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Thaís Pires 1 Poliartrites Inflamatórias 1. Estudar os aspectos morfofisiológicos das articulações diartrodiais. Articulações – são regiões de união entre 2 ou mais ossos ou partes rígidas do corpo, permitindo que haja a MOVIMENTAÇÃO DA ESTRUTURA a partir da contração muscular / são classificadas de acordo com: ➔ FUNCIONAL - Quantidade de movimento que permite Sinartroses – são articulações quase imóveis - predominam no esqueleto axial Anfiartroses - são articulações ligeiramente móveis - predominam no esqueleto axial Diartroses – são articulações livremente móveis – predominam nos membros ➔ ESTRUTURAL – material que a compõe 1. Articulação Sinovial – ossos são unidos por uma CÁPSULA ARTICULAR (membrana fibrosa revestida por membrana sinovial) que reveste uma CAVIDADE ARTICULAR, espaço virtual que pode estar preenchido por SINÓVIA produzida pela memb. Sinovial → dentro da cavidade articular, as extremidades ósseas são recobertas por CARTILAGEM ARTICULAR 2. Articulação Fibrosa – ossos são unidos por TECIDO FIBROSO e não possuem cavidade articular, sendo a mobilidade dessa articulação definida pelo COMPRIMENTO das fibras muito frequentemente com pouca ou nenhuma movimentação = SINARTROSE → SUTURAS, SINDESMOSES E GONFOSES 3. Articulação Cartilagínea – ossos são unidos por CARTILAGEM FIBROSA OU HIALINA – podem ser divididas em PRIMÁRIAS = SINCONDROSES, que são formadas por cartilagem HIALINA, permitindo uma leve movimentação (sinartroses – quase imóvel) → disco epifisário – permite o crescimento longitudinal do fêmur e articulação entre 1ª costela e manúbrio / as SECUNDÁRIAS = SÍNFISES são aquelas unidas por FIBROCARTILAGEM, não permitindo tanta movimentação (anfiartrose), como ocorre nos DISCOS INTERVERTEBRAIS Diartroses - Essas articulações compõe a maior parte das existentes no corpo - são DIARTROSES compostas por uma CAVIDADE ARTICULAR preenchida por líquido ➔ Estrutura Geral a. Cartilagem Articular – as extremidades ÓSSEAS ARTICULARES são recobertas por cartilagem ARTICULAR - HIALINA, que permite o deslizamento entre os ossos e ABSORVEM AS FORÇAS DE COMPRESSÃO, impedindo o esmagamento dessas estruturas b. Cavidade Articular – espaço em POTENCIAL que contém a SINÓVIA produzida pela membrana sinovial → característica única das articulações sinoviais c. Cápsula Articular – composta por duas estruturas que juntas irão DELIMITAR A CAVIDADE ARTICULAR – a camada mais externa é a MEMBRANA FIBROSA EXTERNA (tecido conj. Denso não-modelado) que é contínua com o PERIÓSTEO, fornecendo maior união entre os ossos / a camada mais interna é a MEMBRANA SINOVIAL (tecido conjuntivo frouxo), que recobre todas as superfícies internas da cavidade articular que não estão cobertas por cartilagem → sua principal função é PRODUZIR SINÓVIA d. Sinóvia – líquido viscoso e incolor que está presente na cavidade articular – é um DIALISADO DO PLASMA que contém alto teor de ácido hialurônico sintetizado pelas células da membrana sinovial – o deslizamento entre as superfícies com menor quantidade de atrito é permitido pela grande quantidade de LUBRICINA = PROTEOGLICANO secretado pelos FIBROBLASTOS DA MEMB SINOVIAL / esse líquido é Thaís Pires 2 o responsável por nutrir a cartilagem avascular, uma vez que transporta substâncias dos capilares presentes na membrana sinovial para essas cartilagens (Nutrientes e O2 passam do sangue para a cartilagem e o CO2 faz o caminho inverso) / a pressão ONCÓTICA entre o plasma e o líquido que permite esse fluxo de moléculas e. Ligamentos – algumas articulações são reforçadas por ligamentos, geralmente, CAPSULARES, i.e., espessamentos da membrana fibrosa → esses ligamentos nem sempre são espessamentos da cápsula, sendo classificados em EXTRACAPSULARES e INTRACAPSULARES / os extracapsulares são aqueles FORA DA CÁPSULA (lig colateral fibular e tibial do joelho) e os intracapsulares são aqueles DENTRO DA CÁPSULA (LCA e LCP) que são recobertos por membrana sinovial f. Nervos e Vasos – a CAPSULA ARTICULAR é ricamente inervada por nociceptores (detectar lesão articular – estiramento), que possuem papel principalmente de PROPRIOCEPÇÃO para ajuste postural / A vascularização