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biológico contaminado. Em aplicações de inseticidas, não é necessário o uso de óculos de segurança, pois o uso das máscaras faciais completas fornece proteção total da face. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (EPR) É de fundamental importância que os aplicadores de praguicidas utilizem equipamentos apropriados para a proteção respiratória. Esses equipamentos são denominados de máscaras, peças faciais, purificadores de ar ou respiradores. Os principais requisitos no projeto e confecção de máscaras respiradoras são o conforto e a eficácia na proteção. Se um equipamento não for confortável, provavelmente não será utilizado. Figura 3 - UNASUS - EPIs de proteção dermal 26 Levando-se em consideração seu projeto, aplicação e capacidade protetora, os EPR são classificados em três categorias: a) Purificadores de ar; b) Provedores de ar; c) Equipamentos autônomos. Dentro dessas categorias, os provedores de ar e os equipamentos autônomos não serão abordados, pois são utilizados em ambientes críticos e não nas rotinas de controle de vetores. CLASSIFICAÇÃO DOS RESPIRADORES PURIFICADORES DE AR Os equipamentos aplicadores de praguicidas usados na agricultura ou em saúde pública, necessitam fragmentar e impulsionar partículas para serem colocados em determinada superfície ou massa de ar. Durante a execução dessas tarefas, o aplicador está sujeito a respirar uma grande quantidade dessas gotículas. O aparelho respiratório é conformado de tal maneira a evitar que as partículas maiores cheguem ao interior do pulmão, e fiquem retidas nas dobras nasais, pelos e secreções ali presentes. Esta proteção, entretanto, não tem eficácia contra uma fração especial de partículas pequenas, que podem chegar ao interior dos alvéolos. Os purificadores de ar devem ter a capacidade de extrair determinados contaminantes da atmosfera e só podem ser usados em ambientes que contenham quantidades aceitáveis de oxigênio respirável (acima de 20,9%). É de fundamental importância observar as limitações do equipamento quanto ao tipo de contaminantes presentes. Os purificadores podem ser usados com filtros mecânicos e químicos de várias categorias. Os respiradores devem ser constantemente higienizados e descontaminados. A sua correta manutenção e guarda permite a utilização por cerca de três a quatro anos, dependendo da qualidade do produto. 27 EPIs usados pelo agente epidemiológico 1. Máscara semifacial Indicada durante a preparação da calda e durante as aplicações de inseticidas residuais. Deve também ser utilizada durante o manuseio de caixas de temephos e a colocação do produto em frasco. Não é necessário o uso do equipamento durante a aplicação do larvicida. 2. Máscara facial completa Indicada para uso durante a preparação da calda e nas aplicações de inseticidas espaciais (UBV e termonebulizações). 3. Luva nitrílica Esse tipo de luva deve ser utilizado durante qualquer atividade que envolva o manuseio de inseticidas (preparação de caldas, abastecimento de equipamentos e aplicação residual/espacial). Não é necessário o uso de luvas durante a aplicação de larvicidas. 4. Capacete de aba larga Esse tipo de capacete deve ser utilizado durante qualquer atividade que envolva o manuseio de inseticidas (preparação de caldas, abastecimento de equipamentos e aplicação residual/espacial). Esse equipamento poderá ser substituído pela touca árabe, que fornece uma proteção maior. 5. Protetor auricular O protetor auricular é indicado para uso durante o manuseio de equipamentos motorizados, no momento de regulagens ou na aplicação de produtos. 6. Óculos de Segurança Esse equipamento deve ser utilizado durante o manuseio de inseticidas, durante a preparação de caldas, abastecimento de equipamentos e aplicação de inseticidas (residual/espacial). 28 7. Avental impermeável O avental impermeável deve ser utilizado apenas durante a preparação de caldas e o abastecimento de equipamentos. 8. Calças e camisas de brim Devem ser utilizadas em qualquer atividade que envolva ações de controle vetorial. Devem ser fornecidas em quantidade suficiente para permitir que o trabalhador use sempre uma peça limpa diariamente. 9. Calçados de segurança Devem ser utilizados em qualquer atividade que envolva ações de controle vetorial. Devem ser fornecidas duas trocas anuais, o suficiente para permitir que o trabalhador use sempre uma peça limpa diariamente. A Norma Regulamentadora 15 (NR 15) define regras claras quanto às atividades e operações insalubres que são realizadas em determinadas empresas, especialmente em indústrias. São atividades que fornecem algum tipo de risco na saúde do trabalhador durante sua vida laboral, e que se desenvolvem acima de uma tolerância máxima permitida para cada caso. Atividades insalubres são: • Ruídos, ruídos de impacto; • Exposição ao calor; • Nível de iluminação; • Radiações ionizantes e não-ionizantes; • Ar comprimido; • Frio; • Umidade; NR 15- ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES 29 O principal objetivo desta norma é definir de forma específica os níveis de tolerância e aspectos técnicos para caracterização de uma atividade ou operação na condição de insalubre. Essa classificação feita nas empresas é determinante para ser definida função executada pelo trabalhador requer pagamento dos adicionais de insalubridade ou periculosidade. As principais diretrizes estabelecidas pela norma regulamentadora nº15 no que se refere aos ambientes insalubres e periculosos. 1. As atividades e operações insalubres são classificadas de acordo com os limites de tolerância estipulados nos anexos 1,2,3,5,11 e 12 desta norma regulamentadora. Anexo 1: Ruído contínuo ou intermitente. Anexo 2: Ruído de impacto. Anexo 3: Exposição ao calor. Anexo 5: Radiação ionizante. Anexo 11: Agentes químicos. Anexo 12: Poeiras minerais. Cabe aos técnicos de segurança do trabalho e demais profissionais responsáveis por assessorar as empresas nessa área a verificarem o conteúdo desses anexos e fazer as medições e análises para verificar se a empresa tem alguma atividade ou operação que pode ser classificada como insalubre. As atividades apontadas nos anexos 6, 13 e 14 també são definidas • Vibrações; • Agentes químicos; • Poeiras. • Agentes biológicos. OBJETIVO DA NR 15 SETE PRINCIPAIS REGRAS DA NR 15 30 como insalubres. Anexo 6: Trabalho em ambiente sob ar comprimido, como mergulho. Anexo 13: Contato com outros agentes químicos 11 e 12, como arsênico, chumbo, carvão, mercúrio e outros. Anexo 14: Trabalho com agentes contaminantes, como a coleta de lixo ou em redes de esgoto, com pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas e outros. Obs.: essa norma entende como limite de tolerância o nível de intensidade ou concentração associado à natureza de cada atividade ou operação, o que determina até que ponto a saúde do trabalhador pode ser prejudicada. 2. De acordo com a NR 15, quando é confirmada a ocorrência de situação insalubre em determinada operação ou atividade, o trabalhador responsável pela execução deverá receber o adicional de insalubridade de acordo com as seguintes condições: • Insalubridade de grau máximo – valor de 40% contabilizado sobre o valor do salário bruto; • Insalubridade de grau médio – valor de 20% contabilizado sobre o valor do salário bruto; • Insalubridade de grau mínimo – valor de 10% contabilizado sobre o valor do salário bruto. 3. A NR 15 menciona que o pagamento do adicional de insalubridade pode ser removido somente quando as causas da insalubridade são eliminadas. Para que isso ocorra, é necessário que as empresas: • Adotem medidas específicas e de ordem geral que mantenham o local de trabalho de acordo com os limites de tolerância definidos nos anexos desta norma regulamentadora; • Utilizem os equipamentos de proteção individual adequados 31 para cada função e riscos aos quais os trabalhadores estão submetidos. 4. De acordo com a