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A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FERRAMENTA DO CUIDAR

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MÉTODOS E TÉCNICAS DO ENSINO - 
ENFERMAGEM
A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO 
FERRAMENTA PARA O CUIDAR
Camila Zanesco
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Olá!
Você está na unidade . Conheça aqui a importância daA educação em saúde como ferramenta para o cuidar
educação em saúde no contexto do cuidar em saúde, uma ferramenta delicada e poderosa que permeia a atuação
dos profissionais de saúde.
A educação em saúde é uma forma de transmitir conhecimentos, repassar informações e possibilita a abertura
de inúmeras portas, além de potencializar, de maneira ímpar, o processo de cuida. Permitir que a informação
alcance o destinatário significa muito e é responsável por direcionar muitas escolhas, elevando as chances serem
corretas.
Bons estudos!
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1 Políticas de educação em saúde
A criação e implantação no século XX exigiu transformação em diversosdo Sistema Único de Saúde (SUS)
aspectos, incluindo no campo da . Considerando tamanha transformação, as realidadeseducação/formação
foram sendo adaptadas e orientadas para direções que possibilitem a realização contínua de momentos de 
, com envolvimento de múltiplos atores.educação em saúde
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1.1 Compreendendo a temática
É interessante visualizar o , que ocorre de maneira acelerada, na sociedade em queprocesso de evolução
vivemos, concorda? Analisando o contexto de maneira retrospectiva, considerando a década de 70, por exemplo,
o acesso a uma simples ligação telefônica era privilégio para poucas pessoas. Cerca de 50 anos depois, veja onde
chegamos: a ligação está a um toque para praticamente todas as pessoas do planeta. Sendo assim, é preciso
“dançar conforme a trilha sonora”, não é mesmo? Para tanto, as pessoas, independentemente da ocupação,
devem buscar constantes . Pensando neste contexto, e visando cada vez mais atualizações qualidade ao
, a área da saúde não fica de fora dessa “brincadeira”. Foi através da processo portaria GM/MS nº 1.996, de 20
, que foram dispostas diretrizes para a implementação da de agosto de 2007 Política Nacional de Educação
, que garante a sua realização e .Permanente em Saúde continua democrática
Considerando o contexto da enfermagem, podemos pensar a política de educação em saúde como uma estratégia
de . Sendo assim, cada vez que o profissional realizar um momento deintensificar as ações que são prestadas
educação em saúde, poderá apreender e organizar-se para eventos futuros.
É garantido que os profissionais tenham capacitações e recomenda-se que eles se atualizem constantemente
para buscar mais a sua atividade laboral. A evolução nos diversos campos, nos últimos anos,qualidade
potencializou as ações desenvolvidas. Neste sentido, os aparatos disponíveis para proteção do servidor e do
paciente são inúmeros.
Como evidenciado, muitas das ações executadas na rotina diária de atuação do profissional de enfermagem são
suscetíveis a perigos. Apesar de disponíveis equipamentos para segurança própria e do paciente, muitas vezes os
profissionais ignoram tais medidas protetivas e deixam de utiliza-las corretamente. Consequentemente, essas
condutas vêm causando drásticas repercussões.
Assim, adentramos no campo da enfermagem do trabalho, atuando na eretaguarda dos serviços de saúde
dando suporte aos profissionais responsáveis por cada unidade e serviço de saúde no sentido de potencializar o
cuidado e correta adesão às . No Brasil, existem normas regulamentadoras específicasmedidas de segurança
para segurança no trabalho em saúde, fiscalizadas e atualizadas constantemente pela Anvisa (COSTA, PAZ,
SOUSA; 2010).
Com intuito de esclarecer a importância das medidas protetivas, Maria Regina, sexo
feminino, 50 anos de idade, ocupa o cargo de auxiliar de limpeza em um hospital público
há cerca de 17 anos. Ela não tem diagnóstico de nenhuma doença crônica, nega queixas e,
periodicamente, realiza os exames de rotina na medicina do trabalho da empresa. Em uma
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Exemplo
prático
das inspeções regulares, foi encaminhada ao serviço de infectologia, devido a um aumento
de marcadores hepáticos acusado nos seus exames. Na avaliação do profissional, negou
hemotransfusão prévia, realização de acupuntura, e hábitos como: tabagismo, uso de
drogas ilícitas e promiscuidade sexual, entretanto, relata o desuso regularmente de
equipamentos de proteção individual durante a rotina de trabalho, tais como máscara,
luvas, entre outros, apesar do contato frequente com sangue em seu ambiente de trabalho.
