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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA - ITEC FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL – FEC – UFPa Apostila de Fundações Prof.: Gérson Miranda (gjma@ufpa.br) mailto:gjma@ufpa.br� FALTA DE TEMPO ? Este artigo foi escrito por Fabiano Santana. 1. Distração De quanto em quanto tempo você olha seu celular durante o horário de trabalho, seja para responder mensagens, acessar redes sociais ou navegar na Internet para ver assuntos pessoais? Tudo isso faz com que você se distraia e perca tempo, e este é apenas um exemplo. Procure remover essas distrações do seu dia a dia e foque no seu trabalho, objetivo e meta. O que você pode fazer, se quer uma sugestão prática, é definir um tempo de 5 minutos pela manhã e 5 minutos na parte da tarde para checar rapidamente seus e-mails e mensagens pessoais. Se mesmo assim não conseguir controlar seu impulso, sugiro que remova do seu celular ou smartphone os aplicativos que te distraem. Outros tipos de distrações no trabalho são: conversas paralelas, barulho no ambiente, entre outros. Procure lidar com esses fatores de forma inteligente; 2. Comunicação Quem trabalha com gestão de projetos ou ocupa um cargo de liderança sabe que um dos maiores problemas de uma organização é a comunicação. O ser humano literalmente não sabe se comunicar. Portanto, partindo do princípio de que nós somos péssimos em comunicação, procure evitar situações em que permaneçam dúvidas sobre o que você quer transmitir. Por exemplo, quando você mandar um e-mail, tenha muito cuidado com as palavras, escreva de forma didática, evite erros gramaticais e coloque-se no lugar de quem receberá aquela mensagem; leia e releia o e-mail e tenha certeza de que está passando a mensagem correta. Se for possível, evite o e-mail, fale pessoalmente com a pessoa, ou por telefone. Resumindo, faça de tudo para ter uma comunicação efetiva. Outra dica fundamental é estar atentos aos sinais quando você estiver conversando com alguma pessoa. Como já é sabido, em um processo de comunicação muita coisa é dita não pelas palavras, mas pelos gestos, postura, olhar e assim por diante. A comunicação correta te ajuda a não perder tempo. 3. Gestão das Tarefas Um fator que pode ajudar você a economizar tempo e aumentar sua produtividade é ter o controle sobre as tarefas pendentes que você possui, além de saber priorizar a ordem de execução dessas tarefas. Eu sempre digo para meus amigos e meus clientes: tire o máximo possível de coisas da sua cabeça e coloque-as no papel ou em uma planilha. Coisas na cabeça significam espaços ocupados, e se todo espaço estiver ocupado não entrarão coisas novas na sua cabeça. Portanto, se você faz a gestão de todas as suas pendências apenas usando sua memória, é bem provável que você se esqueça de algo, além do que você fará as coisas de forma desordenada. A dica aqui é: faça uma lista de suas tarefas pendentes e priorize essas tarefas. Defina por onde começar e analise qual tarefa trará o melhor resultado e de forma mais rápida. Aqui você pode usar a Matriz RAB ou GUT, plano de ação, checklists, e assim por diante. 4. Falta de Foco A falta de foco é algo capaz de derrubar você, tirando-o do caminho e fazendo com que você não seja produtivo, não alcance suas metas e seus objetivos. Esse, sem sombra de dúvidas, é um dos principais problemas que afetam nossa produtividade, portanto fique muito atento a ele. Uma dica para o ambiente corporativo e pessoal: procure fazer poucas atividades ao mesmo tempo. Existe um risco muito grande de você fazer as coisas com baixo nível de qualidade quando se faz muitas coisas em paralelo. Procure evitar isso, faça uma coisa de cada vez, e bem feita. Conclusão É isso meus amigos. Acredito fortemente que se conseguirem colocar em prática esses itens, sua vida mudará. Por vezes, no meio de tanta correria, não conseguimos parar e analisar o que realmente está acontecendo na nossa vida e com isso nem damos conta de que podemos mudar e fazer melhor. É ÇÕ BUREAU SECURITAS (França) 40 ANOS DE ESTUDO CAUSAS DE RUPTURAS E DESASTRES DE FUNDAÇÕES (ESTACAS E TUBULÕES) 40% FALTA DE INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA ADEQUADA (SONDAGEM ERRÔNEA) 35% INTERPRETAÇÃO ERRÔNEA DAS SONDAGENS OU ENSAIOS GEOTÉCNICOS 15% DEFEITOS DE EXECUÇÃO DAS FUNDAÇÕES 10 % DETERIORAÇÃO DOS MATERIAIS DE FUNDAÇÕES INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO Sondagens (NBR 8036): - 1 furo/200m2 de projeção; - Mínimo 3 sondagens/obra. 1. Processos de investigação do subsolo. a) Poços; b) Sondagens a Trado; c) Sondagens à percussão com SPT ; d) Sondagens Rotativas; e) Sondagens Mistas; f) Ensaio de Cone (CPT); g) Ensaio Pressiométrico (PMT) . Ensaios de Palheta (VANE TEST) e Dilatômetro (DMT) são usados para Argilas Moles. Outros ensaios especiais como Geofísicos e Ensaio de Placa são menos utilizados. a) Poços - (NBR 9604/86) São escavações manuais, geralmente não escoradas, que avançam até o nível d’água ou até onde for estável. Permitem um exame do solo nas paredes e fundo da escavação e retiradas de amostras indeformadas (blocos ou em anéis). b) Sondagem à Trado - (NBR 9603/86) A profundidade está limitada à capacidade de furação e nível d’água (arenosos). Amostras deformadas. Ensaio de Cone (CPT); Ensaio Pressiométrico (PMT) . Ensaios de Palheta (VANE TEST) e Dilatômetro (DMT) são usados p Argilas Moles. Outros ensaios especiais como Geofísicos e Ensaio de Placa são me utilizados. Poços - (NBR 9604/86) São escavações manuais, geralmente não escoradas, que avançam o nível d’água ou até onde for estável. Permitem um exame do solo nas paredes e fundo da escavaçã retiradas de amostras indeformadas (blocos ou em anéis). GERSON MIRANDA Caixa de texto " X " linhas (Papel A4) de cada um dos processos de investigação do subsolo (Qto mais sintético e preciso, melhor ). Use a NBR 6122/2010 entre outras fontes..... .... . Conhecimento é um ato de ousadia ! Figura 1 - Trados manuais mais utilizados (a) cavadeira, (b) espiral ou 'torcido' e (c) helicoidal c) Sondagem à percussão – SPT (NBR 6484/01) Atravessa solos relativamente compactos ou duros ; Não ultrapassa blocos de rocha e muitas vezes, pedregulho; O furo é revestido se for instável ; Perfuração com Trépano e remoção por circulação de água (lavagem) ; O ensaio (SPT) é realizado a c ada metro de sondagem; Consiste na cravação de um amostrador normalizado (Raymond - Terzaghi), por meio de golpes de um peso de 65 kgf caindo de 75cm de altura; Anota-se o nº de golpes para cravar os 45cm do amostrador em 3 conjuntos de golpes para cada 15cm ; O resultado do ensaio SPT é o nº de golpes necessá rios para cravar os 30cm finais; A amostra é deformada. gura 1 - Trados manuais mais utilizados (a) cavadeira, (b) espiral ou 'torcido' e (c helicoidal Sondagem à percussão – SPT (NBR 6484/01) Atravessa solos relativamente compactos ou duros ; Não ultrapassa blocos de rocha e muitas vezes, pedregulho; O furo é revestido se for instável ; Perfuração com Trépano e remoção por circulação de água (lavagem O ensaio (SPT) é realizado a c ada metro de sondagem; Consiste na cravação de um amostrador normalizado (Raymo PROFUNDIDADE INSUFICIENTE DE INVESTIGAÇÃOPROFUNDIDADE INSUFICIENTE DE INVESTIGAÇÃO STANDARD PENETRATION TEST – Ensaio SPT O reconhecimento das condições do subsolo constitui-se em pré- requisito para projetos de fundações seguros e econômicos. EQUIPAMENTO DE SONDAGEM A PERCUSSÃO DO TIPO SPT No Brasil o custo envolvido na execução de sondagens de reconhecimento varia entre 0,2 e 0,5% do custo total da obra Vídeo 1 Vídeo 2 Vídeo 3 SPT (Standard Penetration Test) O Standard Penetration Test (SPT) é reconhecidamente a mais popular, rotineira e econômica ferramenta de investigação em praticamente todo o mundo, servindo como indicativo da densidade de solos granularese sendo também aplicado à identificação da consistência de solos coesivos e mesmo de rochas brandas. Métodos rotineiros de projeto de fundações diretas e profundas usam largamente os resultados de SPT, sobretudo no Brasil. O ensaio SPT constitui-se em uma medida de resistência dinâmica conjugada a uma sondagem de simples reconhecimento. A perfuração é obtida por tradagem e circulação de água utilizando-se um trépano de lavagem como ferramenta de escavação. Amostras representativas do solo são coletadas a cada metro de profundidade por meio de amostrador padrão, de diâmetro externo de 50 mm. O ensaio consiste na cravação deste amostrador no fundo de uma escavação (revestida ou não), usando a queda de peso de 65 kg, caindo de uma altura de 750 mm (ver ilustração nas Figuras 2.1 e 2.2). O valor NSPT é o número de golpes necessário para fazer o amostrador penetrar 300 mm, após cravação inicial de 150 mm. Figura 2.1 Ilustração do ensaio SPT e diâmetro externo de 50 mm. O ensaio consiste na cravação deste amos uma escavação (revestida ou não), usando a queda de peso de 65 kg, caind 750 mm (ver ilustração nas Figuras 2.1 e 2.2). O valor NSPT é o número o para fazer o amostrador penetrar 300 mm, após