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Anatomia e histologia • Situa-se a meio caminho entre o ápice da cartilagem tireoide (“pomo-de-adão”) e a fúrcula esternal, apresentando uma relação anatômica posterior importante com a traqueia, que é praticamente “abraçada” pela glândula; • Por trás da traqueia, correm os nervos laríngeos recorrentes e encontra-se o esôfago – estas estruturas também têm relação anatômica posterior com a tireoide. Superiormente, a glândula também é inervada pelos ramos internos e externos do nervo laríngeo recorrente superior; • É formada geralmente por dois lobos em forma de pera (piriformes), direito e esquerdo, ligados por um istmo; • Pode haver assimetria entre os lobos, geralmente o direito sendo um pouco maior que o esquerdo; • O peso da glândula varia entre 15-20 g, com cada lobo medindo aproximadamente 4 cm de comprimento, 2 cm de largura e 1,5-2,0 cm de profundidade. Isso é importante, pois muitos preferem descrever aumentos da glândula (ex.: doença de Graves) na forma de peso por ser mais informativo (ex.: glândula aumentada, com aproximadamente 60 g) em vez de glândula aumentada 3x; • A porção posterior dos lobos piriformes contém as pequenas glândulas paratireoides (duas de cada lado), produtoras do Paratormônio (PTH); • Lobo piramidal: eventualmente encontrado fixado ao istmo, apresentando uma forma alongada, como um remanescente da extremidade caudal do ducto tireoglosso. • Suprimento sanguíneo: o tireóidea superior: ramo da carótida externa; o tireóidea inferior: ramo do tronco tireocervical da artéria subclávia; • Drenagem venosa: o Veia tireóidea superior; o Veia tireóidea média; o Veia tireóidea inferior; o Conduzem o sangue pelas jugulares internas, veia braquiocefálica e veia cava superior. Folículo tireoideano • Estrutura funcional da tireoide; • Milhões de folículos; • No interior: coloide, rico em hormônio tireoidiano; • Entre os folículos: células parafoliculares ou células C, produtoras de calcitonina, que participam da regulação do cálcio e fósforo. Fisiologia • Hipotálamo produz o TRH, que estimula a hipófise a produzir o TSH e que, por sua vez, estimula a produção de T3 e T4. Esses dois últimos fazem feedback negativo com hipotálamo e hipófise para controlar a liberação dos hosrmônios estimulantes; • Cascata de reações muito bem definidas: o TSH aumenta a produção de AMPc; o AMPc aumenta a produção de fosfatidilinositol e fosfolipase C; o Esses dois últimos geram cascatas de reações que geram os hormônios T3 e T4. • Síntese dos hormônios: o Primeira etapa: captação do iodeto: ▪ É disponível na dieta (adicionado ao sal, peixes e frutos do mar); ▪ Entra na cirurculação após ser absorvido pelo intestino delgado; ▪ Recomendação diária: 150 microgramas por dia em adultos; ▪ Dosagem de iodúria 24 horas: valor normal deve estar entre 150 e 250 microgramas/L; ▪ O iodeto entra na célula tireoideana (folicular) através de um transporte ativo sódio-iodeto (através do cotransportador sódio/iodeto (NIS), presente na porção basal das células foliculares; • Pode concentrar iodo 20 a 40 vezes mais que o plasma. o Segunda etapa: oxidação do iodo: ▪ O iodo é transportado da membrana basal até a apical pela proteína PENDRINA; ▪ Na membrana apical: iodo é transportado para o coloide > onde será oxidado pela enzima TIREOPEROXIDASE (TPO). o Terceira etapa: organificação: ▪ Mediado pela TPO; ▪ Iodo oxidado é ligado á TIREOGLOBULINA (Tg), formando: • MIT (monoiodotirosinas); • DIT (diiodotirosinas). o Quarta etapa: acoplamento: ▪ Sob ação da TPO: moléculas de MIT e DIT são agrupadas > formação dos hormônios tireoideanos: • T4 ou tiroxina > quando se unem duas DITs; • T3 ou triiodotironina > uma MIT com uma DIT. Armazenamento, transporte e ação • Hormônios permanecem armazenados no coloide; • Quando necessário: coloide endocitar pela membrana apical e promove a liberação de T3 e T4 para a circulação; • Mais de 99% dos hormônios são transportados ligados às proteínas plasmáticas, principalmente a TIREOGLOBULINA LIGADORA DE TIROXINA (TBG) > faz 80% do transporte (os outros 20% ficam com a transtiretna e albumina); • T4: principal hormônio liberado pela tireoide (85% do total) > meia vida de 4 a 7 dias. o Posssui MENOR AFINIDADE PELOS RECEPTORES de hormônios tireoideanos. • T3: 15% dos hormônios liberados > meia vida de 1 dia > MAIOR AFINIDADE por receptores; • T3 circulante: maior parte provém da conversão periférica de T4 em T3 > ação das enzimas DEIODINASES (existem 3: D1, D2 e D3). • Fração livre de T3: 