POS0787 INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO PG0996211DP - 202112 ead-16291 01

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19/03/2021 Roteiro de Estudos
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A Psicologia, de modo geral, preocupou-se em compreender, explorar e analisar como acontece a
relação interpessoal nas organizações para construir estratégias que possam preservar, promover
e restabelecer a qualidade de vida e o bem-estar dos colaboradores. Já a Psicologia Organizacional
e do Trabalho (POT) parte da necessidade de compreender integralmente o homem em relação às
organizações e ao trabalho. Podemos dizer que o aparecimento da POT está associado à
crescente industrialização, que ocorreu nos países do cenário ocidental, no �nal do século 19 e
início do século 20. Esse contexto se caracterizava, inicialmente, pela crescente busca de seleção
de funcionários para as organizações e, principalmente para o exército, já que nesse período
aconteceram as duas guerras mundiais. Atualmente, as ações da POT se ampliaram, partindo de
processos burocráticos para práticas mais voltadas à busca da saúde mental do trabalhador.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro você vai:
re�etir sobre a história da psicologia organizacional e do trabalho;
de�nir brevemente o conceito de trabalho e sua centralidade na vida do homem ao longo da
história humana;
compreender os principais fundamentos da Psicologia Organizacional e do Trabalho, como
teorias motivacionais e as várias gerações nas organizações;
investigar sobre o comportamento organizacional, as lideranças e os processos de
comunicação nas empresas;
estudar as novas práticas da Psicologia Organizacional e do trabalho;
Introdução a Psicologia Organizacional e do Trabalho
Roteiro deRoteiro de 
EstudosEstudos
Autor: Me. Ederson Fernando Mariano
19/03/2021 Roteiro de Estudos
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compreender a Subjetividade do Trabalhador, seus processos de adoecimento psíquico e
Promoção da Saúde;
re�etir sobre as principais práticas da Psicologia Organizacional e do Trabalho na atualidade.
Introdução
A palavra psicologia vem do grego psyché, que signi�ca alma, e logos, razão. Ou seja, psicologia,
literalmente, é o estudo da alma (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001). O pro�ssional psicólogo
preocupa-se com a forma como os homens interagem psiquicamente com seu ambiente e nas
suas relações. Para tanto, o psicólogo pode atuar em diversos espaços de intervenção, por
exemplo: desenvolvimento humano, motivação, inteligência e aprendizagem. Já a psicologia
organizacional e do trabalho (POT) advém dos estudos da psicologia social e dos grupos no �nal
do século 19. A psicologia inserida nas organizações abrange questões extrínsecas (externas) e
intrínsecas (internas) dos sujeitos, abordando aspectos próprios das ciências psicológicas e da
administração. Podemos, então, dizer que a POT compromete-se nos estudos do comportamento
humano dentro das empresas.
Histórico da Psicologia
Organizacional e do Trabalho
Desde 1875 com Wilhelm Wundt (1832-1920), a psicologia vem se desenvolvendo enquanto
ciência. Wundt criou o primeiro Laboratório de Experimentos em Psico�siologia, na Alemanha. O
autor concretizou o desligamento das compreensões psicológicas de ideias espiritualistas, que
defendiam a existência simplesmente de uma alma espiritual humana. A história da psicologia
começou a se fundamentar no fortalecimento de métodos cientí�cos. A ideia de um homem
autônomo, capaz de se responsabilizar pelo seu próprio desenvolvimento e pela sua vida,
também se fortalece com os estudos de Wundt.
Outro trabalho importante é o de Kurt Lewin (1890-1947), professor alemão refugiado do
nazismo, que in�uenciou a psicologia, como também o desenvolvimento de uma teoria
organizacional, que era aplicada no estudo das relações humanas do trabalho (ZANELLI, 2014).
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A missão, visão e valores da Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) ocorrem no explorar,
analisar e compreender como as pessoas se relacionam dentro de uma organização.
