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História Clínica Propedêutica / Semiologia •PROPEDÊUTICA 1. corpo de ensinamentos introdutórios ou básicos de uma disciplina; ciência preliminar, introdução. 2. conjunto de estudos nas áreas humana e científica que precedem, como fase preparatória e indispensável, os cursos superiores de especialização profissional ou intelectual. 3. cl.médm.q.SEMIOLOGIA. Origem • ETIM fr.propedeutique'ciência cujo estudo é uma preparaçãoao estudo de outra ciência', do al.Propädeutik'id.', substv. do fem. do adj. gr.propaideutikós,ḗ,ón'relativo à instrução, instrutivo', adjetivo cog. do v.gr.propaideúō'ensinar antes', depro-'antes' epaideúō'ensinar, educar, instruir', depaîs,paidós'menino, filho, criança' SEMIOLOGIA 1.cl.médmeio e modo de se examinar um doente, esp. de se verificarem os sinais e sintomas; propedêutica, semiótica, sintomatologia. 2. semiopara Ferdinand de Saussure, ciência geral que tem como objeto todos os sistemas de signos (incluindo os ritos e costumes) e todos os sistemas de comunicação vigentes na sociedade [Estudo da comunicação por meio de sinais e sintomas]. 3. semiopara Roland Barthes, estudo das significações que podem ser atribuídas aos fatos da vida social concebidos como sistemas de significação: imagens, gestos, rituais, sistemas de parentesco, mitos etc. Origem • ETIM ing.semiologymedsemio, fr.sémiologiemedsemio, ambos do gr.sēmeîon, ou 'sinal, distintivo' +-logía'ciência, tratado' Sinais e Sintomas • Os doentes expressam as suas doenças em termos de sinais e sintomas. •Sintomas são as sensações subjetivas anormais sentidas pelo doente mas não visualizada pelo médico (dor, náusea, tontura). • Sinais são as manifestações objetivas reconhecidas por meio da inspeção, palpação, percussão, auscultação e outros meios subsidiários (edema, palidez, hematúria etc.). Às vezes sintomas e sinais confundem-se (dispneia, febre, vômito, tosse). As palavras usadas pelos doentes para descrever os seus sintomas não são inequívocas. A mesma palavra pode descrever sensações diferentes. (tontura ,p.ex., pode ser o descritor de pelo menos 4 tipos diferentes de sensações): –desequilíbrio –a sensação de que o equilíbrio, principalmente na posição ortostática e durante a marcha esta prejudicada, causando insegurança ao paciente; –vertigem –a sensação de rotação na cabeça ou no ambiente que gira ao redor do paciente; –pré-síncope –sensação iminente de perda de consciência; –cabeça no ar –sensação de distanciamento do ambiente, diferente da vertigem e da pré- síncope. •Nesta situação é fundamental caracterizar exatamente qual o tipo de tontura que o paciente esta a sentir. Da mesma forma outros sintomas precisam ser caracterizados detalhadamente. Todos ossintomas referidos na anamnesedevem ser caracterizados pormenorizadamente com relação aos seguintes pontos: –Início –caracterizar detalhadamente a época em que o sintoma surgiu, a forma como surgiu (insidiosa ou aguda), os fatores ou situações que desencadearam o seu aparecimento, a sua duração e o seu desaparecimento. –Características semiológicas dos sintomas-localização, irradiação, qualidade, intensidade, relacionamento com a função do órgão ou sistema relacionado com o sintoma. –Evolução-comportamento do sintoma em relação ao tempo, modificações ocorridas e influência dos tratamentos realizados. –Relaçãocom outros sintomas –Característicasdo sintoma no momento presente. Síndrome • é o conjunto de sinais e sintomas que ocorrem associados, podendo ser ocasionada por causas diferentes. • O reconhecimento de uma síndrome delimita o número de possíveis doenças causadores, facilitando o raciocínio clínico. • Conjunto desinais e sintomasque define as manifestações clínicas de uma ou várias doenças ou condições clínicas, independentemente da etiologia que as diferencia. • Algumas patologias são ainda chamadas de síndrome por razões históricas, pois o conjunto de sinais e sintomas foi descrito antes de se conhecer a etiologia e a fisiopatologia. É é o caso da SIDA. • Insuficiência cardíaca esquerda • Parkinsonismo(Síndrome de Parknson): tremor de repouso, bradicinesia, hipertonia, instabilidade postural Síndrome meníngea: náusea/vômito, cefaleia, rigidez de nuca e fotofobia Composição da Historia Clínica A informação contida na história clínica é obtida através das seguintes fontes : •Aanamnese (trazer à memória): –A informação obtida da entrevista clínica e fornecida pelo próprio doente ou acompanhante. Anamnese 1.lembrança pouco precisa; reminiscência, recordação. 