0,5% aprox. do T3 sérico > é a forma de hormônio tireoideano realmente ativa > entra nas células e se liga aos receptores nucleares para exercer seus efeitos > ação sistêmica. Obs.: o hormônio livre é o ativo, então, para avaliar a função da tireoide do paciente, pede-se o T4 livre. • D3: inativa o T3 em RT3 (T3 reverso), que não tem ação de T3. Esse RT3 em função de sinalização e marcador de inatividade do T3 nos tecidos periféricos. É muito usado e dosado na Síndrome de Eutireoideo Doente, que nada mais é que uma exacerbação da D3. • Essa síndrome nada mais é que a expressão de uma pessoa que não tem patologia tireóidea, mas, um conjunto de alterações tireoideanas que ocorrem em eventos clinicamente graves, com incidência de 70 a 80% dos internados em UTI. É um mecanismo adaptativo do organismo para tentar poupar energia no paciente que se encontra gravemente doente. Então em uma doença aguda, a quantidade de D3 sobe, convertendo o T3 em RT3 e diminuindo o metabolismo basal, para que a pessoa possa “guardar energia” para as funções vitais. Nesse caso de doenças, a D2 costuma subir também, fazendo feedback negativo com hipotálamo e hipófise e diminuindo a secreção de TSH. Há a queda do TBG (ocorre em pacientes com síndrome nefrótica e doença hepática grave) , diminuindo, consequentemente, o transporte de hormônios. De forma geral: redução dos hormônios totais circulantes. Algumas drogas também causam esse perfil sindrômico. • Por que é importante saber isso? Porque em um paciente em estado grave, é importante sabermos quando solicitar a função tireoideana e não nos enganarmos. Esse exame deve ser solicitado apenas após 4 a 8 semanas da estabilização do paciente, já que a reposição do hormônio no eutireoideano doente não melhora o prognóstico do paciente e, portanto, não é recomendada. Regulação da função da tireoide • Eixo hipotálamo-hipófise; • TRH > age na adeno-hipófise > estimula a secreção de TSH pelos tireotrofos; • TSH regula: o Captação de iodo pelo NIS; o Transporte pela pendrina; o Aumento da síntese e função da TPO; o Estimula a liberação de T3 e T4 e a conversão periféria pelas deiodinases; o Aumenta a vascularização da glândulas e promove mitogênese. • T3: o Feedback negativo sobre TSH e TRH; ▪ D2 no cérebro converte T4 em T3 e mantém esse equilíbrio. • Outros fatores que influenciam esse eixo: o Supressão da secreção do TSH: ▪ Somatostatina; ▪ Glicocorticoides (que também inibem a conversão periférifa de T4 em T3); ▪ IL-6; ▪ Dopamina; ▪ Dobutamina; ▪ Fenitoína. o Estrógeno: aumenta a síntese de TBG; o Jejum prolongado: reduz a conversão de T4 em T3 > menor gasto de energia > metabolismo fica mais lento > mais difícil perder peso. • Sobrecarga de iodo: o Efeito Wolff-Chaikoff: ocorre se a tireoide já tem uma lesão prévia (tireoidite autoimune, bócios, deficiência crônica de iodo). Nesses casos, ele não suporta a alta carga do substrato e há bloqueio da organificação de iodo, levando ao hipotireoidismo. Forma de lembrar: OFF (a tireoide não aguenta e fica OFF). o Efeito Jod Basedow: com “matéria-prima” abundante, a tireoide pode também aumentar a produção, levando ao hipertireoidismo secundário ao excesso de iodo. Forma de lembrar: JOB (de trabalho, cumpre o seu JOB). Avaliação da função tireoideana • TSH: exame mais sensível para avaliaras alterações primárias da função tireoideana > está alterado mesmo em alterações subclínicas; • Para secundários: T4 livre é mais importante; • Dosagem preferencial de hormônios livres (sobretudo T4 livre), já que diversas condições podem alterar a concentração de proteínas ligadores; • Biotina (vitamina B7): ganhado destaque nos últimos anos, já que é usada em algumas fórmulas para a melhora do cabelo e das unhas e altera o ensaio laboratorial gerando um TSH baixo, T4 livre alto e anti-Trab positivo, semelhante a um hipertireoidismo. Recomenda-se a suspensão dessa medicação 3 ou mais dias antes dos exames caso esteja sendo administrada. Obs.: FSH, LH, testosterona, ferritina e marcadores tumorais também são alterados pela biotina. • Síndrome clínica decorrente da redução da concentração ou da ação dos hormônios tireoideanos, resultando na queda do metabolismo e das atividades biológicas; • Prevalência do hipotireoidismo subclínico (TSH elevado e T4 normal): 4 a 8%; • E hipotireoidismo clínico: 0,3%; Fatores de risco • Mulher; • Idosos; • História familiar; • Presença de alguma outra doença autoimune, passado de tireoidite ou anticorpos contra tecido tireoidiano; • Hepatite C; • Down e Turner; • Dieta