Foram solicitados exames complementares que confirmaram o diagnóstico de hepatite C
com elevado grau de fibrose hepática.
Em todos os serviços de saúde devem estar disponíveis e ou de proteção coletiva eequipamentos estruturas
equipamentos de proteção individual. Os empregados devem ser corretamente capacitados para utilizados de
maneira adequada, e os e devem regularmente tal adesão.órgãos coordenações fiscalizar
Figura 1 - Equipamentos de segurança
Fonte: H. K. Singh, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: Na imagem, é possível observar equipamentos de proteção na área da saúde. Há um jaleco azul,
um par de luvas de látex, um óculos de proteção e uma máscara.
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2 Compreendendo as terminologias relacionadas
A educação em saúde possui ampla aplicação, assim como seu significado, que se relaciona a um processo de
construção de conhecimentos, envolvendo , e (FALKENBERG et al., 2014).profissionais população gestores
Ao mesmo tempo que precisamos atentar para as interferências que ocorrem na comunicação, se ignoradas, elas
podem comprometer o resultado final da proposta. Ao final de uma explicação, por exemplo, se prontifique a
verificar se a pessoa ou o grupo compreendeu, caso contrário, seja pró ativo para esclarecer as dúvidas que
permaneceram.
Na enfermagem, como evidenciado, a comunicação é o . Somos destinados a noscombustível movimentador
comunicar com absurda frequência, independente da área a ser seguida para a atuação prática.
Na atualidade, a informação é acessível para a grande maioria das pessoas em questão de segundos, porém a
forma como cada pessoa interpreta essas informações é peculiar e dela depreende o desenrolar dos fatos futuros
relacionados. São inúmeras as situações que nos fazem refletir e nem sempre compreendemos tudo no primeiro
momento. Se tratando de saúde, não é diferente, a vastidão de informações é responsável por gerar inúmeras
dúvidas.
Desde o surgimento da enfermagem, com sua precursora Florence Nightingale, as atualizações são constantes e
essenciais para que o processo de cuidar seja com qualidade e, ao mesmo tempo, efetivo, priorizando as
demandas de cada paciente, respeitando seus , sua , seus . Para tanto, aspreceitos cultura anseios
transformações devem desprender-se, desde o ensino até a atuação prática, seja ela qual for.
Você já percebeu o quanto a enfermagem evolui e continua esse processo nos últimos anos? Mesmo assim
vivemos intensamente deficiências que afetam negativamente a enfermagem. Qual seria o impacto na saúde se a
Fique de olho
Você, aluno, compreende a importância do domínio das diversas formas de comunicação?
Acredito que você tenha percebido que a forma de exposição do conteúdo nessa unidade vem
acontecendo de uma maneira menos densa que o habitual e que as perguntas impulsionadoras
aparecem com frequências. O objetivo dessa alteração é realmente pôr em prática a
comunicação e, se você chegou até aqui, se sinta privilegiado e parabenizado.
Ao final da unidade, aconselhamos que você, além de cumprir a tarefa inicialmente proposta,
de fazer um esquema identificando quais as formas de comunicação existentes, o principal
objetivo de cada uma e um exemplo prático. Desta maneira você estará a forma de
comunicação aqui utilizada e verificando a real absorção do conteúdo apresentado.
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enfermagem atingisse pleno potencial? Seja ele no sentido da promoção, prevenção, assistência, reabilitação,
gestão, entre tantos outros.
Nesse momento, enquanto futuro profissional, reflita o impacto de suas ações na saúde dos indivíduos. O quepoderia ter feito de diferente? O que você fez que ajudou o outro? O que poderia ser mudado para impulsionar a 
? Neste sentido, a educação em saúde vem como ferramenta para potencializar suascategoria profissional
ações.
Ser enfermeiro requer dedicação e envolvimento, buscando alternativas de como combater o processo de
 que permeia a realidade dos indivíduos, entretanto, para tal, é preciso que, enquantodesinformação
profissional, conheça, de maneira efetiva, o que quero e preciso repassar. Como nem sempre esse processo foi
garantido pelos envolvidos, com o passar dos anos surgiu a necessidade de criar garantias, que vieram através
da política.