da articulação se dá pelos vasos sanguíneos que suprem a MEMBRANA SINOVIAL / Cada vaso e nervo é resultante de uma ramificação de uma direção específica, portanto quando há o rompimento de um vaso, outros conseguem manter a vascularização g. Disco Articular – algumas articulações sinoviais possuem um DISCO DE FIBROCARTILAGEM = MENISCO (ATM, esternoclavicular, joelho) que se estende internamente e divide a cavidade articular completa ou parcialmente → esses discos ocorrem em superfícies articulares que são DIFERENTES ENTRE SI, permitindo o preenchimento de lacunas e o encaixe para movimentação e a distribuição da pressão por uma área maior h. Bolsas Sinoviais e Bainhas Tendíneas – estruturas que contém sinóvia e são como “sacos” fechados com lubrificante, permitindo o rolamento de estruturas com menor atrito / a BOLSA SINOVIAL (latim Bursa) é um SACO FIBROSO revestido por membrana sinovial que ocorre nas regiões onde ligamentos, músculos, tendões, entre outros se SOBREPÕE e sofrem FRICÇÃO / a BAINHA TENDÍNEA é uma bolsa alongada que reveste TENDÕES (cachorro quente) sujeitos a fricção (aqueles que passam por cavidades articulares ou formam emaranhado em locais estreitos – túnel do carpo) ➔ Histologia Matriz e Tecido cartilaginoso – a cartilagem hialina é composta por TECIDO CONJUNTIVO DENSO ELÁSTICO, AVASCULAR, ANEURAL – essa cartilagem é composta por ÁGUA (80%), COLÁGENO, PROTEOGLICANOS E CONDRÓCITOS (2%) - a matriz da cartilagem hialina é composta por vários TIPOS DE COLÁGENOS (fibras de colágenos) – o que está em maior quantidade é o TIPO II que define o VOLUME DAS FIBRILAS / os outros tipos de colágenos contribuem para a FORMAÇÃO das fibrilas → XI (dimensão das fibras); IX (facilita interação com proteoglicanos); X (organiza as fibras em estrutura hexagonal); VI (encontrado fortalecendo a ligação condrócitos a matriz) Além do colágeno, existem os GLICOSAMINOGLICANOS (2 tipos) que encontram-se ligados COVALENTEMENTE a um núcleo proteico, o que forma os MONÔMEROS DE PROTEOGLICANOS / um terceiro tipo de glicosaminoglicano é o ÁCIDO HIALURÔNICO, que interage com outros proteoglicanos para a estabilização para que haja interação com FIBRILAS DE COLÁGENO Existem moléculas responsáveis pela interação entre CONDRÓCITOS E MATRIZ, que estão localizadas pericelularmente aos condrócitos → CONDRONECTINA, ANCORINA, TENASCINA e FIBRONECTINA – A cartilagem articular é dividida em 3 ZONAS → a SUPERFICIAL é aquela que contém células semelhantes aos fibroblastos = CÉLULAS FUSIFORMES – os CONDRÓCITOS E FIBRAS COLÁGENAS estão organizados paralelamente a essa superfície e tem formato ACHATADO / a zona INTERMEDIÁRIA é aquela em que os condrócitos são mais ARREDONDADOS e possuem prolongamentos irregulares / a zona PROFUNDA é aquela em que os condrócitos tendem a DEGENERAR, apresentando acúmulo de glicogênio e material lipídico no citoplasma, com presença de hidroxiapatita → leva a calcificação da matriz Thaís Pires 3 Condrócitos – são responsáveis pela síntese de MEC cartilagínea – colágeno II – essas células regulam as propriedades estruturais e funcionais de acordo com as cargas aplicadas na cartilagem → na idade adulta, o ciclo é mantido na fase PÓS-MITÓTICA, limitando a capacidade regenerativa Membrana Sinovial – composta por uma camada íntima (tecido conjuntivo fibroso) e uma subíntima (conjuntivo frouxo – permite mobilidade) – os SINOVIÓCITOS estão localizados na camada íntima e foram divididos de acordo com a ESTRUTURA E FUNÇÃO em tipo A (semelhante aos macrófagos) e B (semelhante aos fibroblastos) – os do tipo B são aqueles mais abundantes e que sintetizam macromoléculas (colágeno, ácido hialurônico,proteoglicanos) e do tipo A são responsáveis por FAGOCITOSE → essa membrana REGULA O AMBIENTE BIOQUÍMICO seja pela passagem passiva de substâncias, seja pela secreção ativa de substâncias derivadas dos sinoviócitos Essa membrana não apresenta funções BIOMECÂNICAS bem esclarecidas, mas, em resposta a um estresse mecânico, é capaz de ALTERAÇÕES NA PRODUÇÃO DE COLÁGENO e do metabolismo dos sinoviócitos Líquido Sinovial – a quantidade proteica no LS é 25-35% em relação à plasmática, enquanto que a glicose é semelhante a plasmática (difusão) / é composto por células mononucleares, de revestimento, monócitos, linfócitos (maior parte) e por leucócitos polimorfonucleares (o resto) / o ácido hialurônico presente no LS apresenta uma conformação ENTRELAÇADA ALEATÓRIA, com alta afinidade pela água, o que confere viscosidade alta → esse AH é o responsável pela viscosidade do LS 2. Rever a fisiopatogenia da inflamação. Inflamação – é classicamente dividida em AGUDA E CRÔNICA, sendo a primeira a resposta INICIAL a uma lesão celular/tecidual. Nessa fase aguda, há o predomínio do AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR e MINGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS para o local (princip. PMN), sendo manifestada, localmente, com os sinais cardinais e, sistemicamente, por neutrofilia e febre. O fenômeno inflamatório ocorre por conta dos MEDIADORES QUÍMICOS, que podem ser substâncias do plasma, do tecido conjuntivo, do endotélio, dos leucócitos e das plaquetas, que tem como principal objetivo a ELIMINAÇÃO DO AGENTE AGRESSOR (de tabela tem lesão tecidual) Permeabilidade Vascular – os capilares e as vênulas de menor calibre têm passagem de substâncias lipossolúveis pela membrana plasmática da célula e de hidrossolúveis por canais intracelulares, sendo as pressões HIDROESTÁTICA E OSMÓTICA as reguladoras do gradiente de passagem. De uma forma geral, os vasos da microcirculação diferem entre si pelo CALIBRE, uma vez que as alterações morfológicas são mínimas. Os vasos próximos as arteríolas são responsáveis por formar líquido tecidual e aqueles em continuidade com as vênulas fazem a reabsorção – na inflamação, devido a saída de proteínas do sangue, a pressão OSMÓTICA DIMINUI e a HIDROSTÁTICA AUMENTA. As células comuns à microcirculação são chamadas de ENDOTELIAIS, que se unem formando uma camada unicelular contínua no interior do vaso, sendo respondáveis pela INFLAMAÇÃO, CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO LOCAL e AUMENTO DA PERMEABILIDADE Produz óxido nítrico e prostaciclina → dilatação vascular e inibição da agregação plaquetária Produz Fator de Ativação Plaquetária → aumenta permeabilidade vascular Libera endotelina, tromboxana A2, angiotensia II → vasoconstrição Thaís Pires 4 As JUNÇÕES INTERCELULARES possuem diâmetro MENOR QUE AS VESÍCULAS de substâncias, mas variam de tamanho de acordo com o segmento vascular: as junções dos capilares são mais RESISTENTES e COMPLEXAS que as das vênulas. Sendo assim, a MIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIA ocorre preferencialmente pelas vênulas Permeabilidade Vascular na Inflamação Aguda – antes que haja uma VASODILATAÇÃO (spoiler), ocorre uma VASOCONSTRIÇÃO momentânea de origem nervosa, que é responsável pela hemostasia caso haja algum extravasamento sanguíneo. A vasodilatação propriamente dita é consequência da liberação de MEDIADORES QUÍMICOS e tem como objetivos a CONTRAÇÃO DE CÉL. ENDOTELIAIS, o que abre as junções intercelulares. Dessa forma, os vasos ficam DILATADOS, HIPEREMIADOS e COM CIRCULAÇÃO LENTA (a hiperemia é o reflexo direto da vasodilatação). Gelo após traumatismos e anestésicos com vasoconstritor diminuem a vasodilatação, hemorragia e edema! Permeabilidade Vascular na Inflamação Crônica – A permeabilidade vascular não é proeminente Mediadores Químicos da Inflamação Histamina - é uma substância encontrada nos MASTÓCITOS, BASÓFILOS e PLAQUETAS, sendo em maior quantidade nos pulmões, pele e mucosa TGI. Quando há a DEGRANULAÇÃO DE MASTÓCITOS, i.e., ou por rompimento da membrana ou por processo ativo envolvendo fusão da membrana do grânulo-célula, há ligação da histamina aos receptores H1 DOS VASOS Anti-histamínicos – Difenidramina; Prometazina (Fenergan); Dextroclorofeniramina (Polaramine) Cininas – são peptídeos derivados das GLOBULINAS PLASMÁTICAS ativadas pelo FATOR XII (Fator de Hageman), que, por sua vez, é ativada pelo colágeno, LPS, tripsina, i.e., substâncias de superfície com carga negativa. Como exemplo, tem a BRADICININA, que provoca dilatação vascular, aumento da permeabilidade, ativação do complemento, dor. PAF – Fator ativado da plaqueta – é derivado das membranas dos MASTÓCITOS, ENDOTÉLIO, BASÓFILOS, PMN, EOSINÓFILOS e causa a