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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA E TRIBUTÁRIA A2 Pergunta 1 0 em 1 pontos “Já referimos, linhas atrás, que a atividade de lançamento é obrigatória, chegando à redundância o Código quando, no art. 142, parágrafo único, atesta que o lançamento é atividade administrativa vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Ou seja, é algo que a autoridade não pode deixar de praticar (quando presentes os pressupostos legais) e em cuja consecução deve seguir o figurino legal, sem dele desviar se por considerações de conveniência ou oportunidade”. AMARO, L. Direito tributário brasileiro . 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p. 399. A partir do texto apresentado, avalie as proposições a seguir e a relação entre elas. I. O lançamento de ofício é a modalidade em que se dá o grau máximo de participação do fisco. PORQUE II. No lançamento de ofício, o fisco promove o lançamento à vista de uma declaração apresentada pelo contribuinte. A respeito dessas proposições, assinale a opção correta. Resposta Selecionada: Incorreta As proposições I e II são verdadeiras, e a II é justificativa da I. Resposta Correta: Correta A proposição I é verdadeira e a proposição II é falsa. Comentário da resposta: A sua resposta está incorreta. São modalidades de lançamento diferentes aquela em que o fisco constitui o crédito tributário de maneira direta e a que o faz diante de informações declaradas pelo contribuinte. Pergunta 2 1 em 1 pontos “O tempo para (...) preencher formulários, guias, declarações etc., representa um custo oculto da tributação, e não é razoável que um contribuinte obrigado ao pagamento mensal de em média R$ 1 mil a título de tributo tenha que suportar custo também mensal, no cumprimento de deveres burocráticos, de R$ 10 mil. No Brasil esse é um assunto que deveria contar com mais atenção por parte dos tributaristas, visto que, de acordo com o Banco Mundial, aqui um contribuinte gasta em média 2,6 mil horas anuais para declarar e pagar impostos, enquanto a média do restante do mundo não supera as 200 horas anuais.” MACHADO SEGUNDO, H. B. Manual de direito tributário . 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017, p. 129. Se fosse para fazer uma crítica ao sistema tributário brasileiro, o texto do autor seria adequado para criticar qual das alternativas? Resposta Selecionada: Correta A excesso de obrigações tributárias acessórias, que constituem prestações positivas ou negativas no interesse da arrecadação e fiscalização. Resposta Correta: Correta A excesso de obrigações tributárias acessórias, que constituem prestações positivas ou negativas no interesse da arrecadação e fiscalização. Comentário da resposta: Resposta correta. A sua resposta está correta. O texto faz uma crítica ao custo elevado para cumprimento das obrigações tributárias acessórias, tais como preencher formulários, guias e declarações. É necessário investir em recursos humanos, materiais e tecnológicos para desempenho dessas tarefas, o que implica custos para a empresa. Pergunta 3 0 em 1 pontos “É responsável pelo imposto: I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno; II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro; ou III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar”. BRASIL. Decreto 6.759/2009 (Regulamento Aduaneiro), artigo 105. A partir do trecho normativo exposto, relativo ao Imposto de Importação, avalie as proposições a seguir e a relação entre elas. I. Transportadores, depositários e outras pessoas que a lei designar são contribuintes do Imposto de Importação. PORQUE II. O contribuinte possui relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato gerador do tributo. A respeito dessas proposições, assinale a opção correta. Resposta Selecionada: Incorreta As proposições I e II são verdadeiras, e a II é justificativa da I. Resposta Correta: Correta A proposição I é falsa e a proposição II é verdadeira. Comentário da resposta: A sua resposta está incorreta. Não se deve confundir a figura do contribuinte, que tem relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato gerador, com as pessoas designadas por lei para figurarem no polo passivo da relação jurídica tributária na condição de responsáveis tributários. Pergunta 4 1 em 1 pontos “Sujeito passivo da obrigação principal, por seu turno, é gênero, abrangente de duas espécies: o contribuinte e o responsável. Com efeito, na letra do Código, o sujeito passivo da obrigação principal diz se contribuinte “quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador” (art. 121, parágrafo único, I). Qualifica se, porém, como responsável “quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei” (art. 121, parágrafo único, II).” AMARO, L. Direito tributário brasileiro . 