Compreendem os funcionários como um organismo que interage dinamicamente com o ambiente
no qual está inserido. Ao considerarmos que o ambiente das empresas é instável e competitivo,
exige-se que os pro�ssionais da POT se antecipem às mudanças, construindo, ao mesmo tempo,
estratégias que preservem, promovam e estabeleçam a qualidade de vida e o bem-estar dos
colaboradores. O fato de buscar selecionar os candidatos mais quali�cados aos cargos oferecidos
demonstra a preocupação das empresas com o desempenho do colaborador no trabalho e com a
ciência organizacional (AGUIAR, 2012).
ARTIGO
A Importância do Recrutamento e seleção para o bom desempenho
Organizacional
Autor: Neide Galvão Noronha 
A C E S S A R
Não podemos falar da POT sem mencionar a importância da administração cientí�ca para seu
estabelecimento nas organizações. Uma das correntes que mais in�uenciou a POT nos seus
primórdios foi o taylorismo, uma vez que suas pesquisas diziam respeito à orientação das práticas
de trabalho, porém exclusivamente com o objetivo do aumento de desempenho humano para
produtividade. Com isso, a POT ampliou-se nas suas ações, como treinamento dos empregados e
análise da cultura e clima organizacional. A preocupação e atuação do psicólogo organizacional
passaram a ser fatores sociais, e as relações humanas no contexto do trabalho, contemplando
também os estudos e intervenções que se ocupavam com treinamento, desenvolvimento,
jornadas de trabalho, segurança e disciplina. Os gestores passaram a estudar as intervenções que
se dirigiram aos incentivos não �nanceiros, como liderança, relações interpessoais, entrevistas e
aconselhamento dos colaboradores (BERGAMINI, 1996).
https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/a-importncia-do-recrutamento-e-seleo-para-o-bom-desempenho-organizacional
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A Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) desenvolveu-se, então, na busca por responder a
desa�os especí�cos, postos pelos contextos sociais, políticos, econômicos e da tecnologia, que
marcaram o século 20, que também possibilitaram um novo rumo às relações humanas do
trabalho e de produção no século 21. As mudanças constantes no mundo causaram impactos nas
dimensões sociais e individuais do homem, principalmente na sua relação com o trabalho.
Segundo Zanelli (2014), as principais mudanças ocorridas dizem respeito ao
[...] desenvolvimento da tecnologia eletrônica e dos meios de comunicação, aos
mecanismos de controle social mais sutis, ao desenvolvimento da biotecnologia, à
fragmentação das grandes religiões, à ampliação do papel social da mulher, às
alterações na con�guração do núcleo familiar, ao aumento da produtividade
atrelado ao desemprego estrutural, à intensi�cação da economia globalizada e
dos níveis de consumo e do avanço da sociedade do conhecimento (ZANELLI,
2014, p. 416).
Conceito de Trabalho ao Longo da
História Humana
Na Odisseia, contava o �lósofo Homero que, por ter desa�ado os deuses, Sísifo foi condenado a
empurrar eternamente montanha acima uma rocha que, por seu próprio peso, rolava de volta
sempre que atingia o topo. Esse mito proporciona uma interpretação interessante, pois o cúmulo
do desespero de Sísifo não estava na subida quando ele mais trabalhava. A descida, ao contrário,
não exigia esforços, mas era o momento no qual ele era confrontado com seu destino, o aspecto
desastroso conferido pela desvantagem de todo seu esforço e trabalho, caracterizando, assim,
seu trabalho como sem objetivo e de certa forma inútil. Tripalium ou trabicula, termos do latim
associados à tortura, estão na origem do signi�cado da palavra trabalho. É muito provável que
muitos de nós nocotidiano já ouvimos frases como “primeiro o trabalho, depois o lazer”, ou
alguém dizendo que o mundo seria perfeito se não precisássemos trabalhar. É nessa concepção
que o trabalho ganha múltiplas e ambíguas atribuições. Para Platão e Aristóteles, todo cidadão
deveria ser poupado do trabalho, todo cidadão deveria se abster de pro�ssões mecanicistas e da
especulação comercial, a primeira ocasiona limitação intelectual, e a segunda degrada eticamente.
Essa �loso�a clássica caracterizava o trabalho como inferior, degradante e desgastante (SAMPAIO,
1998).