AGREGAÇÃO E DEGRANULAÇÃO das plaquetas; MIGRAÇÃO e DEGRANULAÇÃO dos neutrófilos e aumento da permeabilidade vascular (1000x mais potente que a histamina) Prostaglandinas e Leucotrienos – ambos são derivados da membrana celular pela ação da FOSFOLIPASE A2 e estão presentes na própria membrana na forma ESTERIFICADA aos fosfolipídios. Citocinas – são mediadores químicos produzidos por linfócitos e macrófagos. A INTERLEUCINAS são peptídeos e proteínas que mediam a interação entre LEUCÓCITOS. Inflamação aguda – IL1, IL8, TNFalfa Thaís Pires 5 Migração Celular – Os leucócitos que se acumulam no foco inflamatório migraram ativa e seletivamente dos VASOS SANGUÍNEOS, por meio da formação de PSEUDÓPODOS, ativação de filamentos de ACTINA e MIOSINA, ativação da CALMODULINA... enfim, o estímulo ativador da migração é DIFERENTE PARA CADA LEUCÓCITO. Moléculas de adesão são expressas nas superfícies dos LEUCÓCITOS E DO ENDOTÉLIO, facilitando a ADESÃO e posterior MIGRAÇÃO. Os leucócitos rolam pela superfície do endotélio, se aderem a ela e depois migram. Essa adesão se dá pelas SELETINAS → E-SELETINA (endotélio); P-SELETINA (plaquetas e endotélio); L-SELETINA (leucócitos). Além das seletinas, existem as moléculas da FAMÍLIA DA IMUNOGLOBULINAS, como a ICAM (molécula de adesão intercelular) e a VCAM (molécula de adesão vascular), que interagem com as INTEGRINAS dos leucócitos (glicoproteínas para interação com a MEC). Exsudato Inflamatório - é composto de proteínas plasmáticas e leucócitos que extravasam dos vasos e se acumulam no local inflamado, tendo a função de destruir o agente agressor, degradar e remover o tecido necrosado. Dependendo do local, da intensidade da reação e do agente injuriante, o exsudato pode ter diferentes característica Seroso - O líquido extravasado tem ALTO TEOR AQUOSO, apresentando pouca quantidade de moléculas proteicas. Este líquido pobre em proteínas além da origem vascular, pode ser produzido também pelas CÉLULAS MESOTELIAIS que recobrem a cavidade pleural, peritoneal e pericárdica. O caso mais comum de inflamação serosa é a queimadura da pele com formação de “bolhas”. Ocorre nas doenças vesículo-bolhosas (pênfigo, herpes). Fibrinoso - Quando a lesão vascular é mais intensa permitindo a saída de moléculas grandes, o líquido extravasado será rico em PROTEÍNAS, ESPECIALMENTE FIBRINOGÊNIO, formando uma rede de fibrina no território inflamado. O exsudato fibrinoso é mais comum nas membranas serosas do pericárdio, pulmão e peritônio. A rede de fibrina pode ser invadida por fibroblastos, substituindo o exsudato fibrinoso por tecido fibroso, que pode interferir nas funções do pulmão e coração Catarral - Quando a inflamação ocorre NAS SUPERFÍCIES MUCOSAS, há a formação de grande quantidade de muco sendo então chamada de catarral. É encontrada, portanto, apenas quando o tecido inflamado é capaz de secretar muco como a nasofaringe, pulmões, trato intestinal, útero e glândulas secretoras de muco. Purulento - formado pelo ACÚMULO DE GRANDE QUANTIDADE DE NEUTRÓFILOS, que interagem com o agente agressor, geralmente bactérias, provocando a destruição tecidual. A viscosidade do pus é devida em grande parte ao conteúdo de DNA, oriundo dos própriosneutrófilos. Devido a viscosidade, o abscesso é difícil de ser reabsorvido, devendo quando possível ser drenado naturalmente ou cirurgicamente. Deve-se ressaltar que nem sempre há a predominância de um tipo de exsudato, existindo então os tipos mistos que poderão ser chamados de serofibrinosos, fibrinopurulentos, mucopurulentos e assim por diante. Thaís Pires 6 3. Estudar os aspectos epidemiológicos da artrite reumatoide do adulto relacionados com sexo, idade e grupo racial. Sexo – por se tratar de uma doença autoimune, sabe-se que grande parte delas é mais frequente em MULHERES Idade – 35-55 anos – melhora durante a gestação, piora no puerpério 4. Discutir o diagnóstico diferencial das poliartrites crônicas. Artrite Reumatóide Quadro Clínico – INICIALMENTE se instala de maneira insidiosa com queixas intermitentes de DOR E RIGIDEZ ARTICULAR que podem estar acompanhadas de sintomas constitucionais → fadiga, mal estar, anorexia, mialgia / Com a evolução do quadro, a doença assume a