2.Med: histórico que vai desde os sintomas iniciais até o momento da observação clínica, realizado com base nas lembranças do paciente. 3.filna filosofia platônica, rememoração gradativa através da qual o filósofo redescobre dentro de si as verdades essenciais e latentes que remontam a um tempo anterior ao de sua existência empírica. 4.liturna missa, oração que se diz após a elevação e que celebra a paixão, a ressurreição e a ascensão do Redentor. 5.retsimulação do orador que parece lembrar-se de coisas que teria esquecido, chamando, assim, atenção sobre elas. Origem ⊙ETIM gr.anámnēsis,eōs'ação de trazer à memória, recordação‘ (parte + memória) Objetivos da Anamnese Estabelecer a relação profissional/doente. •Obter os elementos essenciais da história clínica. •Conhecer os fatores pessoais, familiares e ambientais relacionados com o processo saúde/doença. •Obter os elementos para guiar o profissional de saúde no exame físico. •Definir a estratégia de investigação complementar. •Fundamentar a estratégia terapêutica ANAMINESE UNI9 •Identificação •Fonte de identificação •QP •HDA •Medicamentos •IC •ISDA •AP –Pessoais –Fisiológicos •História familiar •Hábitos, vícios e condições socioeconômicas •Exames complementares realizados Fonte de identificação: Pct ou familiares. Se é boa ou ruim ( é confiável ou não) Identificação 1.Nome Designar um ser humano pela patologia, que por infelicidade ele é portador (aquela leucemia da cama 1, etc.), nega os princípios mais importantes da Medicina. Da mesma forma, tratar o doente por apelidos (tio, mãe, etc) demonstra falta de respeito e de sinceridade. 2. Idade Cada grupo ou faixa etária apresenta maior ou menor probabilidade para a incidência de certas doenças. 3. Sexo A incidência de doenças não é igual nos dois sexos 4. Cor (raça): O registro da cor, embora não tenha valor absoluto, pode ajudar o raciocínio clínico em algumas situações. 5.Profissão e local e trabalho atual e passado –Apresenta importância no contexto das doenças ocupacionais. Ex. pneumoconioses (trabalhadores de minas ou pedreiras podem desenvolver fibrose pulmonar decorrente da inalação crônica de pó de pedra. 6 Nacionalidade –Pais ou região geográfica em que o paciente nasceu. A importância deste dado é epidemiológica. 7 Residência(s) –Permite conhecer riscos epidemiológicos associados ao local de residência (malária, esquitossomose, doença das Chagas, etc.). QUEIXA PRINCIPAL E SUA DURAÇÃO •É a razão principal que levou o doente a procurar o médico. •É registrada textualmente, utilizando as expressões utilizadas pelo paciente. •A duração da queixa é importante para dar ideia do tipo de doença (aguda,sub- aguda,crônica). •Não aceitar por queixa as interpretações do doente ou de outras pessoas, (p. ex. o doente refere que o seu problema é “tensão arterial alta" ou "menopausa" ou "hemorroidas", etc.). •Nesta situação devemos procurar esclarecer os sintomas e o significado preciso de cada uma destas afirmações e não registrar estes "diagnósticos" que podem levar a graves erros. HPMA -resumo •Espontânea no início. Dirigida num segundo momento. •Filtro •Sinal ou Sintoma-guia •Cronologia •Circunstâncias ao sintoma–Quando? –início, duração –Onde / Para onde? –Quanto? –Com quem? HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA) •A HDA é a essência da anamnese, a chave mestra para se chegar a um diagnóstico. •É a história cronológica do sintoma principal e sintomas associados desde o momento de seu aparecimento. •A melhor estratégia para se obter uma HDA fidedigna é deixar, a princípio, o doente relatar livre e espontaneamente suas queixas (anamnese espontânea). Nesta fase o profissional de saúde deve interferir o menos possível, limitando-se à utilização de facilitadores do tipo: Sim? Humm? O que mais? É? Além de sinais não verbais como balançar a cabeça em sinal de aprovação. Nesta fase é fundamental que o paciente tenha tempo para contar a sua história. •Nesta primeira parte da HDA o foco da entrevista é dirigido completamente pelo doente sendo ele quem comanda. Características Semiológicas da Dor 1.Localização: Onde inicia a dor? Irradia para alguma outra região ou é localizada? 