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Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição FARMACOLOGIA APLICADA À NUTRIÇÃO 1) TERMOGÊNICOS CATECOLAMINERGICOS a) CLEMBUTEROL: é um fármaco B- adrenérgico, estimulador especifico/direto dos receptores B2 (relaxante da musculatura lisa), mas também possui capacidade, se ingerido em altas doses, de estimular os receptores B1 (efeitos cardíacos) e B3 (lipólise), quando é administrado em altas doses, o que pode ocasionar efeitos colaterais graves como: • ↑ da frequência cardíaca, levando a infartos do miocárdio em pessoas jovens, • ↑ da pressão arterial e • efeitos no sistema nervosa Promove o anabolismo muscular de forma eficaz em músculos normais ou lesados, por meio da redução da atrofia de fibras musculares e da perda de proteínas, resultado no aumento proteico e redução na degradação, ou seja, possui efeito anti-catabólico. ❖ É bem absorvido por via oral. ❖ Longo meia vida de ação ❖ Poder de armazenamento no músculo, fígado e rim, entre outros tecidos. É utilizado clinicamente como broncodilatador no tratamento de asma e bronquite crônica, e recentemente vem sendo usado por quem pratica esportes, uma vez que estudos apontam que causam efeitos hipertróficos e lipolíticos – indução de ganho de massa muscular e um possível efeito catabólico. Efeito lipolítico: necessário uma dose maior de Clembuterol. Probabilidade de ocorrer os efeitos colaterais. O efeito lipolítico: quebra de triglicerídeos no forma de AG livres, ↑ a glicogenólise hepática e muscular, e ↑ da secreção e glucagon (hormônio contra regulatório da insulina) Mecanismos de ação: o clembuterol atua de forma mais direto nos receptores B2, quando usado em ↑ doses, podem aumentar a sua ação nos receptores B1 e B3. (B2 = músculo liso brônquico). Esta ativação promove o acoplamento a proteína Gs (estimulatória) estimulando a ativação do Adenilato ciclase ao formar AMPc. Nos adipócitos, os receptores B3 ativados pela proteína quinase A, atuam liberando leptina, peptídeo de citocinas que induz apoptose do tecido adiposo, bem como ativa a lipólise. • Ocorre: Liberação de lipase hormônio sensível (LHS): uma enzima que hidrolise os triglicerídeos a AG livres e glicerol, promovendo a lipólise. A estimulação de receptores α e β3- adrenérgicos promove o balanço entre lipogênese e lipólise - ↑ concentração intracelular de AMPc – ativar a proteína quinase. ↑ a concentração de K + HIPERPOLARIZAÇÃO = relaxamento muscular. Resumo: o mecanismo de ação do clembuterol envolve a ativação de enzima Adenil ciclase resultando em uma ↑ concentração citoplasmática de AMPc, o que atual como sinalizador que vai gerar uma cascata de eventos celulares, ativando vias de anabolismo, ↑ de síntese proteica e ↑ do tamanho da célula. Consumo do clembuterol: o uso do clembuterol para perda de peso vem sendo restrita, pois para ocorrer lipólise são Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição necessárias doses superiores às doses terapêuticas. Efeitos do clembuterol: Efeitos colaterais quanto a toxidade da substancias, os mais citados são: • Taquicardia • Distúrbios gastrointestinais: náusea, vômito, diarreia • tremor • induzir uma serie de toxidades simpaticomiméticas, que ocorrem com mais frequência entre 6 e 24hrs após uso, associados a danos cardíacos. Obs.: a maioria dos efeitos dos B2-agosnistas são mediadas pela ativação da adenilciclase e da produção intracelular de AMPc cíclico. Obs.: existem B2 de curta duração e B2 de longa duração. Obs.: FORMOTEROL - exibe os dois mecanismos de ação. O de ação curta e o de longa duração. O B-receptor acoplado a proteína G e sua ligação leva a subunidade da proteína G a estimular a Adenil ciclase e a produção de AMPc. Obs.: AGONISTAS B2-ADRENÉRGICOS • Popular entre atletas: elaboração dos tecidos e perda de gordura • Fisiculturistas pré-competição: retarda perda de massa magra e facilita queima de gordura • Mulheres: não produz efeitos colaterais androgênicos • Aumento da massa muscular com fragilidade óssea exacerbada – maior risco de fratura • Administração crônica - alteração das dimensões estruturais do coração • Dilatação da aorta após exercícios – risco de ruptura b) METILXANTINA: As metilxantinas são componentes químicos importantes e presentes em varias bebidas alimentícias ou estimulantes não alcóolicos. As mais abundantes são: cafeína, teofilina, teobromina. • TEOFILINA – presentes no chá • TEOBROMINA - presentes no cacau • CAFEÍNA – concentrações elevadas de café. São substancia com alta poder estimulador do SNC. Mecanismos de ação das metilxantinas: são antagonismos dos receptores de adenosina. A adenosina possui dois tipos de receptores A1 e A2. Logo a adenosina, ao interagir com os receptores A1, ocorre a inibição da enzima adenilcilcase e a ativação da enzima fosfodiesterase. A inibição da adenilcilcase resulta na redução da formação de AMPc, um segundo mensageiro intracelular e a ativação da fosfodiesterase aumenta a degradação de AMPc. Assim, ente as ações do AMPc está a liberação de neurotransmissores, especialmente as catecolaminas, noradrenalina, adrenalina e dopamina. Dessa forma, a redução dos níveis de AMPc impede a amplificação do sinal da estimulação simpática. As metilxantinas inibem os receptores A1, impedindo a interação com a adenosina, causando ↑ dos níveis de AMPc, que vai causar várias reações e, inclusive, a liberação de catecolaminas. Da liberação das catecolaminas, neurotransmissores do SNA simpático, são derivadas as ações das metilxantinas sobre o Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição sistema nervoso central, cardiovascular, renal e digestivo. AÇÃO FARMACOLOGICA GERAL DAS METILXANTINAS: SNC: • Estimulante, inibe o sono, ↓ sensação de fadiga – facilita atividade cortical • Centros respiratórios e vasomotores bulbares S. CARDIOVASCULAR: • Ação inotrópica positiva: ↑ contração cardíaca, ↑ cálcio miocárdio. S. MUSUCLAR: • Musculo liso: relaxamento brônquico, das vias biliares e dos ureteres. • m. estriado: estimula contração, ↓ fadiga muscular. S. DIGESTIVO: • Metabolismo de lipídeos e CHO – estimula lipólise S. RENAL: • ↑ debito sanguíneo renal, filtração glomerular e adiurese CAFEÍNA: • Metilxantina rapidamente absorvida via oral • Droga psicotrópica • Estimuladora do SNC • Atinge pico plasmático cerca de 1hr após ingestão, possui vida plasmática de 3 a 7 horas. • Metabolizada no fígado, por desmetilacao no sistema P450, e tem como metabolitos a paraxantina, teofilina e teotrombina • Excretada na urina • Nicotina: ↑ eliminação da cafeína • Antibióticos, notadamente, as quinolonas, ↑ sua concentração sérica. • Atravessa a barreira hemato encefálica – causa efeitos neurobiológicos • ↑ doses provoca inibição das fosfodiesterases e aumento do cálcio intracelular • Condições normais: inibe competitivamente receptores de adenosina – principal mecanismos de ação. A cafeína antagoniza especificamente receptores A1 e A2a, aumentando a síntese de neurotransmissores e a neurotransmissão dopaminérgica. Efeitos da cafeína: • ↑ estado de alerta • ↓ sensação de fadiga • ↑ capacidade de realizar tarefas • Efeitos reforçadores devida ativação do sistema dopaminérgico • Diurese - ↑ de glomérulos e do fluxo sanguíneo renal - ↑ gasto cardíaco • Efeitos inotrópicos: • Taquicardia • Broncodilatadores • Estimulantes da secreção gástrica • ↑ doses: insônia, ansiedade, excitação • Consumidores habituais: desenvolve tolerância com necessidade de ↑ de consumo para obter os efeitos iniciais • Interrupção: abstinência • Cefaleia • Irritabilidade • Letargia Nível celular: cafeína é um antagonistacompetitivo dos receptores de adenosina e provavelmente Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição atuam diretamente ao nível de receptores para potencializar a liberação do Calcio do retículo sarcoplasmático, pelo desacoplamento da atividade da ATPase no músculo esquelético. Cafeína - ↑ lipólise, facilitação da transmissão no SNC, ↓ concentração plasmática de potássio durante o exercício, ↑ de força de contração muscular em baixas frequências de estimulação e economia do glicogênio muscular. Principal mecanismos de ação da cafeína: similaridade estrutural com a molécula de adenosina. É um potente neuro modulador endógeno, que inibe a liberação de diversos neurotransmissores: glutamto, ácido gama- aminobutírico, acetilcolina. Inibe a fosfodiesterases ( enzimas inativadores do AMPC) ou mobilização do cálcio intracelular. TEOFILINA: • Substancia ativa destinada ao tratamento e prevenção de broncoespasmos devida à asma e a doenças obstrutivas crônicas de vias aéreas. • Não indicado para tratamento da crise de asma ou broncoespasmo agudo • Não deve ser usado como fármaco de primeira escolha no tratamento de asma em crianças • É um broncodilatador, estruturalmente classificado como