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2.1 A política de educação em saúde
A política nacional de educação em saúde envolve todas as esferas de governo (federal, estadual e municipal),
responsáveis conforme as demandas e singularidades de cada . Afinal, não precisamosárea de abrangência
utilizar a mesma metodologia e traçar os mesmos objetivos em todas as circunstâncias, nem devemos. Por
exemplo, a disseminação de conhecimento se inicia na creche, muitas vezes antes mesmo da criança aprender a
se comunicar e as formas de alcançar o aprendizado vão sendo alteradas conforme o tempo passa. Assim
acontece na saúde: cada caso, cada área, cada indivíduo e cada profissional deve ser considerado naquele espaço
de tempo e conforme suas demandas e potencialidades.
São muitas possibilidades, mas, também, são inúmeras demandas divergentes, as quais requerem
comprometimento das partes. Sendo assim, a Portaria GM/MS nº 1.996, de 20 de agosto de 2007, torna
obrigatória a realização e garantia de ações de educação em saúde na realidade do sistema público de saúde no
território nacional (BRASIL, 2018).
Essa possibilidade de conhecimento potencializa a e o cuidado dos indivíduosatuação dos profissionais
consigo mesmo. É uma forma de superar as dificuldades existentes e é preciso que as categorias da área da saúde
se apresentem unidas, lutando em direção única em prol dos objetivos que culminarão em melhorias a todos os
envolvidos: , , de e .profissionais pacientes serviços saúde comunidade
Adicionalmente, é preciso buscar conhecimentos, de maneira continua, com intuito de alcançar níveis de
qualidade avançados no que condiz a assistência em enfermagem. A ciência permite a e constância
 dos afazeres nas diversas áreas de conhecimento.padronização
Vamos pensar de maneira dinâmica: quantas vezes falta de comunicação comprometeu o desenvolvimento com
louvor de determinada ação por você executada? De que maneira você poderia ter agido diferente? Quais seriam
os resultados alcançados se a comunicação tivesse sido efetiva?
A comunicação é essencial para tudo, por isso é fundamental saber ponderar cada situação considerando suas 
 e . É improvável que lhe sejam negadas informações no decorrer do processo dedemandas condições
esclarecimento por vários órgãos. Assim sendo, o esforço depreendido não será desperdiçado e toda a trajetória
será útil.
Nesse sentido, precisamos usar da ciência e todas as possibilidades possíveis através dela. A busca constante por
inovações precisa ser desejada por todos os profissionais atuantes, com intuito de potencializar o processo de
criação e implantação. O cuidado direcionado e seguro potencializa a atuação integral e singular, fortalecendo
condições dignas de trabalho e colaborando positivamente com a condição clínica do paciente.
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3 Educação popular em saúde
A educação em saúde pode ser interpretada como uma possibilidade para poucos, vinculada a algum serviço e
profissional específico, pensamento totalmente divergente do que preconiza a política, que reforça a premissa de
educação em saúde como em diversos contextos,ferramenta de disseminação de informações
responsabilizando cada indivíduo pela realização de tal.
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3.1 A educação em saúde e a enfermagem
A enfermagem vem evoluindo consideravelmente seu , sendo única,modelo de prestar cuidados em saúde
conquistando cada vez mais espaço. Para tanto, ao longo dos anos, e ainda nos dias de hoje, precisamos superar
modelos centrados no fazer médico.
O espaço de cada profissão acaba sendo cercado pela atuação . Consequentemente, muitas são asmédica
dificuldades em decorrência desse contexto. Apesar disso, a enfermagem vem bravamente lutando para se
manter com reconhecimento dentre as profissões em saúde.
Como forma de vencer as dificuldades evidenciadas e tantas outras que existem, é preciso que a categoria se
apresente unida, se empodere e lute em prol dos objetivos, que culminarão em melhorias a todos os envolvidos: 
, , e .profissionais pacientes serviços de saúde comunidade
Propor-se a ser profissional da área da saúde consiste em assumir um caminho de e atualizações capacitações
, buscando assim, ser cada vez melhor. A eficiência do fazer em enfermagem depende do engajamentocontínuas
dos profissionais. Não espere uma receita pronta na atuação, uma fala fixa de o que é hipertensão arterial
sistêmica para todos os pacientes que você irá atender, cada um tem e é isso queum nível de compreensão 
precisamos trabalhar para identificar e conseguir superar as dificuldades em equipe, envolvendo o indivíduo no
processo de cuidar. É importante salientar que o sucesso não acontece necessariamente na primeira, segunda ou
terceira tentativa, às vezes o alvo é atingido depois de demasiadas tentativas (COLOME; OLIVEIRA, 2012).
