Grátis
38 pág.

AgEpidMod2
Denunciar
Pré-visualização | Página 5 de 11
vivem; • Conhecer e utilizar formas de intervenção individual e coletiva sobre os fatores desfavoráveis à saúde, agindo com responsabilidade em relação a do indivíduo e da comunidade; • Conhecer formas de acesso aos recursos da comunidade e as possibilidades de utilização dos serviços voltados para a promoção, proteção e recuperação da saúde; • Adotar hábitos de autocuidado, respeitando as possibilidades e limites do próprio corpo. NOÇÕES BÁSICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE A educação em saúde representa um conjunto de saberes e práticas orientadas para a prevenção de doenças e promoção da saúde. Constitui-se numa proposta de envolvimento da população na responsabilidade de preservação do estado saudável individual e comunitário. A educação em saúde é parte de uma proposta de ação voltada à prevenção de doenças, por meio de mudanças de comportamentos 14 �������� LAVAGEM DAS MÃOS ou de esclarecimentos quanto às atividades que oferecerem riscos à saúde dos cidadãos, atuando ainda no controle de doenças por meio da orientação ao uso adequado dos serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para realizar o trabalho de conscientização comunitária são oferecidas à população palestras, visitas domiciliares, campanhas nos meios de comunicação e exposição de materiais usados nas rotinas de trabalho. HISTÓRICO Em 1843, Holmes reconheceu o papel das mãos na transmissão de doenças. Em 1847, Semmelweis iniciou a técnica de higienização das mãos e Lister o uso de antissépticos no preparo das mãos e do sítio cirúrgico. CONCEITOS Microbiota Residente Constitui a microbiota normal do corpo e impede a colonização por outros microrganismos. É eliminada parcialmente com o uso de antissépticos. Possui baixa virulência, como, por exemplo, o Staphylococcus epidermidis, podendo causar infecção em cirurgias com implante de prótese. Microbiota Transitória Principal causador das infecções nosocomiais(relacionado ao ambiente hospitalar) devido à transmissão cruzada. Constituída por microrganismos que colonizam transitoriamente a pele, pois não estão aderidos a receptores específicos. É removida de forma eficaz através da higienização adequada das mãos. 15 AGENTES UTILIZADOS NA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Sabão / Detergente Comum Remove a sujidade e a microbiota transitória. Clorexidina Detergente Além de remover, possui ação antisséptica sobre a microbiota transitória e parte da residente. Age nas bactérias através da destruição da membrana citoplasmática e da coagulação de proteínas. Possui efeito residual (4-6h). Álcool Gel (70%) Possui ação germicida, porém sem efeito residual. Falhas Comuns na Higienização das Mãos • O uso de luvas não substitui a higiene das mãos devido ao potencial de contaminação da mão durante sua colocação e retirada, além do risco da presença de microperfurações na luva. • Anéis, alianças e pulseiras impedem a penetração do produto e a secagem adequada das mãos, favorecendo a proliferação de bactérias, além de serem potenciais carreadores de microrganismos. A higiene inadequada das mãos, também, contribui para a disseminação das doenças infecciosas de origem comunitária, tais como: viroses respiratórias, pneumonia, Diarréia infecciosa e infecções em neonatos. Quando Lavar as Mãos • No início e no fim do turno de trabalho; • Antes de preparar medicação; 16 • Antes e após o uso de luvas; • Antes e após utilizar o banheiro; • Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas tenham sido usadas; • Após o contato com superfícies e artigos contaminados; • Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente; • Após coçar ou assoar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para espirrar, manusear dinheiro; • Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar; • Após manusear quaisquer resíduos; • Ao término de cada tarefa. Técnica de lavagem das mãos 1. Retirar anéis, pulseiras e relógio; 2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar na pia; 3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser, de preferência, líquido e hipoalergênico; 4. Ensaboar as mãos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos; 5. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos (o uso de escovas deverá ser feito com atenção); 6. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15 segundos; 7. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando totalmente o resíduo do sabão; 8. Enxugar as mãos com papel toalha; 9. Fechar a torneira acionando o pedal, utilizar o papel toalha; ou ainda, sem nenhum toque, se a torneira for fotoelétrica. Nunca use as mãos. 17 Figura 1- Forma correta de lavar as mãos, imagem retirada do Google CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE A ações educativas são de fundamental importância para o controle de doenças transmitidas por vetores. O controle da dengue é exemplo claro de que, quando as ações educativas são devidamente valorizadas e implementadas, traz como consequência a redução ou mesmo a não utilização de inseticidas. 18 A população é a principal responsável pela proliferação do vetor Aedes aegypti, ao permitir que o mosquito viva ao seu redor, mas se for devidamente conscientizada, torna-se a principal aliada na resolução do problema. Mesmo para que outros métodos alternativos tenham sucesso, o envolvimento e a participação da comunidade são essenciais. Outra importante função das ações educativas é a tarefa de contribuir para conscientizar os servidores de campo, acerca da necessidade de usar os equipamentos de proteção individual indicadas. A grande contribuição da educação em saúde consiste na possibilidade de envolver as pessoas no processo de construção de uma vida com hábitos mais saudáveis. Existem três segmentos de atores prioritários que envolvem as práticas de educação em saúde, que são eles: os profissionais de saúde que valorizam a prevenção e a promoção tanto quanto as práticas curativas; os gestores que apoiam esses profissionais; e a população que necessita construir seus conhecimentos e aumentar sua autonomia nos cuidados, individuais e coletivos. Embora a definição do Ministério da Saúde apresente elementos que propõem essa interação entre os três segmentos das estratégias utilizadas para o desenvolvimento desse processo, ainda existe grande distância entre teoria e prática. A educação em saúde como processo político pedagógico requer o desenvolvimento de um pensar crítico e reflexivo, permitindo desvelar a realidade e propor ações transformadoras que levem o indivíduo à sua autonomia e emancipação como sujeito histórico e social, capaz de propor e opinar nas decisões de saúde para cuidar de si, de sua família e de sua coletividade. 19 tipos de equipamentos de proteção EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO (EPI) Os equipamentos de proteção são classificação em: Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) Os Equipamentos de Proteção Coletiva visam a diminuir a fonte de contaminação no ambiente de trabalho. São comuns em fábricas e indústrias, onde se pode adotar equipamentos que possam fazer a filtragem, ventilação, exaustão ou confinamento de uma fonte de contaminação ou ruído. Equipamentos de Proteção Individual (EPI) São chamados de Equipamentos de Proteção Individual, todo objeto que possa proteger o trabalhador, evitando o contato com toxicastes, exposição a ruídos e radiações, proteção contra objetos em queda livre, objetos perfurantes etc. Estes objetos podem ser constituídos por equipamentos ou vestuários. Graças ao importante papel de proteção dérmica, no caso das atividades de controle de vetores, a roupa pode também ser considerada um EPI. As três vias de exposição pelas quais um tóxico penetra no organismo são digestiva, dérmica e respiratória, o que determina que esses órgãos sejam protegidos. Os olhos e ouvidos também devem ser protegidos,