metilxantina (derivado de purina). • Efeito no sistema respiratório: • Relaxamento do musuclo liso dos bronquis e dos vasos sanguíneos pulmonares • Melhora do clearance mucociliar • Inibição da liberação de mediadores de mastócitos e de outras células inflamatórias • ↓ da gravidade da broncoconstrição • ↓ da gravidade das reações asmáticas agudas e tardias • Aumento da contratilidade do diafragma Efeitos extrapulmonares: • ↓ da sensação das dispneias • Dilatação de vasos sanguíneos • Relaxamento do musculo liso (v. biliar e TGI) • Inibição da contratilidade uterina • Inotropismo e cronotropismo cardíaco positivo • Estimulação de musculo esquelético • ↑ do debito urinário • Estimulação de glândulas endócrinas e exócrinas (↑ secreção de HCl no estômago, ↑ liberação de catecolaminas pela gl. Adrenal) Mecanismo de ação da teofilina: não é totalmente conhecido ainda, a inibição da fosfodiesterase e a ↑ da AMPc intracelular podem ser significantes Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição apenas em concentrações acima do limite superior da faiza terapêutica. • Antagonismo do receptor de adenosina • Antagonismo da prostaglandina • Translocação de cálcio intracelular Tais efeitos ocorrem com doses ↑ de teofilina. CHÁ-VERDE: Princípios ativos: bases xantínicas (cafeína e teofilina), proantocianidinas, flavonoides, taninos, vitaminas do complexo B, sais minerais, ácidos fenólicos, clorogênico, cefêico e gálico. Propriedades: estimulantes, antioxidante, antibacteriano. EFEDRINA: A efedrina causa efeito cardiovascular, causa estimulação A e B adrenérgica, levando o aumento da pressão arterial, aumento da frequancia cardíaca, vasoespasmo coronariano, isquemia, infarto e arritimias. Quando as metilxantinas são combinadas com a efedrina provocam uma potencialização da termogênese. A efedrina vai estimular a secreção de noradrenalina pelas transmissões nervosas simpáticas, e a cafeína por sua vez vai inibir a fosfodiesterase, responsável pela metabolização da AMPc, o que vai aumentar ainda mais a ação da noradrenalina. (obs.: a atividade da NA é diminuída pela adenosina e prostaglandinas, no entanto a cafeína vai atuar de forma a inibir esses dois, o que vai aumentar a ação, ainda mais, da noradrenalina) c) IOIMBINA • É um fármaco tipo bloqueador, ou seja, antagonista α-adrenérgico • Não é usada clinicamente • É antagonista seletivo α-2 adrenérgico. • É um alcaloide de ocorrência natural • Há vários análogos sintéticos produzidos, como o idazoxano. • É vasodilatador. • Principais usos: ações cardiovasculares. A ioimbina promove um aumento da atividade do SNS (sistema nervoso simpático), promovendo uma mobilização de gordura de modo mais eficaz e sem efeitos significativos sobre o Sistema Cardiovascular. Mecanismo de ação IOIMBIINA: possui acao bloqueadora de receptores α-adrenérgico, ↓ níveis de norepinefrina no cérebro e medula espinhal, bloqueando os impulsos que impedem a ereção e aumentando a liberação de Oxido Nítrico. Efeitos adversos IOIMBINA: • ↑ pressão arterial • ↑ frequência cardíaca • Tontura • Cefaleia • Irritabilidade • Nervosismo ou inquietação • Náusea ou vomito • Sudorese • Tremor • Rubor A principal função dos receptores adrenérgicos do adipócito é controlar a atividade da lipase hormônio sensível. E regular o processo de lipólise. A ativação do receptor α-adrenérgico leva a inibição da adenilciclase e da produção de AMPc cíclico pela ativação de uma proteína G inibitória. o nível intracelular de AMPc controla a ativação da proteína quinase A que regula fosforilação e ativação da lipase que por sua vez promove a lipólise. O bloqueio dos receptores α2 adrenérgicos Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição nas células adiposas promove aumento da lipólise induzida por catecolaminas. 