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contestação - marco e julia (acidente)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ
Processo n.º 11111111111
MARCOS, já qualificado nos autos, vem, respeitosamente, perante V. Exa. Por intermédio de sua advogada (procuração anexa), com fundamento no art. 335 e seguintes do CPC, apresentar
CONTESTAÇÃO
Ao pedido inicial ajuizado por JÚLIA, também já qualificada nos autos, nos seguintes termos:
1. SÍNTESE DA INICIAL 
A demandante ajuizou ação condenatória, com vistas ao pagamento de indenização por danos materiais que o demandado, propaladamente, lhe teria ocasionado.
Alegando, em síntese, que o mesmo foi responsável pela colisão em que envolveu seu carro. Ocorre que, o Contestante também sofreu danos em seu veículo e teve que arcar com as despesas correspondentes, ademais, a Contestada estava sob o domínio de bebida alcóolica, ou seja, a maior responsabilidade pelo ocorrido é dela, pois além de ultrapassar o sinal vermelho, dirigir embriagada é crime com pena prevista em nossa legislação. 
Ainda que, o Contestante estivesse 5% acima do limite de velocidade, quem mais concorreu com o ato foi a contestada, tendo essa a maior responsabilidade por todo ocorrido. É a breve síntese do necessário. 
Por fim, em que pese o esforço da demandante em fazer crer que possui interesse de agir para propor a presente ação em face do demandado, bem assim direito de pleitear-lhe numerário indenizatório, sua pretensão imerece prosperar; senão, vejamos.
1. DO DIREITO
1. DA INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR – DA CULPA EXCLUSIVA DA DEMANDANTE
Com o devido respeito às argumentações lançadas pela Contestada, estas não merecem prosperar, vez que, o Contestante não agiu com dolo, nem culpa. Ademais o Regulamento do Código Nacional de Trânsito (RCTN) em seu art. 175, inciso VII, dispõe que deve-se obedecer a sinalização, o que não ocorreu no caso em comento, tendo em vista que a Autora ultrapassou o sinal vermelho concorrendo assim para a colisão e além disso estava sob efeito de álcool o que agrava a situação, pois o art. 181, incisos III e IV do RCTN afirma que é proibido dirigir embriago e também frisa novamente sobre desobedecer a sinalização. 
Como é possível observar Excelência, o único erro do Contestante foi estar a 5% acima da velocidade, em contrapartida a Contestada cometeu infrações mais graves e concorreu com mais precisão para o acidente. Tendo em vista que a Requerente pede reparação dos danos, vale informar que o Requerido também teve que arcar com as despesas para conserto do seu automóvel, sendo que a maior reponsabilidade não foi dele. 
O art. 927 do Código Civil Brasileiro, afirma que, quem causa dano será obrigado a repará-lo, independente de culpa, ou seja, como já fora explicado a maior responsabilidade é da Requerente, pois esta infringiu a lei em mais de uma forma, ou seja, ela é obrigada a reparar os danos causado ao veículo do Contestante. 
Significa dizer Excelência, que o nexo causal não é configurado nesse caso, pois a causadora do dano foi a Autora por consequência da sua conduta de dirigir embriagada e consequentemente ultrapassar o sinal causando danos no veículo do Contestado, não há que se falar em reparação civil por parte do Requerido, pois, além do DANO, outra premissa está ausente para caracterização do dever indenizatório, qual seja, o nexo causal.
Assim não resta dúvidas de que o evento danoso ocorreu por culpa exclusiva da demandante, e conforme leciona o notório doutrinador Carlos Roberto Gonçalves:
Quando o evento danoso acontece, por culpa exclusiva da vítima, desaparece a responsabilidade do agente. Nesse caso, deixa de existir a relação de causa e efeito entre o seu ato e o prejuízo experimentado pela vítima. Pode-se afirmar que, no caso de culpa exclusiva da vítima, o causador do dano, é mero instrumento do acidente. Não há liame de causalidade entre o seu ato e o prejuízo da vítima. (Responsabilidade Civil. Saraiva, 2018, p. 505.)
Diante de tudo isso, vê-se, claramente, que o demandado não preenche os requisitos para ser responsabilizado por culpa no evento danoso. Assim, não há como imputar a responsabilidade do ato a ele, quer que seja sua pequena ação. A responsabilidade, neste caso, é da própria demandante, pessoa que infringiu as regras da nossa legislação. 
1. DOS PEDIDOS 
Ante ao exposto, requer o Contestante a Vossa Excelência:
a) Que seja declarada a improcedência dos pedidos da demandante, no que tange a indenização por danos materiais, ante a ausência de culpa do demandado no evento danoso, posto este ter se dado por culpa exclusiva da demandante, conforme os artigos, 175, inciso VII c/c 181, incisos III e IV do RCTN.
b) Que seja a demandante condenada a pagar os danos causado ao veículo do demandado, conforme o art. 927 do Código Civil. 
c) A condenação da Autora no ônus da sucumbência, em 20% do valor da causa, nos termos do art. 85, §§ 2º e 6º, do CPC/2015.
d) Protesta por todos os meios de direito admitidos para comprovar os fatos alegados, especialmente prova documental, testemunhal e depoimento pessoal das partes.
Nestes termos, pede deferimento.
Rio de Janeiro/RJ, 25/02/2019, 
Advogado/OAB.

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