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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 1 PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 📚 Referência: MEDCURSO 2017 + 2018 Morte súbita cardíaca: morte natural de causa cardíaca que se manifesta através de perda da consciência dentro de 1 hora após o início dos sintomas No entanto, é mais comumente vista quase instantaneamente Nem sempre evolui para óbito (morte biológica) A PCR nada mais é do que um evento que antecede a morte biológica Mais comum em crianças < 1 ano (síndrome da morte súbita infantil) e em adultos entre 4575 anos Mais comum em homens e em indivíduos negros Após a menopausa, o risco entre homens e mulheres se iguala! Ritmos cardíacos de PCR são 4 Fibrilação ventricular: mais comum! Taquicardia ventricular Assistolia Atividade elétrica sem pulso Causa mais comum extrahospitalar: fibrilação ventricular *Além disso, a etiologia mais comum dessa morte súbita acaba sendo a doença coronariana aterosclerótica 80% Causas mais comuns intrahospitalares: assistolia ou atividade elétrica sem pulso → por causa das doenças de base dos internados! PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 2 ! Lembrar de 5H + 5T: hipóxia, hipovolemia, hipotermia, hidrogênio em excesso, hipercalemia, tóxicos, tamponamento cardíaco, TEP, tensão no tórax e trombose coronária Fatores de risco Fatores de risco para a aterosclerose! HAS DM Dislipidemia Sedentarismo Obesidade Tabagismo Hipertrofia ventricular esquerda Baixa FEVE quanto menor, maior o risco *Marcadores de alto risco em cardiopatas: > 10 extrassístoles ventriculares/hora, taquicardia ventricular não sustentada (monomórfica ou polimórfica) *O início súbito de atividades físicas rigorosas sem preparo físico gradual em pacientes sedentários também é considerado fator de risco *Sendo que a obesidade e o tabagismo são os únicos que aumentam a proporção de mortes de caráter totalmente súbito 1. Fibrilação ventricular Necessita de desfibrilação precoce! ECG presença de ondulações irregulares com FC > 320, sem discernimento de QRS Fisiopatologia: múltiplos focos de reentrada, cada um com aparecimento em momentos diferentes Necessita de um miocárdio doente + um gatilho (como extrassístole ou taquicardia) para se instalar PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 3 Tende a evoluir para assistolia se não for realizada nenhuma manobra em até 10 minutos 2. Taquicardia ventricular Necessita de desfibrilação precoce! 3. Assistolia Ritmo não chocável Pode ser um ritmo primário (cardiomiopatia, distúrbios sistêmicos graves) ou secundário (consequência de FV Bradicardia < 20bpm PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 4 Fisiopatologia: ausência de atividade elétrica sustentada por falência no automatismo de condução (nó sinusal, nó AV, fibras de Purkinje) 4. Atividade elétrica sem pulso Ritmo não chocável Fisiopatologia: coração não consegue realizar uma contração mecânica eficaz mesmo recebendo o estímulo elétrico Causas: insuficiência respiratória, hipovolemia Como notamos a presença de uma PCR? Queda de consciência (escala de coma de glasgow, não obter resposta ao chamar o paciente) e ausência de pulso central (nunca deve ser checado por leigos! O que fazer em caso de PCR em ambiente extrahospitalar? PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 5 O que fazer em caso de PCR em ambiente intrahospitalar? RCP sequência feita deve ser CAB C: compressões: relação universal de 302, ciclos de 2 minutos, trocando de socorrista ao final de cada ciclo (se disponível) A: via aérea permeável: elevação do mento, extensão cervical, tração de mandíbula, retirada de corpo estranho, manobra de Heimlich B: ventilação ! Sempre em PCR por hipóxia, temos que finalizar um ciclo completo antes de chamar ajuda, pois só ao reestabelecer a oxigenação podemos reverter a parada → fazer ABC ! Em caso de criança devemos manter a relação 152 ! Em pacientes com hipotermia, a PCR demora mais a ser revertida! Devemos fazer a RCP por mais tempo Medicamentos na RCP Combo básico em FV ou TV: amiodarona 300mg (dose de ataque), repetindo 150mg a cada 35 minutos + adrenalina 1mg a cada 35 minutos *Após a administração de adrenalina, devemos elevar o membros superior Em caso de assistolia ou AESP: adrenalina 1mg a cada 35 minutos Se TEP: trombolítico PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 6 Se suspeita de torsades des pointes: sulfato de magnésio 12g Se suspeita de FV ou TV por hipercalemia, acidose metabólica ou intoxicação por tricíclicos, cocaína: solução salina isotônica Quais drogas podemos fazer pelo tubo orotraqueal: são 5 → adrenalina, lidocaína, atropina, naloxone e diazepam Então, quando consideramos uma massagem bem feita? Quando as compressões afundam 5cm (sem passar de 6cm), mão dominante em baixo Quando a frequência de compressões fica entre 100120/minuto Quando há retorno completo do esterno entre cada compressão Quando as interrupções nas compressões são mínimas = no hands off Nada mais é do que evitar a ventilação excessiva Paciente deve ser hipoventilado Se o problema for apenas a ventilação, fazer 1 a cada 56 minutos, totalizando 1012 Paciente voltou! E agora? Se o paciente acabou de ser chocado, devemos continuar com as compressões, uma vez que após FV ou TV o coração ainda não consegue contrair de forma efetiva tão rapidamente Devemos manter o paciente em hipotermia terapêutica De desconfiamos de causa cardíaca devemos submeter o paciente a um CATE de emergência PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 7 Quando devemos parar a RCP? PCR há mais de 30 minutos + assistolia como primeiro ritmo registrado OU demora no atendimento a PCR OU comorbidades OU idade avançada OU perda dos reflexos do tronco *Única que pode ser usada isolada em adultos: PCR há mais de 30 minutos PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 8 Crianças não possuem limite de tempo
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