AEP--inexigibilidade-de-conduta-diversa

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AGORA EU PASSO! 
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SUMÁRIO 
TEORIA DO CRIME ............................................................................................................................................. 2 
erro de proibição ........................................................................................................................................... 2 
conceito ..................................................................................................................................................... 2 
DESCONHECIMENTO DA LEI ...................................................................................................................... 2 
espécies de erro de proibição ................................................................................................................... 3 
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA .......................................................................................................... 4 
CONCEITO .................................................................................................................................................. 4 
espécies de inexigibilidade de conduta diversa ........................................................................................ 4 
coação moral irresistível ................................................................................................................................ 5 
conceito ..................................................................................................................................................... 5 
DISTINÇÃO: COAÇÃO FÍSICA IRRESTÍVEL X COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL .............................................. 5 
OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA ........................................................................................................................... 6 
CONCEITO .................................................................................................................................................. 6 
características ............................................................................................................................................ 6 
teoria do crime .............................................................................................................................................. 7 
 ....................................................................................................................................................................... 7 
 
 
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 TEORIA DO CRIME 
 
ERRO DE PROIBIÇÃO 
 
CONCEITO 
 
O erro de proibição ocorre quando o agente desconhece a ilicitude do ilícito praticado, ou 
seja, é a causa da exclusão da culpabilidade que recai sobre o elemento da potencial consciência 
da ilicitude. 
 
O erro de proibição está previsto no art. 21 do Código Penal nos seguintes termos: 
 
Art. 21, do CP: O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a 
ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá 
diminuí-la de 1/6 a 1/3. 
 
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se 
omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, 
nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um turista holandês é flagrado portando pequena quantidade 
de maconha em seus pertences. Na delegacia, afirma que desconhecia a proibição do porte para 
consumo, já que em seu país de origem a conduta é atípica. 
 
No exemplo acima, apesar do indivíduo ser imputável, em tese, não havia como saber que 
a conduta de portar pequena quantidade de drogas era típica no Brasil, já que habituado à 
possibilidade em seu país natal. 
 
DESCONHECIMENTO DA LEI 
 
O art. 21, caput, do CP afirma que o desconhecimento da lei é inescusável. 
 
DÚVIDA: Qual é a diferença do desconhecimento da lei e o erro de proibição? 
 
O erro de proibição não se confunde com o desconhecimento da lei. 
 
Dessa forma, para afastar o erro de proibição basta que o agente saiba que o que faz é 
ilícito, independente de ter o conhecimento técnico jurídico, ou seja, não precisa saber qual é a 
legislação que veda o comportamento (desconhecimento da lei). 
 
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SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um indivíduo, com baixa instrução e condição financeira, foi 
preso em flagrante já que utilizava um rádio transmissor irregular em seu veículo. Ao ser 
conduzido à autoridade policial, afirmou que não tinha conhecimento da ilicitude do fato e que, 
inclusive, havia adquirido o veículo com o equipamento instalado. 
 
A situação descrita acima é verídica e trata-se de uma ocorrência que atuei como Delegado 
de sobreaviso. 
 
É bem evidente que, além de não ter conhecimento jurídico algum, o conduzido não tinha 
como saber que sua conduta era considerada ilícita. 
 
Assim, não foi o desconhecimento da lei que me levou a concluir pelo erro de proibição, 
mas a impossibilidade fática dele saber que a utilização do equipamento rádio transmissor 
configura crime contra as telecomunicações. 
 
OBS: O erro de proibição deve ser avaliado sempre no caso concreto, já que 
depende das circunstâncias subjetivas que envolvem o agente. 
 
ESPÉCIES DE ERRO DE PROIBIÇÃO 
 
O erro de proibição comporta duas espécies distintas: 
 
 
 
O art. 21 do Código Penal aponta consequências diversas para as duas hipóteses de erro 
de proibição: 
 
 
 
ERRO DE 
PROIBIÇÃO
Escusável
(Inevitável)
Inescusável
(Evitável)
ERRO DE 
PROIBIÇÃO 
ESCUSÁVEL
Exclusão da 
culpabilidade
ERRO DE 
PROIBIÇÃO 
INESCUSÁVEL
Diminuição 
de pena (1/6 
e 1/3)
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A distinção das modalidades reside na possibilidade do agente, apesar de agir sem 
consciência da ilicitude do fato, ter ou atingir tal consciência. 
 