Fique de olho
Toda a atuação requer dedicação e neste caso, da educação em saúde, não é diferente. Somos
todos jogadores de um único time e a competição só é bem-vinda se para contribuir em prol
dos envolvidos de maneira generalizada. Cada profissional, assim como os indivíduos, possui 
 e e precisam se reconhecer e compreender quais os caminhos apotencialidades dificuldades
serem seguidos para enfrentar os obstáculos.
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3.2 A empregabilidade da educação em saúde na atenção em saúde
Qual o significado de você, profissional da saúde, compreender a importância de um determinado fato e não
conseguir explicá-lo a outro indivíduo?
Exemplo
Prático
João, 55 anos, viúvo, que reside com o filho único, Maicon, de 25 anos, em uma casa em um
bairro de classe média e é portador de Diabetes tipo 2 há cerca de 20 anos e obesoMellitus 
(IMC 33 Kg/m²). João não completou o ensino fundamental, trabalha em uma indústria
têxtil próximo a sua residência e pertence a área de cobertura da equipe de saúde da
família em que a enfermeira Rita trabalha. Paciente crônico, conhecido na unidade de
saúde devido aos inúmeros episódios de descompensação da glicemia capilar, relata não
conseguir fazer uso adequado de insulina e se mantem resistente ao uso regular da
medicação hipoglicemiante, ademais, consome eventualmente significativa quantidade de
bebida alcoólica.
Por se tratar de uma área populacional considerada frágil, existe cobertura de 100% dos Agentes Comunitários
de Saúde (ACS). A enfermeira Rita acordou com a ACS, responsável pela micro área em que reside seu João, que
as visitas à residência do paciente passassem a ser semanais, com o intuito de fiscalizar o uso correto dos
medicamentos e adesão de uma rotina mais saudável. Todo esse plano de acompanhamento aconteceu após uma
consulta de enfermagem que durou cerca de 2 horas. Rita explicou, de maneira prática, a seu João como aplicar,
armazenar e descartar o material utilizado relacionado a insulina. Usou papel e caneta para desenhar como agem
os hipoglicemiantes e a importância de consumi-los corretamente e forneceu uma caixa para que o paciente
organizasse a medicação conforme o horário do uso, com imagens ilustrativas (considerando sua dificuldade
relacionada a leitura). Em conjunto com a equipe multidisciplinar, elaborou um plano de cuidados para o
paciente, abordando alimentação, atividades físicas, rotinas de sono, cuidados com o corpo e higiene. Foram
definidas visitas semanais da ACS para os primeiros 60 dias de pactuação, uma visita da equipe nos primeiros 30dias e retorno para atendimento na unidade finalizando o segundo mês. O que você acha que resultou desse
processo e explicação detalhada?
O desfecho dessa situação foi a alteração positiva das escolhas do paciente João, que relatou a felicidade em ter
uma equipe que explicou, pela primeira vez, a importância e o porquê do uso correto das medicações e adesão a
hábitos saudáveis de vida. Muitas são as indagações das falhas que se fizeram presentes nas tentativas anteriores
de abordagem do paciente e isso não significa que a excelência seja definição da abordagem atual, entretanto,
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todas as situações são passíveis de aprendizado. Para tanto, é preciso refletir e compreender as implicações
negativas e positivas que oneram de cada situação.
Explicar nem sempre significa que o paciente, estudante ou qualquer indivíduo compreendeu a importância do
fato. Nesse sentido, evidenciamos a necessidade de um , entrelaçado as processo efetivo de comunicação
, respeitando suas de maneira efetiva e possibilitando, deste modo, odemandas das pessoas peculiaridades
alcance do . Através da comunicação é possível conectar os diversos pontos da rede,repasse de informações
melhorar o cuidado, potencializar as ações e outras melhorias, como veremos adiante.
