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Introdução a Histologia

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Introdução a Histologia 
- O objetivo do curso de histologia é levar o 
aluno a compreender a microanatomia das 
células, tecidos e órgãos e correlacionar a 
estrutura com a função. 
- As amostras mais estudadas são aquelas 
rotineiramente preparadas com Hematoxilina e 
Eosina (corantes). 
 
Primeiramente é feito a coleta da amostra 
através de: 
- Biopsia cirúrgica 
- Biopsia endoscopia 
- Biopsia por agulha (usado para suspeita de 
câncer de mama.) 
- Cirurgias amplas (tumores ou retirada de 
órgãos 
- Necropsia 
 
Após a coleta da amostra, elas devem ser 
imersas em um fixador imediatamente após 
serem retiradas do corpo. 
Funções: 
- Parar o metabolismo celular 
- Evitar a degradação enzimática de células e 
tecidos pela autólise (autodigestão) 
- Exterminar microrganismos patogênicos, tais 
como bactérias, fungos e vírus 
- Enrijecer o tecido como resultado de formação 
de ligações cruzadas ou desnaturação das 
moléculas de proteínas. Importante para ser 
realizado os cortes e ser coloca na lâmina. 
- Os principais fixadores mais utilizados 
nessa fixação são formol tamponado (mais 
utilizado é o formol 10% tamponado) e o 
liquido de Bouin. 
 
Desidratação 
Após a fixação (24 horas para os fixadores 
penetrarem completamente o tecido), o 
espécime é lavado e, em seguida, 
desidratado em uma série de soluções 
alcoólicas de concentração crescente até o 
álcool 100%, capaz de remover a água. 
Lavagem com água destilado ou água da 
torneira para retirar o excesso do fixador e 
em seguida o órgão vai ser colocado em 
soluções crescentes de álcool começando com 
o álcool 70%. São chamados de banhos de 
desidratação. Ele fica 1 hora e depois vai 
para o banho 80%, depois 90%, 95% e 
por fim 100% ou álcool absoluto, nesse 
processo é retirada toda a água do tecido. 
 
Clarificação ou diafanização 
- Essa etapa remove totalmente o álcool, 
pois a parafina, produto utilizado para 
endurecer, enrijecer e facilitar os cortes, ela 
não se dissolve em álcool. 
- Para remover o álcool e preparar o tecido 
para a penetração da parafina, utiliza-se o 
xilol. Primeiro mistura álcool com xilol 
para o tecido ir se acostumando com o novo 
Reagente, passando um bom tempo. Depois é 
feito o banho com xilol puro. 
- Conforme o xilol penetra o tecido, em 
substituição ao álcool, o material se torna mais 
claro, transparente. 
 
Embebição em parafina 
- O espécime é preparado para inclusão ou 
embebição na parafina para possibilitar a 
obtenção de cortes histológicos. O tecido sai do 
xilol que é um solvente que permite a entrada 
da parafina e ele vai ser colocado na parafina 
liquida, em temperatura ambiente essa parafina 
é sólida, mas quando colocado na estufa acima 
de 65°c, essa parafina vai se tornar liquida, 
elas vão ficar por um período dentro da parafina 
liquida dentro da estufa por um período que 
pode variar de algumas horas até over night 
(dia para o outro) e aí a parafina vai entrar 
completamente nesse tecido. 
- Após esse período retira-se essa parafina 
liquida de dentro da estufa, abre e 
cuidadosamente com uma pinça retira o órgão 
que se está analisando e coloca em um molde de 
madeira ou papel e derrama a parafina liquida 
em cima do molde, se essa parafina ficar a 
temperatura ambiente ela ficará solida e é o que 
acontecerá, ficará um bloco com a amostra 
fixada nele como mostra a imagem. 
 
- No caso de amostra de ossos, deve se 
fazer o processo de descalcificação para ele 
ficar mais mole para poder realizar os 
cortes. 
 
Microtomia 
- Após esse processo, o bloco de parafina é 
levado ao micrótomo para ser cortado em 
fatias estremamente finas (5 a 15 cm), que 
permitam a visualização do tecido 
microscópio. As de 5 cm são as mais 
utilizadas. Isso precisa acontecer para que 
as luses do microscópio óptico atravessem 
essas fatias finas e possamos visualizar as 
estruturas da amostra. 
- Esses cortes são levados para o banho 
maria a 40°e aí ele vai destender esse 
tecido que sair um pouco enrugado. 
- Ao ser colocado no banho maria com as 
laminas previamente identificadas, é 
colocado uma solução de albomina ou até 
clara do ovo em cima da lamina pra grudar 
esse tecido e é feito a pesca desse tecido no 
banho Maria e aí nós vamos ter esse 
tecido colocado em cima da lâmina. Mas 
como os tecidos não tem cor, é feito o 
processo de coloração. 
 
 Coloração 
- A parafina deve ser dissolvida e removida. 
Em seguida os tecidos na lamina são 
reidratados por meio de uma série de 
soluções de álcool em concentrações 
decrescentes. Geralmente esses corantes são 
hidrofílicos e pra colocar parafina vimos que 
precisamos remover completamente a água. 
Essas laminas com o tecido parafinado vão ser 
submetidas a soluções de xilol que o xilol vai 
dissolver a parafina, mas o tecido permanece lá. 
Em seguida serão feitos os banhos decrescente 
em soluções alcoólicas e aí pode ser feito o 
processo de coloração com a hematoxilina, em 
seguida os cortes são lavados e corados pela 
eosina, componentes básicos do citoplasma. 
- Os cortes de tecido podem então ser corados 
com hematoxilina (ácidos nucléicos) 
 
Analise 
- Finalmente após a coloração, os cortes são 
protegidos por uma lamínula, são colocadas em 
cima das laminas e podem ser analisados por 
microscopia. 
- Se quiser preparar essa lamina de forma 
permanente existe um liquido que é colocado 
entre a lamínula e a lamina que faz com que 
essa lamina fique permanente podendo ficar por 
muito tempo no laboratório. 
 
- A hematoxilina, que é um corante básico, que 
tem características básicas, tem afinidade 
principalmente pelo núcleo e por parte do 
citoplasma. 
- Eosina, é um corante ácido que afinidade por 
estruturas bases. Ela não cora bem o núcleo 
dessas células, mas cora bem o citosol. 
 
 Outros processos de coloração são 
necessários, pois a hematoxilina e a eusina 
chamadas de métodos H&E, normalmente 
não revela alguns componentes estruturais 
existentes nos cortes histológicos, tais 
como: Material elástico, fibras reticulares, 
membranas basais e lipídeos. 
- Existem protocolos de colocaração que 
são mais seletivos pra uma determinada 
estrutura, temos o uso da orceína, resorcina 
fucsina e impregnação com prata para 
fibra reticulares e membrana basal. Mas 
a hematoxilina e a eosina são as 
principais. 
- A base da química da coloração se da 
pelos corante ácidos e corantes básicos, 
porque nas células nós teremos estruturas 
que serão mais acidas ou mais básicas. 
Ex: A hematoxilina e a eosina são os 
corantes mais usados para os estudos 
histológicos. 
Corante ácido: Carrega uma carga global 
negativa (eosina) e terá afinidade com todas 
as moléculas que tiverem uma carga 
positiva. 
Corante básico: Carrega uma carga global 
positiva e vai ter afinidade por estruturas 
de carga negativa por exemplo ácidos 
nucléicos e proteínas acidas. 
A hematoxilina embora não se enquadre na 
definição de uma corante estritamente 
básico, possui propriedades semelhantes. 
Usa para evidenciar o núcleo da célula.

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