pobre em iodo; • Presença de bócio. Manifestações clínicas • Pressão arterial CONVERGENTE: diminuição da PS, já que a redução do metabolismo leva o coração a bater mais lentamente. Ao mesmo tempo, a diastólica é maior, já que há retenção de líquido e resistência vascular periférica maior. Pressões “pinçadas”, ex.: 11x10, 13x11. • Pode levar à discreto aumento de peso, mas, não por alimentação (já que a fome também é reduzida nesse caso), mas sim devido ao acúmulo hídrico devido aos glicosaminoglicanos (mixedema). o O mixedema é o edema generalizado por depósito de glicosaminoglicanos na derme, por isso não é depressível (sinal de cacifo negativo). Pode levar à madarose e redução da temperatura. • Sintomas psiquiátricos: podem estar presentes, então, todo paciente com demência deve ter avaliação laboratorial da função da tireoide; • Derrames cavitários: pleural (exsudato e transudato), ascite e pericárdico (exsudato), são causados pela reduçã da drenagem linfática; • Bócio: pode ocorrer em até 80% dos pacientes. Nos outros, pode ocorrer a destruição da glândula pelos anticorpos. • Na pediatria: RN com hipotireoidismo congênito podem ser assintomáticos, por ainda terem hormônio da mãe. Após alguns dias observa-se icterícia prolongada, atraso no fechamento das fontanelas, dificuldade em se alimentar e letargia > por isso é necessário o teste do pezinho. Na infância o que mais chama a atenção é a desaceleração do crescimento com maturação óssea retardada e pode haver surgimento de puberdado precoce devido ao aumento do TRH e estímulo da secreção de FSH e LH por ele (Síndrome de van Wyk Grumbach). • Nas mulheres: esse mesmo fenômeno pode levar ao estímulo dos folículos ovarianos, mimetizando SOP. Por isso é necessário excluir hipotireoidismo antes do diagnóstico de SOP. Manifestações laboratoriais • Hipoglicemia: menor produção de cortisol, pode ocorrer também uma insuficiência adrenal associada; • Anemia normo ou macrocítica: o hormônio da tireoide participa da produção de células do sangue. Há redução da produção de eritropoetina como por deficiência de vit. B12 naqueles pacientes com associação perniciosa por gastrite atrófica. • Clearence mais lento: retenção de creatinina; • FR mais lenta: retenção de CO2 (Hipercapnia); • Mecanismo não muito esclarecido: o aumento do CPK e outras enzimas musculares, levando à rabdomiólise. Dislipidemia pode estar presente em hipotireoidismo, que será normalmente tratado com estatinas. Sendo assim, antes de tratar um paciente dislipidêmico, é necessário verificar se esse mesmo não possui hipotireoidismo; • Duas manifestações que só ocorrem no hipotireoidismo primário: hiperprolactinemia e bócio. o A tireoide com uma lesão, o SNC tenta compensar estimulando mais a tireoide: hipotálamo produz o TRH, para fazer a hipófise produzir mais TSH. TRH estimula também a prolactina, levando à galactorreia. Então, em casos de hiperprolactinemia, é importante dosar o TSH também para definir a causa; o Em relação ao bócio, decorre do grande estímulo por TSH na tireoide. Diagnóstico Rastreamento • Portadores de doenças autoimunes; • Que usam medicamentos que interferem na função da tireoide, como a amiodarona e o lítio; • Pacientes com doenças congênitas, como Down e Turner; • Pacientes com investigação de bócio ou se sofreu alguma irradiação para tratamento de linfoma, por exemplo. Causa primária • A primeira alteração é o TSH, com o intuito de aumentar a produção de T3 e T4. Então, na forma clínica e subclínica: TSH MAIS ALTO; • Na forma subclínica: T4 E T3 NORMAIS. Na forma clínica: BAIXOS; Causa central • TSH não é secretado de maneira adequada (vai estar principalmente BAIXO) > T4 e T3 estarão BAIXOS; • MacroTSH: pode induzir o resultado ao falso TSH alto; • TERCIÁRIA: hipotalâmico. Principais etiologias: tumores e medicações (corticoisa, dobutamina/dopamina e octreotide). Etiologia Hipotireoidismo autoimune de Hashimoto (também conhecido como tireoidite linfocítica crônica) • A causa mais importante no Brasil; • O organismo ataca as células da tireoide, como algo estranho, e mediado por anticorpos, leva à infiltração linfocítica da tireoide, alterando a sua função. Esses anticorpos são: antiTPO (principal), antiTg (segundo mais importante) e anti-TRAB bloqueador (dificulta a ligação do TSH ao receptor); • Biópsia: achado de infiltrado linfocítico folicular. Outras etiologias: • Medicamentos tóxicos: como lítio e interferon; • Congênitas: diagnosticadas no teste do pezinho (48h a 72h após o nascimento) e o tratamento precisa ser