cravação inicial de 150 m As vantagens deste ensaio com relação aos demais são: simplicidade do equipamento, baixo custo e obtenção de um valor numérico de ensaio que pode ser relacionado através de propostas não sofisticadas, mas diretas, com regras empíricas de projeto. Apesar das críticas válidas que são continuamente feitas à diversidade de procedimentos utilizados para a execução do ensaio e à pouca racionalidade de alguns dos métodos de uso e interpretação, este é o processo dominante ainda usado na prática de Engenharia de Fundações. O objetivo deste capítulo consiste na apresentação de aspectos relevantes à análise do ensaio e suas limitações, à luz dos conhecimentos recentes, com o objetivo de esclarecer os usuários dos cuidados envolvidos no uso e interpretação dos resultados do ensaio, e aumentar o conhecimento sobre técnicas modernas, considerando a prática brasileira. (a) Ilustração com dimensões (b) Foto do amostrador bipartido Figura 2.2 Amostrador padrão "Raymond" (NBR 6484/80) (a) Ilustração com dimensões (b) F t d t d bi tid 2.1 – Padrões de Ensaios A normalização do ensaio SPT foi realizada em 1958 pela ASTM (American Society for Testing and Materials), sendo comum em todo o mundo o uso de procedimentos não padronizados e equipamentos diferentes do padrão internacional. Atualmente existem diversas normas nacionais com características distintas e um padrão internacional considerado como referência (International Reference Test Procedure - IRTP / ISSMFE). Na América do Sul a normalização Norte Americana ASTM D 1586-67 é utilizada com freqüência, tendo o Brasil Normalização Específica NBR-6484/1980. Em abordagem recente, Ranzini (1988) sugeriu procedimentos adicionais ao ensaio, com a medição de torque após a execução do SPT. A introdução deste procedimento em serviços de sondagem e o estabelecimento de regras básicas de interpretação vem sendo objeto de estudos em São Paulo (e.g. Decourt e Quaresma Filho, 1994). 2.2 - Fatores determinantes na medida de SPT Existem diferentes técnicas de perfuração, equipamento e procedimento de ensaio nos diferentes países, resultantes de fatores locais e grau de desenvolvimento tecnológico do setor. Isto resulta em desuniformidade de significância dos resultados obtidos. As principais diferenças se referem ao método de perfuração, fluído estabilizante, diâmetro do furo, mecanismo de levantamento e liberação de queda do martelo, rigidez das hastes, geometria do amostrador e método de cravação. Além desses fatores tem-se a influência marcante das características e condições do solo nas medidas de SPT. Uma revisão completa sobre o atual estado do conhecimento pode ser encontrada em Skempton (1986) e Clayton (1993) e considerações sobre a realidade sul americana em Milititsky & Schnaid (1995). Na prática de engenharia existe voz corrente sobre as questões relativas a "ensaios bem ou mal feitos", empresas idôneas (fraudes), má prática, vícios executivos, entre outros. Os itens à seguir referidos tratam somente dos aspectos que influenciam os resultados de ensaios realizados segundo recomendações de normas e da boa prática de engenharia. Serão indicados os fatores que explicam porque no mesmo local, duas sondagens realizadas dentro da técnica recomendada podem resultar em valores desiguais, considerando-se por exemplo: técnica de escavação, equipamento e procedimento de ensaio. Destes fatores certamente os relacionados com a técnica de escavação são os mais importantes, podendo-se destacar o método de estabilização: [a] perfuração revestida e não preenchida totalmente com água; [b] uso de bentonita; [c] revestimento cravado além do estudos em São Paulo (e.g. Decourt e Quaresma Filho, 1994). ores determinantes na medida de SPT xistem diferentes técnicas de perfuração, equipamento e procedimento de e países, resultantes de fatores locais e grau de desenvolvimento tecnológico lta em desuniformidade de significância dos resultados obtidos. As s se referem ao método de perfuração, fluído estabilizante, diâmetro mo de levantamento e liberação de queda do martelo, rigidez das hastes, geo or e método de cravação. Além desses fatores tem-se a influência mar ticas e condições do solo nas medidas de SPT. Uma revisão completa sob o conhecimento pode ser encontrada em Skempton (1986) e Clayton limite de cravação; [d] ensaio executado dentro da região revestida. Existem inúmeras publicações com o registro quantitativo da variação de desempenho do ensaio devido aos procedimentos utilizados, incluindo técnica de escavação (Sutherland, 1963; Begemann & De Leuw, 1979; Skempton, 1986; Mallard, 1983), o que reforça a necessidade de utilização de procedimentos padronizados. Apresenta-se na Tabela 2.1 uma compilação de todos os fatores conhecidos que afetam a penetração em solos granulares e seus efeitos. Fator Influência Referências Índice de Vazios Redução do índice aumenta a resistência à penetração Terzaghi & Peck (1967); Gibbs & Holtz (1957); Holubeck et al (1973), Marcusson et al (1977) Tamanho médio da partícula Aumento do tamanho médio aumenta resistência à penetração Schultze et al (1961); DIN 4094; Clayton et al (1982); Skempton (1986) Coeficiente de Uniformidade Solos uniformes apresentam menor resistência à penetração DIN 4092 – Parte 2 Pressão neutra Solos finos densos dilatam aumentando a resistência; solos finos muito fofos podem liquefazer no ensaio Terzaghi & Peck (1967); Bazaraa (1960); de Mello (1971); Rodin et al (1974); Clayton et al (1982) Angulosidade das partículas Aumento da angulosidade aumenta resistência à penetração Holubec & D’Appolonia (1973); DIN 4094 Cimentação Aumenta a resistência DIN 4094 – Parte 2 Nível de tensões Aumento de tensão vertical ou horizontal aumenta resistência Zolkov et al (1965); de Mello (1971); Dikran (1983); Clayton et al (1985); Schnaid e Houlsby, (1994) Idade Aumento da idade do depósito aumenta resistência Skempton (1986); Barton et al, (1989); Jamiolkowsky et al, (1988) Tabela 2.1 Influência das propriedades de solos granulares na resistência à penetração 2.3 Correções de medidas de NSPT Conhecidas as limitações envolvidas no ensaio, através da interveniência de fatores que influenciam os resultados e não estão relacionados às características do solo, é possível avaliar criticamente as metodologias empregadas na aplicação de valores de NSPT em problemas geotécnicos. Para esta finalidade, as abordagens modernas recomendam a correção do valor medido de NSPT, considerando o efeito da energia de cravação e do nível de tensões. o médio ula aumenta resistência à penetração Clayton et al (1982); S (1986) nte de dade Solosuniformes apresentam menor resistência à penetração DIN 4092 – Parte 2 neutra Solos finos densos dilatam aumentando a resistência; solos finos muito fofos podem liquefazer no ensaio Terzaghi & Peck (1967); (1960); de Mello (1971); R (1974); Clayton et al (1982) dade culas Aumento da angulosidade aumenta resistência à penetração Holubec & D’Appolonia (19 4094 ção Aumenta a resistência DIN 4094 – Parte 2 tensões Aumento de tensão vertical ou horizontal aumenta resistência Zolkov et al (1965); de Mell Dikran (1983); Clayton et a Schnaid e Houlsby, (1994) Aumento da idade do depósito aumenta resistência Skempton (1986); Barton (1989); Jamiolkowsky et al, Em primeiro lugar, deve-se considerar que a energia nominal transferida ao amostrador, no processo de cravação, não é a energia de queda livre teórica transmitida pelo martelo (e.g. Schmertmann & Palacios, 1979; Seed e outros, 1985; Skempton, 1986). A eficiência do sistema é função das perdas por atrito e da própria dinâmica de transmissão de energia do conjunto. No Brasil é comum o uso de sistemas manuais para a liberação de queda do martelo, cuja energia aplicada é da ordem de 70% da energia teórica. Em comparação, nos USA e Europa o sistema é mecanizado e a energia liberada é de aproximadamente 60%. Modernamente a prática internacional sugere normalizar o número de golpes com base no padrão americano de N60; assim, previamente ao uso de uma correlação formulada nos USA deve-se majorar o valor medido de NSPT obtido em uma sondagem brasileira em 10 a 20% (Velloso e Lopes, 1996). Embora a prática brasileira seja pautada pelas recomendações da norma NBR 6484, que estabelece critérios rígidos quanto a procedimentos de perfuração e ensaio, com a adoção de um único tipo de amostrador, no meio técnico existem variações regionais de procedimentos de sondagem: (a) uso (ou ausência) de coxim e cabeça de bater; (b) acionamento com corda de sisal ou cabo de aço, com e sem roldana e (c) variação do tipo de martelo utilizado. A influência de alguns destes fatores, relacionados à pratica brasileira, foi quantificada por Belincanta (1998) e Belincanta e outros (1984; 1994). As medidas de eficiência de energia dinâmica referem-se a primeira onda de compressão incidente, para uma composição tipo de 14 m de comprimento. Valores médios de eficiência na faixa entre 65% e 80% da energia teórica foram monitorados com freqüência, reforçando a necessidade de normalização das medidas de NSPT previamente a aplicação desta medida em correlações de natureza empírica. As informações produzidas por Belincanta (1998) servem como avaliação preliminar à estimativa de fatores intervenientes no índice de resistência à penetração. Medidas locais de energia devem tornar-se rotina na próxima década, aumentando o grau de confiabilidade do ensaio, melhorando a acurácia de uso de correlações baseadas no SPT e quantificando a influência de fatores determinantes à interpretação racional do ensaio, como por exemplo a influência do comprimento da composição. 