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Aula 34 - Poder Executivo - Noções Introdutórias

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Poder Executivo – Noções Introdutórias
DIREITO CONSTITUCIONAL
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PODER EXECUTIVO
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
O Poder Executivo é um tema abordado nos artigos 76 a 91 do texto cons-
titucional, dentre eles, os mais importantes, sem dúvida, são os artigos 84, 85 
e 86. Na esfera política, o cenário conturbado corresponde à necessidade de 
o Supremo Tribunal Federal (STF) ou de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
manifestar-se sobre temas, como impeachment. 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Dentre as concepções advindas da Teoria Geral do Estado, existem três de 
índole doutrinária, a saber: Forma de Estado, Forma de Governo e Sistema de 
Governo. Dentre elas, aborda-se, no Poder Executivo:
• Formas de Governo
 – República x Monarquia
O Brasil adotou, inicialmente, a forma de governo monárquica com a chegada 
da família real, que veio de Portugal. À época, imperaram os reis Dom João VI, 
Dom Pedro I e Dom Pedro II. Em 1889, com a proclamação da república, a forma 
de governo alterou de monarquia para república. 
Na monarquia, a mesma família perpetua-se no poder, ou seja, o poder é 
baseado na hereditariedade. Já na república, o governo baseia-se na eletivi-
dade. Até os dias atuais, existem descendentes da família real na cidade de 
Petrópolis – RJ. Caso o Brasil retorne à monarquia, eles seriam os governantes. 
A monarquia e a república apresentam, ainda, outras características:
Monarquia X República
Hereditariedade Elegibilidade
Vitalício Temporário
Irresponsabilidade perante o povo Responsabilidade perante o povo
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• Sistemas de Governo
 – Presidencialismo x Parlamentarismo
O Brasil foi parlamentarista em dois momentos históricos: o primeiro deles 
ocorreu na época do império; já o segundo, em 1960, quando havia eleições 
independentes para Presidente e Vice-Presidente. Em 1963, por meio de plebis-
cito, estabeleceu-se o sistema de governo presidencialista. 
Atenção!
No sistema e na forma de governo, é possível haver:
• República presidencialista;
• República parlamentarista.
• Monarquia parlamentarista;
• Monarquia presidencialista;
Na Assembleia Nacional, o Poder Constituinte previu a adoção de uma repú-
blica parlamentarista.
Eleições
No Brasil, não é permitida a candidatura avulsa, ou seja, não é possível can-
didatar-se sem estar filiado a um partido político. A Constituição menciona que é 
possível a realização de segundo turno para os cargos de Presidente da Repú-
blica, de Governadores e de Prefeitos, nas cidades com mais de 200 mil habi-
tantes, desde que nenhum candidato tenha obtido maioria absoluta dos votos 
válidos.
A previsão de haver dois turnos se contradizem, pois, como se sabe, o pri-
meiro turno é realizado no primeiro domingo e o segundo turno é realizado no 
último domingo. Isso significa intervalo de 21 (vinte e um) dias. Porém a Consti-
tuição menciona que o segundo turno deve ser realizado em até 20 (vinte) dias. 
Na prática, essa redação não tem prevalecido. 
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• Se não assumir em 10 dias…
O candidato que ganhar a eleição e não tomar posse em até 10 (dez) dias o 
cargo é declarado vago. 
• Se ficar ausente do país por mais de 15 dias sem licença do CN
Se o candidato precisar se ausentar do país por mais de 15 (quinze) dias, 
deve solicitar licença ao Congresso Nacional.
Atenção!
Algumas Constituições Estaduais, elaboradas pelas respectivas assembleias, 
abordam que, se o Governador precisar se ausentar do Estado por mais de 15 
(quinze) dias, é necessário solicitar autorização e, se precisar se ausentar do 
país por qualquer prazo, é necessário requerer autorização. 
O STF declarou inconstitucional o dispositivo mencionado pelas Constituições 
Estaduais, pois previam a possibilidade de perda do cargo em caso de o 
Governador ausentar-se do país por qualquer prazo. Assim, o entendimento do 
STF pacificou-se no sentido de aplicar a regra em simetria com o Presidente, 
ou seja, se ausentar do país por mais de 15 (quinze) dias, é necessário solicitar 
autorização da Assembleia Legislativa. 
A norma instituída pelo STF deve ser entendida como uma norma de repetição 
obrigatória, ou seja, as Assembleias Legislativas, ao produzir a Constituição 
Estadual, não poderão prever a perda do cargo.
• Duração do mandato
Atualmente, o mandato de Presidente tem duração de 4 (quatro) anos com 
possibilidade de reeleição. Porém, na redação original da Constituição, o man-
dato era de 5 (cinco) anos sem possibilidade de reeleição. 
• Substituição x sucessão
A sucessão é definitiva e, geralmente, acontece em caso de morte. Já a subs-
tituição é temporária, ocorrendo em caso de viagem.
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• Ordem de vocação sucessória
A sucessão acompanha a seguinte ordem:
• Presidente.
• Vice-Presidente.
• Presidente da Câmara.
• Presidente do Senado.
• Presidente do STF.
Pegadinha da banca
Em prova, costuma-se afirmar que, após o Vice-Presidente, o sucessor seria 
o Presidente do Congresso Nacional, induzindo o candidato ao erro, já que o 
Presidente do Congresso é, também, Presidente do Senado. Atente-se, pois o 
sucessor, após o Vice-Presidente, é o Presidente da Câmara.
• Providências na dupla vacância
A dupla vacância ocorre quando o cargo de Presidente e de Vice-Presidente 
ficam vagos. Notem que o mandato do Chefe do Executivo subdivide-se em:
• Primeiro biênio – eleição direta em 90 (noventa) dias.
• Segundo biênio – eleição indireta em 30 (trinta) dias. 
Atenção!
As questões relacionadas a fidelidade partidária, ou seja, a impossibilidade 
de troca de partido afeta, exclusivamente, as eleições proporcionais, pois, 
nesses casos, os cargos majoritários – Presidentes, Governadores, Prefeitos 
e Senadores – podem realizar troca de partido político.
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Perguntas
1. O voto direito, secreto, universal e periódico, cláusula pétrea prevista na 
Constituição, pode passar a ser facultativo?
Resposta: sim, a obrigatoriedade do voto não é cláusula pétrea, bastando, 
para isso, emenda à Constituição. 
2. O voto é sempre direto?
Resposta: não, pois há previsão de eleição indireta.
3. Na eleição indireta, o voto pode ser aberto?
Resposta: o STF, analisando caso de eleição indireta realizada em Tocantins, 
entendeu que o voto pode e deve ser aberto, pois, assim, o povo tem o direito de 
saber a quem foi direcionado o voto de seus representantes.
����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Aragonê. 
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