Dispor de uma possibilidade para se comunicar de maneira efetiva é algo que contribui para o cuidado em
enfermagem. Muitas situações demandam empenho adicional para serem realmente executadas, mas todos os
profissionais precisam estar engajados, pareados em relação ao conhecimento do caso e envolvidos no sentido
dos objetivos.
Para uma efetiva comunicação é preciso (ser integral e singular), considerar o indivíduo como único
, seus , seus , suas , seus , respeitar suas demandas anseios potenciais dificuldades laços afetivos condições
, ou seja, considerar todos os aspectos que o envolvem.socioeconômicas
Assista aí
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/6a38a692e053b142d88db520124641a6
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3.3 A comunicação no processo de educação em saúde
São inúmeras as formas de comunicação além da fala. Podemos citar o , a , entre outras. Acontato visual escrita
adoção da variação da forma ou junção depende do . Lembre-se do exemplo citadoobjetivo da ação
anteriormente, João recebeu informações de maneiras diversas, não é mesmo? Muitas vezes, a alternativa
utilizada não se enquadra a realidade, culminando na falha da transmissão.
Neste contexto, a (dos profissionais), de maneira ou , também sepreparação da equipe individual coletiva
constitui como processo de educação em saúde e resulta na qualificação para desenvolvimento das ações de
maneira e .estratégica eficiente
Na enfermagem, como evidenciado, a comunicação é o combustível movimentador, somos destinados a nos
comunicar com absurda frequência, independente da área a ser seguida para a atuação prática. Compreende a
importância do domínio das diversas formas de comunicação?
Desta forma, a atuação no campo da saúde requer para que as informações sejam corretamentedestreza
filtradas e esclarecidas devidamente aos indivíduos. Se você se sente confortável com uma pessoa, a conversa, as
trocas de mensagens ou seja qual for a forma de comunicação adotada, flui de maneira satisfatória. Entretanto,
se você se sente envergonhado, impedido por alguma razão de falar, a comunicação fica travada e impede que
você esclareça de forma adequada o que precisa.
Assim, a forma mais efetiva de melhorar isso é possibilitar um , permitir uma cuidado humanizado relação
, onde a permeia todos os momentos. Seguindo esse viés, aaberta entre profissional e paciente empatia
equipe multiprofissional é fator indispensável para garantir eficiência e qualidade na aplicação prática da
educação em saúde.
Outro aspecto de extrema relevância no processo de comunicação é o correto controle das questões
, a relação sem pudor entre profissional e paciente proporciona, muitas vezes, umalevantadas pelos pacientes
cascata de indagações que nem sempre são úteis e convenientes para o momento. É pensando nesses e em
outros tantos casos que, você, profissional da saúde, precisa se empoderar da temática e estudar a fundo as
diversas formas de comunicação, treinar no cotidiano desde hoje.
Teste sua capacidade de repassar informações através dos diversos meios de comunicação e, ao final, faça uma
avaliação consciente de tudo o que foi realizado. Esse processo de autoconhecimento e desafio são aliados no
processo de tornar a trajetória de comunicação efetiva, e qualificar a enfermagem.
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Adicionalmente, em caso de atendimento a um paciente impedido ou impossibilitado por alguma razão de falar,
você, futuro profissional, deve estar atento aos como, por exemplo, sinais emitidos por ele expressões faciais
e (temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, dor, frequência respiratória).alterações dos sinais vitais
Não se pode ignorar alterações nesses segmentos, é indispensável que o caso seja investigado.
Conseguem compreender nesse momento a magnitude da comunicação? Somos um completo emaranhado e
precisamos nos comunicar para que todos cheguem à fonte das questões.
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4 Aspectos cognitivos da aprendizagem
Aprender significa poder , , , o que é e o motivo pelo que é.acessar poder fazer poder conhecer poder saber
Todo esse potencial do conhecimento depende de um ciclo contínuo e interligado ao contexto em que o
indivíduo vive.
O processo contínuo de evolução da humanidade demanda esforço e comprometimento de profissionais que
almejam sucesso e visam singularidade e eficiência. São inúmeros caminhos que podem potencializar a atuação.
Para tanto, são requeridos esforços de todos os envolvidos desde a gestão até o profissional diretamente ligado à
assistência.
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4.1 Como ocorre o processo cognitivo
Com a evolução tecnológica que se estabeleceu e vem cada vez mais mostrando sua grandiosidade, o século XXI é
um momento da história que permite a identificação e compartilhamento das etapas do processo de
aprendizagem.