2.4 Aplicações dos resultados O ensaio de SPT tem sido usado para inúmeras aplicações, desde amostragem para identificação de ocorrência dos diferentes horizontes, previsão da tensão admissível de fundações diretas em solos granulares, até correlações com outras propriedades geotécnicas. mbora a prática brasileira seja pautada pelas recomendações da norma N elece critérios rígidos quanto a procedimentos de perfuração e ensaio, com único tipo de amostrador, no meio técnico existem variações reg entos de sondagem: (a) uso (ou ausência) de coxim e cabeça de b nto com corda de sisal ou cabo de aço, com e sem roldana e (c) variação d tilizado. A influência de alguns destes fatores, relacionados à pratica bras da por Belincanta (1998) e Belincanta e outros (1984; 1994). As m de energia dinâmica referem-se a primeira onda de compressão incidente, ão tipo de 14 m de comprimento. Valores médios de eficiência na faixa en energia teórica foram monitorados com freqüência, reforçando a neces ção das medidas de NSPT previamente a aplicação desta medida em corre empírica. As informações produzidas por Belincanta (1998) servem como A origem das correlações, de natureza empírica, é obtida em geral em condição particular e específica, com a expressa limitação por parte dos autores, mas acabam sendo extrapoladas na prática muitas vezes de forma não apropriada. Alem disto, resultados de ensaios SPT realizados em um mesmo local podem apresentar dispersão significativa. Um exemplo típico de ensaios SPT realizados na região Porto Alegre, RS é apresentado na Figura 2.5, onde o número de golpes NSPT é plotado contra a profundidade. A variação observada nos perfis é representativa da própria variabilidade das condições do subsolo, sendo necessário para cada projeto avaliar as implicações da adoção de perfis mínimos ou médios de resistência. Figura 2.5 Resultado típico de ensaios SPT em um único local de projeto A primeira aplicação atribuída ao SPT consiste na simples determinação do perfil de subsolo e identificação táctil-visual das diferentes camadas a partir do material recolhido no amostrador padrão. A classificação do material é normalmente obtida combinando a descrição do testemunho de sondagem com as medidas de resistência à penetração. O sistema de classificação apresentado na Tabela 2.5, amplamente utilizado no Brasil e recomendado pela NBR 7250/82, é baseado em medidas de resistência à penetração sem qualquer correção quanto à energia de cravação e nível de tensões. Alternativamente pode-se utilizar a proposta de Clayton (1993) apresentada na Tabela 2.6. Solo Nspt Designação Areia e < 4 Fofa Silte arenoso 5-8 Pouco compacta 9-18 Medianamente compacta 19-40 Compacta >40 Muito compacta Argila e < 2 Muito mole Silte argiloso 3-5 Mole 6-10 Média 11-19 Rija >19 Dura Tabela 2.5 Classificação de solos (NBR 7250/82) Material Nspt Designação Areias (N1)60 0-3 Muito fofa 3-8 Fofa 8-25 Média 25-42 Densa 42-58 Muito densa Argila N60 0-4 Muito mole 4-8 Mole 8-15 Firme 15-30 Rija 30-60 Muito Rija >60 Dura Tabela 2.6 Classificação de solos e rochas (Clayton, 1993) Nota: N1 valor de NSPT corrigido para uma tensão de referência de 100 kPa ; N60 valor de NSPT corrigido para 60% da energia teórica de queda livre (N1)60 valor de NSPT corrigido para energia e nível de tensões Silte arenoso 5 8 Pouco compacta 9-18 Medianamente compacta 19-40 Compacta >40 Muito compacta Argila e < 2 Muito mole Silte argiloso 3-5 Mole 6-10 Média 11-19 Rija >19 Dura Tabela 2.5 Classificação de solos (NBR 7250/82) Material Nspt Designação Areias (N1)60 0-3 Muito fofa 3-8 Fofa 8-25 Média CONSIDERAÇÕES FINAIS As principais implicações decorrentes do uso e interpretação do SPT são listadas a seguir: 1) O ensaio de SPT constitui-se no mais utilizado na prática corrente da geotecnia, especialmente em fundações e a tendência observada deve ser mantida no futuro próximo, devido à simplicidade, economia e experiência acumulada. 2) O avanço do conhecimento já atingido deve ser necessariamente incorporado à prática de engenharia. Para tanto é mandatório o uso de metodologia e equipamento padronizados, com a avaliação da energia transmitida ao amostrador. 3) O treinamento de pessoal e a supervisão na realização do ensaio constitui-se em desafio, mesmo com acréscimo de custo, para que os resultados sejam representativos e confiáveis. 4) Uma vez atendidas as recomendações anteriores, pode-se aplicar as metodologias apresentadas no presente trabalho para estimativa de parâmetros de comportamento dos solos e previsão de desempenho de fundações, resguardando as limitações apresentadas. 5) Do ponto de vista da prática de engenharia de fundações, os valores médios de penetração podem servir de indicação qualitativa à previsão de problemas; por exemplo, NSPT superiores a 30 indicam em geral solosresistentes e estáveis sem necessidade de estudos geotécnicos mais elaborados para a solução de casos correntes. Solos com NSPT inferiores a 5 são compressíveis e poucos resistentes, e não devem ter a solução produzida com base única nestes ensaios. Nspt entre (0-5) não são representativos. das no presente trabalho para estimativa de parâmetros de comportamento o de desempenho de fundações, resguardando as limitações apresentadas. nto de vista da prática de engenharia de fundações, os valores médios de p rvir de indicação qualitativa à previsão de problemas; por exemplo, NSPT s cam em geral solos resistentes e estáveis sem necessidade de estudos ge borados para a solução de casos correntes. Solos com Nm SPT inferiores íveis e poucos resistentes, e não devem ter a solução produzida com b aios. Nspt entre (0-5) não são representativos. GERSON MIRANDA Linha 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 P R O FU N D ID A D E (M ) NSPT FURO 1 FURO NOVO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 SP-02 (sondacil) SP-03 Laboratório de Geologia – Professor Douglas Constancio Relatório – Sondagem a Percussão 1ª Questão: Dado os valores referentes ao número de golpes para a cravação de um barrilete amostrador padrão de metro a metro em uma sondagem a percussão, como mostra a tabela abaixo. Calcular os valores de SPT – Standard Penetration Test e posteriormente construir o gráfico de resistência à penetração, conforme estabelecido por norma. Nº de Golpes Gráfico de SPT Prof. - m - 1º 15cm 2º 15cm 3º 15cm SPT. 10 20 30 40 50 1,00 1 1 1 2,00 1 1 2 3,00 2 2 2 4,00 2 2 1 5,00 2 3 4 6,00 3 2 5 7,00 4 7 8 8,00 4 6 9 9,00 8 10 12 10,00 8 12 15 11,00 9 16 22 12,00 10 18 25 13,00 10 28 16 14,00 18 25 26 15,00 10 29 35/05 16,00 18 26 40/02 17,00 20 38/01 - 1, 00 c m = 1 ,0 0 m Gérson Retângulo 2ª Questão: Classificar o solo de acordo com a com a sua consistência e a sua compacidade para a sondagem abaixo: Prof. - m - SPT. Descrição do Material N.A. 1,00 2 2,00 4 Argila Silto Arenosa, Vermelha Clara, 3,00 4 4,00 8 5,00 12 Silte Areno Argiloso, Variegado, Amarelo Claro, Vermelho Claro, 6,00 19 7,00 30 Areia Fina Silto Argilosa, Cinza Clara, 8,00 32 9,00 45 10,00 40/02 11,00 42/01 Argila Pouco Siltosa, Plástica, Variegada, Vermelha Clara/Escura, Roxa, Amarela Escura, - N ão fo i e nc on tra do e m 0 5/ 10 /9 9 - Limite da Sondagem Utilizar: Tabela – Segundo Vitor F.B. Mello – Mecânica dos Solos – USP – São Carlos Argilas: Consistência Muito mole < 2 Mole 2 – 5 Média 6 – 10 Rija 11 – 19 Dura > 19 Areias e Siltes: Compacidade Fofa 0 – 4 Pouco Compacta 5 – 8 Medianamente Compacta 9 – 18 Compacta 19 – 40 Muito Compacta > 40 3ª Questão: Dos equipamentos abaixo descriminados, estabelecer a sua finalidade, quando utilizados para execução de uma sondagem a percussão: (A) Peso de 65 Kg: (B) Trépano ou Broca de lavagem: (C) Tubo de revestimento: (D) Barrilete amostrador padrão: 4ª Questão: O que significa o termo: SPT – Standard Penetration Test ? Laboratório de Geologia – Professor Douglas Constancio Relatório – Sondagem Rotativa 1ª Questão: Qual a finalidade da sondagem rotativa? 