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1 Auditoria Contábil e Tributária Aula 1 Prof. Francisco Granatto Estrutura da Disciplina I. Normas brasileiras para o exercício de auditoria e assuntos correlatados II. Procedimentos de auditoria III. Papéis de trabalho IV. Relatório de auditoria V. Auditoria tributária VI. Estrutura conceitual de trabalhos de asseguração � Aula 1 – Normas brasileiras para o exercício da Auditoria e assuntos correlatados � Assuntos abordados • Um breve relato da evolução histórica da Auditoria • Órgãos do Brasil que regulam a profissão e a atividade de auditor • Normas técnicas e profissionais de Auditoria • Conceitos • Auditoria interna X Auditoria externa 2 • Viabilização do processo de convergência • Estrutura das normas brasileiras de Contabilidade Contextualização � A Contabilidade busca controlar e demonstrar as mutações das variações patrimoniais das entidades � Como seu principal objeto de estudo é o patrimônio, ao longo de sua evolução enquanto ciência da área da gestão algumas de suas especialidades acabaram, como é o caso da Auditoria Instrumentalização Um Breve Relato sobre a Evolução Histórica da Auditoria � Auditor é a pessoa que executa a Auditoria � O termo tem origem latina – aquele que ouve – e inglesa – aquele que examina 3 � O surgimento da Auditoria está relacionado com a necessidade da confirmação de informações quanto à realidade financeira- econômica de uma entidade � Dessa forma, temos o marco da escrituração mercantil com a publicação do Método das Partidas Dobradas em meados de 1494, no trabalho Summa/Tractatus, de Frà Luca Paccioli, como ponto de partida desse estudo direcionado (Oliveira, 2015) Órgãos no Brasil que Regulamentam a Profissão e a Atividade de Auditoria � CFC (Conselho Federal de Contabilidade), representado pelo CRCs � CVM (Comissão de Valores Mobiliários) � IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) � AUDIBRA (Instituto dos Auditores Internos do Brasil) � Em 1314, surge o cargo de auditor de tesouro na Inglaterra, e, em 1559, a sistematização e estabelecimento da auditoria de pagamentos a servidores públicos pela Rainha Elizabeth I � Já no Brasil, ocorre a necessidade de Auditoria com a vinda de empresas estrangeiras, o crescimento das empresas brasileiras e o fortalecimento do mercado de capitais (Oliveira, 2015) 4 Normas Técnicas e Profissionais dos Auditores � As normas que orientam a atividade e regulamentam a profissão de auditor são emitidas pelo CFC e também pelo CVM � Normas brasileiras de contabilidade. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/wo rdpress/wp- content/uploads/2013/01/ NBC_TA_AUDITORIA.pdf>. Perguntas � Quem pode ser auditor? • Profissão: auditor independente. <http://www.portaldecont abilidade.com.br/tematica s/auditor.htm>. � O que é ser auditor? Conceito � Para Attie apud Oliveira (1998, p. 25) a Auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado Auditoria Interna X Auditoria Externa Auditoria Interna Auditoria Externa A auditoria é realizada por um funcionário da empresa A auditoria é realizada através de contratação de um profissional independente O objetivo principal é atender as necessidades da administração O objetivo principal é atender as necessidades de terceiros no que diz respeito à fidedignidade das informações financeiras A revisão das operações e do controle interno é principalmente realizada para envolver aperfeiçoamento e para induzir cumprimento de políticas e normas, sem estar restrito aos assuntos financeiros A revisão das operações e do controle interno é principalmente realizada para determinar a extensão do exame e a fidedignidade das demonstrações financeiras 5 O trabalho é subdividido em relação às áreas operacionais e às linhas de responsabilidade administrativa O trabalho é subdividido em relação às contas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado O auditor diretamente se preocupa com a detecção e prevenção de fraude O auditor incidentalmente se preocupa com a detecção e prevenção de fraudes, a não ser que haja possibilidade de substancialmente afetar as demonstrações financeiras O auditor deve ser independente em relação às pessoas cujo trabalho ele examina, porém subordinado às necessidades e desejos da alta administração O auditor deve ser independente em relação à administração, de fato e de atitude mental A revisão das atividades da empresa é contínua O exame das informações comprobatórias das demonstrações financeiras é periódica, geralmente semestral ou anual Objetivo da Auditoria � O objetivo do trabalho de Auditoria é definido da seguinte forma: “aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte do usuário”, para tanto podemos ainda complementar o entendimento de nossos autores � Conforme o CFC, o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do trabalho que forneçam ao auditor segurança razoável de que: a) a Auditoria está de acordo com normas técnicas e com as exigências legais e regulatórias aplicáveis b) os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias Viabilização do Processo de Convergência � O processo de convergência no Brasil