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Em Marx, o trabalho seria uma categoria social em dois aspectos: produz a própria condição
humana ao passo que se diferencia dos demais animais e representa uma parte da história da
humana, ou seja, a história das relações de produção. E é no capitalismo que a concepção do
trabalho se fortaleceu de forma centralizada na vida da humanidade A atividade laboral se tornou
como um meio justo de ganhar a vida, independentemente muitas vezes das suas condições
laborais (MARX, 1983).
Na POT, por sua vez, devemos falar do trabalho em construção com a motivação,
comprometimento, aprendizagem, envolvimento, socialização, satisfação e qualidade de vida do
trabalhador. O conceito de trabalho passa a ocupar um lugar fundamental na re�exão teórica do
dia a dia nas organizações.
LIVRO
A concepção de Trabalho na Filoso�a do jovem Marx e suas implicações
Antropológicas
Autor: Renato Almeida de Oliveira 
A C E S S A R
Teorias Motivacionais e as Várias
Gerações
Uma das grandes perguntas centrais de toda psicologia organizacional e do trabalho se refere à
necessidade de produzir motivação nos seus colaboradores. Veremos alguns conceitos que são
ainda hoje fundamentais para pensar nos processos que produzem a motivação no trabalho.
https://www.marilia.unesp.br/Home/RevistasEletronicas/Kinesis/6_RenatoAlmeidadeOliveira.pdf
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A Teoria da Motivação de Maslow
A teoria da Escola Hierárquica das Necessidades Humanas Básicas, de Abraham Maslow (1908-
1970), compreende a motivação como níveis hierárquicos que devem ser preenchidos em graus
razoáveis e variáveis de pessoa para pessoa. O esforço da motivação se concentra na busca de
satisfação dos níveis inferiores para os superiores. Maslow hierarquiza as necessidades humanas
básicas na seguinte ordem: necessidades de autorrealização; necessidades de autoestima;
necessidades sociais; necessidades de segurança; e necessidades �siológicas (CHIAVENATO, 2009).
Quadro 1 - As necessidades Hierárquicas de Maslow 
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
Necessidades Características
Fisiológicas
Mais básicas, nível mínimo de satisfação para
a sobrevivência. Englobam a sede, sono,
fome e o alívio de tensões �siológicas.  
Segurança
Superior às �siológicas. Relacionam-se com a
estabilidade, segurança física, o sentimento
de proteção e  dependência.
Sociais ou de A�liação Vinculadas à carência humana de pertencera grupos sociais, por exemplo, religiosos.
Autoestima
Autoa�rmação ou valorização de si ou do
outro. Busca pelo poder de reconhecimento,
apreço e de competência.
Autorrealização
Nível mais elevado.  Poucos alcançam.
Engloba a necessidade dos indivíduos de
realizar e atualizar seu potencial.
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ARTIGO
A Teoria das Necessidades de Maslow: a in�uência do Nível Educacional sobre a
sua percepção no Ambiente de Trabalho
Autores: André Ferreira, Carolina Medeiros Demutti, Paulo Eduardo Oliveira Gimenez. 
Comentário: Leia o artigo sobre a teoria das necessidades de Maslow. 
A C E S S A R
A Teoria dos Aspectos Humanos e
das Gerações
Em seu livro Aspectos humanos da empresa, MCGregor (1970) desenvolveu a Teoria X e a Teoria
Y. A obra teve como objetivo evidenciar o modo como ocorreria a in�uência de um indivíduo
sobre a outro no dia a dia das organizações. O autor compreendeu que existe um grupo de
pessoas que pensam, sentem e, portanto, agem segundo os pressupostos do que chamou de
Teoria X; e outros movimentam-se segundo os pressupostos do que chamou de Teoria Y. Esses
dois pressupostos constituem-se num conjunto de percepções e concepções não conscientizadas
que operam e condicionam o comportamento das pessoas no cotidiano das organizações
(ZANELLI, 2014).
A Teoria X compreende o trabalho para maioria dos sujeitos como desagradável, as organizações.