2ª Questão: Qual o objetivo da sondagem rotativa? Gérson Retângulo 3ª Questão: Dada a manobra de sondagem rotativa abaixo, pede-se calcular a porcentagem de recuperação R.Q.D. e classificar a qualidade da perfuração e do maciço rochoso. Obs: - medidas em cm - situação sem escala 21 22 45 11 5 6 15 12 25 2, 00 m = L = c om pr im en to d a m an ob ra Disciplina: FUNDAÇÕES Código: 101134 Professor: Erinaldo Hilário Cavalcante Notas de Aula FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Capítulo 4 – Capacidade de Carga Aracaju, maio de 2005 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL ÁREA DE GEOTECNIA E ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES Gérson Rectangle Gérson Rectangle Gérson Rectangle FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS SAPATA; BLOCO; RADIER SAPATAS EXECUTADAS Conjunto habitacional Vila Pelé 2 Jardim Rádio Clube – Santos (SP) Uma caixa-d'água de 20 metros de altura tombou e abalou a estrutura de um bloco que abriga 40 apartamentos da Cohab. Ninguém morava no prédio atingido. O engenheiro da Defesa Civil de Santos, Ernesto Tabuchi, disse que ainda não é possível avaliar a causa do tombamento. "Pode ter ocorrido um problema de afundamento ou no solo. Mas só a construtora poderá identificar o problema". 73 1.0 Definição Entende-se por Fundação o conjunto formado pelo elemento estrutural mais o maciço de solo, projetado para suportar as cargas de uma edificação. O elemento estrutural é responsável pela transmissão das cargas da superestrutura ao solo sobre o qual se apóia. Uma estrutura de fundação adequadamente projetada é aquela que transfere as cargas sem sobrecarregar excessivamente o solo. A transferência de esforços (cargas ou tensões) além do que o solo pode resistir resultará em recalques excessivos ou até mesmo a ruptura do solo, por cisalhamento. Portanto, os engenheiros geotécnico e estrutural deverão avaliar a capacidade de carga do solo. 2.0 Relevância e Normalização das Fundações • Corresponde de 4% a 10% do custo total de uma edificação • Não existe obra civil sem fundação • As condições do solo não podem ser escolhidas – são as que existem no local • Não dá para padronizar uma solução – cada obra difere das outras 2.1 Principais Normas Associadas a Fundações ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 6122 (1986) – Projeto e Execução de Fundações NBR 6489 (1984) – Prova de Carga Direta Sobre Terreno de Fundação NBR 6121/MB3472 – Estacas - Prova de Carga Estática NBR 13208 (1994) – Estacas – Ensaio de Carregamento Dinâmico NBR 8681 (1984) – Ações e Segurança nas Estruturas NBR 6118 – Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado 3.0 Entidades Nacionais e Internacionais Ligadas à Engenharia de Fundações i) ABMS – Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia de Geotécnica (www.abms.com.br) ii) ABEF – Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações (www.abef.org.br) iii) ISSMFE – International Society of Soil Mechanics and Geotechnical Engineering (www.issmge.org) Gérson Rectangle Gérson Rectangle Gérson Miranda Text Box (2010) 74 4.0 Tipos de Fundações • Superficiais, rasas ou diretas • Profundas A diferença de acordo com a profundidade de embutimento do elemento no solo Figura 4.1 – Mecanismos de ruptura em fundações. A diferença de acordo com o mecanismo de ruptura Superficial: mecanismo surge na superfície do terreno Profunda: mecanismo não surge na superfície do terreno 4.1 Tipos de Fundações Superficiais, Rasas ou Diretas Bloco Sapata corrida Viga de fundação Grelha Sapata associada Radier Figura 4.2 – Tipos de fundações superficiais. Gérson Rectangle Gérson Retângulo 75 4.2 Tipos de Fundações Profundas EstacaTubulão Caixão Figura 4.3 – Tipos de fundações profundas. Fundações Mistas Estaca T Estapata Radier sobre estacas Radier sobre tubulões Figura 4.4 – Tipos de fundações mistas: (a) estaca “T”; (b) estapata; (c) radier sobre estacas; (d) radier sobre tubulões. Principais diferenças entre blocos e sapatas Figura 4.5 – Principais diferenças entre um bloco e uma sapata. maior altura trabalha basicamente à compressão concreto simples (em geral) pequena altura trabalha à flexão concreto armado para resistir esforços de tração e cisalhantes Gérson Rectangle Gérson Retângulo 78 7.0 Fatores/Coeficientes de Segurança (Fs) Em fundações os valores de FS estão associados às incertezas, refletindo a soma dos seguintes fatores: Investigações geotécnicas disponíveis, tipo, qualidade, quantidade, etc.; Parâmetros admitidos ou estimados; Métodos de cálculo empregados; As cargas que realmente atuam e Os procedimentos de execução. 7.1 Fator de Segurança Global Incorpora todos os fatores mencionados acima, ou seja: trabσ rupσou trabQ últQFS = Tabela 4.1 – Fatores de Segurança globais mínimos em geotecnia (Terzaghi & Peck, 1967). Tipo de ruptura Obra Fator de Segurança (FS) Cisalhamento Obras de Terra Estruturas de Arrimo Fundações 1,3 a 1,5 1,5 a 2,0 2,0 a 3,0 Ação da Água Subpressão, Levantamento Gradiente de saída (piping) 1,5 a 2,5 3,0 a 5,0 Tabela 4.2 – Fatores de Segurança mínimos aplicados em Fundações no Brasil (NBR 6122, 1996). Condição Fator de Segurança (FS) Capacidade de carga de fundações superficiais 3,0 Capacidade de carga de estacas ou tubulões sem prova de carga 2,0 Capacidade de carga de estacas ou tubulões com prova de carga 1,6 7.2 Fator de Segurança Parcial Consiste num valor de FS para cada tipo de ação, no caso das cargas atuantes, enquanto que no caso das resistências, consiste em se adotar um coeficiente de minoração para cada parcela de resistência do problema. Gérson Rectangle Gérson Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Retângulo Gérson Retângulo GERSON MIRANDA Retângulo 81 8.3 Distorções Angulares e Danos Associados Figura 4.9 – Distorções angulares e danos associados. 9.0 CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS Considerar uma sapata com as seguintes condições: • Retangular, com dimensões B x L • Apoiada na superfície do terreno • Submetida a uma carga Q, crescente desde zero até à ruptura • São medidos os valores de Q e dos deslocamentos verticais “w” (recalques) A tensão aplicada ao solo pela sapata é: B.L Q=σ Gérson Rectangle Gérson Miranda Line Gérson Miranda Text Box " ruptura " Gérson Miranda Line Gérson Retângulo 82 Figura 4.10 – Sapata de concreto armado embutida em solo. Figura 4.11 – Comportamento de uma sapata sob carga vertical – curvas carga x recalque (Kézdi, 1970). FASE I ⇒ ELÁSTICA: w é proporcional à carga Q FASE II ⇒ PLÁSTICA: w é irreversível. O deslocamento w é crescente mesmo sem variar Q FASE III ⇒ PLÁSTICA: w é irreversível. A velocidade do “w” cresce continuamente ⇒ ruptura. 9.1 Mecanismos de Ruptura em Função do Solo Ruptura generalizada ⇒ brusca, bem caracterizada na curva σ x w (ocorre em solos rígidos, como areias compactas a muito compactas e argilas rijas a duras) Ruptura localizada ⇒ curva mais abatida. Não apresenta nitidez da ruptura. Típica de solos fofos e moles (areias fofas e argilas média e mole). Ruptura por puncionamento ⇒ mecanismo de difícil observação. À medida que Q cresce, o movimento vertical da fundação é acompanhado pela compressão do solo logo abaixo. O solo fora da área carregada não participa do processo. Gérson Rectangle Gérson Rectangle Gérson Text Box ***** Gérson Text Box Caracterização das curvas: Carga x Recalque Gérson Miranda Linha Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Retângulo 83 Figura 4.12 – Rupturas: generalizada (a); localizada (b); por puncionamento (c) e (d) condições que ocorrem, em areias (Vésic, 1963). 9.1.1 Campos de Deslocamentos das Rupturas Figura 4.13 – Campos de deslocamentos das rupturas: generalizada (a); localizada (b) e por puncionamento (c), segundo Lopes (1979). 9.1.2 Fatores que Afetam o Modo de Ruptura • Propriedades do solo (rigidez/resistência) • Geometria do carregamento (profundidade relativa D/B): se D/B aumenta ⇒ punção • Estado de tensões iniciais (k0): Se k0 aumenta ⇒ ruptura generalizada Gérson Rectangle Gérson Text Box Índice de densidade 84 9.1.3 Tensões de Contato SAPATA APOIADA EM ARGILA SAPATA APOIADA EM AREIA SAPATA APOIADA EM ROCHA Figura 4.14 – Tensões de contato entre a placa e o solo, dependendo da rigidez da placa e do tipo de solo existente embaixo da placa. 9.2 FORMULAÇÃO DE TERZAGHI Hipóteses: i) a sapata é corrida, ou seja, L >>> B. Trata-se de um caso bidimensional (no plano); ii) o embutimento da sapata (D) é menor que sua largura (B). Neste caso, é desprezada a resistência ao cisalhamento do solo acima da cota de apoio da sapata e substitui- se a camada pela sobrecarga q = γ.D; iii) o maciço de solo sob a base da sapata é compacto ou rijo ⇒ ruptura generalizada. Gérson Rectangle Gérson Miranda Retângulo 85 10.0 DESENVOLVIMENTO DA EQUAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA Na iminência da ruptura, em que a sapata aplica a tensão σr ao solo, na cunha I, com peso W, tem-se: Figura 4.15 – Superfície potencial de ruptura. Do equilíbrio de forças atuando na cunha de solo “I”, faces OR e O´R, vem: ∑ = 0Fv 0sena2Cp2EWxBrσ =−−+ φ (1) em que ( )x1xc2BcosaC =φ γφ ⋅ = tg4 2BW Ep é a componente vertical do empuxo passivo Ca é a força coesiva c é a coesão do solo φ = ângulo de atrito interno do solo B é a largura da sapata Figura 4.16 – Cunha de solo sob a base da sapata. ORST = SUPERFÍCIE POTENCIAL DE RUPTURA OR e ST = TRECHOS RETOS RS = ESPIRAL LOGARÍTMICA Reescrevendo a equação (1), vem: Gérson Rectangle 86 φγφ tgB. 4 −+= c.tg B p2E rσ (2) A equação (2) é a solução geral do problema, desde que Ep seja conhecido. OBS.: Não há solução geral que leve em conta o peso do solo e a influência da sobrecarga. Para simplificar, são analisados casos particulares e depois são superpostos os efeitos. 