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Roteiro do Laboratório Morfofuncional Patrícia D. Página 1 UCVI – Aula 01 – Anatomia e fisiologia do fígado e vesícula biliar Objetivo da aula: Estudar as estruturas anatômicas que compõem o fígado e a vesícula biliar, bem como entender o mecanismo fisiológico da síntese e secreção da bile. ANATOMIA E FISIOLOGIA Descreva a anatomia do fígado e vesícula biliar (coloque imagens e faça uma descrição): Roteiro do Laboratório Morfofuncional Patrícia D. Página 2 Roteiro do Laboratório Morfofuncional Patrícia D. Página 3 FÍGADO Estruturas: Lobos: direito, esquerdo, caudado, quadrado; Superfícies: diafragmática, visceral; Ligamentos: coronário, triangular esquerdo, falciforme, redondo e venoso; Fissuras e recessos: porta hepatis (fissura central - contém veia porta, artéria hepática, plexo nervoso hepático, ductos hepáticos e vasos linfáticos), recesso subfrênico (divisão entre o fígado e o diafragma), recesso hepatorrenal (separa o fígado do rim e da glândula suprarrenal direita) Roteiro do Laboratório Morfofuncional Patrícia D. Página 4 Peso: o fígado humano adulto pesa de 1,5 a 2 kg; Tamanho: mede cerca de 22 centímetros de largura e 17 de comprimento. Unidade funcional: O estudo da anatomia funcional permite a segmentação hepática baseada na distribuição dos pedículos porta e a localização das veias hepáticas. O fato de a ligadura dos ramos venosos terminais provocar necrose do parênquima hepático drenado por estas veias , apesar do fluxo mantido pela veia porta e pela artéria hepática, demonstra a importância das veias hepáticas e a necessidade de considerá-las na hora da divisão segmentar. As três veias hepáticas dividem o fígado em 4 setores, cada um dos quais recebe um pedículo porta. Os 4 setores individualizados pelas 3 veias hepáticas são chamados de setores port a, porque são supridos por pedículos porta independentes. Pela mesma razão, as cisuras contendo as veias hepáticas são chamadas de cisuras porta, enquanto as cisuras contendo os pedículos porta são chamadas de cisuras hepáticas. A fissura umbilical corresponderia a cisura hepática. O fígado é dividido em lobos direito e esquerdo pela cisura porta principal, chamada de linha de Rex-Cantlie, que se origina na fossa da vesícula biliar e corre em direção cranial e posterior, paralela a e 4 cm a direita do ligamento falciforme, até a veia cava inferior, na junção das veias hepáticas direita e esquerda. Os lobos direito e esquerdo são independentes quanto a vasc ularização arterial e porta e quanto a drenagem biliar. a veia hepática média se situa nessa cisura porta principal. OS lobos direito e esquerdo são, por sua vez, divididos em 2 partes por outras 2 cisuras. Essas 4 subdivisões são chamadas de setores, pela nomeclatura de Couinaud. a cisura porta direita, por onde corre a veia hepática direita, divide o lobo direito em 2 setores: ântero-medial e póstero-lateral. A localização exata da cisura não está bem estabelecida porque não há marcadores na superfície hepática, mas ele está num plano que começa anteriormente, a meio caminho entre a borda hepática direita e a borda direita da fossa da vesícula biliar, passando posteriomente, num ângulo de 45°, para a junção da veia hepática direita com a veia cava inferior. Cada setor é dividido em 2 segmentos. o setor ântero-medial tem o segmento V anteriormente e o segmento VIII em posição póstero-superior, enquanto o setor póstero lateral tem o segmento VI em posição inferior e o segmento VII em posição superior. O lobo esquerdo é dividido em 2 setores, anterior e posterior, pela cisura porta esquerda, por onde corre a veia hepática esquerda. O setor anterior é dividido pela fissura umbilical em segmento IV, parte anterior do qual é o lobo quadrado, e segmento III. O setor posterior é composto pelo segmento I, o lobo caudado, e pelo segmento II. O segmento I, o lobo de Spighel, é considerado autônomo do ponto de vista funcional, porque recebe vascularização tanto do ramo direito como do ramo esquerdo da veia porta e da artéria hepática. As suas veias drenam diretamente para a veia cava inferior. Em algumas circunstâncias, como na Síndrome de Budd- Chiari, onde tem obstrução das principais veias hepáticas, a drenagem sanguínea passa pelo segmento I, que se hipertrofia. Roteiro do Laboratório Morfofuncional Patrícia D. Página 5 Localização:região superior do abdômen, logo abaixo do diafragma, ficando mais a direita, isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão a direita da linha mediana e 1/3 à esquerda. VESÍCULA BILIAR Estruturas: Existem três partes anatômicas da vesícula biliar. De lateral para medial, estes são o fundo, corpo e colo (infundíbulo). O fundo é a parte mais lateral da vesícula biliar. Normalmente se projeta para além da borda inferior do fígado e pode tocar a parede abdominal anterior. Um marco clínico para o fundo da vesícula biliar está no nível do nono costal, na intersecção da margem lateral do reto abdominal direito com a margem costal. Uma vesícula biliar aumentada pode ser apreciada clinicamente neste local. Medial para o fundo é o corpo da vesícula biliar. Esta é a porção do saco que está embutida ou em contato com a fossa da vesícula biliar do fígado. A parte descendente (segunda parte) do duodeno, bem como a flexura hepática e o cólon transverso proximal, estão relacionados posteriormente à vesícula biliar. O corpo da vesícula biliar afunila medialmente no colo ou infundíbulo. É proximal ao porta hepatis e é geralmente associado a um pequeno mesentério que também contém a artéria cística. À medida em que o colo se estreita no ducto cístico, contém sulcos inclinados que progridem para a válvula espiral