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Fernanda Carvalho - 3º semestre, TUT 04. HUMANISMO EM MEDICINA COMPONENTES DO HUMANISMO: Valorização da qualidade técnica do cuidado; Reconhecimento dos direitos do paciente; Compreensão das diferenças culturais; Respeito à subjetividade do paciente. O QUE SUSTENTA O HUMANISMO: A humildade: o profissional entende que pode aprender com o paciente e a sua doença; Aplicar ao paciente o mesmo tratamento que gostaria de receber; A importância da assistência integral; O conhecimento do contexto em que vive o paciente. O QUE REFORÇA O HUMANISMO: Autorreflexão, que permite ao médico rever a sua conduta; Valorizar a relação médico-paciente; Equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional; Práticas espirituais. O ENSINO DO HUMANISMO: A desarticulação das disciplinas de humanidades com o currículo médico dificulta a prática da humanização; Professores com capacidade de se relacionar de maneira positiva com alunos e pacientes representam modelos a serem seguidos; Elaboração de cenários e modelagem de papéis são iniciativas mais eficazes do que disciplinas teóricas. EMPATIA: Foi o atributo do humanismo mais citado nos estudos: inclui comunicação, compreensão, atenção, respeito e a entender o outro em sua em sua diversidade; A empatia dos estudantes pode decrescer ou não, com o avanço do curso; Um estudo revelou que a educação médica não promove o desenvolvimento da empatia. Contudo, reconhecer as dimensões psicossociais do cuidado e as interações com pacientes auxiliam a empatia. O QUE DIFICULTA A EMPATIA: Sobrecarga, perda de qualidade de vida, esgotamento emocional; Interações negativas com pares e/ou professores; Condições adversas: muitos atendimentos, estresse no local de trabalho ou durante a graduação; Pacientes buscando atendimento médico para conseguir atestado; Familiares intrusivos, exigentes, agressivos, questionadores e desrespeitosos. INTERVENÇÕES EDUCACIONAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DO HUMANISMO NA PRÁTICA MÉDICA: Alterações curriculares, intercâmbios e programas de extensão; Uso de diferentes recursos metodológicos, com a inclusão de trabalhos em grupos, técnicas psicodramáticas e manifestações ligadas à arte. Laboratório de Humanidades, utilizando a literatura clássica universal, seguida de debate; Aprendizagem em serviço aproximando o aluno da comunidade. Fernanda Carvalho - 3º semestre, TUT 04. HUMANISMO NA MEDICINA: PRINCÍPIOS BÁSICOS A despersonalização dos atos médicos não é só consequência da técnica, como também da forma como é aplicada; Desenvolvimento tecnológico e humano não são processos simultâneos; É necessário lançar mão de ciências humanas (psicologia, antropologia, história, sociologia) como auxiliares de medicina. POSIÇÃO HUMANISTA: Necessário: conhecimento e habilidades técnicas e desenvolvimento de qualidades humanas necessárias ao exercício da medicina; No atendimento ao paciente é importante dar atenção à sua biografia, personalidade, interação com os outros, estilos de vida e circunstâncias familiares, culturais e sociais. PRINCÍPIOS BÁSICOS: 1. Ver o doente e não a doença. O doente é pessoa, não órgão ou sistema, é sujeito, jamais objeto; 2. Buscar conhecer além dos aspectos físicos do paciente, os psíquicos, sociais, culturais e espirituais; 3. Humanizar a relação médico-paciente: paciente e médico, ambos são seres humanos; 4. O paciente procura o médico quando está adoecido, logo, frágil e vulnerável; 5. Deve o médico cuidar do bem-estar do seu paciente, lhe gerar o menor desconforto quando dos procedimentos técnicos, diagnósticos e de tratamento, oferecendo-lhe cuidado, atenção, suporte emocional, continência; 6. O médico não é o dono do saber, o paciente também sabe sobre o seu adoecimento e os meios que podem ajudá-lo na cura; 7. A comunicação médico-paciente precisa ser adequada para que haja humanização; 8. Educação médica humanizada contribuirá para termos médicos mais humanos; 9. Importante favorecer uma boa relação do médico com seus colegas de trabalho; 10. Importante o ambiente e o instrumental adequado aos atendimentos de saúde; 11. A medicina não pode em nenhuma circunstância ou forma, ser exercida como comércio. Existem duas vertentes do humanismo em medicina: a inter-relação entre as ciências humanas ou humanidades (sociologia, antropologia, psicologia, fisiologia e medicina) e a relação entre a medicina científica com o ser humano através de uma abordagem mais voltada para o seu lado emocional, social e cultural, ou seja, de forma mais humanizada ou holística. Há quem diga que é difícil explicar um médico humanista /humanizado, sendo, portanto, mais fácil explicar a sua antítese/oposto. É possível tentar humanizar esse médico de modo que ele enxergue a dimensão pessoal do paciente. ex.: enxergar que não é empático prescrever um medicamento caro para um paciente recém desempregado que chega ao seu consultório tornando, portando, a consulta mais efetiva, de maneira que o paciente tenha condições de aderir ao tratamento. Com isso, vai haver uma maior satisfação tanto do médico quanto do paciente, pois além da eficácia na consulta, através do conhecimento técnico, o médico terá prazer, também, em conhecer as diferentes realidades de diferentes pessoas, intensificando, assim, seu crescimento pessoal. Ou seja, podemos sempre aprender, com as mais diversas situações e as diferentes áreas do conhecimento, e isso faz com que o médico se torne mais maduro e apreenda facetas dos pacientes que talvez antes não fosse possível enxergar. Pode-se afirmar, então, que quando se “labuta” com um paciente, o aprendizado é mútuo; é uma via de mão dupla. Mas como ser um médico assim com essas competências? É importante que haja um desejo genuíno por parte do médico em se interessar pelo que vai ser contado pelo paciente, o que o torna um interlocutor eficaz. É importante, também, o diálogo do médico-paciente, o que faz com que o profissional reconheça o lado do paciente e melhor contextualize a doença/sintoma. Podemos, a partir dessa afirmação, compreender que a grande questão do humanismo é a escuta, o olhar preocupado, acolhedor e de genuíno interesse. O médico deve ser culto e atualizado, tanto na medicina quanto no que acontece no mundo para poder se comunicar melhor com os pacientes.
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