Portanto, devem estabelecer processos de trabalho que considerem efetivamente esse
sentimento para motivação dos funcionários. A Teoria Y compreende o trabalho como algo tão
natural na vida humana, como o lazer e a própria identidade dos sujeitos, contudo, as empresas
devem possuir condições favoráveis.  
https://www.etica.eco.br/sites/textos/teoria-de-maslow.pdf
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Partimos, então, do conceito das cinco principais gerações no mercado de trabalho que nos
permite fazer referência ao conjunto de pessoas que, por terem nascido no mesmo período
histórico, receberam estímulos culturais e sociais similares e, por isso, possuem gostos,
comportamentos e interesses em comum. Como referência, há as principais gerações que
formulam o ambiente organizacional: Baby Boomers; Gerações X, Y e Z. Conforme quadro a
seguir, apresentaremos as principais características dessas gerações (OLIVEIRA, 2012).
Quadro 2 - As várias gerações no mercado de trabalho 
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
Geração Ano Características
Baby
Boomers:
Nascidos entre 1948
e 1963
In�uenciados pelo pós-guerra. Possuem per�l de
liderança pela automotivação, Permanecem vários
anos na mesma organização.
Geração X: Nascidos entre 1970e 1980
In�uenciados pelo consumismo e o início da
tecnologia, estabilidade �nanceira e de trabalho,
gostam de trabalhar de forma individual.
Geração Y: Nascidos entre 1981e 1990
In�uenciados pelos avanços tecnológicos mais
complexos e da democracia. Empregados que
exercem várias funções de uma vez, tendem a ser
inseguros e impacientes. Buscam a conectividade e a
rapidez, por isso precisam desenvolver mais sua
inteligência emocional.
Geração Z: Nascidos a partir de1991
In�uenciados pelos jogos de vídeo game, smartv,
celular, internet WI-FI e redes sociais. Estão
naturalmente ligados a várias coisas ao mesmo
tempo. São muitas vezes intolerantes e imediatistas.
Tendem a não separar adequadamente as
informações que recebem.
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ARTIGO
A Geração Y no mercado de trabalho: um Estudo Comparativo entre Gerações
Autores: Letícia Reghelin Comazzetto, Cláudia Maria Perrone, Sílvio José Lemos Vasconcellos e
Julia Gonçalves.
Comentário: Leia mais sobre o estudo comparativo entre as gerações no mercado de trabalho. 
A C E S S A R
Comportamento Organizacional,
Liderança e Comunicação
O Comportamento Organizacional tem como objetivo o estudo de tudo aquilo que constitui uma
organização, ou seja, os indivíduos, os grupos e as estruturas de comportamento que se
constituem dentro da organização, principalmente a comunicação, as lideranças e as motivações.
O propósito de estudar esses aspectos citados é que promovem a melhoria e�caz organizacional.
As disciplinas que contribuem para os estudos do Comportamento Organizacional são a
Psicologia, Sociologia, Psicologia Social, Antropologia e as Ciências Sociais Aplicadas, como por
exemplo, a Administração (ROBBINS, 2011). Assim, o ComportamentoOrganizacional “apresenta-
se hoje como uma imensa colcha de retalhos, um campo aberto a quase todos os ventos teóricos”
(CHANLAT, 1996, p. 23). Já Chiavenato (2004) a�rma que o clima organizacional constitui o meio
interno da organização, a atmosfera psicológica e as características que existem em cada
empresa. Tal clima depende das condições econômicas da empresa, da estrutura organizacional,
das oportunidades de participação social, da escolha da equipe, do estilo da liderança, dos modos
de comunicação, e assim por diante.