2.Irradiação: Para onde a dor vai, irradia, se espalha? (Usar o termo que fique melhor para o entendimento do paciente). 3.Qualidade/caráter: Queimação,pontada, pulsátil, cólica,constritiva, contínua, cíclica, profunda, superficial. 4.Intensidade: é a dor mais forte que o Sr. já sentiu? Em uma escala de 0-10 quanto seria essa dor? 5.Duração: Após o início quanto tempo dura a dor? É Constante? É Evolução: A primeira vez que o Sr. sentiu a dor já foi com a mesma força que é atualmente? Ou Começou mais leve e foi piorando (progressiva)? 7.Relação com funções orgânicas: p. ex.: dor retroesternal associada à vômitos. 8.Fatores de agravo: Existe algo que piora a dor? (posição, alimentação, movimentação, decúbito...) 9.Fatores de alívio: Existe algo que alivia/melhora, a dor? Posição, horário do dia, movimentação, medicação (qual?). 10.Fatores associados: demais fatores relacionados à dor. Sudorese, palidez, hipertensão, taquicardia. IC Interrogatório complementar ISDA: Interrogatorio sob diversos aparelhos. ISDA tem a função de revelar outros sintomas adicionais relacionados ou não ao problema que levou o doente a procurar o profissional de saúde •É parte importante da anamnese podendo revelar problemas ou sintomas significativos que não apareceriam se não fossem diretamente perguntados. •O ISDA pode ser realizado em qualquer altura da anamnese ou durante o exame físico. Ap antecendentes pessoais e patológicos ( se já ficou doente se tem doença crônica, se já foi submetido a cirurgia) HDA Perguntas Abertas-Feitas de tal maneira que o paciente se sinta livre para se expressar, sem que haja nenhum tipo de restrição. Ex: "O que o sr. está a sentir?" “ O que é que o traz á consulta?” •Perguntas Focadas-São tipos de perguntas abertas, porém sobre um assunto específico, ou seja, o paciente deve sentir-se à vontade para falar, porém agora sob um determinado tema ou sintoma apenas. Ex: "Qual a parte do corpo onde sente mais dor? ". •Perguntas Fechadas-Servem para que o entrevistador complemente o que o paciente ainda não expressou, com questões diretas de interesse específico. Ex: "A perna dói quando o sr. anda ou quando o sr. está parado?". O IDA tem a função de revelar outros sintomas adicionais relacionados ou não ao problema que levou o doente a procurar o profissional de saúde •É parte importante da anamnese podendo revelar problemas ou sintomas significativos que não apareceriam se não fossem diretamente perguntados. •OIDA pode ser realizado em qualquer altura da anamnese ou durante o exame físico. ISDA •Geral –Fadiga, •Neuro-sensorial –Motricidade, sensibilidade, memória –Visão, audição, olfato –Sono •Psíquico •Cardiovascular •Respiratório •Digestório •Renal •Hematológico •Músculo-esquelético •Pele a anexos Medicamentosos •Se tomam fármacos prescritos. Qual a dose e a posologia •Motivo pelo qual estão a tomar os fármacos nos doentes idosos a compliance deve se verificada– confusão com polimedicação, a viver sózinhos.... Muitas vezes a falta de compliance é interpretado com o falhanço terapêutico •É preciso tacto neste grupo de doentes–não devem sentir-se acusados ou diminuidos. •Se não tomam determinada medicaçao ou diminuem a sua posologia perguntar o motivo–efeitos secundarios, problemas economicos?..... •Interrogar sobre a toma de fármacos a viados sem receita medica? Aconselados por vizinha? Produtos“Naturais”. História Familiar: •Procurar doenças hereditáias–Doença coronária, diabetes,neoplasias... •O doente deve ser específico--“DoençaCardiaca,"por exemplo pode significar doença valvular, doença coronaria, anomalias congenitas •Saber a idade de inicio das patologias.
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