iniciado até 14 dias após o diagnóstico, já que as alterações na função tireoidiana levam a alterações graves na formação do SNC. O tratamento vai até os 2 anos, quando se avalia se a função tireoideana continua alterada ou se já melhorou. Dentre as principais ocorrências nesse tipo de etiologia, são as disgenesias (alteração na formação da tireoide); • Etiologia rara: mutação no receptor intracelular de T3 na célula (TSH e T4 ficam altos). Em geral não ocorrem sintomas, mas, como os receptores do coração não são afetados, ocorre a taquicardia; • Deficiência de iodo: principal causa no mundo, mas, no Brasil não ocorre; • Sobrecarga de iodo: efeito Wolf-Chaikoff. Exemplo: amiodarona, que tem bastante iodo na composição, pode levar a uma Jod Basedow ou a destruição da glândula e posteriormente ao Wolf-Chaikoff. Etiologias centrais (secundárias ou terciárias): • Hipófise: o Tumor hipofisário; o Necrose pós-parte (Síndrome de Sheehan); o Radioterapia de sela túrcica; o Cirurgia hipofisária; o Doenças de depósito, granulomatosas, inflamatórias, autoimunes; o Metástases; o Infecções; o Doenças infiltrativas: como a hemocromatose; o Medicamentosas: principal causa nesse grupo, como a Dopamina, Cortocoides e Octreotide. • Hipotálamo: o Tumoral: glioma, germinoma ou linfoma; o Radioterapia; o Sarcoidose; o Vasculite. Tratamento Hipotireoidismo Clínico: • Levotiroxina, dose única, 1,6 a 1,8 mcg/kg/dia dado em jejum e pelo menos 30 min antes da refeição, de preferência antes do café da manhã e pelo menos 4 horas após a última refeição para evitar alterações de absorção no jejuno; • Meia vida de 8 dias e dose varia com a massa, idade e sexo; o 1 a 3 anos de idade: 4 a 6 mcg/kg/dia; o 3 a 10 anos: 3 a 5 mcg; o 10 a 16 anos: 2 a 4 mcg; o Acima de 17 anos: 1,6 mcg. • Risco: idosos e doenças coronárias (medicamentos aumentam o metabolismo); o Começar com metade da dose e aumentar gradualmente. Hipotireoidismo Subclínico: • Quando TSH > 10 e paciente gestante, sempre fazer o tratamento;• Outras situações: avaliar caso a caso. • Para gestantes: o Aumento de T4 total: pelo estímulo do estógeno na produção hepática da TBG; o Redução do TSH e aumento do T4 livre: HCG mimetiza a ação do hormônio tireoestimulante. • Doenças CV, sintomáticos, dislipidêmicos, com fatores de riscos para doenças ateroscleróticas e autoimunes subclínicos: tratar normalmente; • Idosos: aumento gradual de TSH fisiológico, por isso se tolera mais. • É a forma mais grave do hipotireoidismo: mortalidade elevada, de 40 a 50%; • Tríade clássica: o Rebaixamento do nível de consciência; o Hipotermia; o Evento precipitante associado (infecção, IAM, AVC, cirurgia, trauma ou medicamentos que induzam a um rebaixamento do nível de consciência); • Fatores associados: inverno, mulheres, idosos e má aderência; Manifestações laboratoriais: • Aumento da CPK: rabdomiólise, isso pq diminui o Clearence do CPK e função renal; • Aumento do lactato: pela redução do Clearence do lactato; • Hipoglicemia: cortisol baixo, paciente está tão lento que nem produz cortisol direito, além da má perfusão periférica; • Hiponatremia: tanto pela insuficiência renal como pelo aumento da produção do ADH (aumenta pelo hipotireoidismo ou insuficiência renal relativa associada). Tratamento: • Reposição de LT4 em altas doses: 500 mcg de ataque / 100 a 175 mcg/dia; • Aquecimento: manta térmica (não líquidos mais quentes); • Tratar datores precipitantes: IAM, infecção (antibioticoterapia para todos os pacientes até descartarmos a presença de infecção); • Glicocorticoide: hormônios tireoidianos aumentam o metabolismo e depuram o pouco do cortisol que o paciente tem (pode levar a uma crise adrenal/Addisoniana). Pode ser feito até antes da levotiroxina. o Hidrocortisona 100 mg de 8/8 horas • Medidas de suporte: vias aéreas, monitoramento, correção de hiponatremia e hipoglicemia. Tireotoxicose: manifestações clínicas e laboratoriais • Excesso de hormônio tireoideano; • Manifestações começam por 3 motivos: o Tireoide produzindo muito hormônio: o próprio hipertireoidismo; o Lesão na tireoide, liberando o coloide cheio de hormônios, determinando a tireotoxicose; o Ingestão de muito hormônio tireoideano. • Manifestações: o SNC: ansiedade; o Aumento do metabolismo: Sudorese ▪ Perda de peso; ▪ Hiperglicemia: lipólise > quebra do glicogênio > leva como glicose para o sangue; ▪ Aumento de apetite; ▪ Diarreia; ▪ Tremores; ▪ Reflexos exacerbados. o Alterações CV: taquicardia. ▪ IC alto débito; ▪ PA divergente: aumento da sistólica e queda da diastólica > o hormônio tireoideano facilita a ação adrenérgica, aumenta o crono e o inotropismo. Na periferia, os receptores beta 2 adrenérgicos fazem vasodilatação e a pressão diastólica apresenta-se mais baixa, portanto. Ex.: 180x90. o Oftalmológicas: retração palpebral (visível a parte branca da esclera acima da íris, o que não é normal na maioria dos pacientes) e sinal de Lid Lad (quando o paciente ainda não manifesta o sinal da retração palpebral. Então, pede-se para que o paciente olhe para cima e após para baixo, ao olhar para baixo, devido à hiperatividade adrenérgica, a pálpebra não acompanha); o Fâneros: queda de cabelos, unhas fracas (unhas de plummer), pele quente e úmida, prurido, urticária; o Osteomusculares: osteoporose (T3 estimulam os osteoclastos), fraqueza muscular, paralisia hipocalêmica (receptores adrenérgicos facilitam o potássio a entrar na célula, por isso, com muito estímulo adrenérgico, faz com que mais potássio entre na célula, levando à paralisia hipocalêmica, podendo levar à parada respiratória); o Grastrintestinal: é uma das 3 causas de síndrome consumptiva com apetite preservado (as outras são feocromocitoma e síndrome disabsortivas); esplenomegalia em até 10% dos pacientes > pode levar à insuficiência hepática em casos graves. o Metabolismo: hiperglicemia e lipólise aumentada, já que aumenta o estímulo beta adrenérgico, importante hormônio regulador da insulina; o Alteração menstrual: oligo ou amenorreia, perda da libido e disfunção erétil. Diagnóstico sindrômico • Primária: TSH é o que fica baixo nas formas clínica e subclínica. T4 e T3: normal na forma subclínica e altos na forma clínica > identificados pelos exames laboratoriais; • Central: tumor hipofisário, com TSH alto e T4 e T3 altos também; • Feito o diagnostico de tireotoxicose, precisa-se confirmar: com ou sem hipertireoidismo? • Sem hipertireoidismo: tireoide não funcionando > lesionada > expõe o coloide > libera os hormônios. Ou quando o paciente está usando medicamentos em excesso; • Com hipertireoidismo: produção por doença de Graves, tumores da tireoide e metástases ou tumores benignos ovarianos (estruma ovárico); • Principal exame: cintilografia com iodo: se a tireoide estiver hiperfuncionante, há muita captação de iodo. Se não estiver, baixa captação. • Doença autoimune em que 95% dos pacientes está presente o anticorpo TRAB, que se liga na tireoide no mesmo local onde se liga o receptor do TSH, e mimetiza a ação do TSH, ajudando a tireoide a crescer e produzindo mais hormônios, gerando a tireotoxicose; • Principal causa do hipertireoidismo • Os TRAB estimulantes são produzidos pelos linfócitos B e estimulam a glândula tireoide a aumentar a sua produção hormonal. Fatores associados: • Genética: 15% tem familiares; • Gênero: mulheres 9:1 homens (possivelmente pelo efeito do estrogênio, assim como em quase todas as doenças autoimunes); • Ingesta de iodo: áreas carentes de iodo; Manifestações clínicas: • Manifestações comuns da tireotoxicose + manifestações autoimunes: o Bócio: difuso/homogêneo; aumento da vascularização, escuta-se frêmitos na tireoide. o Oftalmopatia: TRAB ataca a musculatura retroorbitária, produzindo um processo inflamatório, gerando uma proptose ocular. Paciente não consegue fechar os olhos (lagoftalmo), levando ao eritema. A proptose pode ser apenas unilateral. Obs.: cessar o tabagismo é uma forma de expor menos antígenos, diminuir o TRAB e a oftalmopatia. Contraindicado a radiodoterapia também expõe mais os antígenos, por isso é contraindicado até que se resolva a oftalmopatia. o Acropatia: os dedos parecem uma baqueta (acomete menos 1% dos casos). Podem ocorrer também as unhas de plummer (separação da margem distal da unha do seu leito ungueal). o Dermopatia infiltrativa: pele semelhante a uma casca de laranja. Manifestação incomum ( < 5% dos pacientes) normalmente encontra-se no dorso das pernas e pés, descrita como Mixedema mixedema pré-tibial > acúmulo de glicosaminoglicanos. Pode ocorrer hiperpigmentação e prurido. Tratamento com corticoide tópico de alta potência. Gestação • TRAB passa pela placenta, fazendo bócio e/ou taquicardia no feto; • Neonatal não precisa tratar. Autolimitado. Diagnóstico • Casos muito típicos de hipertireoidismo com bócio difuso ou/e acometimento ocular não necessitam de nenhum outro exame adicional para presumirmos doença de Graves; • Em caso de dúvidas: dosar anti-TRAB; • Dosar anti-TRAB também: o Gestantes com antecedentes de doença de Graves; o Diferenciar hipertireoidismo gestacional do primeiro trimestre