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@fisio.biancanobrega Graduanda em Fisioterapia UFPB Oxigenoterapia Definições: Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia, aplicada tanto em situações clínicas agudas quanto crônicas. A oxigenoterapia desempenha um papel fundamental no tratamento da hipoxemia, especialmente na insuficiência respiratória. A hipoxemia causada pela hipoventilação raras vezes é grave e é facilmente corrigida por um pequeno aumento da fração inspirada de oxigênio. Hipoxemia PaO2 < 60mmHg e SatO2 < 90% em ar ambiente e repouso; SatO2 < 88% durante exercícios ou sono em cardiopatas e pneumopatas. Causas da Hipoxemia: Redução da capacidade de difusão; Desequilíbrio entre ventilação-perfusão; Shunt – único mecanismo de hipoxemia no qual a PO2 arterial permanece abaixo do que seria esperado com a FiO2 a 100% Sinais da Hipoxemia: Inquietação; Ansiedade; Cianose; Cefaleia; Baqueteamento digital; Taquipneia, dispneia; Alteração no nível de consciência. Outros fatores para oferta de oxigênio: Concentração de hemoglobina; Posição da curva de dissociação do oxigênio; O débito cardíaco; Distribuição do sangue para a periferia. Formas de Administração de Oxigênio Para escolher as formas de administração, observar os seguintes aspectos: Cavidade oral e nasal; Fluxo; Grau de desconforto respiratório; Gravidade da hipoxemia; Necessidade de umidificação; Tolerância do paciente. Cálculo da estimativa da FiO2 fornecida: Concentração de O2 geradas por diferentes dispositivos de administração @fisio.biancanobrega Graduanda em Fisioterapia UFPB Fluxo O2 (L/min) FiO2 % Ar ambiente 0 0,21 Cânulas ou cateteres nasais 1 0,24 2 0,28 3 0,32 4 0,36 5 0,40 Máscara simples 5-6 0,40 6-7 0,50 7-8 0,60 Métodos de Baixo Fluxo Fornecem oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos de 8 L/min ou menos. Como o fluxo inspiratório de um indivíduo adulto é superior a este valor, o oxigênio fornecido por este dispositivo de baixo fluxo será diluído com o ar, resultando numa FiO2 baixa e variável. CÂNULAS NASAIS DE BAIXO FLUXO Cateter com duas extremidades inseridas nas narinas; Fluxo: 1 a 5 litros/min; FiO2: 25 a 30% Vantagens: Confortável, podem ser mantidas continuamente por longos períodos. Desvantagens: Baixas concentrações; Imprevisibilidade da concentração, sobretudo quando o paciente respira predominantemente pela boca; sangramento/ressecamento. CATETER NASAL DE BAIXO FLUXO Dispositivo constituído por um tubo plástico fino, no qual em sua extremidade distal há diversos orifícios pelos quais O2 é entregue à traqueia do paciente. Fluxo: 1 a 5 litros/min; Vantagens: Barato, fácil de adquirir, não dificulta a fala e a deglutição. Desvantagens: Deve ser removido e substituído a cada 8 horas; irritação da nasofaringe; náuseas e vômitos. MÁSCARAS SIMPLES A máscara simples pode aumentar a FiO2 de 40 até 60%. Fluxo mínimo de 5 até 8L/min para prevenir retenção de dióxido de carbono (CO2) MÁSCARAS DE REINALAÇÃO PARCIAL Há uma mistura de gases (O2 e CO2) no reservatório havendo a reinalação parcial de CO2. Pelo paciente. FiO2 de 40 a 70% @fisio.biancanobrega Graduanda em Fisioterapia UFPB Fluxo de 8 a 12 L/min. Durante a inspiração, o oxigênio flui para o interior da máscara e passa diretamente ao paciente e durante a expiração parte do ar é armazenado na bolsa. Como há um orifício, parte do gás expirado também entra nesta. Como a porção inicial do gás expirado é oriunda do espaço morto anatômico, a bolsa possui, sobretudo, oxigênio e pouco CO2. MÁSCARAS DE NÃO-REINALAÇÃO Válvula unidirecional entre a máscara e a bolsa inflável; Capacidade de fornecer uma FiO2 de 60 até 80%. Fluxo de 10-15L/min. Impede a reinalação através de válvulas unidirecionais. Uma válvula inspiratória se encontra no topo da bolsa, enquanto as válvulas expiratórias cobrem as portas de expiração sobre o corpo da máscara. OXIGÊNIO TRANSTRAQUEAL Pode ser administrado por meio de uma máscara ou por um micro cateter inserido na parede anterior da traqueia. Máscara Cateter Fluxo 1 a 15L/min 1 a 4L/min Vantagens Permite utilizar sistema de Venturi. Não causa desconforto ao paciente. Elimina irritação nasal. Baixo desperdício de O2 Desvantagens Requer uma adequada fixação da máscara na direção da traqueostomia, correta higienização da interface. Requer limpeza constante, risco de obstrução. Métodos de Alto Fluxo Fornecem uma determinada concentração de oxigênio em fluxos iguais ou superiores ao fluxo inspiratório máximo do paciente, assim asseguram uma FiO2 conhecida. MÁSCARA DE VENTURI Possui um sistema de válvulas que possibilita um controle exato da FiO2 a ser fornecida ao paciente. Concentração de Oxigênio Fluxo de Oxigênio Sugerido 24% 3 L/min 28% 6 L/min 31% 8 L/min 35% 12 L/min 40% 15 L/min 50% 15 L/min O ar é arrastado pela força de cisalhamento nos limites do fluxo de jato de oxigênio que passa através de um orifício. Quanto menor for o diâmetro deste, maior a velocidade do fluxo e maior a quantidade de ar arrastado. @fisio.biancanobrega Graduanda em Fisioterapia UFPB A máscara possui um orifício de jato ou bocal em torno do qual se encontra uma porta de arrastamento. O corpo da máscara possui várias portas largas que permitem o escape tanto do fluxo excessivo do dispositivo quanto do gás expirado pelo paciente. CÂNULA NASAL DE ALTO FLUXO Fornece um sistema com oxigênio umidificado e aquecido com alta velocidade de insuflação nasal. Fluxo: 35 até 60L/min; FiO2: 21 até 80%, constante e precisa. Obs.: Tabelas são específicas de cada aparelho. Consegue pesquisando no google ou presente na própria máquina. Riscos da Oxigenoterapia Hipercapnia PCO2 aumentado ativação de quimiorreceptores periféricos que vão aumentar a ventilação no entanto ao realizar a oferta de O2 a ventilação tende a diminuir novamente e ainda há um grande percentual de CO2, o que leva a hipoxemia grave. No caso do paciente com DPOC: são retentores crônicos de CO2, elevar muito a PaO2 pode causar depressão do centro respiratório e hipercapnia. Porque o estímulo da respiração depende da hipoxemia, e se for corrigida pode causar mais retenção de CO2, desorientação e parada respiratória. Toxicidade pelo oxigênio. Atelectasias Fibroplasia retrolental (rentinopatia da prematuridade)
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