Custeio em Pequenas e Médias Empresas

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GESTÃO FINANCEIRA DE PEQUENAS E 
MÉDIAS EMPRESAS
CUSTEIO
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Olá!
Ao final desta aula, você irá:
1- Entender o que é custeio.
2- Aprender os tipos de custeio.
3- Perceber a importância da utilização do custeio.
1 Introdução
Nesta aula, o aluno reconhecerá a importância do custeio como um importante instrumento para o
administrador financeiro.
Reconhecerá os principais conceitos e os tipos de custeio e seus critérios.
Compreenderá como são utilizados os custeio direto, variável e por absorção.
2 Custeio
“Custear significa acumular, determinar custos.
Custeio ou custeamento são métodos de apuração de custos, maneiras segundo as quais
procederemos à acumulação e apuração dos custos.”
Crepaldi, 2004.
Os sistemas de custeio fornecem informações para que o administrador possa ter uma melhor tomada de
decisão. Mas, para isso, os administradores devem estar fundamentados em princípios que venham a formar um
quadro geral dos custos de produção, e, assim, perceber as ineficiências existentes nesse processo.
Observando-se a forma com que tratam os custos industriais, percebeu-se a necessidade de novos parâmetros de
análise dos custos que contemplassem as perdas que havia no sistema de produção.
Na verdade, podemos afirmar que custeio é o que pode ser definido como a forma de alocar o custo de produção
de um determinado produto ou serviço.
Comportam nesses custos: as variáveis e as despesas que são diretamente proporcionais à oferta dos bens ou
serviços, quanto aos custos fixos, que não são diretamente alterados pelo acréscimo ou decréscimo da produção.
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3 Custeio por absorção
No custeio por absorção, as despesas diretas e indiretas não são identificadas contabilmente aos produtos e
serviços, sendo lançadas no resultado do período, deduzindo o lucro do exercício.
Utilizando esse método, a contabilidade deverá ratear os custos indiretos a cada produto, de acordo com
critérios apropriados.
Na verdade, cada produto receberá a proporção da carga indireta de custos na mesma proporção das
quantidades produzidas.
No sistema de custeio variável, são separados os gastos em variáveis e fixos, pois estes variam de acordo com a
quantidade produzida que se mantém estáveis diante do volume de vendas que variam com certo limite.
Esse método de custeio não é aceito nas demonstrações externas, pois não está de acordo com as normas
contábeis aceitas na legislação (Lei 6404/76 decreto lei 1598/77).
Observado esse método, a diferença existente na utilização do custeio por absorção é entre custos e despesas.
Quando se separam custo e despesa, observa-se que, nesse caso, as despesas vão diretamente contra o resultado
do período, enquanto os custos dos produtos não vendidos vão para o estoque. A finalidade desse critério é ter o
custo total (direto e indireto) de cada objeto produzido.
Em contabilidade, se for utilizado o custeamento por absorção para os estoques, o lucro de um ano ficará
diferente caso adote outro método. Mas se considerarmos a soma dos lucros dos anos de vida da empresa, o
resultado será igual, mesmo considerando métodos diferentes para apuração estoques.
Dessa forma podemos afirmar que, independentemente do método utilizado pela empresa, não se altera o lucro
total.
O Custeio por Absorção é a apropriação de todos os custos (fixos ou variáveis, diretos ou indiretos) à produção
do período.
Os gastos que não são utilizados na produção (despesas) são excluídos;
A principal diferença no custeio por absorção é entre custos fixos, variáveis, diretos e despesas. É importante
separar custos e despesas para serem contabilizados imediatamente contra o resultado do período;
É necessário que haja critérios de rateios quando o caso for de apropriação dos custos indiretos, quando houver
mais do que um produto ou serviço;
Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção;
Vale ressaltar que, no Brasil, somente pode ser utilizado o Custeio por Absorção para fins de apuração do Custo
de Fabricação, conforme determina a legislação do Imposto de Renda.
Lei 6404/76 decreto lei 1598/77.
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Vantagens e desvantagens no custeio por absorção
Uma das principais vantagens é que esse método está de acordo com os Princípios Fundamentais de
Contabilidade (PFC) e a leis tributárias; Lei 6404/76 decreto lei 1598/77.
É um método que requer menos custos porque não é necessária a separação dos custos de produção nos
componentes fixos e variáveis.
Já que a Lei aceita esse método, os resultados alcançados são aceitos para a preparação de demonstrações
contábeis de uso externo e para obtenção de soluções de longo prazo, onde ele é recomendado.
