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CESARIANA E PUERPÉRIO

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CESARIANA
➔ Celiohisterotomia: abertura cirúrgica do abdome e do útero
➔ Finalidade de retirar um ou mais fetos, vivos ou mortos, podendo ser conservativa
(manutenção do útero) ou radical (incluída a OSH).
➔ Indicação
● Casos de inércia uterina primária
● Fetos grandes em relação à pelve
● Anomalias pélvicas das fêmeas (ósseas)
● Alterações e obstruções da via fetal mole
● Torção uterina e ruptura uterina
● Estática fetal incorreta dificultando a saída do feto
● Histerocele gravídica inguinal
● Alterações fetais: hidropisias, hidrocefalia, anasarca, monstruosidades
● Hidropisias de anexos
● Morte fetal sem expulsão (dificulta o processo de parto)
● Eletiva ou como indicação prévia, como em fêmeas braquicefálicas. Assim que a
paciente entrar na fase prodrômica, é necessário que comece a cesariana, antes
mesmo dos sinais se iniciarem.
➔ O ideal é que sejam feitos exames pré-operatórios, com jejum alimentar, mas como é
uma intervenção que necessita ser realizada rapidamente, onde as fêmeas estão em
quadro de distocia com processo de depressão fetal, muitas vezes não é possível a
realização de exames.
Procedimento
➔ Tricotomia ampla do xifóide até a vulva, para mínima contaminação do campo.
➔ Abordagem pela linha média ventral com a fêmea em decúbito dorsal.
➔ Antissepsia com Clorexidine e montagem do campo cirúrgico com possibilidade de
ampliação do campo caso seja necessário.
➔ Incisão retro-umbilical, de tamanho variado, de espécie para espécie. Deve ser feita
com cuidado, devido à proximidade do útero com a pele.
➔ São colocadas duas pinças para a suspensão do subcutâneo e é incisado, observando
logo abaixo o útero.
➔ Exteriorização total do útero, envolvendo totalmente o órgão e o feto a fim de evitar
rompimento da parede.
➔ Isolamento do órgão com compressas para evitar que líquidos caiam na cavidade
abdominal. Rebatido caudalmente,posicionamento e incisão do útero após a
exteriorização com a superfície dorsal exposta ou com a superfície ventral.
↳ O útero é envolvido com compressas para que não caia líquido e é feita a troca de
compressas ao decorrer da cirurgia
➔ Incisão na região dorsal do útero, para não ter contato da área posteriormente
suturada com conteúdo uterino, acarretando em deiscência e peritonite, por exemplo.
↳ ela é única, entre os cornos, em sentido longitudinal e compatível com o tamanho
dos fetos.
Posicionamento dorsal do útero
➔ Extração dos fetos com um movimento de ordenha do corno levando o feto em
sentido à incisão.
● Quando o feto é retirado do útero, rompem-se as membranas e colocam duas
pinças no cordão umbilical e secciona entre as pinças.
● O feto junto com a primeira pinça é entregue a outra equipe para que eles possam
manusear e dar toda a atenção ao feto.
● Enquanto o cirurgião continua a remoção da placenta, por tração (enrola a
placenta na pinça que ficou nela e vai puxando, até ela se soltar por completo).
● Depois de retirado todos os fetos e faz a inspeção total do útero para verificar se há
algum feto ainda no órgão.
● Outra possibilidade é a remoção da placenta juntamente com o feto e entregue a
outra equipe (retirada das membranas, secção do cordão umbilical, remoção de
líquidos da via respiratória alta, massagem torácica)
➔ Sutura do útero é feita em dois planos
● Simples contínua invaginante (Cushing, Lembert ou Utrecht) com fio 3-0.
Quando o útero está contaminado, faz-se duas suturas invaginantes.
● A sutura de Utrecht foi feita especialmente para cesariana, expondo menos fio e
fazendo com que tenha menor aderência e cicatrização.
➔ Limpeza do órgão com com fluido fisiológico aquecido, de forma delicada. Aplica-se
a ocitocina, repõe o útero em posição anatômica, lava a cavidade abdominal umas 3
vezes e reposiciona o omento.
