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nezonaoeste@gmail.com www.nezoeducacional.com.br Núcleo De Estudos Da Zona Oeste AULÃO GRATUITO Conteúdo: Saúde: Lei 8.080/142/1990 Organizador (a): Professora Maria Abreu Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br SAÚDE Coordenação Geral NEZO Profª. Drª. Tatiana M.A. Fonseca Coordenação Pedagógica Profª. Drª. Tatiana Fonseca Mestre e Doutora em Política Social-UFF Assistente Social do INTO e SMAS RJ Capa, arte NEZO EDUCACIONAL Revisão Final ProfªMSc. Maria Silv http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br 1. Introdução Não há como analisar a saúde no Brasil contemporâneo, sem considerar a trajetória desta no marco do desenvolvimento industrial e urbano brasileiro, no início do século XX. Esta apostila visa traçar em linhas gerais essa trajetória e dar ênfase no Sistema único de Saúde, implementado no país como política social pública e universal. A leitura do conteúdo aqui trabalhado não exime o aluno de consultar outros textos. Ao contrário, o conteúdo deve ser complementar aos estudos rotineiros de um aluno que sonha em se tornar um funcionário público. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br 2. Antecedentes da Saúde no Brasil Primeiramente foi criada a CAP para os ferroviários, sendo logo depois estendida às categorias dos marítimos e dos portuários. As CAP’s eram organizadas por empresas e se caracterizavam por prestar assistência médica e benefícios previdenciários, mantidas por contribuições financeiras do empresariado e Até o final da década de 1920, as CAP’s cobriam somente as três categorias citadas – com prestação de serviços previdenciários e a assistência médica – e estava em tramitação no Congresso a extensão para a categoria dos comerciários. Na década de 1930 as CAP’s foram, paulatinamente, sendo agrupadas ou incorporadas aos IAP’s – Institutos de Aposentadoria e Pensões, criados por Getúlio Vargas. Os IAP’s, ao contrário das CAP’s, são inseridos na órbita do Estado, com a participação deste no seu custeio, contudo com o poder de nomeação da presidência dos Institutos21. Em 1933 foi criado o primeiro IAP, o IAPM (Marítimos), pelo decreto nº 22.872, de 29/06/1933. As CAP’s só foram totalmente extintas na década de 50 e é em 1954 que é promulgado o “Regulamento Geral dos Institutos de Aposentadoria e Pensões”. O que passava por trás deste ato eram a centralização (característica muito própria deste período) e o interesse de Vargas pelo controle do montante de dinheiro que essas instituições gerenciavam do trabalhador, sendo administradas por representantes destes segmentos (Oliveira e Teixeira. 1989: 31). As quatro décadas, desde a implantação da primeira CAP até aos IAP’s, são marcadas por diferentes conjunturas políticas, que, naturalmente, vão marcar as políticas sociais em construção. Tomando como referência a assistência médica, podemos afirmar que no período até 1930 esta é entendida como função precípua do sistema previdenciário emergente. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br 2.1 Da ditadura estadonovista ao autoritarismo militar: um resumo da evolução do sistema Seguridade no governo Vargas 1930-1945: No período de 1930 a 1945, essa política irá mudar a partir de um discurso de ampla contenção dos gastos previdenciários: os serviços de assistência médica serão restringidos e prestados por clínicas e hospitais conveniados. Tanto que em 1945 só existiam em todo o país quatro hospitais próprios dos IAP’s. No período da redemocratização, 1945 a 1960, essa situação irá se transformar com o aumento do número de serviços previdenciários e com a construção de serviços próprios para a assistência médica. Entretanto, emergem, após 1955, diversas críticas à crise financeira da previdência e discursos do próprio Estado na defesa – legal, já que na prática não existia – da não contrapartida estatal no custeio da previdência social. Enfim, um debate sobre a contenção dos gastos, ao mesmo tempo em que esse período era marcado pelo aumento progressivo da contribuição dos trabalhadores para a previdência (Oliveira e Teixeira. 1989). Na realidade, no final desse período, mesmo com o discurso da crise, nenhum governante pode assumir a redução dos serviços prestados pelos IAP’s. Exemplo desta contradição é a promulgação da Lei Orgânica da Previdência Social, em 1960, que nivelou os benefícios por alto e garantiu o direito à assistência médica; bem como a III Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1963, que, mesmo sendo realizada sem a participação da população aprovou em suas diretrizes a municipalização da saúde. Uma nova fase a partir de 1966: unificação dos diversos Institutos que compunham o sistema – sofre uma série de mudanças; o que impõe mudanças na década de 80. Em 1966, no ápice do regime militar imposto em abril de 1964, os IAP’s são unificados e, com isto, se cria o INPS, por meio do decreto n°. 72 de 21 de novembro de 1966, gerando, consequentemente, uma enorme centralização e uma junção de recursos nunca vistos na história deste país. O processo de unificação é marcado por duas http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br características fundamentais: o “crescente papel do Estado como regulador da sociedade e o alijamento dos trabalhadores do jogo político” (Oliveira e Teixeira. 1989: 201). Pensando as particularidades da política de saúde em cada fase da ditadura militar, podemos observar, com auxílio de autores da área, que o período de 1964 a 1968 foi marcado pela adaptação em geral, e não só na política de saúde, do Estado brasileiro ao autoritarismo da ditadura. Varreu-se com os mecanismos democráticos existentes e se instalou um aparelho que suportasse à ditadura, sendo o maior exemplo o Ato Inconstitucional n°. 5, de 1968, que fechou o congresso e suspendeu os diretos civis. Daí a criação do INPS, em 1966, e de seus mecanismos de legitimidade, a extensão da cobertura. Para Oliveira e Teixeira (1989) a política de saúde nesse período tem as seguintes características: extensão da cobertura para quase toda a população urbana e parte da população rural; privilegiamento da prática médica curativa, em detrimento da saúde pública; desenvolvimento de um complexo médico industrial, de medicamentos e equipamentos, promotor de acumulação do capital; e ênfase em uma prática médica orientada para a lucratividade, a partir da intervenção estatal. O período que vai de 1968 até 1974/75, é conhecido como o “milagre econômico”, [...]. As principais orientações da política de saúde nesta época foram: a generalização da demanda por consultas médicas; o elogio da medicina como sinônimo de cura; a construção e reforma de inúmeras unidades de saúde privadas; o aumento do número de faculdades particulares de medicina em todo o país; o aumento de recursos para convênios do INPS com o setor privado, em detrimento do investimento no serviço público (Luz. 1991: 82). Por sua vez, o terceiro período, 1974/75 a 1979, é marcado pela necessidade da força presente no aparelho estatal para buscar canais de mediação que legitimassem a dominação burguesa frente à crise, sendo a marca para isso a distensão política. Como balanço da política de saúde nesse período, Bravo (1996:47) aponta a tensão existente entre a demanda para a ampliação dos serviços e sua disponibilidade; os diferentes interesses entre os setores estatal e empresariadomédico; e a emergência de um movimento social contestatório a http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br essa política de saúde, que mais à frente será aqui tematizado. As reformas realizadas nesse período reafirmaram a ênfase da política de saúde dividida em atendimento curativo, através da previdência social com ações comandadas pelo setor privado, e as ações de saúde pública, através do Ministério da Saúde, que “embora de forma limitada, aumentaram as contradições no Sistema Nacional de Saúde” (Bravo. 