O avanço na área da ciência permite um amplo conhecimento sobre os envoltos noprocessos cognitivos
contexto da aprendizagem. Precisamos conciliar todas as etapas e buscar potencial, para desta forma conduzir
de maneira efetiva o processo de ensino aprendizagem.
Cada pessoa é dona de um , ou seja, sua forma para receber e compreender as informações.perfil de cognição
Isso reflete na forma em que buscamos repassar o conhecimento. Não podemos usar um modelo genérico para
todos os envolvidos. Existem aspectos benéficos nesse contexto, afinal, cada indivíduo interpreta determinada
situação de modo singular, tornando imprescindível a atuação em equipe multidisciplinar, fato que potencializa
as ações empregadas.
Um aspecto imponente que precisa ser reforçado é que o processo cognitivo de aprendizado é influenciado pelo 
 em que o indivíduo vide, isso mesmo, as , tudo contribui decontexto relações socias, as condições de vida
maneira positiva ou negativa para a somatória final (GAZZINELLI; et al., 2016).
Podemos considerar que o processo de aprendizagem é e até uma fase da vida, onde segradual progressivo
iniciam as perdas de maneira semelhante originando as restrições, de maneira lenta ou acentuada, considerando
o contexto clínico da pessoa.
Cada pessoa é responsável de maneira única e considerando as etapas da vida pela busca de conhecimentos. No
contexto da formação superior, no caso da enfermagem, um exemplo clássico é a experiência, que inicia nos
laboratórios de enfermagem, com a possibilidade de uso de tecnologia instrucional, e a prática, reforçando a
premissa de necessidade de , com intuito de agregarexercício de avaliação das habilidades constante
benefíciosà ação, e garantir que o paciente seja cuidado com segurança. Mais uma vez a dedicação e empenho
devem prevalecer, assim como, o empenho e persistência nos estudos.
O viés da educação possibilitou evolução ao longo das etapas do processo cognitivo (GAZZINELLI; et al., 2016). O
maior número de profissionais atuantes é na , onde se tem um fluxo maior de pessoas e onde oassistência
contato é mais frequente. Assim, consequentemente. se tem a impressão de que essa é a única função da
enfermagem. Na sociedade, ainda se tem uma visão arraigada de não discernimento entre o e o enfermeiro
, e isso ocorre, muitas vezes, pela falta de aparições do enfermeirotécnico ou auxiliar de enfermagem
fisicamente, a demanda em relação à gestão, organização, coordenação e outras ações burocráticas relacionadas
à equipe, setor e serviço, que o conduzem ao afastamento propriamente dito da prática assistencial.
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Entendam que a da equipe é fundamental, cada qual deve ocupar e desempenhar de maneira segura asincronia
sua respectiva função, sendo essencial a orientação do paciente.
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4.2 Qual a repercussão do processo de aprendizagem na saúde
A necessidade de habilidades na enfermagem transcende a formação, adentra na atuação prática e demanda 
. Para o desenvolvimento de uma , é necessário que a pessoaconstantes atualizações habilidade psicomotora
disponha das capacidades que a ação exige. Na prática de enfermagem, é necessário que os indivíduos sejam
competentes para inúmeras questões, em diversos níveis de complexidade.
Habilidades psicomotoras, então, referem-se à coordenação da cognição e dos movimentos físicos por parte do
indivíduo. A visualização acontece por meio de movimentos corporais na realização com , destreza coordenação
, , e . As habilidades motoras são desenvolvidas ainda na infância, nos primeirosforça velocidade precisão
movimentos de pegar, largar, mudar de lugar, e assim sucessivamente. Com o passar do tempo, o
desenvolvimento continua acontecendo, podendo ser dividido em três fases: , e cognitivo associativo autônomo
.
Um exemplo prático: quando não sabemos algo, precisamos pensar e planejar, e o objetivo principal é o controle.
