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Cidadania Regulada no Brasil

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – POLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Avaliação a Distância - ADII 
Período – 2020/1 
 
Disciplina: Políticas Públicas e Sociedade 
Coordenador da Disciplina: Arnaldo Provasi Lanzara 
 
ALUNO: Juliana Cristina Ribeiro MATRÍCULA: 17113110247 
 
Orientações para a Avaliação: 
 
- leia atentamente todas as questões antes de iniciar a avaliação; 
 
- é permitida consulta ao material didático; 
 
- a avaliação é composta por duas (2) questões discursivas; 
 
- o peso de cada questão para o cômputo final da nota é 5,0; 
 
- Tamanho de cada resposta (mínimo de 10 e máximo de 15 linhas); 
 
- cômputo final da nota: 0-10; 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – POLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS 
PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB 
BACHALERADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
1) Leia interprete o excerto abaixo: 
 
“A ampliação dos serviços sociais não é, 
primordialmente, um meio de igualar as rendas. Em alguns casos pode 
fazê-lo, em outros não. A questão não é de muita importância; pertence a 
um setor diferente da política social. o que interessa é que haja um 
enriquecimento geral da substância concreta da vida civilizada, uma 
redução geral do risco e da insegurança, uma igualação entre os mais e 
menos favorecidos em todos os níveis – entre o sadio e o doente, o 
empregado e o desempregado, o velho e o ativo, o solteiro e o pai de uma 
família grande. A igualação não se refere tanto a classes quanto a 
indivíduos componentes de uma população que é considerada, para esta 
finalidade, como se fosse uma classe. A igualdade de status é mais 
importante que a igualdade de renda” 
MARSHALL, Thomas H. Cidadania, Classe Social e Status. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1967, pp. 94-95. 
 
 A cidadania é um dos pilares do Estado brasileiro edificado pela Constituição de 1988. 
No seu art. 1.°, II, aponta como sendo um dos princípios fundamentais da República. 
 Segundo Marshall, a cidadania possui três dimensões distintas e complementares entre 
si, quais sejam a civil, a política e a social (SANTOS, p.48). Os primeiros absorvem a 
perspectiva da liberdade individual e da igualdade formal. Os políticos se referem à 
possibilidade de participação nos negócios do governo, direta ou indiretamente. E com os 
direitos sociais, ancorados em uma concepção alargada de justiça, cuida-se de oferecer a todos, 
indistintamente, um padrão de bem-estar razoável, segundo o ponto de vista prevalecente na 
sociedade. Se, de um lado, Marshall não deixa de reconhecer a contradição na busca da 
igualdade por meio da cidadania sob um sistema econômico que funciona produzindo a 
desigualdade, de outro, ele confia sobremaneira nas forças do progresso, no ritmo do 
desenvolvimento da sociedade. Para Marshall, a principal característica da cidadania é a sua 
tensão em direção à igualdade. 
 Ainda, no entendimento do autor, a sociedade não se satisfaz com a igualdade de renda, 
mas busca – incansavelmente – a igualdade de status, ou seja, o indivíduo busca ser reconhecido 
como cidadão, pois sendo a cidadania uma forma de status concedida aqueles que são membros 
integrais de uma comunidade, todos que possuem status são iguais com respeito aos direitos e 
obrigações pertinentes a esse status. 
 
 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 5 de outubro de 1988. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em: 01 de maio de 2020. 
 
DIAS, Wladimir Rodrigues. SOBRE O CONCEITO DE CIDADANIA E SUA APLICAÇÃO AO CASO 
BRASILEIRO, março de 2010. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/14512/sobre-o-conceito-de-cidadania-
e-sua-aplicacao-ao-caso-brasileiro> Acesso em: 01 de maio de 2020. 
 
SANTOS, Maria Paula Gomes dos. POLÍTICAS PÚBLICAS E SOCIEDADE. Florianópolis: Departamento de 
Ciências da Administração / UFSC, 2012. 
 
 
2) Explique o conceito de “cidadania regulada” 
 
 Wanderley Guilherme dos Santos introduziu o conceito de ‘cidadania regulada’ no livro 
“Cidadania e Justiça: a política social na ordem brasileira” (1979). O sociólogo brasileiro 
propôs o termo para designar uma "cidadania restrita e sempre vigiada pelo Estado". Desde 
então, este conceito vem sendo utilizado por parcela significativa de analistas sociais para 
descrever o padrão institucional de pertencimento ao corpo político, que caracterizou o Brasil 
no longo período compreendido entre a chamada Era Vargas e a Constituição de 1988. Este 
conceito refere-se à vinculação entre o status de cidadão e a localização do indivíduo em uma 
ocupação reconhecida e definida por lei. 
 O autor menciona ainda em sua obra que o aparecimento de direitos de cidadania no 
Brasil obedece não a uma lógica de adoção de um código de valores políticos universalistas, 
mas à de um sistema social estratificado, no qual esses direitos comparecem com o objetivo 
principal de mediar o conflito, por vezes insustentável, entre imperativos da acumulação 
capitalista e anseios de equidade. Essa prática compromete, por exemplo, a concretização da 
cidadania sob as bases formuladas na Constituição de 1988. 
 
DIAS, Wladimir Rodrigues. SOBRE O CONCEITO DE CIDADANIA E SUA APLICAÇÃO AO CASO 
BRASILEIRO, março de 2010. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/14512/sobre-o-conceito-de-cidadania-
e-sua-aplicacao-ao-caso-brasileiro> Acesso em: 01 de maio de 2020. 
 
SANTOS, Wanderley Guilherme dos. CIDADANIA E JUSTIÇA – A Política Social na Ordem 
Brasileira. Rio de Janeiro, Editora Campus, 1979.

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