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INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO CONCEITO Rotura das membranas ovulares antes do início do trabalho de parto, independente da idade gestacional. Dividida em: 1. Rotura prematura de membranas pré- termo (RPMPT): < 37s 2. No termo – RPMT: > 37s PERÍODO DE LATÊNCIA É o intervalo entre a rotura e o trabalho de parto • No termo: 90% entram em TP após 24h - - > “significa que se pode aguardar as contrações do TP” • Pré-termo: inversalmente proporcional a idade gestacional na rotura - - > + precoce = + tempo para entrar em TP LÍQUIDO AMNIÓTICO - Barreira protetora - Ambiente estéril - Tensão tórax fetal – formação pulmonar ( -> provoca maturação fetal) - Livre flutuação do cordão umbilical - Facilita movimentação fetal - Favorece desenvolvimento dos sistemas urinários e gastrointestinal ( -> prejuízo maturação gastrointestinal e pulmonar) INCIDENCIA Ocorre em 5 a 15% das gestações 75 a 80% acontecem no termo É responsável por 30 a 40% dos partos prematuros e 20% das mortes perinatais ETIOLOGIA Espontanea: envolvem fatores que alteram a estrutura do colágeno e elastina, causas: • Infecções cervicovaginais • Ascendentes da flora vaginal • Microrganismos produzem proteases e colagenases Principais patógenos • Streptococo grupo B • Gardnerella vaginalis • E. coli • Peptoestreptococcus spp. , Enterococos, Clamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae Infecções clínicas: • ITU (por isso tratar a bacteriuria assintomática) • Infecções respiratórias (infecção + mecanica da tosse PAB) Tabagismo: • Favorece infecções • Alterações da oxigenação tecidual = anóxia tecidual = ruptura Sangramento genital • Alta correlação – sangue = inflamação local • Alterações estrutural das membranas • Fatores inflamatórios Hiperdistensão uterina: • Gestação múltipla • Polidramnio • Macrossomia • Tumores benignos – miomatoses Desnutrição: • Baixo nível socioeconômico • Deficiência de vitamina C • Hidroxiprolina – pior qualidade de colágeno Alterações da integridade cervical • Incompetência istmo cervical • Tto: Cerclagem uterina Fatores intrínsecos a membranas: deficiencia da alfa-1-antitripsian, sindrome de Ehler dhanos e outras síndromes de colágeno Iatrogenica Procedimentos invasivos: • Fetoscopia • Amniocentese • Cerclagem uterina • Biópsia de vilo corial DIAGNÓSTICO Queixa clássica: torneira aberta • 90% se faz por história clínica + exame físico • Especular: saída de LA por orifício externo do colo uterino • Valsalva • Elevação da apresentação – manobra de Tarnier (evitar fazer se <37s) e provoca saída+ • Palpação uterina – percepção acurada das partes fetais, menor mobilização do feto Evitar a realização de toque vaginal, exceto nas gestações a termo, em gestantes com parto iminente ou quando se planeja a indução imediata (descubro também se é pélvico) Exames complementares para identificar que é LA: PH da secreção Se o LA passou, ele é alcalino, deixa o canal menos ácido • Se usa o fenol vermelho – fica rosa se+ • ou papel de nitrazina (coloração azul quando alcalino) Teste de cristalização • Estriol entra em contato com LA quando há rotura • Aquecer em lâmina o LA • Arborização ao microscopio comum -> samambaia Pesquisa de células fetais ao microscópio • Células orangiófilas • Ao Corante azul de nilo, células fetais Ultrassonografia: • Teste não definitivo • Apenas auxilia o Mostra apenas redução do líquido amniótico o Confirma o diagnóstico apenas em casos de anidramnio Teste imunocromatográfico qualitativo rápido (Amnisure) • Detecta PAMG1 proteína alfa-1 microglobulina placentária • Alta sensibilidade e especificidade • Custo> PROPEDÊUTICA LABORATORIAL DA AMNIORREXE PREMATURA • Avaliação infecciosa • Hemograma • PCR • Urina 1 e urocultura • Pesquisa de infecções genitais • Pesquisa de ISTs COMPLICAÇÕES MATERNAS Infecção Causa e consequencia: corioamnioite • Aumenta cesáreas • Aumenta n° de distocias COMPLICAÇÕES – FETO PRÉ TERMO 30 – 40% dos casos de morbimortalidade perinatal Quanto mais precoce, pior o prognóstico Deformidades fetais: • Fácies características • Orelha dobrada, nariz achatado • Pé torto • Contraturas musculares Hipoplasia pulmonar Hipóxia fetal Hemorragia intraventricular Enterocolite necrotizante Sepse neonatal Síndrome do desconforto respiratório Anidrâmnio/oligoâmnio severo (ILA<3 ) Compressão do cordão umbilial DIP III na CTG PBF – 1 parâmetro que muda é o movimento respiratório (infecção) CONDUTA Depende da: Idade gestacional Vitalidade fetal Sinais de infecção IG entre 22-24 semanas: • Prognóstico muito ruim • Internação • Avaliar sinais de infecção materna • Avaliar vitalidade fetal por movimentação fetal, BCF e realizar biometria a cada 14 dias • ++ • Repouso estrito no leito • Abstinência sexual • Antibioticoterapia • Sem tocólise (se tiver TP não se pode inibir) • Sem corticoterapia (a partir de 24 até 34 semanas) pelo menos até chegar em 24s IG 24-34 semanas • Internação • Repouso • Hidratação vigorosa VO/EV • Controle infeccioso a cada 2/3 dias o Hemograma + PCR/VHS • Colher culturas – streptococo grupo B ANTES DE • Antibioticoprofilaxia • Corticoterapia para maturação pulmonar (tem risco iminente de parto nos próximos 7 dias – e o ciclo de CTC tem benefício por 7 dias) caso não tenha sinais de infecção • Avaliação da vitalidade fetal o BCF 2 a 3x ao dia o Contagem de MF após almoço e jantar o CTG diária ou no mínimo 2x na semana o PBF diário para gestantes com ILA <5 e 2x na semana para >5 • Antibioticoterapia profilática o Reduz riscos infecciosos o Melhor resultado perinatal o COM: 1. Associar derivado de penicilina + macrolídeo por 7 dias a. Ampicilina/ amoxicilina b. Eritromicina/ azitromicina c. Via oral CTC antenatal Betametasona 12mg IM a cada 24h por 2 dias (1ciclo com full action do CTC 24h após 2ª dose) Dexametasona 6mg IM a cada 12h por 2 dias Indicações: entre 24 a 34 semanas Maturação pulmonar por risco de nascimento Entre 24 e 24 semanas • Tocólise – NÃO DEVE SER FEITA o Pode estar inibindo uma bolsa rota infectada o Priorizar a mãe, oferecer condições boas à mãe IG superior a 34 semanas É o limite máximo de uma gestação com BR CD: é uma interrupção imediata da gestação VIA DE PARTO Obstétrica Indução de parto Cesárea, somente em casos com indicação CORIOAMNIONITE Dx: febre = Tax > 37,8 (critério maior) + Critérios menores (pelo menos 2) • Taquicardia materna FC>100bpm • Taquicardia fetal FC basal >160bpm • Útero irritável: contrações irregulares • Saída de secreção purulenta (fisiometria) • Leucocitose > 15.000 • Outros critérios: • Elevação de PCR/VHS 20% • Redução abrupta de ILA • Diminuição da variabilidade na CTG Tx: antibioticoterapia • Deverá cobrir gram negativos e positivos e anaeróbios • Ampicilina/penicilina cristalina (BGP) + gentamicina (BPN) + metronidazol (ANAERÓBIO) • Clindamicina + gentamicina • Se boa vitalidade fetal e ausencia de contraindicação ao PN – prosseguir com PN • Após o parto, manter antibiótico EV por mais 48 horas Referências IG > 34 s com BR há > 6h iniciar atb profilaxia? Com ampicilina ataque Prescrição: 1. Dieta livre 2. Acesso salinizado 3. Ampicilina 4. Dipirona 500mg 1cp Vo se dor ou cólicas 5. Bromoprida 10mg CP Vo se nauseas ou vomitos 6. Misoprostol 25mcg CP vaginal de 4/4h (IMPRIMIR A FOLHA DO MISO) 7. CTB 8. SINAIS VITAIS 9. OBSERVAR SANGRAMENTO 10. Acompanhar trabalho de parto
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