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Peroxissomos: Funções e Importância

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©
 
Os peroxissomos são organelas arredondadas, 
presentes em quase todas as células 
eucarióticas, que variam em número, tamanho 
e forma de acordo com os tipos celulares. Eles 
são envolvidos por apenas uma membrana, e 
a matriz peroxissomal é repleta de enzimas 
oxidativas, como a catalase e urato oxidase. 
Por não serem dotados de genoma, os 
peroxissomos obtêm muitas das suas 
proteínas por importação seletiva do citosol, 
embora algumas delas entrem na membrana 
dos peroxissomos por meio do RE. A 
composição enzimática também varia de 
acordo com o tipo celular e as condições 
fisiológicas, uma vez que dependendo do tecido 
ocorrem diferentes reações metabólicas. 
 
Os peroxissomos são assim denominados 
porque costumam conter uma ou mais 
enzimas que empregam oxigênio molecular 
para remover átomos de hidrogênio de 
substratos orgânicos específicos em uma 
reação oxidativa que produz peróxido de 
hidrogênio (H2O2): H2 + O2 + H2O2. Por isso são 
considerados detoxificadores celulares. A 
catalase utiliza o H2O2 gerado por outras 
enzimas na organela para oxidar uma 
variedade de outros substratos – incluindo 
ácido fórmico, formaldeído e álcool – pela 
reação peroxidativa: H2O2 + H2 → R´ + 2H2O. 
 
Esse tipo de reação oxidativa é particularmente 
importante nas células do fígado e do rim, nas 
quais os peroxissomos destoxificam várias 
moléculas tóxicas que entram na corrente 
sanguínea. Cerca de 25% do etanol que 
bebemos é oxidado a acetaldeído dessa forma. 
Além disso, quando um excesso de H2O2 
acumula-se na célula, a catalase o converte em 
H2O por meio da reação: 2H2O2 → 2H2O + O2. 
 
 
 
A principal função das reações oxidativas 
realizadas nos peroxissomos é a quebra de 
moléculas de ácido graxo. O processo 
denominado β-oxidação encurta as cadeias 
alquil dos ácidos graxos, convertendo assim os 
ácidos graxos em acetil-CoA (acetil-coenzima 
A). Os peroxissomos exportam então acetil-
CoA ao citosol para utilizá-la em reações 
biossintéticas. Uma dessas reações é a catálise 
das primeiras reações de formação dos 
plasmalogênios, que são a classe mais 
abundante de fosfolipídeos na mielina. A 
deficiência de plasmalogênios causa anomalias 
profundas na mielinização dos axônios das 
células nervosas, sendo essa uma das razões 
©
 
por que muitos distúrbios peroxissômicos 
levam a doenças neurológicas. Uma sequência 
específica de três aminoácidos (Ser-Lys-Leu) 
localizados na região C-terminal de muitas 
proteínas dos peroxissomos atua como um 
sinal de importação, outras proteínas 
peroxissômicas contêm uma sequência-sinal 
próxima à região N-terminal. Se uma dessas 
sequências está ligada a uma proteína 
citosólica, a proteína é importada para 
peroxissomos. Os sinais de importação são 
primeiro reconhecidos pelos receptores 
solúveis de proteínas no citosol. Várias 
proteínas distintas, chamadas de peroxinas, 
participam no processo de importação, que é 
movido por hidrólise de ATP. Um complexo de 
peroxinas forma uma proteína translocadora 
na membrana do peroxissomo 
 
 
Um receptor de importação solúvel, a peroxina 
Pex5, reconhece o sinal de importação C-
terminal peroxissômico. Ela acompanha sua 
carga até o interior dos peroxissomos e, após a 
liberação da carga, retorna ao citosol. A 
importância dos peroxissomos e desse 
processo de importação está demonstrada na 
síndrome de Zellweger, uma doença 
hereditária na qual um defeito na importação 
de proteínas para os peroxissomos leva a uma 
deficiência peroxissômica grave. Esses 
indivíduos, cujas células contêm peroxissomos 
“vazios”, apresentam graves anomalias no 
cérebro, no fígado e nos rins, e morrem logo 
após o nascimento. Uma mutação no gene que 
codifica a peroxina Pex5 causa uma forma 
dessa doença. 
 
 
 
 Foi usado como referência 
bibliográfica para este resumo o livro: 
ALBERTS, Bruce - Biologia Molecular da 
Célula, 6° edição. W. W. Norton & 
Company, 2017.

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