1996: 48). No que tange à saúde, que no Brasil nunca foi direito de cidadania, há um agravamento da situação que se expressa, por exemplo: no investimento no setor privado em detrimento do público (investimento incessante do Estado através de convênios com isso, muitos foram os hospitais particulares construídos e equipados com dinheiro público); na inversão de prioridades, com a saúde pública sendo, em termos de investimento financeiro, relegada a um segundo plano (favorecendo o ressurgimento de doenças já extintas), priorizando-se, assim, a assistência médica; no acirramento do desvio do dinheiro oriundo da contribuição dos trabalhadores para outras ações que não a previdência social, a saúde e seus serviços e benefícios; na introdução acrítica de novas tecnologias em saúde e na ênfase na ideologia do modelo hospitalocêntrico. Também data do período da ditadura militar, mais precisamente da década de 1970, um movimento importantíssimo para a saúde no país, que é o “Movimento Sanitário”. Este movimento questionava o sistema de saúde vigente, qualificando-o de irracional, e apresentava propostas para a construção de um sistema de saúde que não discriminasse nenhuma pessoa, ou seja, que não exigisse contribuir financeiramente para ser atendido, e que fosse eficaz e eficiente. É difícil definir quando um “movimento” tem início. Essa palavra por si já mostra a dificuldade disso. Mas é no final da década de setenta, com a crise da ditadura e o CEBES sendo um órgão aglutinador, que o movimento sanitário pode ganhar expressão abrangente e nacional. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Além do CEBES também foram criados neste período o REME (Renovação Médica), em 1977, e a ABRASCO (Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva) em 1979. Um marco do movimento da reforma sanitária no Brasil foi o I Simpósio Nacional de Política de Saúde, promovido pela Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, evento no qual, segundo Rodriguez Neto (1994 e 2003), puderam ser apresentadas para o debate, pela primeira vez, as propostas do movimento sanitário. É, portanto, na década de 1980 que se evidencia a crise do Estado brasileiro gerido sob os princípios da ditadura militar e, logo, de suas políticas, inclusive a de saúde. É também, neste período que se dá o debate de ideias entre as proposições do Movimento Sanitário e as propostas contrárias à construção da política pública de saúde, propostas estas defendidas pela Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e pela Associação Brasileira de Medicina de Grupo (ABRAMGE). 2.3 Aspectos Históricos – Era Pré SUS Reforma Sanitária (CEBES, 1976 e ABRASCO, 1979): Universalizar o direito a saúde; Integralizar as ações, estruturando os serviços de saúde de forma a haver uma ordenação na prestação dos serviços de acordo com as demandas apresentadas; Inverter a entrada no sistema de saúde; Descentralizar a gestão; Promover a participação e o controle social. 1980 – 7° Conferência Nacional de Saúde: http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (PREV-Saúde). Pela grave crise fiscal que o país vive naquela época, cria-se órgãos para administrar melhor os poucos recursos. O Prev-saúde, por falta de apoio político, não é implementado. 1983 - Ações Integradas de Saúde (AIS): AIS - Discussão entre reformistas com os setores do INAMPS tentando solucionar a crise previdenciária. Executadas pelos MS-INAMPS-Secretarias estaduais 1986 - 8° Conferência Nacional de Saúde: “...saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e o acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida...” 1988 - Constituição Federal – Artigo 196 “ A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” 2.4 Panorama da política de saúde nos anos noventa: do direito conquistado à perversa realidade Os anos noventa no Brasil foram marcados pelo êxito ideológico do projeto neoliberal. Estratégia de rearticulação do capital ao nível planetário após 1973, ele traz consigo a defesa de um Estado mínimo para as questões do social e promove também uma http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br reestruturação do mundo do trabalho, onde a precarização das conquistas sociais e trabalhistas são revistas ou postas em cheque (Tavares Soares, 1999). O governo de Fernando Collor de Mello foi o primeiro a tentar implementar o projeto neoliberal no país. Entretanto, ele foi deflagrado, de fato, desde o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). A reforma do Estado defendida por FHC e seus intelectuais partia do discurso da constatação da falência dos estados sociais (a crise do Estado de Bem-Estar Social nos países desenvolvidos, a crise do Estado desenvolvimentista nos países em desenvolvimento, a crise do Estado socialista nos países socialistas) e sugeria a criação de um novo Estado, que seria “social-liberal”. Segundo o mesmo discurso seria social porque estaria preocupado com a sociedade e liberal por que não seria estatizante (Bresser Pereira, 1997; Bresser Pereira e Grau, 1999). Assim, de maneira sumária, podemos afirmar que a reforma do Estado defendida pelo governo FHC e seus intelectuais apontou para a redução do espaço público, a quebra de direitos sociais e trabalhistas (já que a reforma pouco informava sobre como ficariam os direitos dos funcionários que trabalhavam nas instituições que se tornariam OS/OPNES), o desmantelamento das políticas públicas entendidas como direitos dos cidadãos e dever do Estado, entre outros. Sendo assim, sem sombra de dúvida se constituiu numa estratégia de contra-reforma, já que pretendeu obstruir os direitos conquistados na Constituição Federal de 1988 (Matos, 2000; Bravo e Matos, 2001). No breve panorama que acabamos de delinear pudemos observar que a reforma do Estado foi uma intenção em desenvolvimento com clara ideologia neoliberal. Agora iremos pontuar alguns desses impactos na política de saúde do período. Analisamos a política de saúde na década de noventa em quatro fases (Matos, 2000; Bravo e Matos, 2001). A primeira (1990-1992) compreende o período da presidência de Fernando Collor de Mello, em que a política de saúde acompanhou a política de governo, marcada pelo desmonte do parco que existia e pela obstaculização da implementação das políticas http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br asseguradas na Constituição Federal de 1988. Neste período praticamenteo único avanço foi a promulgação da Lei Orgânica da Saúde, apesar dos inúmeros vetos feitos pelo presidente à primeira Lei. A segunda fase compreende o período