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AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DE DIFERENTES SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR: CONVENCIONAL E CONSERVACIONISTA

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RESUMO 
 
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DE DIFERENTES SISTEMAS DE 
PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR: CONVENCIONAL E 
CONSERVACIONISTA 
 
Aluna: Silvana Bárbara Gonçalves da Silva 
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e dos Materiais – 
UTFPR 
Data: 01/04/2016 
 
 O artigo estudado trata-se de uma comparação do desempenho ambiental 
de dois sistemas de cultivo de cana-de-açúcar, sendo o sistema convencional e 
o sistema de plantio direto em rotação com a soja. A pesquisa foi realizada nas 
etapas de pré-plantio e plantio da cana. 
 Os autores do artigo começam a Introdução contextualizando com dados 
da CONAB (2014), sobre a importância da cana-de-açúcar para o 
desenvolvimento do Brasil e que estão sendo tomadas iniciativas para reduzir os 
impactos ambientais da produção da cana. Isto se deve porque, em grande 
escala, os impactos ambientais também apresentam grandes proporções. 
 O artigo explicita a Lei Estadual de São Paulo 11.241 de 19/09/2002, que 
proíbe a queimada pré-colheita, o que decorre em oportunidades de práticas 
mais conservacionistas, fato que viabiliza o sistema de plantio direto. 
 Os autores, citando Derpsch (2008), afirmam que o sistema de plantio 
direto já é consolidado na produção de grãos, e trata-se da realização de uma 
semeadura em solos não preparados mecanicamente. Desta forma, segundo 
Rosolem et. al. (2003), apenas se abrem sulcos sob restos vegetais de cultivo 
feitos anteriormente, sendo que estes resíduos protegem o solo da erosão e 
possibilitam o ciclo de nutrientes nos próximos cultivos. Citando Storino et. al. 
(2010), expõem que no preparo do solo convencional há a movimentação intensa 
do solo, pois destrói, incorpora os restos vegetais e nivela a superfície antes do 
plantio. 
 O artigo informa que para a realização da pesquisa, os levantamentos 
foram realizados em duas fazendas canavieiras, utilizando a Avaliação do Ciclo 
de Vida. Para os estudos, foram levados em consideração os fatores que mais 
interferem na produção e qualidade da cana-de-açúcar, que são, segundo César 
et. al. (1987), a interação entre solo e clima, o manejo da cultura e a cultivação 
escolhida. O trabalho foi realizado seguindo algumas Normas da ABNT para 
ACV. 
 Segundo os autores, para a realização do Inventário do Ciclo de Vida 
(ICV), foram levantadas em campo as entradas de material e energia das etapas 
de preparo do solo e plantio, e as emissões atmosféricas foram estimadas de 
acordo com o IPCC (2006). O resultado do ICV é mostrado no artigo em forma 
de tabela. 
 Quanto à Avaliação do Impacto do Ciclo de Vida, de acordo com os 
autores do artigo, os resultados mostraram que o impacto de Mudanças 
Climáticas é mais significativo que o impacto de Depleção Fóssil. Com relação à 
avaliação dos sistemas de produção, identificou-se que as emissões de gases 
de efeito estufa (GEE) geradas no pré-plantio e plantio do sistema convencional 
são as determinantes principais para as Mudanças Climáticas. As operações 
agrícolas, principalmente o plantio, foram as maiores responsáveis pela geração 
de emissões de dióxido de carbono fóssil. Com relação à Depleção Fóssil, no 
sistema convencional as operações agrícolas foram as principais responsáveis 
pelo impacto ambiental. Os autores informam que no sistema de plantio direto, 
as emissões geradas durante as etapas de preparo de solo e plantio, o que inclui 
a produção de soja, foram responsáveis por 38,9% do impacto de Mudanças 
Climáticas, por causa da emissão de óxido nitroso. De acordo com o artigo, a 
produção de vinhaça também contribuiu de forma considerável para a geração 
de gases de efeito estufa, sendo 29,3%. Também foi considerado como 
relevante que, com relação à Depleção Fóssil, foram muitos os processos 
consumidores deste recurso não-renovável. Este impacto é distribuído de forma 
balanceada nos processos, e não indica pontos críticos. 
 Segundo os autores, ao se considerar o sistema integrado da produção 
de cana-de-açúcar em rotação com a soja, os resultados afirmaram que a 
produção da cana teve uma maior contribuição para as Mudanças Climáticas 
(64,8%) e para a Depleção Fóssil (59,7%). Se expõe no artigo que este resultado 
é muito positivo para o plantio direto aplicado canavicultura, pois agrega uma 
produção adicional de aproximadamente 4t/ha de soja, melhora as 
características do solo, e mostra um desempenho ambiental mais favorável que 
o da cana, diminuindo os impactos ambientais a aumentando a sustentabilidade. 
 Por fim, os autores concluem que é muito importante a busca por práticas 
agrícolas mais sustentáveis na produção de cana-de-açúcar, como o plantio 
direto, devido a relevância da cultura canavieira na economia do Brasil. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BARRANTES, L. S.; MATSUURA, M. I. S. F. ; RAMOS, N. P. . Avaliação de impactos ambientais 
de diferentes sistemas de produção da cana-de-açúcar: convencional e conservacionista. In: IV 
Congresso Brasileiro de Gestão pelo Ciclo de Vida, 2014, São Bernardo do Campo. IV 
Congresso Brasileiro de Gestão pelo Ciclo de Vida – Anais... 2014. p. 11-16. 
 
CÉSAR, M. A. A., DELGADO, A. A., CAMARGO, A. P., BISSOLI, B. M. A., SILVA, F. C. 
Capaciade de fosfatos naturais e artificiais em elevar o teor de fósforo no caldo de cana-de-
açúcar (cana-planta), visando o processo industrial. STAB: Açúcar, Álcool e Subprodutos, 
v.6, p.32-38, 1987. 
 
COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). Acompanhamento da safra 
brasileira de cana-de-açúcar: Segundo levantamento da safra 2014/2015. Agosto de 2014. 
 
DERPSCH, Rolf. Expansão mundial do plantio direto. Revista Plantio Direto, 2008. 
 
INTERGOVERNMENTAL PANEL OF CLMATE CHANGE – IPCC. Guidelines for national 
greenhouse gas inventories. 2006 
 
ROSOLEM, C. A., CALONEGO, J.C., FOLONI, J. S. S. Lixiviação do potássio da palhada de 
espécies de cobertura de solo de acordo com a quantidade de chuva aplicada. Revista 
Brasileira de Ciência do Solo, v. 27, p. 355-362, 2003. 
 
STORINO, M., FILHO, A. P., KURACHI, S. A. Cana-de-açúcar: Aspectos operacionais do 
preparo do solo. 1 ed. Campinas: Casagrande, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://lattes.cnpq.br/5833521570773491

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