Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Morfologia de Plantas Forrageiras Introdução A morfologia é responsável pelo estudo das formas das plantas, estudando suas características e peculiaridades. Nesse resumo iremos especificar sobre as famílias Poaceae (gramíneas) e Fabaceae (leguminosas). Ciclo de Crescimento e Desenvolvimento As plantas forrageiras podem ser classificadas de acordo com o período de maior produção, dividindo-se em hibernais e estivais. As hibernais são as espécies de forrageiras de clima temperado, essas são adaptadas a temperaturas menores. Elas apresentam colmos delgados e folhagem tenra. Sua semeação ocorre em outono e colhidas durante o inverno e primavera. Em seu estágio de florescimento, o rendimento em termo de massa de forragem é maior, porém ainda sim possuem menor valor nutritivo, por ter uma proporção de colmos maiores e inflorescência na massa da forragem. As estivais são aquelas forrageiras de clima tropical, que aguentam elevadas temperaturas. Possuem potencial de crescimento e acúmulo de biomassa e apresentam colmos mais grossos e folhas largas. Entre o outono e o inverno essas forrageiras apresentam crescimento reduzidos, sendo semeadas na primavera e com maior produção de forragem no verão. No início do inverno as espécies perenes entram em repouso vegetativo e as anuais morrem. Em relação ao ciclo de desenvolvimento, as plantas podem ser classificadas em anuais, bianuais e perenes. O desenvolvimento começa a partir da germinação, seguida da fase vegetativa de crescimento e reprodutivo, após isso vem a morte. As plantas bianuais permanecem em crescimento vegetativo no primeiro ano e apenas no segundo ano entram em período reprodutivo e produzem sementes. Fases As plantas passam por algumas fases e a mais importante delas são a fase vegetativa e a fase reprodutiva. A fase vegetativa tem início com a germinação de sementes, a emergência da plântula, desenvolvimento da área foliar e o perfilhamento. Dentro dessa fase a planta ainda passa por uma fase de transição, onde os colmos são alongados, o arranjo da planta é mudada e sua distribuição espacial entre seus componentes morfológicos também. Já na fase reprodutiva a planta não solta folhas novas e todos os assimilados da planta são destinados ao enchimento e à maturação dos grãos da inflorescência. Ao longo do desenvolvimento as plantas aumentam a quantidade de colmos e material morto, diminuindo a quantidade de folhas, sendo assim o valor nutritivo se reduz e a digestibilidade também. Gramíneas Em regiões de clima tropical, as gramíneas são as mais facilmente encontradas por sua virtude de adaptação a variadas condições climáticas. As gramíneas mais utilizadas são a braquiária, o milho, a cana-de-açúcar e por fim o arroz e o trigo. Em sua morfologia a gramínea é descrita como um cilindro ereto ancorado ao solo por meio de raízes e é articulado por nós transversais, os quais possuem uma única folha alterada, cuja a parte inferior denominada bainha, abraça o caule, formando unidades de crescimento chamado de perfilho, cada perfilho é formado por uma sequência de fitômeros, um acima do outro, em diferentes estádios de crescimento, em cada folha que surge corresponde a um novo fitômero. As gramíneas forrageiras tem seu início pelas raízes, parte essa que compõe o inferior da planta, essas raízes tem as funções de sustentar a planta ao solo, absorção de água e nutrientes e armazenamento de reservas. Elas possuem sistema radicular fasciculado, onde as raízes primárias não se distinguem de raízes secundárias, sendo todas de origem adventícia e desenvolvidas igualmente. raiz fasciculada O colmo da planta funciona de suporte aos órgãos aéreos presente na planta e em seu interior possui vasos condutores que transportam água, nutrientes, fotoassimilados, hormônios e outros metabólitos. O colmo é formado por internódios, que são separadas pelos nós da planta. O colmo pode se apresentar de três formas: cespitoso, rizomatoso ou estolonífero O cespitoso cresce perpendicular ao solo, formando touceiras. O rizomatoso cresce dentro do solo, formado uma rede de raízes interligadas entre plantas. O estolonífero cresce na superfície do solo, formando assim uma conexão de raízes aéreas para com mais plantas. O fitômero é constituído por lâmina foliar, lígula, bainha, entrenó, nó e gema axilar. A folha das gramíneas é simples e incompleta, sendo formada por bainha, lígula e lâmina foliar, possuindo um formato lanceolado e com vascularização paralelinérvea. As flores das gramíneas também são incompletas, pois não apresentam cálice e corola, elas são denominadas espiguetas, panícula ou racemo, dependendo somente de suas estruturas. A maioria são hermafroditas, contendo ambos os sexos na mesma flor, sendo a lema o órgão mais externo e a pálea, mais interno. Racemo Panícula Espigueta Já o fruto das gramíneas é seco, indeiscente e com uma única semente, sendo chamado de cariopse. Leguminosas As leguminosas são consideradas uma das maiores famílias botânicas, apresentando ampla distribuição geográfica. Nas leguminosas, os fitômeros são compostos por nó, entrenó, pecíolo, estípula, folha e gema axilar. Suas raízes seguem um padrão de sistema radicular pivotante, em que a raiz principal é bastante desenvolvida e predominante e as raízes secundárias são pequenas e pouco numerosas. raiz axial Os caules das leguminosas apresentam formas variadas, podendo ser eretos, rasteiros ou trepadores. A folha é constituída por lâmina, sendo composta por folíolos e pecíolos, podendo apresentar estípulas e pulvino. O limbo tem vascularização reticulada, podendo ser simples ou composto, dependendo somente da espécie. A flor é hermafrodita, assim como nas gramíneas. Os tipos de inflorescência mais comuns são espiga, racemo, umbela e capítulo. Seu fruto é o legume ou vagem, sendo seco e deiscente.
Compartilhar