do ducto cístico. Existe uma variação patológica relativamente inconsistente, embora comum, no colo da vesícula biliar conhecida como bolsa de Hartmann. É uma cobertura da parede do colo como resultado de pedras na vesícula biliar ou dilatação do saco. O tamanho da bolsa pode variar entre os pacientes e pode estar associado a inúmeras complicações. Roteiro do Laboratório Morfofuncional Patrícia D. Página 6 Peso: (volume) de 30 a 50ml. Tamanho: 6 a 10 cm de comprimento – Até 6 cm de diâmetro. Unidade funcional: Este saco em forma de pêra funciona primariamente como um reservatório para a bile que foi sintetizada ao nível dos hepatócitos. Ao ingerir uma refeição, a presença de gorduras e proteínas nos intestinos estimula a liberação de colecistocinina, que atua ao nível do corpo e pescoço da vesícula biliar e ductos císticos e extra-hepáticos. Este hormônio peptídico provoca contração simultânea do corpo da vesícula biliar e relaxamento do colo da vesícula biliar. Uma vez que a pressão dentro da árvore biliar atinge 10 mmH2O de bile, há relaxamento do esfíncter de Oddi. Assim, a bile pode ser liberada tanto da vesícula biliar quanto diretamente do fígado através da árvore biliar. No entanto, durante os estados de jejum, a ausência de colecistocinina resulta na contração do esfíncter de Oddi. O aumento da pressão na árvore biliar resulta no desvio da bile para a vesícula biliar, onde é armazenada e concentrada. Localização: Hipocôndrio direito Face inferior do fígado Entre os lobos quadrado e direito do fígado. CIRCULAÇÃO ENTERO-HEPÁTICA Descreva detalhadamente o fluxo sanguíneo. É interessante fazer um passo a passo, para auxiliar os estudos. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado Roteiro do Laboratório Morfofuncional Patrícia D. Página 7 O fígado recebe sangue proveniente de duas fontes. Pela artéria hepática obtém sangue oxigenado, e pela veia porta do fígado recebe sangue venoso contendo nutrientes recém-absorvidos, fármacos e,possivelmente, microrganismos e toxinas do canal alimentar. Ramos tanto da artéria hepática quanto da veia porta do fígado levam o sangue para os vasos sinusoides hepáticos, onde o oxigênio, a maior parte dos nutrientes e determinadas substâncias tóxicas são absorvidas pelos hepatócitos. Os produtos dos hepatócitos e os nutrientes necessários por outras células são secretados de volta para o sangue, que então drena para a veia central e, por fim, para uma veia hepática. Como o sangue do canal alimentar passa pelo fígado como parte da circulação porta hepática, o fígado é frequentemente o local para metástases de câncer que se originam no canal alimentar. Roteiro do Laboratório Morfofuncional Patrícia D. Página 8 Umas das funções hepática mais importante no que se refere ao sistema digestivo é a formação e secreção da bile. 1. Qual a constituição da bile? A bile é uma solução não enzimática secretada pelos hepatócitos, ou células do fígado. Os componentes-chave da bile são (1) sais biliares, que facilitam a digestão enzimática de gorduras, (2) pigmentos biliares, como a bilirrubina, que são os produtos residuais da degradação da hemoglobina, e (3) colesterol, que é excretado nas fezes. Fármacos e outros xenobióticos são depurados do sangue pelo processamento hepático e são também excretados na bile. Composição: 85% de água; 10% de bicarbonato de sódio; 3% de pigmentos; 1% de gordura; Roteiro do Laboratório Morfofuncional Patrícia D. Página 9 0,7% de sais inorgânicos; 0,3% de colesterol. 2. Por que a bile é secretada? Os sais biliares, que agem como detergentes para tornar as gorduras solúveis durante a digestão, são produzidos a partir dos ácidos biliares esteroides combinados com aminoácidos e ionizados. A bile secretada pelos hepatócitos flui pelos ductos hepáticos até a vesícula biliar, que armazena e concentra a solução biliar. Durante uma refeição que inclua gorduras, a contração da vesícula biliar envia bile para o duodeno através do ducto colédoco. A secreção intestinal, pancreática e hepática de enzimas e de bile é essencial para a função digestória normal. Sobre a bile, descreva: Síntese: produzida no fígado pelos hepatócitos; Secreção: Os componentes-chave da bile são (1) sais biliares, que facilitam a digestão enzimática de gorduras, (2) pigmentos biliares, como a bilirrubina, que são os produtos residuais da degradação da hemoglobina, e (3) colesterol, que é excretado nas fezes; Armazenamento: vesícula biliar; Estímulos para liberação: Durante uma refeição que inclua gorduras, a contração da vesícula biliar envia bile para o duodeno através do ducto colédoco. A Colecistocinina é secretada pelas células do intestino delgado superior. Sua secreção é estimulada pela introdução de ácido clorídrico, aminoácidos ou ácidos graxos no estômago ou no duodeno. A Colecistocinina estimula a vesícula biliar a contrair e liberar bile armazenada no intestino. Roteiro do Laboratório Morfofuncional Patrícia D. Página 10 REFERÊNCIAS https://ensina.rtp.pt/artigo/figado-a-maior-viscera-do-corpo-humano/ https://www.anatomiadocorpo.com/sistema-digestivo/figado/ https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017, pg 677-678. http://www.dreduardoramos.com.br/wp-content/uploads/2015/12/Anatomia-Vias-Biliares-Web-1.pdf https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/vesicula-biliar TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 12ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2010. https://ensina.rtp.pt/artigo/figado-a-maior-viscera-do-corpo-humano/ https://www.anatomiadocorpo.com/sistema-digestivo/figado/ https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/vesicula-biliar
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