de Itamar Franco na presidência (1992-1994). Inicialmente, até meados de 1993, há uma conjuntura sanitária favorável (Paim, 1998) com Jamil Haddad no Ministério da Saúde. É nesse período que se dá finalmente a extinção do INAMPS, órgão federal centralizador da prestação de serviços de saúde criado, ainda, na ditadura militar33. Também ocorre a edição da Norma Operacional Básica de 1993 (NOB1993), que instituiu três estágios de municipalização – pleno, semipleno e incipiente – e foi um incentivo para o avanço da descentralização da saúde, na perspectiva da municipalização. Contudo, desde 1993, com Henrique Santillo à frente da pasta da Saúde, o período é marcado por uma ausência de iniciativas com vistas ao avanço do SUS e também, pela ausência de propostas que lhe fossem contrárias. A terceira fase (1995-1996) é referente ao início do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso na presidência, quando o Ministério da Saúde foi gerenciado por Adib Jatene. Esse período é marcado por um descaso governamental com a política de saúde, havendo constante polêmica entre o responsável pela pasta e os ministros controladores das finanças. A quarta fase (1996 até o final do segundo mandato de FHC em 2002) finalmente é marcada por uma adaptação do Ministério da Saúde aos ditames da pasta econômica do governo. Além da gestão interina de José Carlos Seixas, esse período é marcado pelas gestões de Carlos Albuquerque (1996-1998) e de José Serra (desde 1998) no Ministério da Saúde. Nesta fase é aprofundada no Ministério da Saúde a construção da política de saúde pautada nos princípios da contrarreforma do Estado. Não há um avanço do SUS, na perspectiva do movimento sanitário, mas sim o seu redirecionamento. 2.4 A política de saúde, na perspectiva da seguridade social, no Governo Lula http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br No plano de governo de Lula, escrito para a campanha eleitoral, as principais propostas para a saúde eram: “garantir a descentralização na gestão do SUS, com fortalecimento da gestão solidária; organizar um Sistema Nacional de Informações em Saúde para suporte e monitoramento da gestão da atenção à saúde; reorganizar o Ministério da Saúde com o objetivo de tornar sua estrutura horizontal; fortalecer os hospitais universitários; implementar uma política de pessoal do SUS voltada para a humanização do atendimento; fortalecer os conselhos de saúde” (apud Bravo: 2004: 35- 36). Um fato também relevante desse período foi a aprovação, através da portaria ministerial n°. 2.607 de 10/12/2004, do Plano Nacional de Saúde, denominado “Uma pacto pela paz”; a equipe do Ministério ao concluir o Plano Plurianual (PPA) para o período de 2004-2007, decidiu elaborar o plano de saúde, uma atitude inédita da gestão federal do SUS. O plano de saúde, previsto na Lei Orgânica da Saúde, visa ser um documento onde o gestor de cada esfera de governo aponta – a partir do diagnóstico do quadro sócio-sanitário – metas de ações e serviços de saúde para um determinado período. Assim sendo, é uma estratégia importante de planejamento em saúde que, quando elaborada, deve ser submetida à aprovação do conselho de saúde da respectiva esfera de governo. Durante esse período, um dado importante foi a rearticulação do movimento sanitário que, mesmo nunca tendo se dissolvido, estava em refluxo, muitas das vezes na defensiva, resistindo aos ataques ao SUS. Expressão disto foi a “Carta de Brasília”, resultante do “8° Simpósio sobre a Política de Nacional de Saúde”, realizado na Câmara dos Deputados em junho de 2005, que retoma temas caros ao movimento sanitário. Um desdobramento deste evento foi a instituição do “Fórum da Reforma Sanitária” formado pelo CEBES, pela ABRASCO e, também, pelas seguintes entidades: Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABRES), Rede Unida, Associação Nacional do Ministério Público em Defesa da Saúde (AMPASA). Este fórum também lançou dois documentos importantes sobre a política de saúde e, sob iniciativa do CEBES, organizou um debate na http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br ENSP/FIOCRUZ. Finalmente, houve a proposta de refundação do CEBES, lançada durante o VIII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, realizado em 2006, sob o título “O CEBES vive – viva o CEBES”, quando também foi eleita a nova diretoria, tendo como presidente a professora Sônia Fleury para a gestão 2006-2009 (Bravo e Menezes, 2007). 2.5 A Saúde no governo Temer Apresentação- Três projetos em disputa O Projeto da Reforma Sanitária, construído a partir de meados dos anos 1970, com base nas lutas populares e sindicais pelo direito à saúde e nos posicionamentos críticos às limitações do modelo médico assistencial previdenciário, vigente no Brasil até o advento do SUS, por parte das universidades e entidades que congregavam o pensamento sanitário brasileiro (Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (CEBES)). Sofreu influências: pelo Movimento da Reforma Sanitária Italiana, e pelo novo pensamento em saúde latino americano, que, por essa época, discutia e formulava um novo referencial para a explicação do processo saúde-doença, o modelo da determinação social. Perspectiva de Saúde: a saúde possui um caráter universal, configurando-se como direito social, a ser garantido por políticas públicas intersetoriais e ações em saúde com qualidade, respondendo a todas as necessidades da população, executadas, primordialmente, pelo próprio Estado (BRAVO, 1996). O Projeto Privatista, que adquire robustez no período da ditadura civil militar iniciada em 1964, tem sua lógica orientada pelas regras de mercado e fundamentada na exploração da doença como sua principal fonte de lucros. Representando os interesses do setor privado nacional na área de saúde, possui fortes vínculos com o capital internacional, através de sua relação com o complexo financeiro industrial médico, hospitalar, farmacêutico e de insumos. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Além da exploração da população que faz uso de serviços através da compra direta de consultas, procedimentos e exames, ou utilização de planos e convênios privados, a partir da década de 1990 passa a atuar também na execução de ações de saúde, substituindo o Estado no provimento de serviços através dos chamados “Novos Modelos de Gestão” (Organizações Sociais, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, Parcerias Público-privadas e Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, entre outros) que, associado a subvenções e isenções fiscais, avança sob o fundo público como uma nova forma de garantia de acumulação de capital (BRAVO; MATOS, 2004). E um terceiro projeto: o da Reforma Sanitária Flexibilizada, que adquire contornos próprios em meio às contradições inerentes à implementação do SUS no contexto da reconfiguração do Estado brasileiro e progressivo desmonte e subfinanciamento das políticas públicas, atendendo às exigências da política macroeconômica adotada no país pautada pelo Consenso de Washington (1989). Características desse projeto de SUS: arranjos institucionais, mecanismos gerenciais e responsabilização dos profissionais para a adequação da política de saúde às exigências de uma política de rebaixamento