10.1 Casos Particulares i) Solo sem peso e sapata à superfície do terreno: (c ≠ 0, D = 0, γ = 0) cc.Nrσ = (2.1) Nc = fator de capacidade de carga função apenas de φ ⇒ −+= 1245 2cot φφπφ tgtgec gN ii) Solo não coesivo e sem peso: (c = 0, D ≠ 0, γ = 0) qq.Nrσ = (2.2) Nq = fator de capacidade de carga função também só de φ ⇒ += 245 2 φφπ tgtgeqN Constata-se que φgqNc cot1 −=N iii) Solo não coesivo e sapata à superfície (areia pura): (c = 0, D = 0, γ ≠ 0) γγ NB..2 1 rσ = )cos(2. 4 φα γγ −= B pEN 10.2 Superposição de Efeitos No caso real de uma sapata corrida embutida em um maciço de solo com coesão (c) e ângulo de atrito (φ), a capacidade de carga se compõe de três parcelas, que representa as contribuições: i) da coesão e do atrito de um material sem peso (W)e sem sobrecarga (q); ii) do atritode um material sem peso e com sobrecarga, e Gérson Rectangle Gérson Miranda Retângulo GERSON MIRANDA Carimbo Gérson Miranda Retângulo GERSON MIRANDA Linha GERSON MIRANDA Carimbo GERSON MIRANDA Carimbo GERSON MIRANDA Carimbo Gérson Miranda Retângulo 87 iii) do atrito de um material com peso e sem sobrecarga. Assim, a solução de TERZAGHI, considerando a superposição dos efeitos para ruptura geral é: γγΒΝ++= 2 1 qqNccNrσ (3) Os fatores de capacidade de carga Nc, Nq e Nγ são adimensionais e dependem apenas de φ. A Tabela a seguir e o ábaco correspondente apresentam os valores desses fatores. 10.2.1 SOLUÇÃO DE TERZAGHI PARA O CASO DE SOLOS FOFOS E MOLES (localizada) Sugere-se reduzir os valores de c e de φ. Neste caso: c3 2c´= e φφ tg3 2´tg = Entrar no ábaco de Terzaghi com φ e obter Nc´, Nq´ e Nγ´. A Equação (3) fica: ´ 2 1´qqN´cc´Nrσ γγΒΝ++= (4) Obs.: Para ruptura localizada, entra-se na Tabela 4.3 o valor de φ´ e obtém-se os correspondentes valores de Nc´, Nq´ e Nγ´. Com o valor de φ ou φ´, determina-se no ábaco da Figura 4.17 diretamente os valores dos fatores de capacidade tanto para o caso de ruptura generalizada quanto localizada. Tabela 4.3 – Fatores de capacidade de carga para aplicação da equação de Terzaghi. φ ou φ´ FATORES DE CAPACIDADE DE CARGA PROPOSTOS POR TERZAGHI (GRAUS) Nc Nq Nγ 0 5,7 1,0 0,0 5 7,3 1,6 0,5 10 9,6 2,7 1,2 15 12,9 4,4 2,5 20 17,7 7,4 5,0 25 25,1 12,7 9,7 30 37,2 22,5 19,7 34 52,6 36,5 36,0 35 57,8 41,4 42,4 40 95,7 81,3 100,4 45 172,3 173,3 297,5 48 258,3 287,9 780,1 50 347,5 415,1 1153,2 Gérson Rectangle Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Caixa de texto 41,3 88 Figura 4.17 – Ábaco para obtenção dos fatores de capacidade de carga da equação de Terzaghi. TERZAGHI também introduziu fatores de correção para levar em conta a forma da fundação. Os fatores são sc e sγ, cujos valores são apresentados a seguir. Equação final de Terzaghi para capacidade de carga: γγγΒΝ++= s2 1 qqNcsccNrσ (5) Tabela 4.4 – Fatores de forma para aplicação da equação de Terzaghi. VALORES DOS FATORES DE FORMA SUGERIDOS POR TERZAGHI FATOR FORMA DA SAPATA Corrida Circular Quadrada Retangular sc 1,0 1,3 1,3 1 + 0,3B/L sγ 1,0 0,6 0,8 1 - 0,2B/L CASOS PARTICULARES: Para φ = 0 ⇒ Nc = 5,7 e Nγ = 0 ⇒ 7,41c5,7c x x 1,3rσ == (sapata quadrada/cicrcular) Para c = 0 ⇒ γ=γ= γ N x Bx x 0,4N x Bx 2 x 0,8rσ γ (sapata quadrada) OBS 1: Para solos puramente coesivos a capacidade de carga independe de B; OBS 2: Para solos puramente não-coesivos σr só depende de B; OBS IMPORTANTE.: A solução de TERZAGHI foi desenvolvida para casos onde D ≤ B; Gérson Rectangle GERSON MIRANDA Retângulo 89 10.3 A SOLUÇÃO DE MEYERHOF (1963) Um aperfeiçoamento da solução de Terzaghi foi feito por Meyerhof. Ele passou a considerar a resistência ao cisalhamento do solo situado acima da base da fundação. Assim, a superfície de deslizamento intercepta a superfície do terreno. Figura 4.18 – teoria de Meyerhof: mecanismo de ruptura de fundações superficiais. Meyerhof incluiu na Equação de Terzaghi o fator de forma, sq, os fatores de profundidade (dc, dq e dγ) e os fatores associados à inclinação da carga aplicada em relação à vertical (ic, iq, iγ). Os valores de Nc e de Nq são praticamente os mesmos propostos por TERZAGHI. Os fatores de capacidade de carga propostos por MEYERHOF, estão presentes na tabela onde também se encontram os valores propostos por HANSEN e VÉSIC, os dois últimos métodos a seguir. As equações para cálculo dos fatores propostas por Meyerhof são apresentadas a seguir. Nγ = (Nq – 1) tg (1,4.φ) Nq = eπtgφtg2 (45 + 0,5. φ) Nc = (Nq – 1) cotg φ OBS.: Para profundidades D ≤ B, os resultados da aplicação da solução de MEYERHOF não diferem muito dos resultados obtidos com a aplicação da solução de TERZAGHI. Gérson Rectangle Gérson Miranda Carimbo 90 10.4 A SOLUÇÃO DE BRINCH HANSEN (1970) HANSEN (1970) propõe os mesmos fatores de capacidade de carga sugeridos por MEYERHOF, mas alterou os valores de Nγ e introduziu na equação de capacidade de carga de MEYERHOF (1951, 1963) fatores de correção para levar em conta dois aspectos: • a inclinação da base da sapata em relação à direção horizontal (bc, bq, bγ) • a inclinação da superfície do solo suportando a sapata (gc, gq, gγ) Para o caso de sapatas com cargas excêntricas, Hansen também propôs o conceito de “Área Efetiva”, A´, da fundação (A´ = B´ x L´). Em que: B´ = B – 2eB e L´ = L – 2eL eB , eL = excentricidades nas direções de B e de L Figura 4.19 – Áreas efetivas de fundação, inclusive áreas retangulares equivalentes. Consultar instruções da Tabela 4.6. 10.5 A SOLUÇÃO DE VÉSIC (1973; 1975) VÉSIC propõe os mesmos fatores de capacidade de carga propostos MEYERHOF e HANSEN, com exceção do Ny, que tem a seguinte expressão: Nγ = 2(Nq + 1) tg φ Há diferenças também em relação a HANSEN nas expressões para cálculo dos fatores de inclinação, solo e base (ii, bi e gi). Ver instruções na Tabela 4.6. A equação geral, será, portanto: Gérson Rectangle GJMA Retângulo GJMA Carimbo GJMA Caixa de texto HANSEN 91 γγγγ bgidqbqgqiqdcbcgcicd γγγΒΝ++= s2 1 qsqqNcsccNrσ FATORES DE CAPACIDADE DE CARGA PROPOSTOS PARA OS MÉTODOS DE MEYERHOF, HANSEN E VÉSIC. Os valores de Nc e Nq são os comuns aos três métodos. Porém, Nγ tem um valor individual para cada autor. Nγ(M) = proposta de Meyerhof Nγ(H) = proposta de Hansen Nγ(V) = proposta de Vésic Tabela 4.5 – Fatores de capacidade de carga para as equações de Meyerhof, Hansen e Vésic. φ FATORES DE MEYERHOF, HANSEN E VÉSIC (GRAUS) Nc Nq Nγ(M) Nγ(H) Nγ(V) 0 5,14 1,0 0,0 0,0 0,0 5 6,49 1,6 0,1 0,1 0,4 10 8,34 2,5 0,4 0,4 1,2 15 10,97 3,9 1,1 1,2 2,6 20 14,83 6,4 2,9 2,9 5,4 25 20,71 10,7 6,8 6,8 10,9 26 22,25 11,8 8,0 7,9 12,5 28 25,79 14,7 11,2 10,9 16,7 30 30,13 18,4 15,7 15,1 22,4 32 35,47 23,2 22,0 20,8 30,2 34 42,14 29,4 31,1 28,7 41,0 36 50,55 37,7 44,4 40,0 56,2 38 61,31 48,9 64,0 56,1 77,9 40 75,25 64,1 93,6 79,4 109,3 45 133,73 134,7 262,3 200,5 271,3 50 266,50 318,5 871,7 567,4 761,3 10.6 Influência do Lençol Freático A presença da água o solo afeta o valor de γ, presente na 2ª e na 3ª parcelas da equação da capacidade de carga: 2ª parcela: q.Nq = γ.D.Nq e 3ª parcela: γγ N2 1 B Gérson Carimbo Gérson Retângulo GJMA Retângulo Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Retângulo miran Retângulo miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis GJMA Carimbo GJMA Carimbo Gérson Carimbo Gérson Retângulo Gérson Caixa de texto Anjos, 2016 Gérson Miranda Carimbo Gérson Miranda Carimbo GERSON MIRANDA Retângulo Gérson Miranda Linha miran Linha miran Lápis miran Linha miran Linha miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis 92 Tabela 4.6 – Fatores que influenciam a capacidade de carga de sapatas. Fator de forma Fator de profundidade Fator deinclinação Fatores de solo (talude e base) L Bs c 2,0´ = d´c = 0,4.k af c cA HHi −−= 15,05,0)(´ caf c Nca mHAVi −=1)(´ ° ° = 147 ´ βcg Vésic: βγ senN 2−= (φ=0) L B N N s c q c += 1 dc = 1+ 0,4.k 1 1 ),( − − −= q q qc N i iVHi ° ° −= 147 1´ βcg Sc = 1 (corrida) φtg L Bsq += 1 dq = 1 +2.tgφ (1-senφ)2k 5 cot 5,01)( + −= φgcAV HHi af q m af q gcAV HVi + −= φcot 1)( )5,01()()( βγ tgHgHgq −== 2)1(()( βγ tgHVgVgq −== Fatores de base L Bs 4,01−=γ dγ = 1 (qualquer φ) 5 cot 7,01)( + −= φγ gcAV HHi af (η=0) 5 cot 4507,0 1)( + °− −= φ η γ gcAV H Hi af (η>0) 1 cot 1)( + + −= m af gcAV HVi φγ ° ° = 147 ´ ηcb ° ° −= 147 1 ηcb B Dk = para 1≤ B D B Dtgk 1−= p/ 1> B D LB LB mm B + + == 1 2 se H // B BL Bmm L + + == 1 2 se H // L Obs.: iq , iγ > 0 )2()( φηtgq eHb −= )7,2()( φηγ tgeHb −= )1()()( βηγ tgVbVbq −== Observações importantes: Af = B´ x L´ ; ca = coesão na base ; D é usado com B e não com B´ H = componente transversal da carga na sapata ≤ V.tgδ +caAf β = inclinação do talude sob a sapata ; η = ângulo de inclinação da base da sapata com o plano horizontal δ = ângulo de atrito entre a base da sapata e o solo = φ, para contato solo-concreto Recomenda-se não usar fatores si combinados com fatores ii (si pode se combinar com di, bi e gi) Referências das equações: (H) = Hansen e (V) = Vésic Com relação à influência do lençol freático, três casos podem ser analisados (Figura 4.20): i) N.A acima da base da fundação (d ≤ D), onde d = Dw (profundidade do N.A.) ii) N.A. entre a base da fundação (D) e o limite da superfície de ruptura (D < Dw ≤ D+ B) iii) N.A. abaixo de D + B (d > D+B), ou seja, Dw > D+ B Gérson Rectangle GJMA Retângulo Gérson Miranda Carimbo miran Lápis 93 Figura 4.20 Influência do lençol freático na capacidade de carga: (a) caso 1 e (b) caso 2. Procedimentos de correção Caso i) águaSATSUB γγγ −==γ ´ Caso ii) −−−= B DDw águaSAT 1´ γγγ γ´= peso específico do solo, corrigido pele efeito do N.A. γnat = peso específico do solo acima do lençol freático. Exemplo: Imagine uma sapata quadrada, de 2m de largura, apoiada em uma areia pura, a 1m de profundidade, com o nível d´água 2 m abaixo da fundação. Os dados da areia são: c = 0 kPa; φ = 30° e γ = 18 kN/m3. Nestas condições, de acordo com a equação de capacidade de carga de Terzaghi, tem-se: 2kN/m 301,68 118 = 0,818.2.19,7.