Os custos são distribuídos através do critério do rateio, e isso faz com que eles não se relacionem com um ou
outro produto.
Todos os custos são incorporados aos produtos, até mesmo o custo fixo, no aspecto gerencial, trazendo
dificuldades na fixação dos preços já que a margem real de cada produto fica “maquiada”.
Exemplo:
Imagine que uma empresa de confecção trabalhe com apenas um produto e o seu custo por matéria-prima seja
de $ 10,00 por unidade produzida. Essa mesma empresa possui em sua soma dos custos diretos e indiretos de
fabricação de $ 1.000 por mês. Se em um determinado mês a confecção produzir 500 unidades desse produto
pelo método de custeio por absorção, seu custo unitário total será de $12,00. Segue exemplo abaixo:
Matéria-prima por unidade $10,00
Rateio dos custos fixos pelas unidades $ 1.000/500 unidades $2,00
TOTAL $12,00
Mas, no mês seguinte, a confecção aumentou sua produção para 600 unidades dessa mesma peça; seu custo
unitário, para efeito de apuração do custo dos produtos vendidos, será de $ 11,67.
Calculados da seguinte maneira:
Matéria- prima por unidade $10,00
Rateio dos custos fixos pelas unidades $ 1.000/600 unidades $1,67
TOTAL $11,67
No custeio por absorção as despesas diretas e indiretas não são identificadas contabilmente aos produtos e
serviços, sendo lançadas no resultado do período, deduzindo o lucro do exercício.
Utilizando esse método, a contabilidade deverá ratear os custos indiretos a cada produto de acordo com critérios
apropriados. Na verdade, cada produto receberá a proporção da carga indireta de custos na mesma proporção
das quantidades produzidas.
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4 Custeio direto ou variável
Devido a algumas divergências no método sistema de absorção, foi criado o sistema de custeio variável, também
conhecido como método de custeio direto.
Já que os custos variáveis, por serem diretamente aplicados ao produto, são um sistema onde apenas os custos
variáveis são aplicados aos produtos e os custos fixos são lançados diretamente ao resultado como se fossem
despesas.
Imagine que se em um determinado período toda a produção acabada fosse vendida. O lucro bruto pelo método
direto será maior do que o apurado pelo método custeio por absorção, já que ele apropria apenas os custos
variáveis. Nesse caso, o lucro líquido será igual, pois o custo fixo integrado aos produtos vendidos no método
absorção estará em despesas operacionais no variável.
No sistema de custeio variável, são separados os gastos em variáveis e fixos, pois estes variam de acordo com a
quantidade produzida que se mantém estável diante do volume de vendas que variam com certo limite.
Esse método de custeio não é aceito nas demonstrações externas, pois não está de acordo com as normas
contábeis aceitas na legislação (Lei 6404/76 decreto lei 1598/77).
Observado esse método, a diferença existente na utilização do custeio por absorção é entre custos e despesas.
Quando se separa custo e despesa, observamos que, nesse caso, as despesas vão diretamente contra o resultado
do período, enquanto os custos dos produtos não vendidos vão para o estoque. A finalidade desse critério é ter o
custo total (direto e indireto) de cada objeto produzido.
Em contabilidade, se for utilizado o custeamento por absorção para os estoques, o lucro de um ano ficará
diferente caso adote outro método.Mas se for considerada a soma dos lucros dos anos de vida da empresa, o
resultado será igual, mesmo que os métodos sejam diferentes para apuração de estoques. Dessa forma, pode-se
afirmar que, independentemente do método utilizado pela empresa, não se altera o lucro total.
Vantagens e desvantagens no custeio direto ou variável
Uma das vantagens do custeio variável é a apresentação de informações gerenciais para o gestor.
É baseado nessas informações que ele, mesmo excluindo os custos indiretos do custo unitário de cada produto,
chega ao resultado, permitindo assim demonstrar quanto cada produto contribui para o resultado final, através
da margem de contribuição que cada produto dá.
Ao contrário do custeio por absorção, o custeio direto não atende o princípio da competência, ou seja, não
obedece aos princípios contábeis já que os custos fixos, referentes aos produtos ainda não vendidos, são
diretamente levados para o resultado.