da proposta inicial do Projeto da Reforma Sanitária, mesmo que isso envolva concessões que contrariam os interesses dos trabalhadores e o pleno usufruto do direito à saúde. Esteprojeto se consolida nos governos petistas (BRAVO, 2013). A Saúde no governo petista: Na saúde não foi diferente. A análise que se faz após os governos petistas é que a disputa entre esses projetos na saúde continuou. Algumas propostas procuraram enfatizar a Reforma Sanitária, mas não houve vontade política e financiamento para viabilizá-las. O que se percebe é uma continuidade das políticas focais, a falta de democratização do acesso, a não viabilização da Seguridade Social, a articulação com o mercado e a manutenção da política de ajuste fiscal. Com relação ao movimento sanitário, algumas entidades históricas, a partir de 2008, tem procurado debater alguns eixos temáticos que considera importantes para a atualização da agenda da Reforma Sanitária brasileira, http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br entretanto flexibilizando seu referencial teórico que vai ser orientado pela socialdemocracia, não tendo como preocupação a superação do capitalismo, concepção anterior que tinha como horizonte a emancipação humana, que só seria alcançada com o socialismo (BRAVO; MENEZES, 2013). E no governo Temer? Com o advento do governo Temer, é flagrante a aceleração e a intensificação das políticas que contribuem com o desmonte do Estado brasileiro, configurando uma nova fase de contrarreformas estruturais que atacam os direitos dos trabalhadores, como pode ser observado nos documentos Agenda Brasil. 2.6 Impasses vividos pela saúde a partir dos anos 1990 e a conjuntura do governo temer No Brasil, desde os anos 1990, vivencia-se o processo de contrarreforma do Estado (BEHRING, 2003), resultando em inflexões no campo das políticas sociais que atingem diretamente a saúde pública e o conjunto da Seguridade Social, em consonância com as orientações de mudanças no mundo do trabalho, por meio da reestruturação produtiva (HARVEY, 1993) e de redefinição das funções e responsabilidades do Estado com vistas à inserção do Brasil na economia mundializada (CHESNAIS, 1996). No contexto de crise estrutural do capital, a saúde tem sido um espaço de grande interesse de grupos econômicos em sua busca por lucros e em seu movimento para impor a lógica privada nos espaços públicos. Nesse processo, o caráter público e universal da saúde, tão caro ao Movimento de Reforma Sanitária e aos lutadores da saúde, é ameaçado. Documentos em que se encontram sistematizadas as propostas de contrarreforma que vem sendo implementadas pelo governo Temer, destacando-se aquelas de maior impacto para as políticas de saúde: Agenda Brasil, Uma Ponte para o Futuro e Travessia Social Agenda Brasil: com relação à saúde, explicita as seguintes propostas: impedir o pagamento pelo SUS de tratamentos experimentais, sob o argumento de evitar a judicialização da saúde; maior desvinculação de Receitas da União; e introdução do http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br copagamento no SUS, ou seja, começar a cobrar por consulta, exames e outros procedimentos dentro do sistema público de saúde, de acordo com a renda do cidadão. Uma Ponte para o Futuro: acabar com as vinculações constitucionais, como no caso da saúde e educação; fim de todas as indexações, sejam para salários, benefícios previdenciários etc.; nova Reforma da Previdência, que amplie a idade mínima para aposentadoria; viabilizar a participação mais efetiva do setor privado na construção de infraestrutura; maior cooperação do Estado com o setor privado na abertura dos mercados externos; executar uma política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada; estabelecer uma agenda de transparência e de avaliação de políticas públicas que permita identificação dos beneficiários e análise dos impactos dos programas. Travessia Social: tem como propostas: conter a inflação e realizar o ajuste fiscal, o que exigirá cortes nos gastos sociais; a retomada do crescimento, que possibilitará a inserção das pessoas no mercado de trabalho; transferir para o setor privado tudo o que for possível; focalização das ações nos 40% mais pobres da população pobre. Destaca como papel do Estado qualificar as pessoas para que tenham mais competitividade no mercado de trabalho. No que se refere à Educação, é ressaltada a ênfase na formação técnica. Com relação à Saúde e ao SUS, coloca como questões importantes: a ênfase no gerencialismo, considerando como problema do SUS a má gestão; a necessidade de focalização na parcela que não pode pagar planos privados de saúde; e o estímulo ao aumento de cobertura dos planos privados. A SAÚDE NO GOVERNO TEMER: aceleração dos processos de contrarreforma e a continuidade do processo de privatização não clássica na saúde, adensados pelo congelamento de recursos orçamentários para as políticas sociais por vinte anos, a proposição dos chamados planos de saúde acessíveis, propostas de retrocessos na política de saúde mental e de mudanças na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB); articulação efetiva com o setor privado através da Coalizão Saúde que serão abordados a seguir. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br A justificativa para o ataque: o país não conseguirá sustentar os direitos da Constituição Federal de 1988 como o acesso universal à saúde, e será preciso repensá-los, pois não haverá capacidade financeira para suprir todas as garantias. Qual a proposta? Planos de Saúde Populares como um dos pilares da sua gestão à frente do Ministério da Saúde. Com esse intento, foi editada a Portaria nº 1.482, de 4 de agosto de 2016 (BRASIL, 2016b), que institui um grupo de trabalho para discutir o projeto de Plano de Saúde Acessível. O resultado das discussões realizadas por esse grupo se encontra sistematizado no ofício nº 60 da Secretaria de Atenção à Saúde, encaminhado à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 18 de janeiro de 2017 (BRASIL, 2017a), para avaliação e manifestação com relação à sua viabilidade técnica. Neste ofício, encontra-se expresso a principal motivação utilizada pelo Ministério da Saúde para a defesa desse projeto: a redução de cerca de 1,5 milhões de pessoas que deixaram de fazer usos de planos privados de saúde em 2016, devido à recessão econômica e à elevada taxa de desemprego. Esse documento apresenta as seguintes propostas para o Plano de Saúde Acessível: - Plano Simplificado: cobertura para atenção primária, incluindo consultas nas especialidades previstas no Conselho Federal de Medicina (CFM) e serviços auxiliares de diagnóstico e terapias de baixa e média complexidade. Nessa proposta não há previsão para exames ambulatoriais de alta complexidade, para internação, terapias e exames de alta complexidade, atendimento de urgência e emergência e hospital dia. - Plano Ambulatorial + hospitalar: cobertura de toda atenção primária, atenção especializada, de média e alta complexidade. O paciente passaria obrigatoriamente por uma prévia avaliação realizada por médico da família escolhido pelo beneficiário. Caberá a esse médico encaminhar o paciente para a rede especializada, caso julgue necessário. Havendo indicação para atendimento