1) ESTEROIDES E ANABOLIZANTES ANDRÓGENOS Hormônios são substâncias produzidas por células endócrinas que caem na corrente sanguínea e agem em regiões distantes de onde foram liberadas. No homem, o principal androgênio secretado é a testosterona, produzida majoritariamente nas células de Leydig. Nas mulheres, a testosterona também é o principal androgênio, sintetizada no corpo lúteo e no córtex suprarrenal. A androstenodiona e a desidroepiandrosterona (DHEA) são precursores da testosterona que funcionam como androgênios fracos que podem ser convertidos em testosterona nos tecidos periféricos. A testosterona pode atuar diretamente como um androgênio, ao ligar-se ao AR, ou indiretamente, após conversão em diidrotestosterona (DHT), que se liga ao receptor de androgênio. A testosterona também pode atuar como estrogênio, mediante conversão em estradiol, que se liga ao receptor de estrogênio. • Testosterona: esteroide derivado do colesterol • Dihidrotestosterona (DHT): metabólico biologicamente ativo do hormônio testosterona, formado principalmente na próstata, testículos, folículos capilares e glândulas adrenais pela enzima 5 α- redutase. É um hormônio responsável pelos efeitos secundários masculinos, chamados hormônios andrógenos e por alguns efeitos colaterais como a calvice. • FSH: hormônio folículo estimulante • LH: hormônio luteinizante Testosterona – ações gerais: Genitália Caract. Sexuais secundarias – ações anabólicas, destruição de gorduras, crescimento de pelos faciais, mudança no timbre de voz e libido. Mecanismo de ação: hormônios esteroides que tem como base o colesterol é lipossolúvel, logo seus receptores geralmente são encontrados dentro das células, logo por serem lipossolúveis, passam com facilidade pela membrana. A testosterona atua diretamente como andrógeno ou indiretamente após conversão em DHT. Testosterona: • CYP19 – estradiol - receptor de estrógeno: ossos, libido • Receptor de andrógeno = genitália interna, musculo esquelético, eritropoietese, osso • 5 α-redutase – DHT – receptor de andrógeno: genitália externa, folículos pilosos Androstenodiona e Desidroepiandrosterona (DHEA): precursores da testosterona que funcionam como andrógeno franco, podem ser convertidos em testosterona nos tecidos periféricos. Obs.: receptores andrógenos - importante saber que nem todos são iguais. Pois a distribuição desses receptores não é necessariamente igual entre os tecidos e há diference de individuo para indivíduo. Ex.: uma pessoa pode ter mais receptores andrógenos nos músculos e no couro cabeludo, do que na próstata. Umpessoa pode usufruir do Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição mínimo efeito colateral mais com máximo de efeitos anabólicos. O uso de esteroides pode trazer benefícios para pacientes em diferentes estados, pois estimulam a síntese proteica e podem auxiliar no processo de tratamento de algumas doenças como: • DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica • Enfisema • HIV – pois comprometem a musculatura levando a caquexia. • Reposição hormonal – hipogonadismo Precursores de andrógenos: • Androestenodiona • Desindroepinandrosterona • D-DROL • M-DROL Efeitos colaterais: • Alopecia • Ginecomastia • Parda de libido • Alterações das enzimas do fígado • Alteração do colesterol • Hipertensão • Redução dos testículos SARM: moduladores dos receptores seletivos dos hormônios. • Substancia que modula receptor de estrogênio • Bloqueador dos receptores de estrogênio • Mulheres: permite que façam uso sem alterações no clitóris e na voz, por exemplo. • Homens: efeito androgênico masculinizante baixo Os SARMS podem alcançar efeitos anabólicos no musculo esquelético, promovendo síntese proteica com desenvolvimento de volume muscular. No osso, promovem aumento de densidade óssea, sem efeitos asversos limitantes. Mecanismo de ação: o SARM interage com o receptor andrógeno na célula, migrando para o seu núcleo, onde se encontra a área de resposta ao esteroide, é um processo associado a manutenção da expressão genica. Mecanismos de sinalização do modulador seletivo do receptor de andrógeno (SARM) Como andrógenos (testosterona, DHT), o SARM entram no citoplasma das células, onde se deslocam até o receptor de andrógeno (AR) das proteínas de choque térmico (HSP) . Uma vez ligado, se transcolam para o núcleo e agem como fatores de transcrição ligando elementos de resposta androgênica (ARE). Dependendo do tipo de tecido e do ambiente regulatório da célula, agem de forma diferente. AR = receptor de hormônios andrógenos ARE= elemento de resposta androgênica HSP = proteína de choque térmico GH: hormônio do crescimento Somatotropina ou hormônio somatotrófico Seus mecanismos de ação podem ser divididos em: • Direita, mediado pela rede de sinalizadores intracelulares, desencadeado pela ligação do GH ao seu receptor na membrana plasmática • Ações indiretas, mediadas principalmente pela regulação da síntese dos fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGF) Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição O exercício