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA 
 
CONCEITO 
 
A exigibilidade de conduta diversa ocorre quando o agente podia comportar-se de acordo 
com o Direito, mas resolveu violar a lei penal. 
 
 
 
 
 
Trata-se do 3º elemento da culpabilidade e pressupõe a existência dos dois antecedentes. 
 
Dessa forma, não basta que o agente tenha capacidade de auto entendimento 
(imputabilidade) e que saiba da ilicitude de sua conduta (potencial consciência da 
ilicitude). 
 
A culpabilidade exige que o julgador analise se, no caso concreto, o agente poderia agir de 
forma diferente daquela que agiu, ou seja, se era exigível uma conduta diversa. 
 
ESPÉCIES DE INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA 
 
O art. 22 do CP traz duas hipóteses de inexigibilidade de conduta diversa: 
 
Art. 22 do CP: Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em 
estrita obediência a ordem não manifestamente ilegal, de 
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 
CULPABILIDADE
Imputabilidade
Potencial 
consciência da 
ilicitude
Exigibilidade de 
conduta diversa
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Dessa forma: 
 
 
 
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL 
 
CONCEITO 
 
A coação moral irresistível ocorre quando o coator (sujeito ativo) ameaça o coagido 
(sujeito passivo) para alcançar um resultado ilícito desejado. 
 
É importante ressaltar que não é qualquer espécie de coação que leva à inexigibilidade de 
conduta diversa. 
 
Para tanto, deve ser irresistível, ou seja, tão grave que a vítima não possa resistir às 
investigadas do agente. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A” ameaça matar a família de “B”, gerente de banco, caso este 
não entregue a senha de acesso da agência bancária. 
 
Na situação descrita acima, é óbvio que “B” não poderia agir de outra forma, senão 
entregar a senha de acesso, mesmo que signifique a subtração patrimonial da instituição 
financeira. 
 
DISTINÇÃO: COAÇÃO FÍSICA IRRESTÍVELX COAÇÃO MORAL 
IRRESISTÍVEL 
 
MUITO IMPORTANTE 
 
Um dos temas mais relevantes da culpabilidade é a distinção entre coação física 
irresistível e coação moral irresistível. 
INEXIGIBILIDADE 
DE CONDUTA 
DIVERSA
Coação 
moral 
irresistível
Obediência 
hierárquica
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Apesar do resultado ser idêntico (inexistência de crime) a “causa” são diversas: 
 
 
 
OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA 
 
CONCEITO 
 
A obediência hierárquica ocorre quando um funcionário público subalterno pratica uma 
infração penal em decorrência do cumprimento de ordem, não manifestamente ilegal, emitida 
pelo superior hierárquico. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Delegado determina à equipe policial que adentrem em uma 
residência com o pressuposto em um flagrante. Após, descobre-se que o imóvel era de um 
desafeto da autoridade policial e que a diligência foi efetivada apenas para constranger a vítima. 
 
No caso apresentado, é sabido que uma das hipóteses de violação de domicílio é a 
existência de flagrante delito, assim, os agentes policiais que cumpriram a ordem da autoridade 
policial não podem responder pela violação do domicílio. 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
A obediência hierárquica exige uma relação de Direito Público, já que o agente público 
subalterno deve obedecer a ordem dada por seu superior, sob pena de responder 
administrativamente e, até mesmo, penalmente. 
 
Por outro lado, destaca-se que a ordem dada pelo superior não pode ser manifestamente 
ilegal, sob pena de afastar a causa de exclusão de culpabilidade. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: A autoridade policial pede para que a equipe policial dê uma 
surra no conduzido, já que não estaria cooperando em seu interrogatório. 
 
COAÇÃO FÍSICA 
IRRESISTÍVEL
Atipicidade
COAÇÃO MORAL 
IRRESISTÍVEL
Exclusão da 
culpabilidade
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TEORIA DO CRIME 
 
Com isso, encerra-se a teoria do crime com base no critério analítico: 
 
 
 
OBEDIÊNCIA 
HIERÁRQUICA
Relação de 
Direito Público
Ordem não 
manifestamente 
ilegal
CRIME
Fato típico
Conduta
Resultado
Nexo Causal
Tipicidade
Ilicitude
Estado de 
necessidade
Legítima defesa
Estrito 
cumprimento do 
dever legal
Exercício regular 
de direito
Culpabilidade
Imputabilidade
Potencial 
consciência da 
ilicitude
Exigibilidade de 
conduta diversa
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