http://www.scielo.br/pdf/pcp/v36n1/1982-3703-pcp-36-1-0145.pdf
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Outro aspecto importante para se compreender o comportamento organizacional é a
compreensão da liderança e da comunicação. Vejamos que ambas são ações das próprias
pessoas dentro das empresas. Segundo Robbins (2011), importante teórico sobre o tema
comportamento organizacional, a comunicação é a transferência e a compreensão de mensagem
transmitida. Sua função é a de controle, motivação, expressão emocional e informação, tanto por
parte de quem transmite, quanto de quem a recebe. A comunicação que ocorre dentro do grupo é
um mecanismo fundamental para que seus membros expressem suas frustrações ou
sentimentos de satisfação. Quanto à liderança, ela é a capacidade de in�uenciar um grupo em
direção ao alcance de objetivos. A liderança tem um papel crucial para a compreensão do
comportamento no grupo, pois é o líder quem geralmente oferece a direção em relação ao
alcance dos objetivos. Uma capacidade de comunicação assertiva e boa liderança proporcionam
uma valiosa melhoria para todo o desempenho dos colaboradores.
ARTIGO
Comportamento Organizacional
Autor: Jorge Fornari Gomes
Comentário: Leia este artigo sobre o comportamento organizacional: 
A C E S S A R
Atualmente, o homem contemporâneo, que aqui também se refere ao sujeito humano, por
diversas razões tem desenvolvido um aumento nos transtornos psiquiátricos, como crises de
ansiedade, estresse, síndrome do pânico e Burnout. O mal-estar característico desses sintomas
deixa com que o sujeito humano busque soluções muitas vezes imediatistas para esses
sofrimentos, por exemplo, o uso abusivo de álcool, drogas ou até psicotrópicos.
Alguns mecanismos psicológicos afetam de forma integral a vida humana dentro da organização,
colaborando para a construção de obstáculos entre uma harmonia do trabalhador e da própria
organização (FIORELLI, 2009). Cada pessoa traz para a organização sua “bagagem psicológica
http://www.scielo.br/pdf/rae/v27n2/v27n2a05.pdf
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anterior”, ou seja, tudo aquilo que já viveu anteriormente, como seus princípios morais e valores
éticos. Os colaboradores afetam as organizações e, ao mesmo tempo, recebem in�uências delas.
Analisando o contexto das empresas, os colaboradores são os principais sujeitos de mudança e
transformação, por meio de seu desempenho, tomam decisões e realizam mudanças complexas,
que comprometem os fazeres individuais e coletivos. Um ponto importante é quando o
trabalhador vai adoecendo por conta do ambiente organizacional, um exemplo é quando está
sofrendo bullying ou assédio moral no trabalho. Ambos os efeitos pontuais de um conjunto
complexo.  De acordo com Moreira (2010), ambos os fenômenos são quase que sinônimos. Pode-
se dizer que eles ocorrem em ambientes distintos, podendo o bullying ser praticado mais na
época escolar e o assédio moral, no ambiente do trabalho. Contudo, a semelhança das ações
praticadas os caracterizam como uma forma praticada de violência verbal, que é reeditada em
ambientes distintos. O que os caracterizam são as ações de abusos que se repetem
constantemente, se estabelecem por meio de agressões verbais, sabotagem, constrangimentos,
intimidação e possíveis ameaças. Essas ações afrontam a integridade física e, principalmente, a
psicológica da vítima. Resultam em uma convivência marcada pela ansiedade e pelo medo por
parte de quem sofre, que acaba por instituir, no ambiente escolar ou pro�ssional, um clima de
terror, medo e descon�ança, com a possibilidade de o assediador passar despercebido pelos não
envolvidos, como os gestores de recursos humanos (MARANGONI; BRAZ; HASHIMOTO, 2016).
ARTIGO
Bullying e Assédio moral no Trabalho: Expressões do Narcisismo Contemporâneo
Autores: Vinícius Xavier Cintra Marangoni, Matheus Viana Braz e Francisco Hashimoto
Ano: 2016
 Comentário: Leia o artigo a seguir, que trata da correlação entre o bullying e o assédio moral
dentro das organizações. 