➔ Sutura a cavidade abdominal em 3 planos
● Parede abdominal em padrão Sultan com fio absorvível sintético 0
● Tecido subcutâneo com fio absorvível sintético 3-0 a 2-0 em padrão Cushing
ancorado ao primeiro plano para evitar seroma e espaço morto
● Pele com fio inabsorvível 2-0 em padrão simples separado.
➔ O pós-operatório dos filhotes é feito pela equipe que ficou encarregada de ficar por
conta deles.
● É feita a retirada dos líquidos e secreções da via respiratória alta com movimentos
sutis ou sucção de narinas e bocas
● Limpar e secar os filhotes em sentido cabeça-tórax para estimulação dos
batimentos cardíacos,
● Manter o ambiente aquecido
● Avaliar o oxigênio (doxapram)
● Identificar a necessidade de glicose
● Retirar a pinça e fazer a antissepsia e promover a amamentação.
➔ Para o pós-operatório da fêmea, é necessário fazer o acompanhamento do retorno
anestésico, observar a aceitação dos filhotes, administrar ocitocina, antibiótico, AINE e
analgésico, fluidoterapia se necessário, avaliar a hemorragia uterina, fazer manejo da
ferida e retirar os pontos de pele após cicatrização.
PUERPÉRIO
➔ As patologias do puerpério são as afecções consequentes ao parto que se manifestam
no período do pós-parto imediato e/ou durante a involução e reparação uterina.
Prolapso uterino
➔ Ocorre a exteriorização do útero após o parto, com diferentes graus de prolapso,
variando de ainda no canal vaginal ou então com os dois cornos exteriorizados
(prolapso total).
➔ É uma afecção pouco comum nas cadelas e gatas.
➔ Etiologia e fatores predisponentes
● Eversão da mucosa, podendo ser causada por uma involução uterina deficiente
(hipocalcemia), juntamente com contração abdominal persistente e flacidez
uterina.
● Fêmeas idosas e pluríparas têm maior chance de apresentar prolapso uterino por
causa da flacidez que o útero fica após tantos partos.
● Distocias, manobras inadequadas e predisposição hereditária também podem ser
consideradas causas do prolapso.
➔ Sinais clínicos e diagnóstico
● O histórico é de uma massa prolapsada após o parto, com útero evertido e
exteriorizado pela vulva, com graus variados, identificando as áreas de
placentação.
● É rara a ruptura das artérias ovarianas e uterinas.
● O prognóstico é variável de acordo com o estado geral da paciente. A atividade
reprodutiva que é desfavorável.
● Diagnóstico diferencial: hiperplasia vaginal (estro), prolapso vaginal (estro),
neoplasia vaginal e vulvar e prolapso retal
➔ Tratamento
● Deve-se avaliar a possibilidade de preservar o útero, fazer limpeza e antissepsia da
mucosa uterina.
● Avaliar a necessidade de ligadura ou sutura.
● Reduzir o edema e tentar reduzir externamente o órgão ou então parte-se para a
celiotomia.
● Ocitocina, antibiótico, AINE e analgésicos.
● Em casos de desvitalização uterina, pensar em OSH ou amputação parcial.
Subinvolução dos sítios placentários - SPP
➔ Ocorre uma falha na involução dos locais de placentação. Células trofoblásticas
permanecem no endométrio e ocasionam uma subinvolução da área, sendo uma
alteração rara em gatas e frequente em cadelas jovens.
➔ Etiologia e fatores predisponentes
● Ficam restos teciduais/placentários, onde há falha na interrupção sanguínea dos
sítios, permanecendo por mais tempo, acarretando em drenagem de líquido
sanguinolento.
● O sistema imune é ineficiente para eliminar as células.
● Parto prematuro, inércia uterina, torção uterina, hipocalcemia e hipoglicemia
podem ser causas da SPP.
➔ Sinais clínicos e diagnóstico
● Secreção hemorrágica vulvar persistente por mais de 5 semanas de pós-parto, não
há comprometimento sistêmico.
● Pode entrar em quadro de anemia quando há muita perda de sangue
● Metrite pós-parto devido a um processo infeccioso.