forma clássica = ARTRITE SIMÉTRICA DE PEQUENAS ARTICULAÇÕES DA MÃO E PUNHO – mais dificilmente acomete as METATARSOFALANGIANAS dos pés, preservando as DISTAIS – então um acometimento distal dos pés aponta para diagnósticos alternativos (artrite psoriásica ou osteoartrite) O quadro inicial também pode se dar por acometimento de UMA ÚNICA ARTICULAÇÃO de baixa intensidade, curta duração e com mínimas sequelas articulares → ARTRITE INDIFERENCIADA / Por outro lado, a AR pode iniciar de forma súbita, como POLIARTRITE FULMINANTE que evolui rapidamente e apresenta manifestações extra-articulares Condições Associadas – as principais e maiores responsáveis pela mortalidade de pcts com AR são aquelas do SISTEMA CARDIOVASCULAR, destacando-se DOENÇA CORONARIANA, INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA e ATEROSCLEROSE CAROTÍDEA → todas são consequência do processo inflamatória crônico, observado pela presença de marcadores como (PCR e fibrinogênio), o que acelera a aterosclerose Cerca de 50% dos pcts com AR desenvolvem OSTEOPOROSE, uma vez que as citocinas liberadas aumentam a atividade dos OSTEOCLASTOS, causando osteoporose difusa → o que, associado à dificuldade de mobilidade e algia da doença, aumentam o risco de queda da própria altura Manifestações Articulares – tem como principal SINTOMA – DOR ARTICULAR e principal SINAL – EDEMA ARTICULAR → Essa dor é resultante do ESTIRAMENTO da capsula articular, que possui nociceptores, Thaís Pires 7 daí a preferência dos pcts pela posição FLEXÃO (posição antálgica) que aumenta o volume articular e diminui a sua distensão / o edema é resultante da AUMENTO LS + HIPERTROFIA MEMBRANA SINOVIAL + ESPESSAMENTO CÁPSULA ARTICULAR Com o progredir da doença, há uma fibrose dos tecidos periarticulares, causando a ANQUILOSE (diminuição da mobilidade por adesão fibrótica) e CONTRATURA/ATROFIA MUSCULAR O acometimento articular segue, frequentemente, uma sequência estereotipada / Mais tardiamente acomete ombros e, ao contrário das ESPONDILOARTROPATIAS, não atinge a coluna torácica e lombar, mas a CERVICAL! RIGIDEZ ARTICULAR - após o período de inatividade noturna é frequente pela manhã em pcts com AR, que melhora com a MOVIMENTAÇÃO → A rigidez matinal por mais de 1h é indicativo de ARTROPATIA INFLAMATÓRIA (diferencia de não inflamatória) – quanto MAIOR A INFLAMAÇÃO, MAIOR A RIGIDEZ MATINAL CALOR LOCAL - pode ser evidente principalmente em grandes articulações, como os joelhos a. Mãos Achado mais característico da AR é a tumefação interfalangiana proximal de forma simétrica – com o avançar, o acometimento das articulações metacarpofalangianas causa um afrouxamento dos tecidos moles, tendo como característica um DESVIO ULNAR DOS DEDOS HIPEREXTENSÃO PROXIMAL + FLEXÃO DISTAL = PESCOÇO DE CISNE HIPERFLEXÃO PROXIMAL + EXTENSÃO DISTAL = SINAL DA ABOTUADURA b. Punhos Compromete os punhos e articulações metacarpofalangianas de forma bilateral, havendo dificuldade tanto de extensão como de flexão A hipertrofia sinovial pode corroborar para uma SCT, diagnosticada principalmente pelas manobras semiológicas de Tinel e Phalen Deformidades no punho → punho em DORSO DE CAMELO c. Joelhos São frequentemente acometidos pela AR, demonstrando DERRAME LS → manobra semiológica realizada para detectar esse excesso é a COMPRESSÃO DA PATELA (SINAL DA TECLA), que, quando positiva, dá a sensação de que a patela está flutuando e afunda até alcançar o osso e depois retorna à superfície A membrana sinovial da região poplítea pode, frequentemente, perfurar a fáscia muscular posterior da perna e dar origem ao CISTO DE BAKER – quando roto, apresenta sinais semelhantes aos de um TVP → todo pct com AR que apresenta sinais de TVP deve ser investigado quanto a esse cisto por meio do Doppler d. Pés Assim como nas mãos, há um acometimento das pequenas articulações do pé (metatarsofalangianas) – como os pés sustentam o peso corpóreo, as suas deformações vão além da estética e funcionalidade → a subluxação Thaís Pires 8 plantar da cabeça dos metatarsos resulta em DOR AO CAMINHAR COM CALÇADOS – essa subluxação causa a formação de PROEMINENCIAS ÓSSEAS que pioram a erosão por traumatismo de repetição!!! e. Coluna Cervical Alta Ao