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p. 328. Diante da distinção apresentada entre contribuinte e responsável, assinale a alternativa que menciona o sujeito do comércio exterior que, por ter relação pessoal e direta com o fato gerador, pode ser considerado um contribuinte do imposto de importação. Resposta Selecionada: Correta O importador de bens e mercadorias, que tem relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato gerador. Resposta Correta: Correta O importador de bens e mercadorias, que tem relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato gerador. Comentário da resposta: Resposta correta. Sua resposta está correta. O importador é o único sujeito relacionado nas alternativas que tem relação pessoal e direta com o fato gerador e pode, assim, ser caracterizado contribuinte do imposto de importação, até porque a importação é a situação que constitui o fato gerador do imposto. Sujeitos que respondem pelo tributo por estarem designados por lei, mas não tem relação direta com o fato gerador, a exemplo dos citados nas alternativas “b” a “d”, não são contribuintes, mas, sim, responsáveis. Exportador que remeteu a mercadoria para o território nacional também não pode ser obrigado a pagar o imposto no Brasil. Pergunta 5 1 em 1 pontos “A imunidade tributária apresenta dúplice natureza: de um lado, exsurge como norma constitucional demarcatória da competência tributária, por continente de hipótese de intributabilidade, e, de outro, constitui direito público subjetivo das pessoas direta ou indiretamente por ela favorecidas”. COSTA, R. H. Curso de direito tributário . 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p. 99. O trecho apresentado revela duas facetas da imunidade tributária. Uma delas é o direito das pessoas favorecidas não serem tributadas. Assinale a alternativa que corresponda à outra faceta das imunidades tributárias. Resposta Selecionada: Correta Constituem vedações ao exercício das competências tributárias, isto é, pessoas e bens que não podem sofrer tributação. Resposta Correta: Correta Constituem vedações ao exercício das competências tributárias, isto é, pessoas e bens que não podem sofrer tributação. Comentário da resposta: Resposta correta. Sua resposta está correta. Se o enunciado da questão se refere expressamente ao direito subjetivo público das pessoas favorecidas não serem tributadas, a outra faceta é a da vedação ao exercício das competências tributárias pelas pessoas políticas. Pergunta 6 1 em 1 pontos “Art. 104. É contribuinte do imposto: I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro; II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; e III - o adquirente de mercadoria entrepostada”. BRASIL. Decreto nº 6.759/2009 (Regulamento Aduaneiro), art. 105. No trecho normativo estão relacionados os contribuintes do Imposto de Importação. Sobre a condição de contribuinte desse imposto, analise os itens a seguir: I – O destinatário de remessa postal internacionalé contribuinte porque está definido em lei, embora não tenha nenhuma relação com o fato gerador. II – O importador é contribuinte porque tem relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato gerador do tributo. III – O adquirente de mercadoria entreposta, por não ser importador, poderia ser contribuinte, ainda que possua relação pessoal e direta com o fato gerador. IV – Deve-se distinguir os conceitos de contribuinte e de responsável, modalidades de sujeitos passivos definidos no Código Tributário Nacional. Assinale a alternativa que contém todos os itens corretos. Resposta Selecionada: Correta II e IV. Resposta Correta: Correta II e IV. Comentário da resposta: Resposta correta. A sua resposta está correta. Para ser contribuinte, o Código Tributário Nacional estabelece a condição que a pessoa tenha relação pessoal e direta com o fato gerador. Então, somente atribui essa espécie de sujeição passivo a quem tenha relação pessoal e direta com o fato gerador. Pergunta 7 1 em 1 pontos “Tributo é a prestação pecuniária não sancionatória de ato ilícito, instituída em lei e devida ao Estado ou a entidades não estatais de fins de interesse público”. AMARO, L. Direito tributário brasileiro . 