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Exemplo:
Imagine que uma empresa de confecção trabalhe com apenas um produto e o seu custo por matéria-prima seja
de $ 10,00 por unidade produzida, e que apresente os custos variáveis como segue exemplo abaixo:
Matéria- prima e matérias secundárias $5,00
ICMS 18%
PIS e COFINS 9,25%
Comissão de vendedores 5%
Assim ficaria o cálculo:
Custos variáveis de produção
Materiais secundários e matéria-prima $5,00
Despesas variáveis de vendas
ICMS 18% X $5,00 = $0,90
PIS e COFINS 9,25% X $10,00$ 0,925
Comissão para vendedores 5% X $ 10,00
$ 0,50
TOTAL $7,325
Imagine, agora, que uma empresa de confecção trabalhe com apenas um produto e o seu custo por matéria-
prima seja de $ 10,00 por unidade produzida. Essa mesma empresa possui em sua soma dos custos diretos e
indiretos de fabricação de $ 1.000 por mês. Se em um determinado mês a confecção produzir 500 unidades desse
produto, pelo método de custeio por absorção, seu custo unitário total será de $12,00. Segue exemplo abaixo:
Matéria- prima por unidade $10,00
Rateio dos custos fixos pelas unidades $ 1.000/500 unidades $2,00
TOTAL $12,00
Mas no mês seguinte, a confecção aumentou sua produção para 600 unidades dessa mesma peça; seu custo
unitário, para efeito de apuração do custo dos produtos vendidos, será de $ 11,67.
Calculados da seguinte maneira:
Matéria- prima por unidade $10,00
Rateio dos custos fixos pelas unidades $ 1.000/600 unidades $1,67
TOTAL $11,67
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5 Margem de Contribuição
Representa o valor disponível para pagar as despesas fixas e gerar lucro líquido.
Margem
diferença entre o Valor da Venda (preço de venda) e os Valores dos Custos variáveis da venda.
Contribuição
representa em quanto o valor das vendas contribui para o pagamento das Despesas Fixas e para gerar Lucro.
Pode-se entender a Margem de contribuição por unidade como sendo a diferença entre a Receita e o custo
variável de cada produto: É o valor que cada unidade contribui para a empresa fazer frente a seus custos fixos.
Então:
MC unitária = PV- CV
MCu = Margem de contribuição unitária
PV= preço de venda
Cv= Custo de variável
Exemplo:
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• Mc = 1550 – 780 = 770
• Mc =2000-1100 = 900
• Mc = 1700 – 840 = 860
Observa-se que o produto que mais contribui por unidade para a empresa é o produto 2, seguido pelo produto 3
e, por último, o produto 1. Assim, para uma tomada de decisão visando incentivar as vendas, a prioridade vai
para o produto 2 que possui maior margem de contribuição.
Custo da mercadoria
VENDAS TOTAIS R$ 100.000,00 (100%)
CUSTOS VARIÁVEIS R$ 40.000,00 (40%)
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R$ 100.000 – 40.000
MC = R$ 60.000,00 60% das vendas
MARGEM PORCENTUAL DE CONTRIBUIÇÃO = 60% = LUCRO BRUTO
Outros cálculos:
Margem de contribuição (MC) = Preço de Venda (PV) – Custo da Mercadoria Vendida (CMV) – Despesas Variáveis
(DV).
(MC= PV-CMV-DV)
Exemplo:
Uma loja de sapatos que venda uma sandália por R$ 50,00 pode apresentar a seguinte situação:
- Preço de Venda = R$ 50,00 (100%)
(-) Custo da Mercadoria Vendida = R$ 30,00 (60%)
(-) Despesas Variáveis = R$ 5,00 (10%)
(=) Margem de Contribuição = R$ 15,00 (30%)
(50-30-5=15)
Sendo assim, a margem de contribuição na venda de cada sandália representa 30%; logo, 30% do meu
faturamento mensal deverá equivaler ao montante de minhas .despesas fixas
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O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará sobre os assuntos seguintes:
• Ponto de equilíbrio.
• Tipos de ponto de equilíbrio.
• Custeio ABC.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu como funcionam os diferentes tipos de contabilidade e seus demonstrativos.
• Conheceu a importância dos indicadores e seus variados tipos, assim como percebeu a sua 
aplicabilidade nos demonstrativos contábeis.
• Aprendeu a importância dos indicadores financeiros e a forma de aplicação..
Saiba mais
Leia:
-ECONTAL – Custos: Como calcular. https://econtal.com.br/2007/08/23/custo-uma-
abordagem-simplificada/
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	Olá!
	1 Introdução
	2 Custeio
	3 Custeio por absorção
	4 Custeio direto ou variável
	5 Margem de Contribuição
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO