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Aula sobre Chaetognatha

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Filo Chaetognatha
Origem do celoma
Deuterostomados 
Enterocélicos
Protostomados
Esquizocélicos
Chaetognatha
Protostomado Simetria bilateral
Esquizocelia
Esquizocelia é o processo de formação do celoma, que nos Protostômios 
é resultante do alargamento de fendas das massas mesodérmicas.
Enterocelia
Enterocelia é o processo em que a mesoderme e o celoma se formam a 
partir das bolsas do arquêntero (alças intestinais)..
Filo Chaetognatha
Rudolph Leuckart
Enterocelomados
(Bilaterais, Protostomados)
Filo Chaetognatha
(maxilas espinhosas) 
O nome deriva do grego "Ghaite" que significa espinho e "Gnathos" 
mandíbula, maxila.
Filo Chaetognatha
 Descoberto em 1775 pelo naturalista Martinus Slabber. 
https://www.naturalis.nl/en/chaetognatha
https://www.naturalis.nl/en/chaetognatha
 Possui 209 espécies marinhas, principalmente planctônicas. 25 destas espécies no 
litoral brasileiro.
 Leuckart em 1854 (In: Hyman, 1959) os denominou Chaetognathi.
 Estudos de embriologia feitos por Genenbaur (1858 In: Hyman, 1959) permitiram 
que em 1870 o autor aceitasse o nome proposto por Leuckart. Posteriormente, esse 
nome foi modificado para Chaetognatha (Hyman, 1959).
 O problema das afinidades do filo Chaetognatha foi discutido por diversos autores, 
contudo, a origem e o desenvolvimento evolutivo do grupo ainda são 
desconhecidos (Kapp, 2005).
Checklist do filo Chaetognatha do Estado de São Paulo, Brasil. BiotaNeotrop. vol.11
supl.1 Campinas Jan./Dec. 2011
http://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032011000500021
Filo Chaetognatha
Checklist do filo Chaetognatha do Estado de São Paulo, Brasil , Biota Neotrop. vol.11 supl.1 Campinas Jan./Dec. 2011 
http://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032011000500021
Classificação
Filo Chaetognatha
Ordem Phragmophora
Apresenta faixas musculares (fragmas) transversais 
ventrais, que aparecem esbranquiçadas nos animais vivos.
Obs.: Poucas espécies, geralmente raras.
Famílias: Spadellidae
Eukrohniidae
Tokiokaspadellidae
Eukrohnia
http://www.arcodiv.org/watercolumn/chaetognaths/images/Eukrohnia_hamta-750x750.jpg
http://www.arcodiv.org/watercolumn/chaetognaths/images/Eukrohnia_hamta-750x750.jpg
Ordem Aphragmophora
Desprovidos de faixas musculares transversais ventrais.
Obs.: Um pouco mais que o dobro de espécies da 
primeira, sendo comum no plâncton costeiro.
Famílias: Sagittidae
Pterosagittidae
Krohnittidae
sagita: forma de seta
http://www.roboastra.com/Bryozoa/chaet481.htm
Características
 Predadores;
 A grande maioria é planctônica, com exceção da família
Spadellidae, que agrupa espécies bentônicas,.
 0,5 a 12cm de comprimento;
 Transparentes;
 Corpo alongado em forma de torpedo;
Spadella
Spadella
Regiões do corpo - Cabeça, tronco e cauda
Spadella
cabeça
tronco
cauda
Regiões do corpo - Cabeça, tronco e cauda
 Boca localizada ventralmente em uma depressão denominada vestíbulo.
A cabeça possui espinhos laterais ou “ganchos” → denominados espinhos de captura
e espinhos menores, os dentes. Ambos usados na captura de presas. 
Vista ventral
Cabeça
vestíbulo
Boca
Boca
Transvestibular pores of chaetognaths with comments on the function and nomenclature of 
the vestibular anatomy
Article (PDF Available) in Bulletin of the Plankton Society of Japan 35:111-120 · January 
1988 with 51 Reads
https://www.researchgate.net/journal/0387-8961_Bulletin_of_the_Plankton_Society_of_Japan
Vista ventral
Vista ventral
 Um par de fotorreceptores (“olhos”), localizados na superfície dorsal
da cabeça.
 Capuz → dobra ântero-lateral da parede do corpo, retrátil, podendo 
envolver o vestíbulo.
Sagitta sp
https://www.google.com.br/search?q=Chaetognatha&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved
=0ahUKEwicq-i8mcLTAhWCqZAKHR1_C5IQ_AUIBigB&biw=1366&bih=662#imgrc=-
e3Edjv_ie6OiM:
vista dorsal da cabeça
fotorreceptor
Vista ventral
capuz
Vista ventral
Vista ventral
Espinho de 
captura 
quitinosos
Dentes 
anteriores
Dentes posteriores
Divertículo intestinal
Músculo longitudinal
ventrolateral
Vestíbulo
Boca
Sulco vestibular
Capuzcapuz
Complexo muscular
lateral
Glândulas de muco (ventral)
Musculatura
da boca
Vista ventral
Musculatura cefálica complexa que movimenta os espinhos e o vestíbulo além 
do fechamento do capuz
Músculo dilatador do 
vestíbulo
Sagitta vista dorsal da cabeça
www.google.com.br/search?q=Chaetognatha&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwicq-
i8mcLTAhWCqZAKHR1_C5IQ_AUIBigB&biw=1366&bih=662#imgdii=RykkmkgsPQkXlM:&imgr
c=-e3Edjv_ie6OiM:
Regiões do corpo 
Tronco
Nadadeiras laterais pares.
Cauda
Nadadeira caudal. 
Cada região separada uma da
outra por um septo transversal.
ânus
ânus
 São os únicos invertebrados com epiderme estratificada.
 Parede do Corpo - Cutícula fina e flexível recobrindo a epiderme 
e dando forma ao corpo.
 Epiderme possui uma única camada de células, exceto ao longo 
das laterais do corpo. Nas laterais a epiderme é estratificada.
Epiderme 
estratificada
Epiderme 
cutícula
Musculatura longitudinal – quatro quadrantes de faixas longitudinais: 
duas faixas dorsolaterais e duas faixas ventrolaterais.
Mesentério dorsal
Mesocele
Epiderme 
estratificada
Celoma: 
Na cabeça – protocele
No tronco (par) – mesoceles
Na cauda (par) - metaceles 
Celoma: 
Na cabeça – protocele
No tronco (par) – mesoceles
Na cauda (par) - metaceles 
Celoma: 
Na cabeça – protocele
No tronco (par) – mesoceles
Na cauda (par) - metaceles 
ânus
cabeça tronco
Septo longitudinal
cauda
Sagitta
Locomoção
 Formas pelágicas – Arremesso para frente gerado pela
flexão rápida do corpo devido à contração alternada da
musculatura longitudinal direita esquerda (Sagitta).
 Formas bentônicas – musculatura auxilia no rastejamento,
embora sejam capazes de nadar por curtas distâncias
(Spadella).
Alimentação e digestão
 Carnívoros predadores – se alimentam de outros animais (tudo que
for menor que eles). Predileção por copépodos.
 As presas são ingeridas inteiras.
Os quetógnatos desempenham papel fundamental na teia trófica
marinha, como carnívoros primários e são alimento de organismos
planctófagos especialmente peixes de interesse comercial.
https://www.google.com.br/search?q=Chaetognatha+no+brasil&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwi-
uvLpg8LTAhVBD5AKHXDMCK8QsAQIQg&biw=1366&bih=662#imgrc=exsk5vFRQpPtPM:
 As presas são ingeridas inteiras.
→ Se alimentam também de larvas de peixes → por isso são
chamados de “Tigres do Zooplâncton”.
 São alimento de peixes de interesse comercial.
 O canibalismo também é observado no grupo.
Flaccisagitta hexaptera
Ingerindo uma larva de peixe
 As presas são ingeridas inteiras.
 As presas são ingeridas inteiras.
 As presas são ingeridas inteiras.
 Sistema digestivo completo → com boca, 
faringe, intestino, reto e ânus.
A faringe é provida de células secretoras de 
muco e a deglutição é consumada pelos 
músculos faríngeos.
A maior parte da digestão é extracelular e 
ocorre na região posterior do intestino. 
Podendo ser extremamente rápida.
O ânus é ventral na junção tronco cauda.
faringe
Reto
 Espécies bentônicas se fixam ao substrato por
secreções aderentes e protraem a boca e o vestíbulo,
capturando as presas em movimentos rápidos.
 Muitas espécies injetam veneno no interior de suas
presas, uma neurotoxina potente → tetrodotoxina, que
bloqueia o transporte de sódio através das membranas
celulares, paralisando a presa.
Obs.: Estudos sugerem que tal toxina seja produzida por
uma bactéria comensal (Vibrio) que vive na cabeça
ou no tubo digestivo do animal.
Vibrio alginolyticus
Circulação
 Sistema hemal → canais frouxamente organizados, entre o tubo
digestivo e o peritônio adjacente.
→ Pequenos espaços dentro dos mesentérios e septos também contém
fluido hemal (fluido celômico).
→ Transporte interno no sistema
hemal ocorre por difusão, 
auxiliado pela ação dos
movimentos do corpo.
Mesentério - dobra membranosaque liga 
vários órgãos à parede do corpo, peritônio.
Seio posterior
ovário
Seio hemal dorsal
seio hemal
dorsal
Gânglio ventral
intestino
esôfago
Vaso subdorsal da cabeça Vaso dorsal da cabeça
 Ausência de sistema excretor ou de troca gasosa
A troca gasosa e a excreção ocorrem por difusão, embora
possam estar envolvidas certas células dos fluidos hemal
ou celômico.
 A fisiologia dos quetognatos é pouco conhecida. 
“Há muito que se aprender”.
Brusca e Brusca, 2007. 
Sistema nervoso
 A Cefalização é o fator essencial na adaptação a um “estilo de vida” 
predatório e os receptores sensoriais são essenciais. 
 Possuem um Sistema Nervoso Central e um Periférico. 