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p. 47. O texto apresentado refere-se ao conceito de tributo, que também está legalmente conceituado no artigo 3º do Código Tributário Nacional. A natureza não sancionatória mencionada no conceito do autor coincide com o texto do CTN de que o tributo não constitui sanção de ato ilícito. Assinale a alternativa que corresponda corretamente a este contexto. Resposta Selecionada: Correta A tributo não se confunde com as penalidades por infrações. Resposta Correta: Correta A tributo não se confunde com as penalidades por infrações. Comentário da resposta: Resposta correta. Sua resposta está correta. O caráter não sancionatório de ato ilícito é elemento conceitual que serve para distinguir o tributo das penalidades por infração denominadas multas. Pergunta 8 1 em 1 pontos “O recolhimento complementar a ser pago em determinado mês é a diferença entre o valor do imposto calculado na forma prevista neste artigo e a soma dos valores do imposto retido na fonte ou pago pelo contribuinte a título de recolhimento mensal, ou do recolhimento complementar efetuado em meses anteriores, se for o caso, e do imposto pago no exterior, incidentes sobre os rendimentos computados na base de cálculo, deduzidos os incentivos de que tratam os incisos I a VIII do caput do art. 80, observados os limites previstos nos §§ 1º a 3º desse mesmo artigo”. RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Instrução Normativa nº 1.500/2014, art. 69, § 1º. O dispositivo normativo apresentado trata de recolhimento complementar de imposto de renda da pessoa física e prevê possibilidade de se abater do imposto calculado o que tiver sido pago no exterior. Diante disso, julgue se são verdadeiros (V) ou falsos (F) os itens a seguir. I – O direito de compensar o imposto pago no exterior tem por efeito o combate à bitributação internacional da renda. II – O combate à dupla tributação da renda é empreendido unilateralmente pelo Brasil por via de sua legislação interna. III – O Brasil é signatário de tratados internacionais para evitar a dupla tributação internacional da renda. IV – Denomina-se portaria o instrumento para internalização de um acordo internacional para evitar a bitributação da renda. Agora, assinale a alternativa que traz a sequência correta. Resposta Selecionada: Correta V, F, V, F. Resposta Correta: Correta V, F, V, F. Comentário da resposta: Resposta correta. A sua resposta está correta. Para combater a bitributação internacional da renda, o Brasil firma tratados internacionais, internalizados (ratificados internamente) por meio decretos legislativos. A legislação tributária interna admite que seja compensado imposto pago no exterior, desde que exista acordo para evitar a dupla tributação ou tratamento recíproco do país em que auferida a renda pela pessoa física. Pergunta 9 1 em 1 pontos “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;” BRASIL. Constituição Federal, artigo 150. Inc. VI de 1988. Considere que um fato gerador do imposto de importação ocorreu no dia 10 de janeiro de 2018, mas que a lei que estabelecia uma alíquota de 10% vigente na data do fato gerador foi alterada e a alíquota exigida passou a ser zero. Assinale a alternativa que corresponde à alíquota que deve ser cobrada se o lançamento do imposto tiver que ser efetuado de ofício no dia 10 de novembro de 2018. Resposta Selecionada: Correta 10%, com base no princípio da irretroatividade da lei tributária. Resposta Correta: Correta 10%, com base no princípio da irretroatividade da lei tributária. Comentário da resposta: Resposta correta. A sua resposta está correta. O lançamento do tributo deve ser feito com base na lei vigente à época do fato gerador. De acordo com o princípio da irretroatividade da lei tributária, a norma mais recente não retroage para atingir fatos geradores pretéritos. Pergunta 10 1 em 1 pontos “Cuida-se aqui de tributos que, por sua natureza (multiplicidade de fatos geradores, de caráter instantâneo, como, tipicamente, se dá com os chamados tributos indiretos e com os tributos sujeitos a retenção na fonte), têm o recolhimento exigido do devedor independentemente de prévia manifestação do sujeito ativo, vale dizer, sem que o sujeito ativo deva lançar para tornar exigível a prestação tributária”. AMARO, L. Direito tributário brasileiro . 22. ed. São Paulo: Saraiva, 2017, p. 393. Considerando-se as modalidades de lançamento previstas no Código Tributário Nacional, assinale a alternativa que corresponda ao lançamento adequado para tributos da natureza caracterizada no texto. Resposta Selecionada: Correta Por homologação, em que se exige do contribuinte a apuração do tributo e a antecipação do seu pagamento sem prévia análise do fisco. Resposta Correta: Correta Por homologação, em que se exige do contribuinte a apuração do tributo e a antecipação do seu pagamento sem prévia análise do fisco. Comentário da resposta: Resposta correta. A sua resposta está correta. No lançamento por homologação, o sujeito passivo antecipa o pagamento sem prévia análise da autoridade administrativa (grau mínimo de participação do Fisco). A homologação pela autoridade administrativa pode ser expressa ou tácita (quando a homologação ocorre automaticamente após cinco anos sem que o Fisco tenha se manifestado).
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