densidade ou massa especifica: ρ= 1,1100 g/mL Então: μ = 0,8904.(12,97x1,11)/( 6,7696) = 1,8936 cP Glicerina (C3H8O3): - Tempo: 07’ 27’’95 (447,95 s) - Densidade ou massa especifica: ρ= 1,2600 g/mL Então: μ = 0,8904.(447,95 x 1,26)/( 6,7696) = 74,2372 cP Ciclohexano (C6H12): -Tempo:00’07’’09 (7,09 s) - Densidade ou massa especifica: ρ= 0,7790 g/mL -Então: μ = 0,8904.(7,09x0,7790)/(6,7696) = 0,8021 cP Tempo de escoamento t (s) ρ (g/mL) (t. ρ) (s.g/mL) Temperatura (°C) Viscosidade dinâmica μ (cP) Água destilada 6,79 0,9970 6,7696 25 0,8904 Etileno glicol 12,97 1,11 14,3967 25 1,8936 Glicerina 447,95 1,26 564,417 25 74,2373 Ciclohexano 7,09 0,7790 5,5231 25 0,7264 Tabela 6 – resultado das viscosidades dos líquidos Analisando os resultado encontrados podemos colocar em discussão a questão da interferência da temperatura quando se trata de propriedade física, uma vez que a densidade é diretamente proporcional a viscosidade de um fluido, podemosconcluir que a temperatura é fator que é inversamente proporcional, pois com o aumento da dela o volume aumenta e, consequentemente, a sua densidade decresce, ocasionando assim em uma redução na viscosidade. Por isso, nesse experimento foi intrínseco considerar a temperatura a qual os líquidos estavam expostos. Além disso podemos observar que dois fatores principais atuam na determinação da viscosidade de um líquido, esses são: densidade e tempo de escoamento. Ambos os fatores atuando individualmente, não pode-se comparar e/ou determinar a essa propriedade dos fluidos. É perceptível quando se compara o ciclohexano e água, o tempo de escoamento do C6H12 é maior que o do H2O, entretanto, a viscosidade do primeiro é menor que a do segundo, fator esse que pode ser explicado pelo valor da densidade. Então para diferentes líquidos, a análise de suas respectivas viscosidades dependem da junção de ambos os fatores (densidade do líquido e tempo de escoamento). Por fim, em uma discussão geral do experimento, foi obtido os resultados referentes à velocidade do movimento dos diferentes líquidos, em que possuem uma densidade e um tempo de escoamento e realizando cálculos foi possível compreender o fato de que essas propriedades físicas estão interligadas e atuam diretamente nas características, definições dessas substâncias. 6. CONCLUSÃO Apesar de ocorrer algumas divergências nos resultados obtidos, pudemos determinar as medidas de massa e volume, analisando a precisão das vidrarias volumétricas, além de determinar experimentalmente a densidade da água e do óleo, observando o comportamento de cada um a partir da análise de suas propriedades. Compreendemos com o experimento que a temperatura é um fator que interfere diretamente na determinação da densidade das substâncias e sólidos e da viscosidade de líquidos. Assim, foram encontradas as densidades do aço 1020 e do cobre, além de definir por fim, a viscosidade da glicerina, do etileno glicol e do ciclohexano, utilizando meios de cálculos dos fluidos newtonianos e a tabela referência da água. Diante disso, foi possível inferir que o experimento efetuado acerca das medidas de cada material e a análise dos seus comportamento é de grande relevância para compreendermos as propriedades particulares de cada um e como é atuação individual desses materiais no nosso cotidiano. 7. REFERÊNCIAS BRUNETTI, Franco; Mecânica dos fluidos; 2. Ed. Ver.; Pearson prentice Hall; São Paulo; 2008. RUSSELL, J. B.; GUEKEZIAN, M. “Química Geral”. 2. ed. 2. v. São Paulo: Makron. PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L.; Química Geral e Inorgânica; vol. 1; ed. Moderna, 4 edição; São Paulo; 2010. GOMIDE, R. Fluidos na Industria – Operações Unitárias; Vol 1, Edição do autor, 1993. O que é viscosidade de um fluido? PROLAB. Disponível em: <https://www.prolab.com.br/blog/curiosidades/o-que-e-viscosidade-de-um- fluido/>. Acessado em 09 de outubro de 2020. https://www.prolab.com.br/blog/curiosidades/o-que-e-viscosidade-de-um-fluido/ https://www.prolab.com.br/blog/curiosidades/o-que-e-viscosidade-de-um-fluido/
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