Comissura frontal
Nervo óptico
Olho 
Gânglio 
cerebral
Comissura subfaríngea
Sistema nervoso central
Gânglio cerebral - dorsalmente a faringe.
conectivo circum-entéricos
 Da região posterior do gânglio cerebral
sai um par de conectivos circum-entéricos
que se estende para região mediano-ventral
do corpo ligando-se a um gânglio ventral
 Vários outros gânglios originam-se do
gânglio cerebral e suprem vários
músculos e órgãos sensoriais da cabeça.
 Gânglio ventral → controla a natação e dele partem 12 pares de nervos
para várias partes do corpo, que se ramificam formando um plexo
nervoso subepidérmico denso.
Conectivo
circum-entérico
Conectivo
circum-entérico
Órgãos dos sentidos
 Estruturas sensoriais na superfície do corpo.
1- Cercas ciliares - derivadas de cílios – são sensores de vibrações
ou movimentos gerados na água.
Função - detectar a presa, semelhante à função da linha lateral dos
peixes (mecanorreceptor).
2- Alça ciliada - na superfície dorsal da junção cabeça tronco de
função quimiorreceptora.
3- Um par de “olhos” - na superfície dorsal, cada um consiste em 
cinco ocelos (fotorreceptores).
Cercas ciliares
Spadella
Cercas ciliares
Cercas 
ciliares
Sagitta
Alça ciliada
Olho
vista dorsal da cabeça 
Órgãos dos sentidos
Fotorreceptores
Reprodução e desenvolvimento
São hermafroditas (monóicos), protândricos, praticando a 
fecundação cruzada;
Desenvolvimento direto (postura a eclosão 48 horas).
Parasagitta hispida é a única espécie que realiza a autofecundação
Aparelho reprodutor
Poro genital ou gonoporo feminino
oviduto
ovárioOvário
Oviduto
Desenvolvimento dos ovos 
nos ovários
Poro genital ou gonoporo feminino
Testículo
Vesícula
seminal
 1 par de testículos localizados na cauda → liberam espermatogônias no 
celoma (da cauda), onde amadurecem → são captadas por funis ciliares 
→ passam para ductos espermáticos → que se abrem lateralmente em 
um par de vesículas seminais → formam massas de espermatozóides →
“esferas de espermas” ou “grupos de espermas”.
Aparelho reprodutor feminino 
 1 par de ovários no tronco, cada um com seu oviduto que se dirigem 
ao poro genital (gonóporos), logo a frente do septo tronco-cauda.
* Os ovócitos imaturos são transferidos para o oviduto.
Aparelho reprodutor masculino
 Espécies bentônicas – podem depositar seus ovos
em algas ou em outros substratos.
 Espécies neríticas – secretam cobertura gelatinosa em torno 
dos zigotos e espalham embriões flutuantes no mar.
 Espécies de águas profundas – carregam embriões em 
bolsas marsupiais
Eukrohnia fowleri
A primeira coleta de espécimes de Chaetognatha no Atlântico Sul foi realizada por
Darwin em 1833 durante a expedição a bordo do "Beagle". Com base nos dados
obtidos, Darwin (1844) concluiu que esses animais eram abundantes nas regiões
afastadas das costas do Brasil, Argentina e Chile.
O Filo no momento é formado por 209 espécies, sendo a família Sagittidae a mais
bem sucedida pois reúne o maior número de gêneros e espécies (Alvariño 1969,
Bieri 1991, Bone et al. 1991, Casanova 1999). No Brasil o Filo é representado por
25 espécies, das quais 14 ocorrem no Estado de São Paulo, o que evidencia que a
fauna de Chaetognatha no país ainda é pouco conhecida.
Principais avanços relacionados ao Programa BIOTA/FAPESP
Apesar dos esforços realizados pelas instituições envolvidas no Programa BIOTA/FAPESP, no
tocante ao conhecimento dos invertebrados marinhos do Estado de São Paulo, podemos afirmar
que poucos são os avanços obtidos para o Filo Chaetognatha nestes últimos dez anos. Esse fato
pode ser comprovado pelo reduzido número de trabalhos publicados e, principalmente, pela
ausência de monografias, dissertações e teses defendidas nesse período em São Paulo.
Principais grupos de pesquisa
O número de pesquisadores dedicados ao estudo da fauna de Chaetognatha no Brasil é bastante
reduzido. No momento, no Estado de São Paulo apenas dois pesquisadores pertencentes ao
Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo vêm estudando as espécies que ocorrem
no Sistema Estuarino da Baixada Santista, da região de Ubatuba e São Sebastião.
Principais acervos
No Brasil, no momento, não se conta com coleções de referência completas de
Chaetognatha. As coleções existentes pertencem aos próprios pesquisadores, ou
estão sob sua guarda, e são mantidas muitas vezes no seu ambiente de trabalho.
Várias instituições de ensino, ainda, não contam com coleções didáticas.
Algumas espécies de Chaetognatha planctônicos retirados de amostras de
Zooplâncton, pertencentes ao acervo do Instituto Oceanográfico da Universidade de
São Paulo, estão depositadas no Laboratório de Zooplâncton do Departamento de
Oceanografia Biológica.

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