físico é um potente estimulador de GH Atletas normalmente apresentam menor liberação de GH induzido pelo exercício do que indivíduos sedentários. Evidencias demonstra que o GH: • Favorece a mobilização dos AG livre do tecido adiposo para gerar energia • Aumenta a capacidade de oxidação de gordura • Aumenta o gasto energético Mecanismo de ação do GH: O GH tem ação anabólica, pois estimula o crescimento tecidual, e ação metabólica, alterando o fluxo, a oxidação e o metabolismo de praticamente todos os nutrientes na circulação. Os mecanismo de ação são: Após a ligação do GH ao seu receptor, ocorre dimerização do GHR, fato este essencial para a transdução do sinal intracelular, que se inicia a partir da fosforilação de um resíduo de tirosina, por meio de proteínas acopladas ao GHR, como a janus tirosina quinase 2 (JAK2). Uma vez que o GHR está fosforilado, diversas proteínas intracelulares podem-se ligar a ele, resultando em fosforilação das mesmas. Entre os principais fatores celulares ativados pelo GH estão a família de proteínas conhecidas como STAT, , após fosforilação, também sofrem dimerização e migram para o núcleo da célula para regular a expressão dos genes alvos do GH. Parte considerável dos efeitos metabólicos do GH ocorre por meio de modulação da expressão genica. Direta: que são ações mediadas pela cascata de sinalização intracelular, desencadeada pela liberação do GH ao seu receptor na membrana plasmática. Em relação ao metabolismo lipolítico e glicolítico, as ações indiretas do GH são antagonistas aos efeitos provocados pela insulina. O GH • ↑ a concentração de glicose circulante e • estimula liberação de mais insulina para manter glicose adequada. • ↓ da oxidação da glicose e ↓ de sua captação nos tecidos. • ↑ lipólise • ↑ da oxidação de AG no tecido adiposo, na musculatura lisa e cardíaca • Estimulo produção hepatica de glicose • Ativação glicogenólise • Indireta: ações mediadas principalmente pela regulação da síntese dos fatores de crescimento semelhantes à insulina e de suas proteínas transportadoras plasmáticas. Efeitos indiretos: O mais importante é a modulação da síntese do IGF-1. – grande medidor dos efeitos anabólicos do GH, principalmente relacionados ao crescimento em estatura. Principal fonte de IGF-1 é o fígado. Sua liberação é influenciada por: concentração de GH, estado nutricional, composição corporal e concentração de hormônios e metabólicos. IGF-1 hepático age como hormônios - estimula crescimento de ossos e músculos. Efeitos metabólicos do GH no exercício físico: • ↓ catabolismo proteico • Oxidação de glicose - ↑ mobilização de AG livres do tecido adiposo para gerar energia • Efeitos considerados anabólicos: saldo proteico positivo • ↑ da quantidade de massa muscular Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição • Liberação de IGF-1 – envolvido no estimulo hipertrófico muscular ESTANOZOLOL : é um hormônio anabolizantes. Mais consumido na atualidade. Moderadamente anabolico Pode levar a diversas complicações comprovadas. Formula sintética proveniente da testosterona Entre elas: • Hepatotoxidade • Nefrotoxidade • Neurotoxidade – efeitos neurológicos • Pacientes hepáticas: icterícia e colestase. • Efeitos fisiológicos • Sistema hormonal é um dos mais afetados. INSULINA: É um hormônio polipeptídico Produzido pelo pâncreas – células Beta É anabólico Manutenção da homeostase de glicose Crescimento e diferenciação celular Usado Bodybuilding (anos 80) – objetivo de uso de hormônios proteicos: promover um conjunto de reações bioquímicas de síntese e armazenamento de biomoléculas (CHO, PRT, lipídeos, DNA/RNA) e de energia → anabolismo Uso de insulina: • Induzir ↑ síntese de proteínas • Decréscimo na degradação • Combinação de ambos Mecanismo de ação: Entrada de glicose nas células alvo → liga-se ao receptor de membrana plasmática → conjunto de reações sinalizadas no interior da célula → ↑ da translocação dos transportadores no interior da célula Ligação do receptor é de alto especificidade e afinidade. E as reações que ocorrem causam modificação no metabolismo da célula – alvo. Resposta celular. Ativação do receptor → ação da insulina sobre glicose, lipídeos, metabolismo de PRT, garantindo diferentes efeitos metabólicos. • Secretado pelas células Beta das ilhotas pancreáticas • Desencadeado pelo aumento dos níveis circulantes de glicose e AA pós refeição • ↓ produção hepática de glicose - ↓ gliconeogênese e glicogenólise • ↑ captação perifereica de glicose – principalmente tecido muscular e adiposo. • Estimula a lipogênese • ↑ da síntese proteica e inibe degradação proteica. No fígado, inibe a glicogenólise e a gliconeogênese, estimula a síntese de glicogênio e aumenta a utilização de glicose na glicólise; No músculo, promove a expressão GLUT4 na membrana, aumentando a captação de glicose e estimulando a síntese de glicogênio e a glicólise, aumenta a captação de aminoácidos e a síntese proteica; No tecido adiposo, promove a captação de glicose através da GLUT4, aumenta a síntese de ácidos graxos e de triglicerídeos, inibe a lipólise e inibe os efeitos lipolíticos daepinefrina, do GH e do glucagon, opondo-se às suas ações sobre a adenilato ciclase. Efeitos da insulina no bodybuilding: • ↑ gordura • ↑ saldo calórico • ↑ insulina → inibi ação da enzima lipase hormônio sensível (LHS) Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição • ↑ enzimas lipogênicas • Hipoglicemia (glicose menor do que 70mg/dl) • Piora na qualidade estética do atleta Dosagem: Insulinas de ação ultra rápida e rápida são as mais usadas para os fisiculturistas. Aplicação: minutos antes das principais refeições ou após treino intenso Hormônio injetado: 15 minutod após aplicação = consumo de 10g a 15g/UI de CHO alto nível glicêmico, PRT cerca de 40-50g. Aplicação subcutânea: local de aplicação variado para evitar fibrose e lipohipertrofia. Após o uso da insulina: controle de calorias e ingestão de gordura Altas doses de insulina por fisiculturistas de elite: uso em conjunto de altas doses de outros esteroides, GH e/ou drogas termogênicas portentes, como CLembruterol. Vias de administração: • Subcutânea – aplicação diária • Via intramuscular (IM) – usada as vezes, pronto socorro • Intravenosa (IV): em unidade de terapia Fármacos: • Metformina: hipoglicemiante oral usado para diabetes tipo 2. Efeito colateral: anorexia. • Clorpropamida: estimula apetite, hipoglicemia • Rosiglitazona e pioglitazona: ganho de pessoa, edema. Deve-se praticar atividade física diariamente, manter dieta equilibrada, com poucos carboidratos, gordura e sal. Exercícios de maior queima calórica. • Arcabose: hipoglicemia e distúrbios intestinais SECREÇÃO GASTRICA Controle da secreção: Estimuladores da secreção: • Histamina: atua de forma parácrina nos receptores H1 das células parietais, aumento o AMPc intracelular. • Gastrina: estimula a secreção de ácido pelas céls. enterocromafins através dos receptores CCK2, que aumentam o Ca2+ intracelular – são bloqueados pela proglumida; também estimula a síntese de histamina. • ACh: estimula os receptores M3 muscarinicos das céls. parietais, elevando o Ca2+ intracelular e estimulando a liberação de prótons Inibidores da secreção gástrica: • PGs E2 e I2: estimulam a secreção de muco e bicarbonato e deuzem a produção de ácido gástrico; o misoprostol é uma prostaglandina sintética que provavelmente explora muitas dessas ações para manifestar seus efeitos terapêuticos • Somatostatina: exerce efeitos inibitórios parácrinos sobre a liberação de gastrina, dehistamina e pela produção de ácido Fármacos usados para inibir ou neutralizar a secreção de ácido gástrico. As principais indicações clínicas para reduzir a secreção de ácido são a ulceração péptica (duodenal e gástrica), a DRGE (na qual a secreção gástrica causa lesão no esôfago) e a síndrome de Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição Zollinger-Ellison (uma rara afecção hipersecretora causada por um tumor secretor de gastrina). As razões pelas quais as úlceras pépticas se desenvolvem ainda não estão completamente esclarecidas, embora a infecção da mucosa do estômago pelo Helicobacter pylori – um bacilo Gram-negativo que causa gastrite crônica – agora seja considerada a principal causa (especialmente da úlcera duodenal) e, conquanto existam alguns problemas com essa concepção, é a que dá o fundamento teórico usual para a terapêutica. Muitos AINEs inespecíficos causam sangramento e erosões gástricas através da inibição da COX1, a enzima responsável pela síntese de PGs citoprotetoras. A terapia da úlcera péptica e da esofagite de refluxo visa diminuir a secreção de ácido gástrico usando: • antagonistas dos receptores H2: Ranitidina, Cimetidina e Famotidina. • inibidores da bomba de prótons, e/ou • neutralizar o ácido secretado com antiácidos Antagonistas do receptor H2 da