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Relação Parasito Hospedeiro

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1 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
 
Mdd - 3 
Relação Parasito X Hospedeiro.
Origem do Parasitismo: 
 
Relação ou associação de organismos no qual o organismo menor começa a ser 
beneficiado (proteção e alimento). 
Associação entre os organismos por milhares de anos permitiu a evolução para melhor 
relacionamento com o hospedeiro. 
 
Adaptações do Parasito: 
1. Morfológicas: atrofia ou hipertrofia de tecidos ou órgãos. (na fisionomia do 
organismo). 
2. Biológicas: aumento da capacidade reprodutiva, diversificação no tipo de 
reprodução (hermafroditismo, poliembrionia ou partenogênese – se divide para 
se multiplicar). 
3. Capacidade de resistência ou evasão das respostas disparadas pelo 
hospedeiro. 
 
4. Tropismo 
 
 
Associações entre Parasito e Hospedeiro: 
1. PARASITISMO: Apenas um se beneficia. 
Fatores que aumentam a predisposição para a pessoa adquirir o parasita: 
 
 Inerentes ao Parasita: carga parasitaria (quantidade), tamanho, 
metabolismo e virulência. 
 Inerentes ao hospedeiro: estado fisiológico, nutrição, idade, 
intercorrência com outras doenças. 
 
2. SIMBIOSE: Existe troca de VANTAGENS e são capazes de viver isoladamente. 
Quando um necessita do outro para sobreviver. 
 
3. COMENSALISMO: Quando há ASSOCIAÇÃO HARMÔNICA entre parasito e 
hospedeiro. EX: Entamoeba coli – NÃO CAUSA NENHUM DANO. (o hospedeiro 
oferece abrigo e proteção e o parasito não oferece mal algum). 
 
 
2 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
 
Ação dos Parasitas sobre o Hospedeiro: 
1. AÇÃO ESPOLIATIVA: absorção de nutrientes ou sangue do hospedeiro. EX: 
lesões de mucosa por Ascaris. – sangue e oxigênio são desviados, dai a tontura, 
a fadiga e o quadro de anemia. 
 
2. AÇÃO TÓXICA: liberação de metabolitos (produtos liberados pelo parasito) que 
podem lesionar o hospedeiro, vão causar uma resposta imunológica de caráter 
altamente inflamatório – Quadros de hipersensibilidades. EX: alérgenos de 
Schistosoma. 
 
3. AÇÃO MECÂNICA: obstrução de um determinado canal, como, do fluxo do bolo 
alimentar. EX: Ascaris. 
 
4. AÇÃO TRAUMÁTICA: migração de formas jovens por diferentes tecidos. EX: 
Ancylostoma. 
 
5. AÇÃO IRRITATIVA: irritação LOCAL onde está o parasito. EX: ação das 
ventosas dos cestódeos na mucosa intestinal - (Taenia) 
 
6. AÇÃO ENZIMÁTICA: lesão de epitélio por enzimas líticas – Quando quebra a 
barreira física. EX: cercarias de Schistosoma. 
 
7. ANÓXIA: consumo de oxigênio da hemoglobina. 
 
UM PARASITA PODE TER MAIS DE UMA AÇÃO!!! 
 
 
Vias de Penetração: Mecanismo de Infecção: 
▪ Pele; 
▪ Mucosas; 
▪ Trato Urogenital; 
▪ Trato Respiratório; 
▪ Trato Gastrointestinal; 
▪ Sistema Vascular. 
SÃO AS BARREIRAS FÍSICAS. 
 
 
 
 
 
▪ Ingestão de água e alimentos 
contaminados; 
▪ Contato com águas de lagos 
contaminados; 
▪ Contato direto pessoa/pessoa; 
▪ Picada de inseto hematófago; 
▪ Penetração ativa de formas 
larvárias. 
FORMA PELO QUAL PATÓGENO 
ENTRA NO HOSPEDEIRO. 
 
 
3 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
 
Objetivo da resposta do hospedeiro: 
1. Limitar a multiplicação do parasito e sua distribuição nos tecidos. 
2. Prevenir a lesão tecidual e a morte celular. 
3. Prevenir infecções subsequentes. 
4. Facilitar a eliminação rápida do parasito em um segundo contato. 
 
 
Resposta Imune Helmintos: 
O parasita helminto nematoide vai apresentar antígenos. Estes podem ser fagocitados 
e apresentados pelas células apresentadoras de antígenos APC - (caso seja 
reconhecido como NÃO próprio) – para as células T. 
As células T vão ser induzidas a uma multiplicação clonal. O padrão de resposta por ser 
um parasito extracelular vai ser TH2, porque a resposta imune humoral mediada por 
anticorpos vai ser ótima para opsonizar e induzir uma resposta efetora. 
Começa a ter liberação de citocinas que vão induzir as células B a se transformarem 
em plasmócitos. Então essas células B vão começar a produzir anticorpos importantes, 
tanto da classe IGG quanto da classe IGE. 
O IGE está tanto presente nas alergias quanto nas infecções parasitarias porque os 
anticorpos IGE tem a capacidade de se ligar no antígeno parasitário – (PORÇÃO F A B 
se liga ao antígeno parasitário e a PORÇÃO FC se liga aos receptores dos granulócitos 
ex: eosinófilos e mastócitos => Começam a liberar aminas vasoativas que levam a 
vasodilatação, e processo alérgico. Essa degranulação é importante para que esses 
grânulos a exemplo dos liberados pelos eosinófilos façam a lise / quebra do parasita. 
Uma vez que esse parasita está lisado / fragmentado o sistema de defesa mediado por 
macrófagos faz um processo de limpeza. Então os macrófagos vão fazer a fagocitose 
para eliminar o patógeno que foi lisado pelo sistema enzimático liberado pelos 
eosinófilos. 
ESSA É A RESPOSTA TIPICA!! Contudo os parasitas não ficam inertes, possuem 
algumas armas pois caso contrário as pessoas não ficariam doentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que pessoas vão adoecer? 
Vai depender do comportamento 
biológico daquele agente infeccioso e 
também de como o indivíduo está em 
relação a sua saúde. 
 