nível de C1 e C2, pode haver a SUBLUXAÇÃO ATLANTOAXIAL, responsável por elevada mortalidade (leva a rigidez nucal) – tem prevalência de 10% - essa subluxação pode cursar com tetraparesia e tetraplegia → paralisia diafragmática, insuficiência respiratória, compressão das artérias vertebrais f. Cotovelos Tem como característica a POSIÇÃO ANTÁLGICA em flexão – o aumento da pressão pela proliferação sinovial pode causar síndrome do encarceramento tanto ulnar (punho em garra) como radial (punho caído) g. Ombros Ocorre mais frequentemente em fases mais tardias da doença, com presença de cistos sinoviais h. Cricoaritenoides Seu envolvimento é mais incomum na AR, porém podem ser acometidas – são articulações responsáveis pela movimentação das cordas vocais → cursam com rouquidão, disfagia, dor na região anterior do pescoço Manifestações Extra-articulares – são observadas, geralmente, em indivíduos com altos níveis de FATOR REUMATÓIDE E ANTI-CCP Cutâneas – nódulos reumatoides subcutâneos parecem ser derivados da vasculite de pequenas veias, que produzem proliferação fibroblástica → esses nódulos refletem o NÍVEL DE ATIVIDADE DA DOENÇA – esses nódulos estão presentes em áreas de maior estresse mecânico, como a região de extensão dos cotovelos Oftalmológicas – tem como principal síndrome a de Sjogren, que apresenta xeroftalmia, lesão corneal e aumento das parótidas / episclerite condição que apresenta eritema e dor no olho → é semelhante a conjuntivite, porém o seu eritema é mais localizado e não produz secreção Pulmonares – acometimento das pleuras (pleurite e derrame pleural) com exsudato Cardíacas – a pericardite é encontrada em cerca de 50% dos pacientes, sendo frequentemente assintomática – os pcts que apresentam a pericardite geralmente são soropositivos e possuem nódulos reumáticos subcutâneos / os nódulos podem surgir no miocárdio, nas válvulas / a vasculite pode acometer as artérias coronárias, causando um IAM Diagnóstico – no critério de ACR 1987, apresentar 4 ou + dos 7 critérios – uma detecção muito tardia, provavelmente na fase de erosão com presença de deformidades quando a doença já está plenamente estabelecida / o tratamento deve ser iniciado o quanto antes, pois o processo de degeneração tecidual é continuo, além do que o efeito dos medicamentos é tardio (cerca de 6-12 semanas) Em 2010, o ACR-EULAR permitiu que houvesse uma detecção de AR na JANELA TERAPÊUTICA, facilitando a diminuição de erosões – nesse critério, são necessários 6 OU + pontos Thaís Pires 9 Artrite Viral O padrão clássicoda AR (artrite simétrica de interfalangeanas proximais) pode estar presente em outros tipos de artrite, sendo o fator DURAÇÃO DOS SINTOMAS > 6 SEMANAS crucial para diferenciar as poliartrites! Algumas VIROSES são causas frequentes de poliartralgia, diferenciando-se da AR pelo CURSO AUTOLIMITADO. Essa artrite viral costuma ocorrer mais em CRIANÇAS E ADULTOS JOVENS, predominando no SEXO FEMININO! Predominantemente, os vírus relacionados ao comprometimento articular são: RUBIVIRUS, RUBIVIRUS ATENUADO, PARVOVIRUS B19, HEP B e HIV. A artralgia pode ser decorrente da PRESENÇA DO VÍRUS na articulação ou da deposição de IMUNOCOMPLEXOS (mecanismo da artrite reativa). Quadro Clínico – poliartrite simétrica de pequenas articulações das mãos e punhos Diagnóstico – é dado de forma presuntiva a partir da SOROLOGIA! IgM positiva ou um aumento 4x de IgG em até 21 confirma a virose. Como o quadro é autolimitado, o tto é sintomático. Artrite Gonocócica É causada pela Neisseria gonorrhoeae, um diplococo GRAM – SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL. A artrite gonocócica nada mais é do que a forma DISSEMINADA da infecção sexual na uretra/cérvix que, via hematogênica, alcança uma articulação. Essa forma disseminada ocorre em até 3% dos infectados, sendo fatores preponderantes para essa disseminação : • Idade < 40 anos • Sexo Feminino (3M:1H) • Menstruação Recente • Gravidez ou puerpério imediato • Deficiências no sistema complemento • LES Quadro Clínico – é caracterizado por ser BIFÁSICO com evolução de bacteremia-poliarticular para localização- monoarticular: 1º Fase Poliarticular/Gonococcemia – poliartrite assimétrica de grandes