hospitalar, o beneficiário poderá ser encaminhado para uma http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br segunda avaliação médica que reafirme a necessidade para o encaminhamento do procedimento. Vale ressaltar que a cobertura do plano está adaptada à disponibilidade de infraestrutura no município e à capacidade operacional da rede particular. Bem como a criação de dupla autori zação pela operadora, o que é vedado pela legislação, dificultandoo acesso após uma única autorização. Plano em Regime Misto de Pagamento: oferece serviço por intermédio de contraprestação mensal para cobertura de serviços hospitalares, terapias de alta complexidade e medicina preventiva, bem como, quando necessário, atendimento ambulatorial. Fica sob a responsabilidade do beneficiário o pagamento do procedimento, de acordo com valores previstos em contrato. Os modelos de pré e pós-pagamento serão acordados, assegurando o Rol de Procedimentos da ANS. Nessa modalidade as operadoras seriam livres para cobrar um fator moderador (coparticipação) de 50%. Com relação ao financiamento, uma medida drástica do governo foi o congelamento dos gastos, através da PEC 95/2016 (BRASIL, 2016a), cujos impactos para a saúde são enormes. Com relação à Política de Saúde Mental, têm sido propostas alterações avaliadas como ameaça às conquistas da Reforma Psiquiátrica no país. Por meio da Portaria 3.588/2017 (BRASIL, 2017c), o atual Governo engendrou mudanças na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que apontam para o fortalecimento das internações em hospitais psiquiátricos e criação de leitos em hospitais gerais e serviços ambulatoriais, por meio de ampliação de recursos para tais fins. A proposta foi aprovada pela CIT em 21 de dezembro de 2017, sem que pesquisadores e representantes do controle social tivessem direito a fala e sem consulta à sociedade. Outra característica do governo Temer, conforme já sinalizado, é a articulação efetiva com o setor empresarial de saúde que pode ser observada nas propostas apresentadas pelo governo de modificação da política de saúde. A medida mais importante do setor privado, até o momento, foi a elaboração do documento Coalizão Saúde Brasil: uma agenda para http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br transformar o sistema de saúde, divulgado em 2017. Este documento foi elaborado pelo Instituto Coalizão Brasil, formado por representantes da cadeia produtiva do setor saúde e que tem como objetivo enfrentar e construir um novo sistema de saúde para o Brasil. Outras medidas do Ministério da Saúde neste governo são as propostas de Alterações na Lei dos Planos de Saúde. Em setembro de 2017, o relator da Comissão Especial sobre Planos de Saúde da Câmara dos Deputados, Rogério Marinho (PSDB/RN), apresentou os principais pontos que pretende inserir no seu relatório, quais sejam: - Revogação da Lei dos Planos de Saúde – é nítida a intenção do relator de revogar a Lei 9656/1998 para estabelecer um novo marco - Segmentação de Cobertura Assistencial, na medida em que propõe que ao contratar um plano de saúde, o usuário, família ou empresa escolheria quais procedimentos quer incluir no plano, quais doenças seriam cobertas e, com isto, pagaria menos; Reajuste após 60 anos de idade, o que denota a intenção de alterar o Estatuto do Idoso, que hoje proíbe reajuste após 60 anos. Na prática, a possibilidade de aplicação de reajustes após 60 anos significará a expulsão dos idosos dos planos de saúde; - Diminuição do valor do Ressarcimento ao SUS, o que acarreta perda de recursos pelo SUS bem como, Redução do Valor de Multas aplicadas pela ANS contra planos de saúde legal que prejudicará os usuários dos planos e beneficiará as operadoras; Diminuição do valor do Ressarcimento ao SUS, o que acarreta perda de recursos pelo SUS bem como, Redução do Valor de Multas aplicadas pela ANS contra planos de saúde. 2.7 Principais decretos e leis adicionais ao SUS Decreto nº 1.651, de 28 de setembro de 1995; Regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria no âmbito do SUS; Lei nº 9.836, de 23 de setembro de 1999; http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Acrescenta dispositivos à Lei 8.080, que “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências”, instituindo o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Lei nº 10.424, de 15 de abril de 2002; Acrescenta capítulo e artigo à Lei 8.080, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento de serviços correspondentes e dá outras providências, regulamentando a assistência domiciliar no Sistema Único de Saúde. Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005; Altera a Lei 8.080, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Lei nº 12.401, de 2011; Altera a Lei 8.080, para dispor sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do SUS; Lei nº 12.466, de 24 de agosto de 2011; Acrescenta arts. 14-A e 14-B à Lei 8.080, que “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências”, para dispor sobre as comissões intergestores do Sistema Único de Saúde (SUS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e suas respectivas composições, e dar outras providências; Lei nº 12.864, de 24 de setembro de 2013; Altera a Lei 8.080, incluindo a atividade física como fator determinante e condicionante da saúde. Lei nº 12.895, de 18 de dezembro de 2013; http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Altera a Lei 8.080, obrigando os hospitais de todo o País a manter, em local visível de suas dependências, aviso informando sobre o direito da parturiente a acompanhante. Lei nº 13.097, de 19 de janeiro de 2015; Altera o arts. 23 e 53 da Lei 8.080, permitindo a participação de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde; Quadro: Teor de cada capítulo, sem detalhar minuciosamente cada artigo. QUADRO RESUMO – LEI 8.080 TÍTULO ASSUNTO TÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Reafirma a saúde como direito e dever do Estado, concretizando-se pela formulação e execução de políticas que garantam um acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde. Descreve o que são determinantes de saúde. TÍTULO II DO SUS O SUS é formado por órgãos das 3 esferas de poder – municipal, estadual e federal, por meio de instituições de administração direta e indireta. Poderá contar com a participação da iniciativa privada em caráter complementar. CAPÍTULOS ARTIGO http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br I Objetivos Atribuições 5º e 6º Objetivos do SUS: identificação de determinantes, formulação de políticas, assistência integral e prevenção. Atuação do SUS: vigilâncias (inclusive nutricional); assistência integral; participação no saneamento básico; ordenamento na formação de RH; colaboração na proteção ambiental; formulação de políticas de medicamentos, equipamento e materiais; fiscalização de serviços, produtos, substâncias e alimentos; desenvolvimento tecnológico; política de sangue. Definição das vigilâncias: epidemiológica, sanitária e saúde do trabalhador. II Princípios Diretrizes 7º Princípios do SUS: universalidade, equidade, integralidade, controle social, preservação da autonomia, direito a informação, priorização epidemiológica, participação da comunidade, descentralização, intersetorialidade, conjugação de recursos, resolutividade, evitar duplicidade. III Organização Direção Gestão 8º - 14 Organização regionalizada e hierarquizada; Direção única a ser http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudosda Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br exercida pelo Ministério e Secretarias (municipais e estaduais); Municípios podem formar consórcios; Criação de comissões intersetoriais para assuntos que extrapolam a esfera do SUS (ou seja, ) a articulação de políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do SUS); criação de comissões permanentes de integração saúde e ensino; CIB e CIT como foros de pactuação; CONASS e CONASEMS como entidades representativas das Secretarias de Saúde; COSEMS como representantes das Secretarias Municipais no âmbito dos Estados. IV Competência Atribuições 15 – 19 Atribuições “comuns” da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Competências “específicas” da direção nacional, estadual e municipal. O Distrito Federal acumula competências de Estado e Município. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br V Saúde Indígena 19: A - H Instituição do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena com base nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Financiamento federal. Estado e Municípios poderão complementar. Articulação do Subsistema com os órgãos responsáveis pela Política Indígena. Levar em consideração a realidade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas. O Subsistema deverá ser descentralizado, hierarquizado e regionalizado. SUS servirá de retaguarda e referência. Direito a participar dos Conselhos de Saúde. VI Internação Domiciliar 19: J e L Permissão da presença de 1 acompanhante durante o período de trabalho de parto, parto e pós-parto, indicado pela própria parturiente. Os hospitais devem manter, em local http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br visível, aviso informando sobre esse direito. VII Incorporação de Tecnologia 19: M-U Define o que compõe a assistência terapêutica integral: dispensação de medicamentos e produtos; oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar; Detalha procedimentos da política de medicamentos; Descreve a composição da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS e algumas de suas atribuições e procedimentos; TÍTULO III – SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA I Funcionamento 20 – 23 Define e caracteriza as possibilidades de atuação da iniciativa privada no sistema de saúde, respeitando as regras expedidas pelos órgãos gestores do SUS. Permite participação direta ou indireta de empresas ou capital estrangeiro na assistência, em alguns casos. II Participação Complementar 24 – 26 O SUS poderá recorrer à iniciativa privada para complementar seus serviços. Essa participação deve ser por meio de contrato ou convênio. Entidades http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Filantrópicas e sem fins lucrativos tem preferência. Os critérios, valores e parâmetros assistenciais serão estabelecidos pela direção nacional do SUS e aprovados no Conselho Nacional de Saúde (CNS). Ø Aos proprietários e dirigentes de entidades contratadas é vedado exercer cargo de confiança no SUS. TÍTULO IV – RECURSOS HUMANOS 27 – 30 Objetivos da política de recursos humanos: organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis de ensino; valorização da dedicação exclusiva aos serviços do SUS. Ø Os serviços públicos constituem campo de prática para ensino e pesquisa. Ø Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento só poderão ser exercidos em regime de tempo integral. Ø Servidores que acumulam 2 cargos poderão exercer suas atividades em mais de 1 estabelecimento. Ø As especializações na forma de treinamento em serviço sob supervisão (Programas de Residência) http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br serão regulamentadas por Comissão Nacional. TÍTULO V – FINANCIAMENTO I Recursos 31 – 32 O orçamento da seguridade social destinará ao SUS os recursos necessários, de acordo com a LDO. Define outras fontes de recursos. Atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico serão cofinanciadas pelo SUS, pelas universidades e com recursos de instituições de fomento. II Gestão Financeira 33 -35 Recursos financeiros movimentados ficam sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. Na esfera federal, os recursos financeiros serão administrados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS). Auditoria do MS acompanha a aplicação dos recursos repassados conforme programação. Critérios para o estabelecimento de valores a serem transferidos para Estados e Municípios. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br III Planejamento Orçamento 36 – 38 Planejamento e orçamento devem ser ascendentes. Vedado o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais. Não é permitido auxílio financeiro a instituições prestadoras de serviços com finalidade lucrativa DISPOSIÇÕES FINAIS O acesso aos sistemas de informação dos ministérios da seguridade social será assegurado às Secretarias de Saúde, e o MS deve organizar um sistema nacional. Hospitais universitários e de ensino integram-se ao SUS, mediante convênio. Em tempos de paz, serviços das Forças Armadas poderão integrar-se ao SUS. 2.8. LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado. Essa lei regulamenta toda e qualquer atividade de saúde no Brasil e não apenas as promovidas pelo poder público. TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. A saúde como direito e dever do Estado, conforme o artigo 196 da Constituição Federal de 1988. Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br De acordo com definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), os determinantes sociais da saúde estão relacionados às condições em que uma pessoa vive e trabalha. Também podem ser considerados os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemasde saúde e fatores de risco à população, tais como moradia, alimentação, escolaridade, renda e emprego. TÍTULO II DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). § 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. § 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. O primeiro grupo é das instituições públicas, mais fácil de se distinguir, pois são aquelas geridas diretamente pelos órgãos competentes da saúde (secretarias de saúde e Ministério da Saúde). Já o segundo grupo, da administração indireta, está dividido em diferentes modalidades: autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista. Observação: Há também uma outra categoria não representada nessa ilustração, referente às atividades chamadas paraestatais. Esse grupo é composto por instituições de natureza http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br privada, mas sem fins lucrativos, e que podem participar das atividades gerenciais do SUS (Terceiro Setor). Exemplo: Os principais exemplos que temos disso são as Organizações Sociais (OS) e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Parágrafo 2: refere sobre a possibilidade de atuação de empresas privadas que podem vender serviços ao SUS, contanto que a Administração Direta não os tenha ou