+= 2 1 rσ x ⇒ 3) (FS 2kN/m 56,100 ==admσ Agora, suponha que por algum motivo, o nível freático se elevou até o nível do terreno, ou seja, 1m acima da cota da fundação: 2kN/m 134,08 18 = ,88.2.19,7.0+= 2 1 rσ x ⇒ 2kN/m 69,44=admσ 10.7 Avaliação dos Métodos Tabela 4.7 – Avaliação dos métodos teóricos de previsão de capacidade de carga. MÉTODO APLICABILIDADE RECOMENDADA TERZAGHI Solos muito coesivos e onde 1 B D ≤ . Não indicado para casos onde há geração de momentos na sapata e/ou forças horizontais ou inclinações da base e do solo adjacente. HANSEN, MEYERHOF, VÉSIC Indicados para qualquer situação. A critério do usuário. HANSEN, VÉSIC Indicados para uso quando a base da sapata é inclinada e/ou quando o terreno adjacente é em talude e quando D>B. Caso iii) γ´ = γnat Gérson Rectangle Gérson Miranda Text Box verificar cálculos ! (Nq ???) Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Text Box PLANILHA _ Capacidade de Carga GJMA Retângulo Gérson Miranda Carimbo Gérson Miranda Caixa de texto EFEITO DO NÍVEL DÁGUA ATENÇÃO ! CAPACIDADE DE CARGA: Kp= miran Lápis miran Lápis miran Lápis Método [K=Qcalc/Qmed <1] RD Avaliação Terzaghi 50 0,209769709 neutro Meyerhof 38 0,210137066 não conservador Vésic 38 0,267854539 não conservador Hansen 50 0,274287447 neutro Balla 0 0,40921611 muito não conservador Combinação de Método K RD Avaliação Terzaghi+Meyerhof 38 0,195071525 não conservador Terzaghi 50 0,209769709 neutro Gérson Rectangle Gérson Text Box Enquanto isso no MUNDO REAL ! 1 Gérson Text Box M.G Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Rectangle Gérson Carimbo GJMA Caixa de texto 0,83*BH ... Best ! Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Caixa de texto 79 casos analisados: Avaliação estatística de dados [ Qcalc/Qmed ] Gérson Miranda Carimbo miran Lápis miran Caixa de texto Média Harmônica (MH)= TZI - Terzaghi BHN - Brinch Hansen miran Lápis Gérson Miranda Caixa de texto 200 casos analisados: Avaliação estatística de dados [ Qcalc/Qmed ] miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis GJMA Carimbo GJMA Caixa de texto Provas de Carga Briaud & Gibbens Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Oval Gérson Miranda Linha Gérson Miranda Linha Gérson Miranda Oval Gérson Miranda Linha AFINAL... Usa ou Não ??? GERSON MIRANDA Caixa de texto VALE PARA ARGILA ???? ... Já que o ensaio foi feito em Areia ???? Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Text Box Enquanto isso no MUNDO REAL... 2 Gérson Miranda Retângulo GJMA Carimbo GJMA Caixa de texto Skempton: qbl = 213 kPa Gérson Miranda Carimbo Gérson Miranda Retângulo Caso B (m) qlim (kPa) Meyerhof Salgado Skempton VDV 1 0,60 250 287 244 233 2 0,75 235 273 230 215 3 0,90 226 262 220 188 4 1,05 219 254 213 164 BRIAUD (AREIA) e BRAND (ARGILA) SAPATA QUADRADA – B=1m BRAND _ DESLOCAMENTO MÁXIMO DA PROVA DE CARGA: 40 mm BRIAUD _ DESLOCAMENTO MÁXIMO: 160 mm (mostrado 40 mm) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 D es lo ca m en to n o t o p o d a F u n d aç ão ( m m ) Carga no topo da Fundação (kN) Argila mole (su = 24 kPa - BRAND 1972) Areia (Nspt= 16 - BRIAUD 1997) miran Lápis 95 iii) No meio técnico brasileiro tem sido muito empregada a expressão para o caso de sapatas assentes tanto em areias quanto em argilas: 50 N adm =σ (MPa) (8) A Equação (8) é válida no intervalo (5 ≤ N ≤ 20). N é a resistência à penetração média obtida no trecho compreendido da base da sapata até 2B abaixo (bulbo de tensões). iv) Correlação de Mello (1975) −= 1N0,1.admσ (MPa) (4 ≤ N ≤ 16) (8) v) Correlação de Parry (1977) para Areias com a profundidade de embutimento D ≤ B. 5530.Nadm =σ (9) onde N55 é a resistência à penetração obtida com um sistema SPT com eficiência de 55%. 11.2 Métodos Baseados no CPT i) Correlação de Teixeira e Godoy (1996) 10 cq adm =σ (≤ 4,0 MPa) (10a) para argilas e 15 cq adm =σ (≤ 4,0 MPa) (10b) para areias, onde qc é a resistência de ponta obtida do Cone Penetration Test (Figura 4.22) no trecho correspondente ao bulbo de tensões da sapata (qc ≥ 1,5 MPa). Figura 4.22 Cone de penetração (CPT). ii) Método Baseado no CPT para Areia e para Argilas de Acordo com a Forma da Sapata. σrup = 28 – 0,0052(300 – qc)1,5 para sapata corrida [kgf/cm2] (11a) σrup = 48 – 0,009(300 – qc)1,5 para sapata quadrada [kgf/cm2] (11b) AREIAS GérsonRectangle Gérson Text Box Métodos Semi-Empíricos Gérson Miranda Text Box Gérson Miranda Rectangle Gérson Miranda Text Box Valor representativo de Nspt ! Média Aritmética ? Mediana ? Média geométrica ? outra medida de tendência central ?? Gérson Miranda Text Box Anjos_ 2019: (SAPATA QUADRADA) Tensão Admissível = (kPa)....<= 450kPa (1<=Nspt<=25) 10*Nspt (Argila) 15*Nspt (Silte) 30*Nspt (Areia) Nspt* = Valor médio (1,5.B) abaixo da CAF. GJMA Retângulo Gérson Miranda Caixa de texto = 20.Nspt (kPa) Gérson Miranda Carimbo miran Lápis miran Lápis ANJOS . , qadm =( 25 a 30). Nspt (kPa) _ Para a Areia qadm =( 12 a 15). Nspt (kPa) _ Para a Argila GERSON MIRANDA Carimbo 100 16.0 Estimativa de Parâmetros de Resistência e Peso Específico a) Coesão Quando não se dispõem de resultados de ensaios de laboratório, a estimativa do valor da coesão não drenada (Cu ou Su), pode ser feita a partir de correlações obtidas. Teixeira e Godoy (1996) sugerem: Cu = 10 N [kPa] onde N é a resistência à penetração do SPT. b) Ângulo de atrito interno (φ) A estimativa do ângulo de atrito de areias pode ser feita empregando-se propostas de correlações existentes na literatura. Mello (1971) propõe um ábaco que relaciona a tensão vertical efetiva (σ´v) e o N do SPT, ambos obtidos na mesma cota (ver Figura 4.26). Figura 4.26 Estimativa do ângulo de atrito em função do NSPT e da tensão vertical efetiva. As correlações seguintes também podem ser empregadas para a estimativa de φ: Godoy (1983) φ = 28o + 0,4 N Gérson Rectangle Gérson Miranda Text Box Formulação válida tanto para fundação superficial quanto profunda miran Lápis 101 Teixeira (1996): o1520N +=φ c) Peso Específico (γ): Não se disponde de resultados de ensaios efetuados em laboratório, o peso específico do solo pode ser estimado a partir do tipo de solo, classificado com base no N do SPT. A Tabela 4.9, mostrada abaixo, apresentam valores de γ sugeridos por Godoy (1972). Tabela 4.9 – Estimativa do valor do peso específico de solos (Godoy, 1972). Solo N Consistência γ (kN/m3) ≤ 2 Muito mole 13 3 – 5 Mole 15 6 – 10 Média 17 11 – 19 Rija 19 S ol os a rg ilo so s ≥ 20 Dura 21 Solo N Compacidade Seca úmida Saturada < 5 Fofa 5 – 8 Pouco compacta 16 18 19 9 – 18 Medte. compacta 17 19 20 19 – 40 Compacta S ol os a re no so s > 40 Muito compacta 18 20 21 Gérson Rectangle Gérson Miranda Text Box Formulação válida tanto para fundação superficial quanto profunda Gérson Miranda Text Box Anjos (*) Gérson Stamp Gérson Rectangle miran Retângulo EXERCÍCIOS DE FUNDAÇÕES – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS GERSON MIRANDA Caixa de texto Se Usasse Nspt..... GERSON MIRANDA Carimbo GERSON MIRANDA Carimbo GERSON MIRANDA Carimbo GERSON MIRANDA Carimbo Gérson Miranda Retângulo Exercício: 1) Considerando o subsolo abaixo e considerando métodos teóricos (Terzaghi e Meyerhof) e também via SPT, AVALIE PARA O PROBLEMA ABAIXO: a) A profundidade do embutimento (m) = __________; b) Nspt _médio = __________ (considere duas vezes o embutimento para a profundidade do Bulbo); c) Considerando uma Carga de 230 tf, dimensione a Base (circular) da fundação. (Informações pertinentes à resolução deste problema devem ser justificadas conforme apostila de aula). ES-013 – Exemplo de um projeto completo de edifício de concreto armado data:out/2001 fl. 1 7 – Fundações 7.1 Sapatas 7.1.1 Sapatas Corridas 7.1.1.1 Introdução A sapata corrida é normalmente utilizada como apoio direto de paredes, muros, e de pilares alinhados, próximos entre si. Figura 1.1 Os esforços solicitantes na sapata são considerados uniformes, mesmo para o caso da fig.1.1.b onde, de maneira aproximada, a carga do pilar dividida por a, pode ser considerada como carga uniformemente distribuída na sapata corrida. Desta forma, a análise principal consiste em estudar uma faixa de largura unitária sujeita a esforços n, m e v, respectivamente, força normal, momento fletor e força cortante, todos eles definidos por unidade de largura. A fig. 1.2. mostra a seção transversal do muro. As abas podem ter espessura constante h, ou variável (de ho a h). Figura 1.2 a) apoio de parede em alvenaria b) apoio de pilares alinhados e próximos entre si pilares viga de rigidez sapata corrida a a a h hv ho α solicitações distribuídas uniformesn v m v n m h cm h cm h h h o o v b ≥ ≥ ≤ ≥ 25 20 3 30 0 8 (*) / , α l l b = comprimento de ancoragem da armadura da parede ou do pilar (quando for o caso) c c = (a - ap) / 2 Gérson Rectangle Gérson Rectangle Gérson Rectangle Gérson Rectangle Blocos São elementos de grande rigidez, executados com concreto simples ou ciclópico, dimensionados de modo que as tensões de tração neles produzidas possam ser resistidas pelo concreto. Podem ter suas faces verticais, inclinadas ou escalonadas e apresentar em planta seção quadrada ou retangular (figura 1.10). a) altura constante b)altura variável Figura 1.10 – Blocos apoiados diretamente no terreno Gérson Miranda Carimbo miran Lápis Gérson Miranda Carimbo Gérson Miranda Carimbo ES-013 – Exemplo de um projeto completo de edifício de concreto armado data:out/2001 fl. 2 As sapatas podem ser classificadas em blocos, sapatas rígidas (incluindo as semi-rígidas) e sapatas flexíveis. Para carga centrada e solos deformáveis, os diagramas de tensão na interface sapata/solo apresentam o aspecto mostrado na fig. 1.3. a) sapata rígida b) sapata flexível Figura 1.3 Na prática, costuma-se relacionar esta classificação com a espessura relativa de suas abas. Assim, se ( )h c a ap> = −2 tem-se uma sapata muito rígida ou um bloco; se ( )h c a a e h c a a p p ≤ = − > = − 2 2 3 3 tem-se uma sapata rígida; se h c a a e h c a a p p < = − ≥ = − 2 3 3 2 4 tem-se uma sapata semi-rígida; e se h c a ap< = − 2 4 tem-se uma sapata flexível. Normalmente, as sapatas utilizadas no projeto de fundações são do tipo rígido. Costuma-se admitir o diagrama linearizado de tensão normal na interface sapata/solo (diagrama retangular para carga centrada - fig. 1.3.a - e diagrama trapezoidal ou triangular para carga excêntrica - fig. 1.4). tensões normais no solo(σsolo) Gérson Rectangle Gérson Text Box Distribuição de Tensão - Fundação Superficial Gérson Rectangle Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Retângulo Gérson Miranda Caixa de texto Sapata ou Bloco, RIGIDO 1º Exercício: Dimensionar um bloco de fundação confeccionado com concreto que possui resistência característica a compressão (fck) igual a 15 Mpa, para suportar uma carga de 1700 kN aplicada por um pilar de 35 x 60 cm e apoiado num solo com adm = 0,5 MPa. Desprezar o peso próprio do bloco. Solução: a) Dimensionamento da base σadm = 0,5 MPa = 500 kPa A = P σadm = 1700 500 = 3,40 m² Pode-se adotar 1,80 x 1,90 m (a/b = 1,05). b) Dimensionamento do bloco 0,084.fck 2/3 = 0,511 MPa = 511 kPa σt ≤ 0,80 MPa = 800 kPa Adota-se o menor valor. Portanto, com σadm = 500 kPa e σt = 511 kPa, σadm σt = 500 511 = 0,98 a = 1,90 m a0 = 0,60 m b = 1,80 m b0 = 0,35 m 66,5° 0,98 Gérson Miranda Carimbo miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis miran Lápis a − a0 2 tg α = 1,90 − 0,60 2 tg 66,5° = 1,49 m h ≥ b − b0 2 tg α = 1,80 − 0,35 2 tg 66,5° = 1,68 m Adota-se h = 1,70 m Adotando-se quatro escalonamentos, tem-se: RIGIDEZ DA SAPATAPela relação entre suas dimensões, uma sapata pode ser rígida ou flexível. Em MONTOYA [1973], diz-se que a sapata é flexível, quando > 2h e rígida quando h2 (figura 1.11). A rigidez influi, principalmente, no processo adotado para determinação das armaduras. Um outro fator determinante na definição da rigidez da sapata é a resistência do solo. Para baixas tensões indica-se sapata flexível, e para tensões maiores sapata rígida. ANDRADE [1989] sugere a utilização de sapatas flexíveis para solos com tensão admissível abaixo de 150 kN/m2. h h Figura 1.11 - Dimensões da sapata Nas sapatas flexíveis, o comportamento estrutural é de uma peça fletida, devendo-se, além de dimensionar a peça para absorver o momento fletor, verificar o cisalhamento oriundo da força cortante e o puncionamento. Já nas sapatas rígidas não é necessária a verificação da punção. DETALHES CONSTRUTIVOS A face de contato de uma sapata deve ser assente a uma profundidade tal que garanta que o solo de apoio não seja influenciado pelos agentes atmosféricos e fluxos d’água. Na divisa com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assente sobre rocha, tal profundidade não deve ser inferior a 1,5m. E na escolha do nível da base da sapata, devem ser considerados os seguintes fatores: a) altura da sapata; b) altura dos baldrames; c) dificuldades de execução das fôrmas e das concretagens; d) necessidade de espaço acima das sapatas para passagem de dutos, pisos rebaixados, etc.; Gérson Rectangle Gérson Stamp e) profundidade da camada de solo de apoio; f) volume de terra resultante das escavações; g) presença de água subterrânea; h) necessidade de aumentar as cargas permanentes. A altura da sapata pode ser variável, linearmente decrescente, da face do pilar até a extremidade livre da sapata, proporcionando uma economia no volume de concreto. No entanto, a altura h0 (figura 1.11) é limitada a um valor tal, que o cobrimento seja suficiente nas zonas de ancoragem, e no mínimo 15 cm; e o ângulo das superfícies laterais inclinadas do tronco de pirâmide não dificulte a concretagem. Segundo MONTOYA [1973] este ângulo não deve ultrapassar 30, que corresponde aproximadamente ao ângulo do talude natural do concreto fresco. As sapatas de altura constante são mais fáceis de construir, mas como o consumo de concreto é maior são indicadas quando há a necessidade de um volume elevado para aumentar o peso próprio e quando as sapatas têm de pequenas dimensões. No caso de sapatas de altura variável, no topo da sapata deve existir uma folga para apoio e vedação da fôrma do pilar. No caso de sapatas próximas, porém situadas em cotas diferentes, a reta de maior declive que passa pelos seus bordos deve fazer, com a vertical, um ângulo como mostrado na figura 1.12, com os seguintes valores: solos pouco resistentes: 60; solos resistentes: = 45; rochas: = 30; A fundação situada em cota mais baixa deve ser executada em primeiro lugar, a não ser que se tomem cuidados especiais. Figura 1.12 – Fundações próximas, mas em cotas diferentes NBR 6122 (1996) Deve ser executada uma camada de concreto simples de 5cm a 10cm, ocupando toda a área da cava da fundação. Essa camada serve para nivelar o fundo da cava, como também serve de fôrma da face inferior da sapata. Em fundações apoiadas em rocha, após o preparo da superfície (chumbamento ou escalonamento em superfícies horizontais), deve-se executar um enchimento de concreto de modo a se obter uma superfície plana e horizontal, nesse caso, o concreto a ser utilizado deve ter resistência compatível com a pressão de trabalho da sapata. O cobrimento utilizado para as sapatas deve ser igual ou maior que 5 cm, visto que se encontram num meio agressivo. Em terrenos altamente agressivos aconselha-se executar um revestimento de vedação. Dimensionamento Geotécnico de Fundações Superficiais As dimensões em planta necessárias para uma sapata isolada com força centrada são obtidas a partir da divisão da ação característica atuante no pilar pela tensão admissível do terreno. Para levar em conta o peso próprio da sapata, deve-se considerar um acréscimo nominal na ação do pilar. Esse acréscimo pode ser de 5% para sapatas flexíveis e 10% no caso das sapatas rígidas. Segundo ALONSO [1983], conhecida a área da superfície de contato, a escolha do par de valores a e b (figura 2.1), para o caso de sapatas isoladas, deve ser feita de modo que: a) o centro de gravidade da sapata deve coincidir com o centro de aplicação da ação do pilar; b) a sapata não deverá ter nenhuma dimensão menor que 60 cm; c) sempre que possível, a relação entre “a” e “b” deverá ser menor ou, no máximo, igual a 2,5; d) regularmente, os valores a e b devem ser escolhidos de modo que os balanços da sapata, em relação às faces do pilar, sejam iguais nas duas direções. o b a a o y b y Figura 2.1 - Dimensões de uma sapata em planta Em conseqüência do item d, a forma da sapata fica condicionada a geometria do pilar; se não existirem limitações de espaço, podem ser distinguidos os casos vistos a seguir. 1. Caso: Pilar de seção transversal quadrada ou circular Neste caso, quando não existe limitação de espaço, a sapata mais indicada é a de planta quadrada, cujo lado é igual a: adm vFa (2.1) onde Fv é a ação vertical do pilar e adm a tensão admissível do solo. 2. Caso: Pilar de seção transversal retangular Neste caso, com base na figura 2.1, quando não existe limitação de espaço, pode-se escrever: miran Linha miran Retângulo miran Retângulo adm vFba (2.2) Para um dimensionamento econômico, consideram-se os balanços iguais nas duas direções, portanto: 00 bbaa (2.3) Com esta condição, as seções de armaduras resultam aproximadamente iguais nas duas direções. 