As crianças são o melhor exemplo ( ). Com o passar do tempo, os movimentos vão se tornandoestágio cognitivo
automáticos e demandam menos pensar sobre, tornando as ações mais rápidas, porém, ainda é preciso trabalhar
o aspecto da coordenação ( ), e, por fim, existe a necessidade de aperfeiçoar as habilidadesestágio associativo
através da prática ( ).estágio autônomo
Podemos considerar que o processo de aprendizagem é gradual e progressivo até uma fase da vida, onde se
iniciam as perdas de maneira semelhante, originando as restrições. O exercício de avaliação das habilidades deve
ser constante para garantir que o paciente seja cuidado com segurança. A atuação prática de enfermagem exige
habilidades cognitivas, interpessoais e psicomotoras (técnicas), para, assim, conseguir implementar as ações de
enfermagem ditas diretas e indiretas. Cada profissional é responsável por definir quando e qual habilidade é
melhor empregada e, para isto, é preciso conhecimento.
• Habilidades cognitivas
Requer o pensamento crítico e a habilidade de decisão, assegurando que cada ação seja pensada (não
automática). É preciso interpretar, observar e antecipar a resposta do paciente. Conheça a razão para as
intervenções terapêuticas e compreenda as respostas fisiológicas e psicológicas esperadas e adversas.
• Habilidades psicomotoras
Exigem a integração das atividades cognitivas e motoras. Um exemplo prático é a administração de
medicação Endovenosa, você irá precisar de conhecimentos da anatomia, e farmacologia (cognição) e
•
•
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usar da sua coordenação e precisão para realizar a administração (motora). Ao longo da atuação você se
sentirá mais confiante e capaz, administrará com suavidade e segurança. E consequentemente isso
influência a relação com o paciente.
• Habilidades interpessoais
Refere-se à comunicação, para que se tenham ações efetivas em enfermagem. É preciso desenvolver uma
relação de confiança, expressar um nível de cuidados e comunicar-se claramente com o paciente e seus
familiares. Uma boa comunicação aproxima os pacientes informados e engajados para tomar decisões,
possibilita o suporte àqueles que precisam etc. O uso apropriado de habilidade interpessoal possibilita
ao profissional a comunicação de maneira verbal e não verbal. Seja racional, se comunique de maneira
eficiente.
Assista aí
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/b7e09f6cbb080eec20b3f02e36c2ab76
Um exemplo de ferramenta que orienta os profissionais de saúde são os protocolos clínicos, baseados em 
. São os protocolos que guiam a atuação, e a partir deles é possível fiscalizar o corretoevidências científicas
desenvolvimento das ações, a empregabilidade delas e os resultados alcançados. Sem uma rotina, sem regras,
sem controle do que está acontecendo não é possível , e o que está acontecendo.controlar cobrar fiscalizar
Passar a usar os instrumentos acima citados é um desafio. Conhecê-los, dominá-los e realmente implantá-los,
demanda tempo, esforço e atenção, mas, ao final, os resultados serão recompensadores.
Na atuação prática são realizadas inúmeras em um paciente. Essas técnicastécnicas de cuidados físicos
referem-se à realização de procedimentos (exemplo: mudança de decúbito, a administração de medicamentos,
entre outras). Para tanto, isso requer , antes, durante e após asegurança avaliação dos riscos associados
realização do procedimento.
A atenção deve ser sempre presente e atentar para as manifestações expressas de diferentes formas pelo
. É importante que o profissional consiga olhar para si e, antes de desenvolver uma ação,paciente
principalmente se for a primeira vez, consiga identificar se é ou não capaz de realiza-la, se requer auxílio ou mais
preparo.
•
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Um exemplo é a necessidade de atuação de emergência. Muitas vezes a inexperiência pode atrapalhar e o melhor
a ser feito é ofertar suporte ao paciente e contatar um membro experiente da equipe para apoiar. Parece simples,
mas se imagine frente, pela primeira vez, a uma parada cardiorrespiratória em uma unidade de saúde por
exemplo, o que você deve fazer?
É compreensível que o conhecimento nesse momento possa não ser posto em prática de maneira eficiente,
considerando a confusão de sentimentos. Enfim, o auxílio de um membro da equipe experiente irá ser de grande
valia, para seu aprendizado e segurança do paciente.
O é uma forma de atendimento direto, que oferta para que possamaconselhamento amparo aos pacientes
solucionar seus problemas e investir em suas potencialidades. O aconselhamento demanda habilidades, por
envolver apoio emocional, intelectual, psicológico e espiritual, um exemplo são os cuidados paliativos.