e doença de Graves na gestação; o Pacientes eutireoideos com acometimento ocupar sugestivo de oftalmopatia de Graves. Tratamento Bases: controle sintomático da tireotoxicose (betabloqueadores) e bloqueio da produção/ação hormonal (se necessário, destruir o tecido tireoideano), com tionamidas, radioterapia e cirurgia. • Betabloqueadores: devem ser iniciados em caso de sintomas adrenérgicos ( palpitações, hipertensão, tremores e ansiedade) e na ausência de contraindicações (ICC descompensada, asma grave) > independente da causa da tireotoxicose. o Propranolol: 20 a 80 mg, 2 a 4 vezes por dia; o Atenolol: 25 a 100 mg, dose única; o Metoprolol: 100 a 200 mg, dose única. o Pode-se utilizar bloqueadores do canalde cálcio em contraindicações aos betabloqueadores > verapamil ou diltiazem. • Tionamidas: propiltiouracila (PTU), metimazol (MMZ) ou carbimazol (não disponível no Brasil) > reduzem a produção de T3 e T4 pelas células foliculares tireoidianas; • Iodeto: através do efeito Wolf-Chaikoff > aumento do iodo ingerido reduz a produção pela tireoide > efeitos mais rápidos que as tionamidas > há risco para efeito Jod-Basedow; • Radioterapia: resolve até 80% dos casos > pode demorar semanas até meses para termos resultados > pacientes muito sintomáticos devem ter os sintomas controlados antes da radioterapia; • Cirurgia: o Se presença de câncer de tireoide ou nódulo suspeito; o Refratariedade aos outros tratamentos; o Associação com hiperpara primário; o Bócios muito volumosos > acima de 80 g, geralmente; o Gestantes refratárias ou algum efeito adverso ao uso das tionamidas; o Mulheres que pretendem engravidas no ano seguinte. Conceito • Aumento no volume da tireoide; • Cheio de nódulos que funcionam, ativos, captam iodo na cintilografia; • Levam a tireotoxicose; • Paciente tem alguma predisposição (área carente de iodo, familiares); • Em geral é produção baixa (subclínico), leva muito tempo para desenvolver e levar à tireotoxicose; Tratamento • Cirurgia: 1ª opção. Principalmente quando: o Grandes bócios (mais de 150g); o Suspeita de malignidade; o Sintomas compressivos (traqueia (dispneia), esôfago (disfagia)). Sinal de Pemberton: aparece quando se eleva o braço do paciente acima da cabeça. Esta manobra faz com que o paciente fique dispneico, com distensão das veias do pescoço, pletora facial ou com estridor > devido ao bócio comprimir as veias do pescoço. o Tireotoxicose clínica; o Subclínica + fatores de risco (osteoporose e fibrilação atrial) > faz-se a tireoidectomia subtotal nesse caso, deixando parte da glândula. • Radioterapia e tratamento medicamentoso: para pacientes mais idosos e com alto risco cirúrgico. Depois da radioterapia, a chance de recidivar em alguns anos é grande, por isso é aconselhado para os pacientes sem muitas expectativas de tempo de vida. No medicamentoso, controla-se os nódulos, mas, ao tirar os medicamentos, os nódulos voltam a aparecer e funcionar excessivamente; • Bócio uninodular; • Tireotoxicose, que pode produzir apenas T3 (T4 baixo e mesmo assim com tireotoxicose); • Cintilografia para mostrar que o nódulo está ávido por iodo; • Fisiopatologia: mutação no receptor do TSH (em geral isolada em uma célula), que faz com que ela cresça independente do TSH, produzindo muitos hormônios, chegando ao tamanho de 2 cm, quando a produção hormonal é muito grande, gerando uma tireotoxicose Tratamento • Em geral é radioiodoterapia, já que a mutação é pontual; • Cirurgia (lobectomia); • Alcoolização: álcool 70%, injetado através de ultrassom e o nódulo diminui de tamanho. É uma boa opção também em pacientes idosos. • Tireotropinoma: muito raro, produz muito TSH, estimulando a tireoide a produzir muitos hormônios (todos altos). Posso ter um TSH normal devido ao feedback negativo se o tumor não for muito grande. Cintilografia com captação muito alta (glândula quente); • Tumores trofoblásticos: mola hidatiforme e coriocarcinoma, quando o espermatozoide fecunda um óvulo sem material genético e formam neoplasias malignas ou benignas. Esses tumores produzem muito beta HCG. O HCG parece com o TSH e estimula a tireoide a produzir hormônios tireoideanos. O TSH é baixo com cintilografia com alta captação; • Metástases tumorais (hipertireoidismo não tireoideano): produzem hormônios em outras partes do corpo. Na cintilografia aparecem captações em todas as regiões com metástases; • Struma Ovarii: tumor benigno de ovário que produz T3 e T4. Cintilografia com o tumor captando todo o iodo; • Hipertireoidismo induzido por iodo. Cintilografia: a