3.Caso: Pilar de seção transversal em forma de L, Z, U etc. Este caso recai facilmente no caso anterior ao se substituir a seção transversal do pilar por uma seção retangular equivalente, circunscrita à mesma, e que tenha seu centro de gravidade coincidente com o centro de ação do pilar em questão (figura 2.2). o o a b a b y y Figura 2.2 - Pilar de seção transversal em forma de L miran Linha miran Retângulo 104 17.2 Exemplo Prático Com os dados da Figura 4.28 e sabendo-se que a tensão admissível do solo é σadm = 200 kPa, dimensionar a fundação em sapata apresentada. Figura 4.27 – Dimensionamento de sapata de fundação. Solução: 1) O dimensionamento de sapatas inicia-se pela escolha da profundidade de embutimento, D, e pela estimativa da tensão admissível do terreno de fundação. O primeiro, depende da posição do nível de água freático, enquanto o segundo depende do perfil de sondagem à percussão, como é mais comum na prática da engenharia de fundações. Neste caso, calculando-se o Nméd abaixo da cota de apoio da fundação se pode calcular o valor da tensão admissível a partir de: 50 méd adm N =σ [MPa] Gérson Rectangle miran Linha miran Linha miran Retângulo miran Retângulo miran Retângulo 105 Estes parâmetros já foram fornecidos no presente problema. Área da sapata: 22 2 10000010 200 2000 cmm mkN kNA === / Dimensões do Pilar: 25 cm x 40 cm L – B = l – b = 40 – 25 = 15 cm L x B = A ⇒ (L + 15) x B = 100.000 cm2 B2 + 15B – 100000 = 0 ⇒ B = 309 cm ⇒ Adotar B = 310 cm Daí, ⇒ L = 310 + 15 = 325cm Portanto, a sapata terá as dimensões mostradas na figura abaixo, para ficar coerente com a geometria do pilar: Gérson Rectangle Gérson Carimbo Gérson Carimbo Gérson Carimbo EXERCÍCIOS miran Caixa de texto Dimensionar uma sapata para um pilar de dimensões 25 x 60 com uma carga de 325 tf e construído em um solocom qlim=9 kgf/cm². (qadm=9/3 =3kgf/cm²) a M VF (a) Ações a Núcleo Central b/6 a/6 b (b) Núcleo central de inércia Figura 2.5 - Sapata sob ação excêntrica As vigas de equilíbrio devem ser empregadas, como uma solução estrutural, para absorver o momento fletor oriundo da excentricidade nos casos de sapatas dos pilares situados nas divisas de terrenos. O núcleo central de inércia é uma área cujo centro geométrico coincide com o centro geométrico da sapata, onde se a força normal estiver localizada, em qualquer ponto do núcleo, não ocorrerá tensões de tração na sapata. A área do núcleo central é determinada geometricamente pelas retas onde a força pode estar localizada e provocar tensões nulas nos vértices da seção como mostra a figura 2.5-b. Limitação das tensões admissíveis do terreno, no caso de ações excêntricas O valor da tensão máxima na borda mais comprimida da sapata deve ser limitado ao valor da tensão admissível do solo, com a qual deve ser feito o dimensionamento estrutural da fundação. Gérson Miranda Retângulo Conforme a NBR 6122 [1996], quando forem levadas em consideração todas as combinações possíveis entre os diversos tipos de carregamentos previstos pelas normas estruturais, inclusive a ação do vento, poder-se-á, na combinação mais desfavorável, majorar 30% os valores admissíveis das pressões no terreno, logo 1,3adm. Entretanto, esses valores admissíveis não podem ser ultrapassados quando consideradas apenas as ações permanentes e acidentais . O valor da tensão máxima é obtido através de princípios básicos da resistência dos materiais, relacionados ao caso geral de ação excêntrica. A distribuição de tensões depende do ponto de aplicação da ação; no entanto este ponto limita-se a uma região, de modo que não ocorram tensões de tração entre o solo e a sapata. a. Excentricidade em uma direção a.1- Caso em que o ponto de aplicação da ação está dentro do núcleo central de inércia Este caso, que pode ser observado na figura 2.6a, ocorre quando 6/ae . A partir da fórmula de flexão composta da Resistência dos Materiais, tem-se: I y.M A Fv (2.4) sendo, I y.M A Fv (2.5) onde, A = área da base da sapata; M = momento aplicado ou devido à excentricidade da ação; I = momento de inércia da base da sapata, calculado em relação ao eixo que passa pelo C. G. e é perpendicular ao plano de ação de M; y = distância do eixo central ao ponto onde a tensão está sendo calculada. Considerando A = a . b, M = Fv . e, I = b . a3 / 12 e y = a / 2, e fazendo-se a substituição na equação (2.4). obtem-se: a e.6 1 b.a F xv (2.6) Onde a tensão máxima é dada por: a e.6 1 b.a F xv max (2.7) A tensão mínima calcula-se com: a e.6 1 b.a F xv min (2.8) a.2- Caso em que o ponto de aplicação da ação está no limite do núcleo central de inércia Este caso, como pode ser observado na figura 2.6b, ocorre quando e = a/6. O valor da tensão máxima é obtido através da expressão 2.9, fazendo ex=a /6. b.a F 2 vmax (2.9) Neste caso tem-se: I y.M A Fv (2.10) a.3- Caso em que o ponto de aplicação da ação está fora do núcleo central de inércia Esta situação ocorre quando tem-se e > a/6. Apenas parte da sapata está comprimida. Para que não ocorram tensões de tração entre o solo e a sapata, o ponto de aplicação da ação deve estar alinhado com o centro de gravidade do diagrama triangular de pressões. Portanto, a largura do triângulo de pressões é igual a três vezes a distância desse ponto a extremidade direita da sapata (Figura 2.6 c). A tensão máxima é dada por: e 2 ab3 F2 v max (2.11) a) 6 ae b) 6 ae c) 6 ae Figura 2.6 - Tensões máximas para as ações excêntricas b. Excentricidade nas duas direções (solicitação oblíqua) O equilíbrio é obtido com o diagrama linear das pressões atuando em apenas uma parte da seção (figura 2.7). Tem-se portanto: I zM I yM A F yxv .. (2.12) ex y Ação e a b Figura 2.7 - Excentricidade nas duas direções Segundo CAPUTO [1978], dividindo-se a área da base da sapata em regiões conforme indicado na figura 2.8, a obtenção da tensão máxima depende das coordenadas ex e ey que Gérson Miranda Rectangle miran Imagem Posicionada Entrada de dados : Resolução: Q = 2000,0 kN MB = 510,0 kN.m B = 2,30 m ML = 300,0 kN.m L = 3,50 m eL = 0,26 m FB = 50,0 kN eB = 0,15 m FL = 85,0 kN (eB/B)+(eL/L) = 0,14 (OK) H = 6,00 m qb = 454 kPa (Máximo) SIMBOLOGIA: 260 kPa 237 kPa Q: Carga total aplicada, inclusive peso próprio da sapata e do cais; 43 kPa (Mínimo) B: Menor dimensão da sapata; L: Maior dimensão da sapata; FB: Força lateral na direção da menor dimensão da sapata; FL: Força lateral na direção da maior dimensão da sapata; H: Altura da fundação. MB: Momento em torno do eixo paralelo à menor dimensão da sapata; ML: Momento em torno do eixo paralelo à maior dimensão da sapata; eL: Excentricidade na direção da maior dimensão da sapata; eB: Excentricidade na direção da menor dimensão da sapata; qb: Tensões de contato nos cantos da sapata. Um cais está apoiado em uma fundação superficial, como mostrado na figura. A força vertical total, incluindo o peso próprio do cais e da sapata, é Q. As forças laterais são FB e FL. Determine a distribuição de tensões de contato na base da sapata, que tem dimensões B e L. GJMA Carimbo Cálculo do Centro de Gravidade (CG) xCG= ∑ xi.Ai n i=1 ∑Ai y CG = ∑ yi.Ai n i=1 ∑Ai Cálculo do Centro de Massa (CM) xCM= ∑ xi.Pi n i=1 ∑Pi y CM = ∑ yi.Pi n i=1 ∑Pi Exemplo: a) Calcular o centro de massa do poço do elevador. Cotas em centímetros Inicialmente, calculamos o CG de cada pilar: Cálculo do CG do pilar P1: Ai xi yi Ai.xi Ai.yi P1A 450 15 7,5 6750 3375 P1B 3000 7,5 115 22500 345000 P1C 450 15 222,5 6750 100125 Soma 3900 Soma 36000 448500 xCG= ∑ xi.Ai n i=1 ∑Ai = 36000 3900 = 9,23 cm y CG = ∑ y i .Ai n i=1 ∑Ai = 448500 3900 = 115 cm Cálculo do CG do pilar P2: Ai xi yi Ai.xi Ai.yi P2A 450 215 222,5 96750 100125 P2B 225 222,5 207,5 50062,5 46687,5 Soma 675 Soma 146812,5 146812,5 xCG= ∑ xi.Ai n i=1 ∑Ai = 146812,5 675 = 217,5 cm y CG = ∑ y i .Ai n i=1 ∑Ai = 146812,5 675 = 217,5 cm Cálculo do CG do pilar P3: Ai xi yi Ai.xi Ai.yi P3A 450 215 7,5 96750 3375 P3B 225 222,5 22,5 50062,5 5062,5 Soma 675 Soma 146812,5 8437,5 xCG= ∑ xi.Ai n i=1 ∑Ai = 146812,5 675 = 217,5 cm y CG = ∑ y i .Ai n i=1 ∑Ai = 8437,5 675 = 12,5 cm Cotas em centímetros Cálculo do CM dos pilares: Pi xi yi Pi.xi Pi.yi P1 170 9,23 115,00 1569,231 19550 P2 75 217,50 217,50 16312,5 16312,5 P3 75 217,50 12,50 16312,5 937,5 Soma 320 Soma 34194,23 36800 xCM= ∑ xi.Pi n i=1 ∑Pi = 34194,23 320 = 106,86 cm y CM = ∑ y i .Pi n i=1 ∑Pi = 36800 320 = 115 cm Cotas em centímetros Em fundações associadas usa-se CM como centro da sapata. Em fundações isoladas usa-se CG como centro da sapata. Exemplo: Dimensionar a sapata do pilar a seguir: cotas em cm Dados: V = 480 tf H = 60 tf Mx = 50 tf.m (Momento em torno do eixo paralelo a ‘x’) C.A.F. (Cota de Assentamento da Fundação) em argila rija c’ = 1,0 tf/m2 ϕ' = 26° σadm= 30 tf/m² RESOLUÇÃO: Reescreva os dados de entrada nas unidades do SI V = kN H = kN Mx = kN.m (Momento em torno do eixo paralelo a ‘x’) c’ = kN/m² (kPa) ϕ' = ° σadm= kN/m² (kPa) Gérson Retângulo Este pilar é o mesmo do último exemplo, logo o C.G. já é conhecido: Dimensionamento preliminar: (“seção retangular equivalente”) (1ª tentativa) 2x fund m 16,830 1,05 480A
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