articulações periféricas (joelho, tornozelo, cotovelo) + FEBRE ALTA + CALAFRIO + DERMATITE (pústulas indolores com base eritematosa e centro necrótico-hemorrágico – ocorrem principalmente nas MÃOS) + TENOSSIVITE / Nessa fase, a HEMOCULTURA é positiva em até 45% dos casos, mas as culturas do LÍQUIDO SINOVIAL geralmente são NEGATIVAS, isso porque a Neisseira costuma estar na orofaringe, cérvice e uretra, poupando as articulações e as lesões de pele 2ª Fase Monoarticular/Artrite Supurativa – fase em que o gonococo migra, de fato, para a ARTICULAÇÃO, causando a artrite séptica propriamente dita! Nessa fase, as hemoculturas são quase sempre negativas e as culturas dos líquidos sinoviais são positivas em 30-40% dos casos!! Dentre os casos que evoluem para a fase monoarticular, 2/3 iniciam com a fase poliarticular e 1/3 já inicia com a fase monoarticular, sendo necessário o diagnóstico diferencial com a artrite estafilocócica!! Na fase mono, o líquido sinovial costuma ser PURULENTO ou TURVO com uma contagem de 10.000-100.000 leucócitos/mm³ (menor que a artrite séptica não gonocócica), com predomínio de NEUTRÓFILOS, queda de GLICOSE, aumento de PROTEÍNA e elevação do LD Thaís Pires 10 Artrite do LES É uma condição marcada por acometer MULHERES JOVENS, “inflamando” seus tecidos e órgãos – se acometer rim, glomerulonefrite; se acometer articulação, artrite; se acometer pulmão, pneumonite/pleurite. No LES, há ARTRITE DA AR + ARTRITE DA FEBRE REUMÁTICA, i.e., artrite das pequenas articulações periféricas com caráter MIGRATÓRIO, durando poucos dias em cada articulação. Esse tipo de artrite NÃO CAUSA EROSÃO ARTICULAR, então não há deformidade fixa; em casos específicos, pode haver deformidade sem erosão, que caracteriza a ARTRITE DE JACCOUD Doença de Whipple Agente Etiológico – Tropheryma whipplei Epidemio – homens brancos de meia idade (49 anos) Clínica – sintomas gerais, esteatorreia, achados neurológicos, endocardite, POLI/OLIGOARTRITE / Então, quadro que inicia com artrite, mas apresenta ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS leva a pensar em Whipple Doença de Lyme Agente Etiológico – Borrelia burgdorferi Vetor – Carrapato Estágio I – eritema migratório Estágio II – anormalidades neurológicas ou cardíacas Estágio III – ARTRITE de grandes articulações que aparece semanas ou anos após o início da doença Sarcoidose Doença granulomatosa multissistêmica, caracterizada por seu envolvimento pulmonar crônico e intersticial + linfadenomegalia hilar bilateral. Dentre as demais manifestações podemos encontrar uma poliartrite de grandes articulações, por vezes migratória e que costuma se resolver após o tratamento sem deixar sequelas. Paraneoplásica – difícil demais - Os pacientes são geralmente mais velhos, possuem acometimento assimétrico, FR negativo e artrite de aparecimento súbito e marcante 5. Estudar as manifestações extrarticulares das artrites. 6. Conhecer os principais exames complementares usados para a diferenciação diagnóstica das poliartrites. 7. Conhecer os principais medicamentos anti-inflamatórios e seus mecanismos de ação. 1) AINES São anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos quimicamente muito variáveis, porém apresentam o mesmo efeito farmacológico: BLOQUEIO COX para a INIBIÇÃO da produção de PROSTAGLANDINAS Prostaglandinas – são mediadoras químicas derivadas dos ácido araquidônico presente na membrana celular, que, por meio da fosfolipase A2, é extraído do seu local de origem e transferido para o CITOPLASMA, onde irá sofrer ações enzimáticas diferentes: se for metabolizado pela LIPO-OXIGENASE dará origem aos LEUCOTRIENOS; se for metabolizado pela CICLO-OXIGENASE, dará origem as PGH2, que, a partir das prostaglandinas-sintetases, originará os diferentes tipos de PROSTAGLANDINAS! A COX existe em 3 FORMAS: a COX 1 é aquela CONSTITUTIVA das plaquetas e da mucosa gastroduodenal, tendo como função manter a homeostasia ao permitir a produção de muco gástrico que protege a mucosa; a COX 2 é tanto CONSTITUTIVA quanto INDUZIDA, sendo essa induzida a RESPONSÁVEL PELO PROCESSO INFLAMATÓRIO, então é o Thaís Pires 11 grande alvo terapêutico! Ela é assim chamada pois é sintetizada apenas na presença