A C E S S A R
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172016000200010
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Novas Práticas de Psicologia
Organizacional e do Trabalho:
Promoção da Saúde do
Trabalhador
A Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) passou por mudanças signi�cativas ao longo dos
anos para se adaptar às questões do ambiente corporativo. É necessário pensar em como o
pro�ssional da POT lida com as pressões externas, já que nesse cenário predominam as práticas
administrativas que acabam por ir contra o pensamento humano da psicologia. Bastos,
Yamamoto e Rodrigues (2013) discorrem sobre o compromisso social e ético na atuação do
psicólogo nas empresas, como são enfrentados os desa�os encontrados na prática, uma vez que
a psicologia tem o compromisso ético e social com cada sujeito. O psicólogo organizacional e do
trabalho deve formar um vínculo com os interesses dos empresários, mas também com dos
funcionários.
Diante das modi�cações no mundo do trabalho, os pro�ssionais da POT foram deixando de lidar
somente com o trabalho mecanicista e começaram a pensar em ações sobre o ambiente e as
relações no trabalho, as formações de equipes e a saúde psíquica dos colaboradores. O papel do
psicólogo organizacional passou a ser de um agente promovedor da saúde, o grande desa�o se
faz no fato das organizações buscarem que os indivíduos produzam de forma rápida e acelerada.
Dessa maneira, o psicólogo tem de treinar e desenvolver os colaboradores para excelentes
resultados, e, ainda, assim buscar o seu bem-estar e saúde ocupacional. Frente a esse novo
cenário, a POT sofreu uma recon�guração em quatro principais aspectos: suas práticas já
tradicionais, o alargamento do cargo, nas intervenções e no segmento externo à organização
(SPECTOR, 2006).
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ARTIGO
Psicologia Organizacional e do Trabalho no Sul do Brasil: Características dos
Pro�ssionais, da Atuação e dos Contextos de trabalho
Autores: Helder Lima Gusso; Alexandre da Silva Alvarenga; Priscila Pereira Nunes; Maiana Farias
Oliveira Nunes; Gabriel Gomes De Luca; Manoela Ziebell de Oliveira
Ano: 2019
Comentário: Leia o estudo a seguir, que descreve a atuação do psicólogo organizacional e do
trabalho. 
A C E S S A R
Em relação ao desdobramento do cargo de Psicólogo Organizacional, podemos dizer que as
transformações no mundo organizacional o levaram a participar de equipes multidisciplinares,
bem como pensar em como promover a saúde do trabalhador. Cabe ao pro�ssional da POT
compreender de forma ampliada o cenário de transformações sociais, e assim ter uma visão não
apenas interna da organização, mas também externa do mercado de trabalho (como exemplo, o
desemprego que se tornou um subproduto importante).
Para realizar seu trabalho nas organizações, o psicólogo organizacional poderá́ desenvolver
estratégias direcionadas à melhora da qualidade de vida da própria organização e dos
colaboradores que a compõem (BORGES; MOURÃO,2013). Ele pode usar o contexto
organizacional para desenvolver e implementar pesquisas e ações que compreendam o
comportamento humano. Dentre suas atividades tradicionais e as novas destacam-se, segundo
Chiavenato (2004):
O treinamento nas organizações está voltado para as questões da educação permanente,
estimulando o potencial de cada colaborador. Essa ação possibilita o aprendizado e a melhoria
nas funções e relações interpessoais dentro das organizações.
A avaliação de desempenho tem como proposta preparar a organização para acompanhar a
realização das avaliações de desempenho dos seus colaboradores, analisando os dados obtidos e
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572019000300002
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encaminhando os seus resultados, como forma de fornecer às diretorias novas oportunidades
para trabalhar os potenciais humanos.
A equipe multipro�ssional visa ajudar a desenvolver políticas de saúde ocupacional na
organização, principalmente, no que diz respeito à prevenção de agravos de saúde mental
relacionados aos fatores do trabalho. Essa equipe deve �car responsável por ações de assistência
psicossocial que facilitem a integração do trabalhador na organização, intervindo em várias
problemáticas.
Sobre as novas demandas que surgem no trabalho do psicólogo nas organizações, os que mais se
destacam são as demandas de consultorias, coaching e as clínicas do trabalho, que visam ao
cuidado e o desenvolvimento da saúde do trabalhador (SPECTOR, 2006).