não possa ofertá-los em quantidade suficiente para a população pela qual é responsável. Exemplo: hospitais e clínicas privadas. CAPÍTULO I Dos Objetivos e Atribuições Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei; III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados § 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. § 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. § 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo: I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho; II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional; VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas; VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores. Vamos pensar? A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Portaria nº 1.378 de 2013 vigilância da situação de saúde da população, com a produção de análises que subsidiem o planejamento, estabelecimento de prioridades e estratégias, monitoramento e avaliação das ações de saúde pública; detecção oportuna e adoção de medidas adequadas para a resposta às emergênciasde saúde pública; vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis; vigilância das doenças crônicas não transmissíveis, dos acidentes e violências; vigilância de populações expostas a riscos ambientais em saúde; vigilância da saúde do trabalhador; O conceito de vigilância em saúde inclui: a vigilância e o controle das doenças transmissíveis; a vigilância das doenças e agravos não transmissíveis; a vigilância da situação de saúde; vigilância ambiental em saúde; vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância sanitária. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br vigilância sanitária dos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos, serviços e tecnologias de interesse da saúde; De acordo com a Portaria nº 1.378, de 09 de Julho de 2013, art.6º ,inciso XIX - Compete à Secretaria de Vigilância em Saúde o provimento dos seguintes insumos estratégicos: a) imunobiológicos definidos pelo Programa Nacional de Imunizações; b) seringas e agulhas para campanhas de vacinação que não fazem parte daquelas já estabelecidas ou quando solicitadas por um Estado; c) medicamentos específicos para agravos e doenças de interesse da Vigilância em Saúde, conforme termos pactuados na Comissão Intergestores Tripartite (CIT); d) reagentes específicos e insumos estratégicos para as ações laboratoriais de Vigilância em Saúde, nos termos pactuados na CIT; e) insumos destinados ao controle de doenças transmitidas por vetores, compreendendo: praguicidas, inseticidas, larvicidas e moluscocidas - indicados pelos programas; f) equipamentos de proteção individual (EPI) para as ações de Vigilância em Saúde sob sua responsabilidade direta, que assim o exigirem; g) insumos de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, indicados pelos programas, nos termos pactuados na CIT; e h) formulários das Declarações de Nascidos Vivos (DNV) e de óbitos (DO); CAPÍTULO II Dos Princípios e Diretrizes Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; VIII - participação da comunidade; IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. QUADRO: Principais conceitos que embasam os princípios do SUS Princípios doutrinários Princípios organizativos Universalidade: significa que o Sistema Único de Saúde deve atender a todos por meio de sua estrutura e serviços, sem distinções ou restrições, oferecendo toda a atenção necessária, sem qualquer custo. Não importando, por exemplo, se a pessoa possui um plano de saúde. Equidade: preconiza o direito das pessoas a serem atendidas de acordo com as suas necessidades de saúde, sem privilégios ou preconceitos. O SUS deve disponibilizar recursos e serviços de forma justa, de acordo com as necessidades de cada um. Portanto, não é sinônimo de igualdade, apesar de o texto da lei colocar nesses termos e esses Regionalização: trata-se de uma forma de organização do Sistema de Saúde, com base territorial e populacional, adotada por muitos países na busca por uma distribuição de serviços que promova equidade de acesso, qualidade, otimização dos recursos e racionalidade de gastos. Hierarquização: diz respeito à possibilidade de organização dos níveis de atenção do Sistema conforme o grau de densidade tecnológica dos serviços, isto é, o estabelecimento de uma rede que articula os serviços dos diferentes níveis de atenção, por meio de um sistema de referência e contrarreferência de usuários e de trânsito de informações. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br conceitos terem muito em comum. Ocorre que essa concepção evoluiu, visando, entre outros aspectos, reduzir o impacto dos determinantes sociais da saúde que acabamos de estudar. Integralidade: preconiza a garantia ao usuário de uma atenção que abrange as ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, com garantia de acesso a todos os níveis de atenção do Sistema de Saúde. A integralidade também pressupõe a atenção focada no indivíduo, na família e na comunidade (inserção social) e não num recorte de ações programáticas ou doenças. plano de saúde privado. Descentralização: é o processo de transferência de responsabilidades da gestão e recursos para os municípios, atendendo às determinações constitucionais e legais que embasam o SUS e que definem atribuições comuns e competências específicas à União, estados, Distrito Federal e municípios. Controle Social: é um mecanismo institucionalizado pelo qual se procura garantir a participação social, com representatividade, no acompanhamento da formulação e execução das políticas de saúde. Ele se concretiza primordialmente por meio dos Conselhos e Conferências de Saúde, mas se dá também em outras instâncias. CAPÍTULO III Da Organização, da Direção e da Gestão Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente. http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam. § 1º Aplica-se aos consórciosadministrativos intermunicipais o princípio da direção única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância. e III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente. § 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde. Art. 11. (Vetado). Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil. Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes atividades: I - alimentação e nutrição; II - saneamento e meio ambiente; III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; IV - recursos humanos; V - ciência e tecnologia; e VI - saúde do trabalhador. Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior. Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera correspondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições. Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde (SUS). (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo: (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS, em conformidade com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da organização das redes de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e à integração das ações e serviços dos entes federados; (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). CAPÍTULO IV Da Competência e das Atribuições Seção I Das Atribuições Comuns Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições: I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde; II - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde; http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições ambientais; IV - organização e coordenação do sistema de informação de saúde; V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros de custos que caracterizam a assistência à saúde; VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para promoção da saúde do trabalhador; VII - participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico e colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente; VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde; IX - participação na formulação e na execução da política de formação e desenvolvimento de recursos humanos para a saúde; X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade com o plano de saúde; XI - elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de saúde, tendo em vista a sua relevância pública; XII - realização de operações externas de natureza financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo Senado Federal; XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização; XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais relativos à saúde, saneamento e meio ambiente; XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde; XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício profissional e outras entidades representativas da sociedade civil para a definição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e serviços de saúde; XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde; XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde; XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao poder de polícia sanitária; XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de atendimento emergencial. QUADRO: COMPÊTENCIAS DOS ENTES FEDERATIVOS Federal Estadual Municipal http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Participar na formulação e na implementação das políticas: de controle das agressões ao meio ambiente; de saneamento básico; e relativas às condições e aos ambientes de trabalho Participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico e das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho Gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros Definir e coordenar os sistemas: de rede de laboratórios de saúde pública; de vigilância epidemiológica; e vigilância sanitária Coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços: de vigilância epidemiológica; de vigilância sanitária Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde Participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente Participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente Executar serviços de alimentação e nutrição Participar da definição de normas e coordenar a política de saúde do trabalhador Coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços de saúde do trabalhador Estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras Colaborar com a união na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras Participar do planejamento,programação e organização da rede regionalizada e hierarquizada, em http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br articulação com sua direção estadual Formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e produção de insumos e equipamentos para a saúde Em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde Prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios Prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e serviços de saúde Promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações de saúde Promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde Normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados Coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros Acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as competências Acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas e gerir http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br estaduais e municipais sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional Formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição; Coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços de alimentação e nutrição Estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos Formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedimentos de controle de qualidade para produtos Elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS Promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem como com entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde Estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação http://www.nezoeducacional.com.br/ Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br técnica e financeira do SUS em todo o Território Nacional em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. (Vide Decreto nº 1.651, de 1995) Executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual SUS ou que representem risco de disseminação nacional. CAPÍTULO V Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, componente do Sistema Único de Saúde – SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual funcionará em perfeita integração. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) http://www.nezoeducacional.com.br/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política Indígena do País. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-governamentais poderão atuar complementarmente no custeio e execução das ações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a realidade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve pautar por uma abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistência à saúde, saneamento básico, nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e integração institucional. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) § 1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) § 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações na estrutura e organização do SUS nas regiões onde residem as populações indígenas, para propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, sem discriminações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) § 3o As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em âmbito local, regional e de centros especializados, de acordo com suas necessidades, compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à saúde. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos organismos colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho http://www.nezoeducacional.com.br/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9836.htm#art1 Núcleo de Estudos da Zona Oeste ouvidoria@nezoeducacional.com.br www.nezoeducacional.com.br Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) CAPÍTULO VI DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) § 1o Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) § 2o O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) § 3o O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação médica, com expressa concordância do paciente e de sua família. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) CAPÍTULO
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