de ESTÍMULOS como destruição tecidual, exposição ao LPS, já a forma constitutiva é expressa no cérebro, rim e endotélio vascular, mantendo a homeostasia lá; a COX 3 é uma variante constitutiva da COX 1 localizada no SNC, tendo função pouco conhecida Como o grande responsável pela cascata inflamatória é a COX 2 INDUZIDA, foram criados fármacos com SELETIVIDADE PARA A COX 2, ou seja, tanto pra constitutiva como pra induzida. Isso é importante pois aqueles AINES não seletivos causam GASTROTOXICIDADE ao inibirem a COX1, porém foi percebido que esses COXIBS (AINES seletivos para COX2) inibem a forma CONSTITUTIVA, aumentando o risco de LESÃO CARDIOVASCULAR pela inibição da proteção endotelial! No que diz respeito a COX 3, os AINES não parecem atravessar a BHE de forma muito eficaz, com exceção para o ACETOAMINOFENO e a DIPIRONA (que não são AINES, pois não inibem COX 1 ou 2), que conseguem inibir a COX3, justificando seus efeitos antipiréticos e analgésicos Farmacologia – os diferentes AINES exercem os seus efeitos COMPETINDO COM O AA para a metabolização pela COX, ou seja, é uma INIBIÇÃO COMPETITIVA, sendo, portanto, REVERSÍVEL. Vale ressaltar que o AAS é um AINE de inibição IRREVERSÍVEL, pois realiza a acetilação da COX, bloqueando a COX 1 e modificando a COX 2 Nimesulida, Etodolaco, Meloxicam – são AINES desenvolvidos antes dos Coxib, tendo como objetivo ser menos gatrotoxico. Eles realizam a INIBIÇÃO SELETIVA DA COX-2, porém com seletividade menor que a dos coxib Ação Analgésica – teoricamente, os AINES são mais analgésicos do que anti-inflamatórios, uma vez que a DOSE ANALGÉSICA é menor que a anti- inflamatória. Esse efeito se dá pois as PGS diminuem o limiar de ativação dos nociceptores, então a diminuição dessas substâncias diminui a dor. Ação Antipirética – existem alguns vasos sanguíneos no hipotálamo que possuem um endotélio que produz PG em resposta a pirógenos. Risco Cardiovascular – os AINES, em RN pré- termo, induzem o FECHAMENTO DO CANAL ARTERIAL patente!Thaís Pires 12 2) Glicocorticoides São os mais potentes anti-inflamatórios e imunossupressores conhecidos, sendo amplamente empregados em condições reumatológicas. Farmacologia – os hormônios derivados do COLESTEROL são denominados ESTEROIDES, quando esses são produzidos pela CÓRTEX ADRENAL, são chamados de CORTICOIDES/CORTICOESTEROIDES. Eles são diferenciados de acordo com a sua função básica: Glicocorticoides – atuam no metabolismo intermediário (ação permissiva em vias biológicas) e na resposta ao estresse - cortisol Mineralocorticoides – atuam no balanço corporal de sódio, potássio e prótons - aldosterona Thaís Pires 13 Esteroides Sexuais – geram caracteres secundários De uma forma geral, todos os glicocorticoides têm o mesmo efeito, havendo diferença QUANTITATIVA ENTRE ELES. Prednisona é, na verdade, um PRÓ-HORMONIO, necessitando de metabolismo hepático para chegar a forma ativa que é a prednisolona (hepatopatas não podem receber prednisona) Efeito no sistema imune – A inibição das citocinas é o grande pivô da imunossupressão, sendo o padrão TH1 (IL1, IL2, IL3). Esse efeito é possível por meio da indução da IkBa, uma proteínas que inativa o fator nuclear kappa beta (fator de transcrição de citocinas). Por outro lado, as citocinas do TH2 podem nem ser alteradas. A redução das citocinas TH1 reduz a cascata inflamatória, a síntese de leucotrienos e PG é diminuída pela inibição da fosfolipase A2 Eixo HHA - Devido ao fenômeno de feedback negativo exercido pelos GC sobre o CRH hipotalâmico e o ACTH hipofisário, seu uso continuado inibe o eixo HHA. Devido ao fenômeno de feedback negativo exercido pelos GC sobre o CRH hipotalâmico e o ACTH hipofisário, seu uso continuado inibe o eixo HHA Desmame - Não existe método ideal (baseado em evidências) para “desmamar” um paciente da corticoterapia! Sabemos que tudo depende da atividade da doença de base, bem como do grau de supressão do eixo HHA (é preciso “dar tempo” para que o eixo se recupere e o córtex adrenal volte a produzir cortisol em quantidades suficientes). De uma forma geral, só daremos início ao processo de desmame quando a doença estiver estabilizada
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