Consultorias
As consultorias de RH têm como objetivo a prestação de serviços, como por exemplo, no
Recrutamento e Seleção, o psicólogo, assim, auxilia nas funções desenvolvidas no objetivo de
recrutar o melhor sujeito para o cargo em aberto. Como um consultor prestador de serviços, ele
tem a vantagem de trabalhar com autonomia e liberdade para ação, formulação de práticas e
estratégias para soluções dos problemas. Existe, também, o consultor interno, aquele que já é
contratado da organização, a di�culdade está na pouca autonomia que esse pro�ssional pode ter
sobre suas ações e resultados (BORGES, MOURÃO, 2013).
Coaching
O coaching é um processo que possibilita a descoberta de novas habilidades e competências que
já pertenciam no sujeito, mas que de alguma forma estavam reprimidas. Consiste em treinamento
e desenvolvimento pessoal, que possibilitará novas habilidades, incentivando o sujeito no seu
crescimento pessoal e pro�ssional. Nesse contexto, o coach é aquele que executa as ações do
treinamento e quem, possivelmente, já passou anteriormente pelo processo de coaching. Tem
como foco o desenvolvimento e a apresentação dos resultados de todo o processo. O chamado
coaching de executivos constitui-se de técnicas empregadas nas organizações, para desenvolver
conhecimentos, habilidades e competências (CHA) em nível individual e grupal, por meio de
procedimentos usados em um determinado conjunto de pessoas, dentro do ambiente corporativo
(KRAUSZ, 2007).
A Clínica do Trabalho
Um importante movimento para a POT tem sido chamada clínica do trabalho. O termo clínica não
faz menção aqui à atenção aos problemas individuais em ambiente terapêutico. Trata-se de uma
abordagem de pesquisa – intervenção que consiste em considerar o trabalho como categoria
primordial para a compreensão dos processos de subjetivação do trabalhador –, no sentido de
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ouvi-lo de forma ampla e produzir uma maior saúde mental e bem-estar. Tal conceito surge sob a
in�uência da ergonomia, sobretudo quanto à diferenciação do trabalho prescrito (tarefa), que
envolve mais a prática externa, e a do trabalho real (atividade realizada), que envolve mais o
psiquismos e saúde do trabalhador.   No livro Clínicas do trabalho: novas perspectivas para
compreensão do trabalho na atualidade, Bendassolli e Sobolli (2011) tratam da relação entre
subjetividade e trabalho, ou seja, como o trabalho pode alterar signi�cativamente a subjetividade,
como crenças e valores dos trabalhadores e, consequentemente, propiciar possíveis sofrimentos
psíquicos. Dentro desse conceito, existem quatro importantes teorias clínicas do trabalho: Clínica
da Atividade, Psicossociologia, Psicodinâmica do Trabalho e Ergologia. Dentre esses conceitos, o
da Ergologia refere-se a uma importante referência   para a psicologia organizacional e do
trabalho. É uma �loso�a que possibilita pensar partindo da noção de atividade. Nessa perspectiva,
trabalhar não é apenas produzir de forma mecanicista, mas fazer uso de recursos subjetivos para
realizar suas atividades (BENDASSOLLI; SOBOLLI, 2011; ROBBINS, 2011).
ARTIGO
Clínica do trabalho aplicada a trabalhadores de Ensino Superior Federal
Autores: Gerusa Menezes de Carvalho e Ana Cláudia Leal Vasconcelos
Comentário: Leia o estudo feito sobre a aplicação da clínica do trabalho em trabalhadores. 
A C E S S A R
Conclusão
A Psicologia Organizacional e do Trabalho se apoderou, em todos esses anos, do estudo das
interações entre comportamento no trabalho e da própria organização em si. Seu interesse
https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/viewFile/45272/pdf_8
19/03/2021 Roteiro de Estudos
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central foi compreender e intervir nos sujeitos trabalhadores, que são os que mais caracterizam
as organizações de trabalho. Portanto, busca-se sempre compreender o comportamento
daqueles que trabalham, tanto em seus aspectos motivacionais como nos de seu
desenvolvimento, para que ocorra melhor produtividade das atividades laborais, com a busca pela
qualidade de vida e pelo bem-estar do trabalhador.
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