O é uma modalidade de . É preciso repassar informações para que este possa se tornar ensino ajudar o paciente
agente no seu próprio cuidado, enquanto o aconselhamento resulta em mudanças no desenvolvimento de novas
atitudes, comportamentos e sentimentos, o ensino se concentra no crescimento individual e intelectual e
aquisição de habilidade psicomotoras.
As demandas da sociedade atualmente requerem do profissional de enfermagem , , dinamismo empenho
 e . Prepare-se para ser um profissional diferenciado e capacitado para o efetivodestreza efetividade
atendimento ao paciente. Esses requisitos são necessários quando consideradas as mais diversas formas de
atuação, sendo elas de maneira direta ou indireta, como, por exemplo, o trabalho na gestão dos serviços.
Como profissionais de saúde, somos influenciadores para os indivíduos que nos rodeiam. Sendoassim, vamos
atentar para constantemente nos atualizarmos e potencializarmos nossos cuidados.
Assista aí
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/0f9f9c58bf38ffdd326c3d207a6dd47d
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender os aspectos que permeiam a temática de educação em saúde;
• conhecer a história e respaldo burocrático da execução de ações de educação em saúde;
• reconhecer a aplicabilidade prática da educação em saúde, de maneira clara e objetiva;
• reconhecer os aspectos cognitivos da aprendizagem, nos diversos contexto envolvendo a saúde;
• evidenciar a repercussão do conhecimento no ciclo de vidas dos profissionais, dos indivíduos que 
•
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• evidenciar a repercussão do conhecimento no ciclo de vidas dos profissionais, dos indivíduos que 
demandam cuidados em saúde e todos os envolvidos.
Referências
BRASIL. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, 2009.
Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33856/396770
Acesso/Política+Nacional+de+Educação+Permanente+em+Saúde/c92db117-e170-45e7-9984-8a7cdb111faa. 
em: 15 mai.2020
GAZZINELLI, M. F. et al. Aprendizagem, cognição e educação em saúde: estudo em área endêmica para
helmintoses. Psic., Saúde & Doenças, Lisboa, v. 17, n. 3, p. 326-337, dez. 2016. Disponível em: http://www.scielo.
 00862016000300002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 15 mai.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645
2020.
COLOME, J. S.; OLIVEIRA, D. L. L. C. de. Educação em saúde: por quem? A visão de estudantes de graduação em
enfermagem. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, v. 21, n. 1, p: 177-84, Jan-Mar 2012. Disponível em: 
Acesso em: 15 mai. 2020https://www.scielo.br/pdf/tce/v21n1/a20v21n1.pdf 
ALFARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem: fundamentos para o raciocínio clínico. 8. ed. Porto
Alegre: Artmed Editora, 2014.
BRASIL. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para seu fortalecimento?
2018. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes
 Acesso em: 15 mai. 2020/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf
Costa S. P.; Paz A. A.; Souza E. N. Avaliação dos registros de enfermagem quanto ao exame físico. Rev Gaúcha
Enferm., Porto Alegre, 2010. Disponível em: . Acesso em: 15http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v31n1/a09v31n
mai. 2020
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http://portal.anvisa.gov.br/documents/33856/396770/Pol�tica+Nacional+de+Educa��o+Permanente+em+Sa�de/c92db117-e170-45e7-9984-8a7cdb111faa
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33856/396770/Pol�tica+Nacional+de+Educa��o+Permanente+em+Sa�de/c92db117-e170-45e7-9984-8a7cdb111faa
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http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645
https://www.scielo.br/pdf/tce/v21n1/a20v21n1.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_permanente_saude_fortalecimento.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v31n1/a09v31n
	Olá!
	1 Políticas de educação em saúde
	1.1 Compreendendo a temática
	2 Compreendendo as terminologias relacionadas
	2.1 A política de educação em saúde
	3 Educação popular em saúde
	3.1 A educação em saúde e a enfermagem
	3.2 A empregabilidade da educação em saúde na atenção em saúde
	Assista aí
	3.3 A comunicação no processo de educação em saúde
	4 Aspectos cognitivos da aprendizagem
	4.1 Como ocorre o processo cognitivo
	4.2 Qual a repercussão do processo de aprendizagem na saúde
	Habilidades cognitivas
	Habilidades psicomotoras
	Habilidades interpessoais
	Assista aí
	Assista aí
	é isso Aí!
	Referências

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