começa com a Lei no 11.368 de 2007, no entanto, o Conselho Federal de Contabilidade em 2005, (...) (...) por meio da Resolução no 1.055/05, cria o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, órgão responsável pela convergência das normas de Contabilidade atendendo os padrões internacionais 6 � Devemos entender o processo de convergência e o processo de internacionalização de normas ou regras que orientam como serão realizados os procedimentos contábeis, bem como a apresentação dos demonstrativos contábeis � A viabilização da convergência das normas contábeis proporcionou atualização às normas de Contabilidade e sua estrutura, e sucessivamente as normas de Auditoria, no entanto, cabe aqui ressaltar que os reflexos ainda (...) (...) estão surtindo sobre as operações empresariais, e com certeza teremos outros pronunciamentos sendo emitidos visando padronizar e uniformizar os sistemas contábeis � No Brasil, as normas contábeis sempre sofreram reflexos dos órgãos governamentais, devido a algum tipo de interesse, conforme Attie (2010), a partir da deliberação 520, de 15-5-07, (...) (...) a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) passou a emitir em conjunto com o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), o processo de convergência contábil, no qual constam atualmente mais de 40 pronunciamentos Estruturas das Normas Brasileiras de Contabilidade � O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) emite normas técnicas de Auditoria (NBCs TA) e normas profissionais (NBCs PA) 7 � Quando esta norma se referir aos trabalhos de auditoria, as NBC TAs devem ser atendidas, uma vez que os trabalhos devem estar em consonância com as normas brasileiras de Auditoria que são similares às (...) (...) normas internacionais de Auditoria, conhecidas pela sigla ISA, todavia, quando esta norma se referir aos profissionais ou às firmas de Auditoria, além das NBCs TA, as NBCs PA, as exigências éticas relevantes também devem ser observadas � Devido à convergência internacional dos sistemas contábeis, o Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução 1328/2011, resolve alterar a estrutura das NBC (Normas Brasileiras de Contabilidade) � Visando atender o padrão das normas internacionais, foi alterada toda a estrutura das NBCs, o que resultou em novas interpretações técnicas e comunicados técnicos � As NBCs apresentam a mesma estrutura de antes da resolução 1328/2011, normas profissionais e normas técnicas � As normas profissionais estão estruturadas da seguinte forma: I. geral – NBCPG – são as NBCs aplicadas indistintamente a todos os profissionais de Contabilidade 8 II. do Auditor Independente – NBC PA – são as NBCs aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditores independentes III.do Auditor Interno – NBC PI – são as NBCs aplicadas especificamente aos contadores que atuam como auditores internos IV.do Perito – NBC PP – são as NBCs aplicadas especificamente aos contadores que atuam como peritos contábeis Aplicação Prática 1. A respeito de conceituação e objetivos da auditoria independente, analise as afirmativas a seguir: I. a auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua (...) 9 (...) adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, à legislação específica II. na ausência de disposições específicas, prevalecem as práticas já consagradas pela profissão contábil, formalizadas ou não pelos seus organismos próprios III. o auditor considera adequadas e suficientes, para o entendimento dos usuários, as informações divulgadas nas demonstrações contábeis, apenas em termos de conteúdo, salvo declaração expressa em contrário, constante do parecer � Assinale: A. se somente a afirmativa III estiver correta B. se somente as afirmativas I e II estiverem corretas C. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas D. se somente as afirmativas II e III estiverem corretas 2. A auditoria contábil pode ser definida como: A. revisão metódica de programas, organizações, atividades do setor público, com a finalidade de avaliar e comunicar se os recursos estão sendo utilizados eficientemente 10 B. revisão metódica de atividades, organizações do setor privado, com a finalidade de avaliar se a gestão da organização é eficaz C. exame das demonstrações contábeis, por um profissional habilitado, com a finalidade de emitir um parecer técnico sobre sua veracidade e adequabilidade às normas contábeis D. exame das demonstrações contábeis, por qualquer profissional, com a finalidade de emitir um laudo técnico sobre sua exatidão e adequabilidade às normas tributárias Síntese � Nesta aula trabalhamos alguns conceitos ampliando nosso entendimento sobre a Auditoria Referências de Apoio � MELHEM, Marcel Gulin; COSTA, Rosenei Novochadlo. Auditoria contábil e tributária. Curitiba: Intersaberes, 2012. 11 � LINS, Luiz dos Santos. Auditoria: uma abordagem prática com ênfase na auditoria externa. Atlas: 2014. � OLIVEIRA, Christian Abrão de. Origem da Auditoria e Conceitos Básicos. Disponível em: <http://www.faculdadedelta. edu.br/downloads_alunos/134 5746737_Conteudo_01.pdf>.
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