HISTAMINA. Os antagonistas do receptor H2 da histamina inibem, competitivamente, as ações de histamina em todos os receptores H2, mas seu principal uso clinica é como inibidores da secreção de ácido gástrico. Bloqueiam os receptores de histamina na célula parietal para diminuir a secreção de HCl. Podem inibir a secreção de ácido estimulada pela histamina e pela gastrina, a secreção de pepsina também cai com a redução do volume do suco gástrico. Esses agentes não somente diminuem a secreção de ácido tanto basal quanto estimulada por alimentos em 90% ou mais, mas inúmeros ensaios clínicos indicam que também promovem fechamento de úlceras duodenais. No entanto, são prováveis as recidivas depois da suspensão do tratamento. Ex,: Cimetidina, ranitidina, nizatidina, famotidina Efeitos adversos são raros, porém: • Diarreia • Tontiras • Dores musculares • Alopecia • Rashes transitórios • Confusão em idosos • Hipergastrinemia. Em homens, a cimetidina, ocasionalmente provoca ginecomastia, e raramente diminuição da função sexual. Isso provavelmente é causado por sua pequena afinidade por receptores de andrógenos. A cimetidina (mas não outros antagonistas do receptor H2) também inibe o citocromo P450 e pode retardar o metabolismo (e, desse modo, potencializar a ação) de vários fármacos, incluindo anticoagulantes orais e antidepressivos tricíclicos. Mecanismo de ação: a histamina será liberada e vai agir sobre os receptores deH2. O fármaco antagonista dos receptores de H2 vai bloquear os receptores de H2 levando a diminuição da estimulação das células parietais e por consequência diminuição de secreção de HCl e redução de PH. Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição A redução da secreção de HCL e a diminuição de pH vai ocasionar a liberação de outro hormônio, a gastrina, como efeito rebote. A gastrina possui via direta de estimulação das células parietais e uma outra via indireta age sobre as células enterocromafins, que por sua vez vai aumentar a secreção de histamina, gerando competição direta pelos receptores de H2. Obs.: os bloqueadores de H2 não são potentes inibidores de secreção gástrica, pois eles aumentam a chance de efeito rebote, podendo causar uma hipersecreção gástrica. Obs.: os fármacos inibidores de secreção gástricas são carcinogênicos, pois consumidos a médio e longo prazo causam efeito rebote, estimulam gastrina hipersecretada e é um horminio estimulador de proliferação celular no estomago, podendo desenvolver câncer. Inibidores da bomba de prótons Ex.: Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol. O primeiro inibidor da bomba de prótons foi o Omeprazol, que inibe irreversivelmente a H+- K+-ATPase (bomba de próton), ou seja, a etapa terminal na via secretora de ácido. Como o fármaco é uma base fraca, ele se acumula no ambiente ácido dos canalículos da célula parietal estimulada, onde é convertido em uma forma aquiral e se torna, depois, capaz de reagir com a ATPase e inativala. • Omeprazol • Esomeprazol (isômero S do omeprazol) • Lansoprazol • Pantoprazol • Rabeprazol Indicações clinicas: • Ulcera péptica • Esofagite de refluxo • H.pylori • Sindrome de Zollinger-Ellinson Aspectos farmacocinéticos: • Via oral; • Doses aumentadas causam elevação desproporcional da concetracao plasmática: ↑ sua própria biodisponibilidade; • ½ vida: 1h, porém afeta a secreção gástrica por 2-3 dias, pois se acumula nos canalículos e porque inibe irreversivelmente Efeitos adversos: • Cefaleia • Diarreia rashes • Tonturas • Sonolência • Confusão mental • Impotência • Ginecomastia • Dores musculares e articulares • Uso moderado para pacientes hepatopatas e gestantes ou lactantes O seu uso inadvertido pode mascarar sintomas de câncer gástrico. Obs.: como as bombas de prótons serão inibidas irreversivelmente o estômago precisará produzir novas bombaspara voltar a secreção de acido normal, o que leva mais tempo. Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição Obs.: Apesar de não conseguir aumentar a secreção de ácido como rebote, a gastrina fica mais alta em decorrência da ação dos inibidores da bomba de prótons e age como estimulador da proliferação celular no estômago aumentando as chances do desenvolvimento de câncer. Antiácidos São medicamentos usados para tratar sintomas, neutralizam diretamente os ácidos. Os antiácidos é o modo mais simples de tratar os sintomas da secreção gástrica excessiva de acido gástrico. Agem neutralizando diretamente o ácido, que também tem o efeito de inibir a atividade das enzimas pépticas que praticamente cessa em pH 5. Quando administrado de forma suficiente por tempo suficiente podem produzir fechamento de ulceras duodenais, porém são menos eficazes para ulceras gástricas. Os mais comuns: magnésio e alumínio Fármacos: hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio, salicilato/quelato de bismuto. Salicilato/quelato de bismudo pode ser usado para impedir adesão de bactérias no epitélio estomacal comprometido de pacientes. O hidróxido de magnésio é um pó insolúvel que forma cloreto de magnésio no estômago. Não produz alcalose sistêmica porque o Mg2+ é pouco absorvido no intestino. O gel de hidróxido de alumínio forma cloreto de alumínio no estômago; quando este chega ao intestino, o cloreto é liberado e reabsorvido. O hidróxido de alumínio eleva o pH do suco gástrico para cerca de 4 e também absorve pepsina. Sua ação é gradual e seu efeito continua por várias horas. O hidróxido de alumínio coloidal combina-se com fosfatos no trato gastrointestinal, e o aumento de eliminação de fosfato que ocorre nas fezes resulta em diminuição da eliminação de fosfato através do rim. Esse efeito tem sido usado para tratar pacientes com insuficiência renal crônica Análogos das prostaglandinas São medicamentos potentes na estimulação de muco e bicarbonato aumentando a proteção do epitélio estomacal. Fármaco: CITOTEC/ MISOPROSTOL = é uma prostaglandina E sintética, difícil de encontrar em farmácias, pois seu uso é restrito e seu valor alto. Tratamento da infecção por H. pylori O microrganismo poderá, em geral, ser erradicado com um esquema de 1 ou 2 semanas de terapia tríplice, comprrendendo inibidor da bomba de prótons combinado aos antibacterianos amoxilina e metronidazol ou claritromicina. INIBIDOR BOMBA DE PRÓTONS + AMOXILINA + METRONIDAZOL OU CLARITROMICINA Em regra, o inibidor da bomba de próton fecha a comba e inibe a secreção de ácido, porem como há a presença de uma bactéria, é necessário o uso de antibiótico. Ex: amoxilina, metalutazol ou claritromicina. As vezes também são usados antiácidos Existem bactérias resistentes ao tratamento, e nesses casos os antibióticos podem ser substituídos, ou sua dose aumentada, ou tratamento prolongado. Fármacos que protegem a mucosa Alguns agentes denominados citoprotetores, aumentam os mecanismos endógenos de proteção da mucosa e/ou Julyana Van-Derlinden Fares | estudante de Nutrição proporcionam uma barreira física sobre a supercifie da ulcera. Quelato de bismudo: as veze sé utilizado em esquemas combinados para tratar a H.pylori. Tem efeitos tóxicos sobre o bacilo e também podem impedir sua aderência à mucosa ou inibir suas enzimas proteolíticas bacterianas. Efeitos adversos: náusea, vômito, escurecimento da língua e das fezes. Sucralfato: complexo de hidróxido de alumínio e sacarose sulfatada que libera alumínio em presença de ácido. O complexo residual possui forte carga negativa e se liga a grupos catiônicos em proteínas, glicoproteínas etc. pode formar géis complexos com muco, ação que se pensa diminuir a degradação do muco pela pepsina e limitar a difusão de íons H+. Misoprostol: O misoprostol é um análogo estável da prostaglandina E1. É administrado por via oral e usado para promover a cicatrização de úlceras ou para prevenir lesão gástrica que pode ocorrer com o uso crônico de AINEs. Exerce ação direta sobre as céls. enterocromafin e parietal, inibindo a secreção basal de ácido gástrico, bem como a estimulação da produção que ocorre em resposta a alimentos (pentagastrina e cafeína). Efeitos adversos: • Diarreia • Cólicas • Contrações uterinas (não deve ser usado por gestantes) Metoclopramida: é um antagonista do receptor D2. Usado para tratamento do refluxo gastresofágico e distúrbios hepáticos e biliares. Como a metoclopramida também bloqueia os receptores de dopamina em outras regiões do sistema nervoso central, produz alguns efeitos adversos, inclusive distúrbios do movimento (mais comuns em crianças e adultos jovens), cansaço, inquietação motora, torcicolo espasmódico (torção involuntária do pescoço) e crises oculógiras (movimentos oculares para cima involuntários). Estimula a liberação de prolactina, causando galactorreia e distúrbios menstruais. É estimulante da motilidade gastrintestinal superior, pró-cinetico.
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