4 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escape da resposta Imune: helmintos 
São as armas que o parasita usa para driblar o sistema imune. 
1. TAMANHO: dificuldade de eliminar; 
 
2. COBERTURA COM MOLÉCULAS DO HOSPEDEIRO: cestodas (Taenias) e 
trematodas (Schistosoma) adsorvem moléculas do hospedeiro – cobrem todo o 
seu corpo com antígenos próprios. Ex: moléculas eritrocitárias. 
 
3. DISFARCE MOLECULAR ou MIMETISMO MOLECULAR: começam a produzir 
moléculas com alta homologia com moléculas do hospedeiro. Eles se adaptaram 
a ponto de produzir proteínas que são expressas na sua superfície que se 
assemelham a proteínas presentes no paciente 
 
MHC de classe 1 e 2 são tipos de antígenos leucocitários humanos que são 
apresentados pelas células que fazem a apresentação antigênica. 
 
Os parasitos a Ex: do Schistosoma, começam a produzir proteínas que se 
assemelham a esses antígenos leucocitários MHC 1 e 2, e quando o sistema 
imunológico passa perto do parasita este é visto como próprio. 
Consequência: O Helminto é visto com “self” pelo sistema imune. 
 
4. IMMUNOSUPRESSÃO – MANIPULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE: 
Parasitos podem secretar agentes anti-inflamatórios que suprimem o 
recrutamento e ativação de leucócitos efetores ou bloqueiam a ação quimiotática 
de quimiocinas. 
 
Resumo da resposta: 
O parasito vai liberar um antígeno, esse antígeno vai ser fagocitado e apresentado por uma 
célula apresentadora de antígeno APC (dendríticas, langhans, macrófagos, células B). Como 
este antígeno é extracelular – está fora da célula – a apresentação vai ser via MHC de classe 
2 para as células T naive. Essas células T vão começar a se proliferar e vão mudar o seu 
padrão de resposta que será importante para proteger o indivíduo. Já que o parasito é 
extracelular a melhor forma de combate seria através da produção de anticorpos. 
Os anticorpos são produzidos pelas células B, essas células B amadurecidas e altamente 
secretoras são chamadas de plasmócitos. Os plasmócitos liberam / secretam anticorpos que 
opsonizam / se ligam ao antígeno do parasito, estimula a degranulação de mastócitos e 
também estimulam a degranulação de outras células granulocíticas a EX: dos eosinófilos. 
Estes eosinófilos liberam gram enzimas que são capazes de lisar o parasito. O parasito sofre 
ação lítica dessas enzimas é digerido e outros fagócitos como EX: macrófagos fazem a 
fagocitose para limpar o tecido da presença do patógeno. 
 
 
5 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
 
O parasito pode induzir uma anergia das células, ou seja, pode fazer com que 
aquela célula diminua sua atividade metabólica, e, portanto, imunologicamente 
ela não vai ter essa atividade. Este parasito também pode induzir as células a 
produzir um padrãode resposta que diminua a inflamação – Se diminuir a 
inflamação não há resposta imunológica ou não tem células efetoras efetivas 
para fazer a liberação de citocinas, recrutar mais macrófagos e deflagar uma 
resposta apropriada. Então acaba suprimindo a resposta imunológica. 
 
EX: Proteínas ligantes a BETA-integrina CR3 de Dirofilaria immitis – inibe 
recrutamento de neutrófilos. 
 
 
Resposta Imune Protozoários: NAS PROXÍMAS AULAS. 
Aspectos relevantes na imunidade contra protozoários: 
▪ INTRACELULARES, podem estar hospedados no citoplasma da célula ou em 
vesículas especializadas; 
 
▪ Forte interação com as células APC – glicococonjugados de membrana ligantes 
a Toll (Tolls 4 e2), ácidos nucleicos ligantes a Toll 9 (CpG não metilados), 
algumas proteínas ligantes a Toll 11 (flagelina); 
 
▪ Defesa baseada na ação de macrófagos ativados, células NK e linfócitos T 
citotóxicos; 
 
▪ Resposta humoral participando apenas em uma curta fase extracelular; 
 
▪ Todos os protozoários possuem formas diferentes em seu ciclo biológico, nas 
quais ocorre mudança sensível nas características antigênicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
 
Resumo da Imagem: 
Alguns tipos de proteínas de superfície que acabam levando a uma resposta 
imunológica imunossuprimida. 
Por exemplo, na imagem há algumas proteínas presentes (T. cruzi...) que ativam uma 
reação no espaço intracelular da célula de defesa conduzindo a uma ação que diminui 
o processo inflamatório e que auxilia assim a replicação do parasito de forma 
descontrolada. Isso seria um exemplo de um sistema de imunossupressão. 
Seria um exemplo de imunossupressão porque está induzindo a secreção de duas 
citocinas que quando juntas atuam no intuito de diminuir a resposta. CITOCINAS IL-10 
(citocina regulatória) e TGF beta (tipicamente um papel anti inflamatório).

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