● Diagnóstico: histórico de parto e secreção hemorrágica persistente, citologia vaginal
pode ser realizada com a visualização de células trofoblásticas, ultrassonografia e
radiografia também ajudam no diagnóstico.
➔ Tratamento
● Recuperação espontânea quando não há infecção bacteriana
↳ tempo maior do que o esperado.
● Uso de medicamentos auxilia na resolução da patologia.
● Ocitocina é mais eficaz no pós-parto imediato, não é recomendada no caso de SPP.
● Tomar cuidado com a prostaglandina devido aos efeitos colaterais.
● Alcalóidesde ergot (ergometrina, ergomina), mas com atenção em casos de
metrite ou metrorragia persistente.
● Em casos de metrite associada, fazer a administração de antibiótico e avaliar
sempre a possibilidade de OSH, tanto nesse caso quanto no caso de metrorragia
persistente.
Metrite Puerperal
➔ É uma infecção do útero no período do pós-parto, geralmente com contaminação
bacteriana ascendente.
➔ Etiologia e fatores predisponentes
● Retenção de fetos mortos ou restos fetais
● Retenção de placenta ou fragmentos placentários
● Subinvolução de sítios placentários
● Partos prematuros e partos distócicos
● Fetos macerados e enfisematosos
● Torção uterina e inércia uterina
● Manobras obstétricas são fatores predisponentes.
➔ Sinais clínicos e diagnóstico
● Secreção vulvar séptica e fétida no pós-parto
● Sinais sistêmico
● Fêmea apática e menor produção de leite
● Filhotes fracos
● Ruptura e peritonite.
● Diagnóstico: histórico e sinais clínicos, citologia da secreção vaginal (exsudato),
cultura e antibiograma, exames radiográficos e ultrassonográficos para
visualização de conteúdo uterino e abdominal.
➔ Tratamento
● Tratamento clínico: bom resultado, por não ter um fator hormonal para dificultar
(como na piometra).
● Antibioticoterapia de amplo espectro
↳ priorizar aqueles que são menos deletérios aos filhotes (cefalosporina, amoxicilina,
penicilinas)
↳ reavaliação de antibiótico para que não tenha resistência.
● Tratamento cirúrgico: é feito quando o clínico não responde, quando ainda há
restos placentários no útero, ruptura uterina extensa, peritonite e útero
desvitalizado.
Tetania Puerperal - Hipocalcemia e Eclâmpsia
➔ É uma hipocalcemia pós-parto ou no final da gestação e durante o processo do parto.
➔ Ocorrem contrações musculares tônico-clônicas, bastante frequentes nas cadelas.
➔ Etiologia e fatores predisponentes
● Normalmente em cadelas primíparas e com ninhada numerosa.
● A demanda elevada de cálcio para produção de leite e demanda alta de cálcio
para a mineralização do esqueleto fetal são os principais fatores predisponentes.
● Baixa ingestão de cálcio em dietas inadequadas, animais com doença intestinal
podem levar a redução da absorção de cálcio e suplementação pré-natal excessiva
de cálcio (hipotrofia da paratireóide, com diminuição de PTH e diminuição de
mobilização de cálcio ósseo) são causas da tetania.
➔ Sinais clínicos e diagnóstico
● Tremores musculares tônico-clônicos, rigidez postural, letargia, taquicardia,
arritmia, taquipnéia, hipertermia, êmese e convulsões.
● Diagnóstico: histórico, sinais clínicos, avaliação do eletrocardiograma, medição de
cálcio sérico (demorado e não apresenta a real condição do cálcio).
➔ Tratamento
● Crises convulsivas: com diazepam e barbitúricos.
● Fasciculações musculares e tremores: administrar gluconato de cálcio a 10% 0,2 a 1
ml/kg IV lento, monitorar o ritmo cardíaco, repetir após 30 minutos de necessário e
manutenção de 1 ml/kg/h em solução fisiológica.
● Após estabilização, suplementar com cálcio via oral de 50mg/kg/dia, fazer o
desmame precoce e corrigir a dieta.

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