glândula é fria nesse caso, não porque não está produzindo muito hormônio, mas sim porque já existe muito iodo (já que é induzido por iodo) e a glândula não consegue mais captar o radiodo disponível. Tratamento Medicamentoso Sintomáticos Anti-tireoideanos • Beta bloqueadores: para paciente com taquicardia ou tremores (Cloridrato de propranolol); • Tionamidas: propiltiouracil (mais antigo); Metimazol (mais moderno e primeira opção para tratar). o Propiltiouracil: mais hepatotóxico, mais caro, pior posologia e menor eficácia. Usado em duas ocasiões: gravidez e crise tireotóxica (esse medicamento bloqueia a deiodinase). • Mecanismo de ação: bloqueio da TPO > então inibe os processos de oxidação, organificação e acomplamento do iodo na tireoide; • Metimazol tem efeito extra: diminui os níveis de TRAB do paciente, então controla a síntese hormonal e pode curar o paciente (30 a 40% de chance de cura); • Efeitos colaterais: prurido e exantema. o Reumatológicos: poliartrite e vasculite ANCA +; o Mais preocupantes: hepatotoxidade. ▪ PTU: hepatocelular, aumenta TGO e TGP, é a segunda causa de transplante hepática nos EUA; ▪ MMZ: colestase. ▪ Agranulocitose: é raro, mas, avisar ao paciente que se surgirem sintomas compatíveis, para que procure o serviço médico. Sintomas: febre ou dor de garganta em orofaringe (fazer hemograma para confirmar se os granulócitos estão baixos. Colúria ou acolia fecal: pensar em hepatite/hepatotoxidade e dosar TGO, TGP, FA, GGT e bilirrubinas. • Tratamento: internação e colher culturas, já que é um paciente neutropênico febril e aumenta muito as chances de infecção por germes hospitalares. Então inicia-se antibiótico de amplo espectro e pode ou não fazer fator estimulador de colônia. Após ter o quadro de agranulocitose, o paciente não pode mais ser tratado com tionamidas, precisa de indicação de outro tipo de tratamento. • Seguimento: controle dos hormônios com as tionamidas (dosar T3 e T4 após 4 a 8 semanas), TSH demora um pouco mais para entrar em equilíbrio (dosar em 8 a 12 semanas para que o resultado seja correto). Radioterapia • Administração oral de iodo oral para o paciente; • A dose é baseada no volume da tireoide ou empírica. Geralmente é: 10 a 30 mci, acima disso normalmente é para tumor; • Segunda opção: tapazol (tionamida). Contraindicações A piora inicial da autoimunidade deve-se ao aumento do TRAB. Preparação para a raioiodoterapia Orientações pós iodoterapia • Por 2 dias: o Contato reduzido com outras pessoas por mais de 2 horas; o Evitar compartilhar talheres, banheiro único e fluidos corporais e relações sexuais; • Por 7 dias: o Evitar contato com gestantes e crianças. Complicações: xerostomia, xeroftalmia e hipotireoidismo (que até certo ponto é resultado satisfatório). Tratamento cirúrgico Indicações • Importante na refratariedade aos tratamentos clínicos, principalmente em gestantes e oftalmopatias; • Planejamento pré natal: orientar a paciente a não engravidar durante um ano após a iodoterapia e antes de realizar a cirurgia; • Se o paciente possui alguma patologia cirúrgica na região cervical, como hiperparatireoidismo primário, nódulo, bócio volumoso, é necessário fazer a cirurgia para resolver. Tireoidectomia total ou subtotal. • Em crianças e adolescentes os efeitos dos tratamentos com radioiodoterapia e tionamidas são muito mais intensos, portanto, indica- se a cirurgia. Preparo • Reduzir a vascularização da tireoide, para evitar sangramento cirúrgico: com preparado de iodo (lugol); • Controle hormonal do paciente: através de tionamidas, para evitar que uma secção nas células libere o coloide cheio de hormônios. Não operar o paciente em crise tireotóxica; • Manter beta bloqueadores. Complicações • Hipoparatireoidismo transitório: é muito comum. Em geral 2 dias para retornarem a atividade normal, até em média 7 dias. Pode ocorrer hipoparatireoidismo permanente se o médico não se atentar para a região da incisão; • Paralisia do n. larínge recorrente; •Tireotoxicose por exposição do coloide; • Infecções e sangramentos; • Hipotireoidismo: iniciar Lt4 após 7 dias, devido à meia vida da levotiroxina. • Tireotoxicose + associada com: o IC; o Confusão mental; o Vômitos incoercíveis; o Insuficiência hepática; o Evento precipitante. • Precipitados por algum evento: o Má aderência; o Infecção; o Radiiodoterapia; o Cirurgia ou trauma de tireoide. • Tratamento: o Sintomático com beta bloqueadores (em geral com propranolol > diminui a ação da deiodinase); o Tionamidas (propiltiouracil); o Iodeto (Wolf chaikoff); o Corticoide (diminui a ação da deiodinase, diminui a imunidade e prevenção da insuficiência adrenal > pode entrar em crise Addisoniana). o Caso não dê certo as anteriores, tratar com medicamentos menos usuais: ▪ Lítio: inibe a secreção hormonal; ▪ Colestiramina: reduz reabsorção entero-hepática. TIREOIDITES TIREOIDITE AGUDA E SUBAGUDA – CONCEITOS • Etiologias: o Autoimune; o Cirurgias e traumas; o Inflamações. • Podem levar a um quadro clássico de inflamação (dor, calor, rubor) e perda da função > nas agudas; • Aqui vamos estudar principalmente as subagudas, que geram uma inflamação de certa forma incompleta, com mais ou menos sintomas dependendo da etiologia. Subaguda granulomatosa (De Quervain) • Anticorpo inflama a tireoide, aumentando muito a quantidade de coloide, gerando um quadro de tireotoxicose, como acontece na Doença de Graves, a diferença básica é que na cintilografia a tireoide capta muito iodo quando houver hipertireoidismo (está hiperfuncionante) e na tireoidite subaguda (tireoide não está funcionando muito bem), então não há captação de iodo (cintilografia fria); • Outras formas de diferenciação: o USG doppler: aumento da vascularização em Graves e vascularização normal em subagudas; o Anticorpo: TRAB + em Graves e negativo em subagudas; o Relação T3:T4 total: > 20 em Graves e < 15 em subagudas. • Fisiopatologia: o Paciente com HLA de risco (pré disposição para desenvolver essa tireoidite), entra em contato com um vírus respiratório, o organismo vai defender e curar o paciente. Esse mesmo anticorpo vai atacar a tireoide, levando a um processo de tireoidite. o Dica: tireoidite De Quervain = Que vem depois da infecção; • Exames: o Aumento de VHS; o Aumento de PCR; o Leucocitose; o Mas, não devemos nos enganar: o paciente não está infectado. • Manifestações clínicas: o A principal é a dor cervical: que não é encontrada em Graves; • Tratamento: o Betabloqueador; o Não fazer tionamidas: aqui a tireoide não está produzindo mais hormônios, mas, sim liberando o que já está armazenado. Não tem sentido bloquear a produção, pode até atrapalhar a recuperação da tireoide. Exceção: se o paciente estiver em tireotoxicose; o Dor cervical: AINE e corticoide (se muita dor); • Seguimento: o 90 a 95% dos pacientes se recupera após o tratamento; o 5 a 10% essa lesão será fatal, levando ao hipotireoidismo. Subaguda Linfocítica • Engloba 3 entidades: o Tireoidite indolor; o Hashitoxicose; o Tireoidite pós-parto. • Conceito: o São geradas pelo mesmo anticorpo: Anti-TPO (que vai levar a uma inflamação subaguda na tireoide, que espalha o coloide quando da lesão, levando à tireotoxicose); o Diferenciação com Graves: a cintilografia, com hipercaptação em Graves e fria na subaguda; o Anti-TPO é mais lento em ação: não gera dor, nem calor, não aumenta marcadores inflamatórios e não é grave como na granulomatosa. • Tratamento: o Tireotoxicose: ▪ Betabloqueadores; ▪ Não fazer tionamidas. o Não tem dor cerfical: não usar AINES ou corticoide. • Fisiopatologia: o Tireoidite indolor e pós-parto: pouca fibrose; o Hashitoxicose: muita fibrose; • Seguimento: o Começa bem, passa pelo processo inflamatório, coloide acaba e 90% se recupera bem; o Na Hashitoxicose: 95% das pessoas desenvolvem Hashimoto devido à fibrose da tireoide. Tireoidite causada por drogas • Amiodarona: pela quantidade de iodo o Wolf-Chaikoff: hipotireoidismo; o Jod Basedow: tireotoxicose tipo I; o Tireotoxicose tipo 2. • Interleucinas e interferons: inflamam o organismo > e a tireoide; • Lítio: usado para a bipolaridade > inflamação da glândula. Tireoidites Factícia e Riedel Factícia • Não tem inflamação na tireoide; • Paciente ingere grande quantidade de hormônios tireoideanos; • Gera os sintomas típicos do hipertireoidismo; • Glândula fria. • Principal exame para diferenciar: tireoglobulina baixa. Riedel • Crônica; • Não altera diretamente a função da tireoide, • Pode ser ediada por IgG4, eosinófilos e anticorpos anti-tireoideanos; • Gera infiltrado plasmocitário e eosinofílico, flebite obliterativa e fibrose; • Manifestações clínicas: dispneia, disfagia devido à fibrose; • Diagnóstico difícil, já que não altera muito a função, então faz-se a biópsia (nesse caso é muito dura e é necessário um cirurgião); • Tratamento: tamoxifeno (primeira opção). Se refratária: Rituximab. Cirurgia em casos de esôfago e traqueias acometidas; • Associação: Ormond, Colangite esclerosante, Pseudoturmo de órbita e Doença de Mikulicz (fibrose em parótida e glândulas lacrimais).
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