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SP1- Proliferação celular, HPV E CÂNCER UTERINO

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Sp1- Prevenção 
Mirtes: 27 anos 
Namora desde os 18 anos, iniciou sua vida sexual com ele (Joelson) e nunca teve 
outros parceiros sexuais. 
Procurou a UBS para exames de rotina, sem sintomas (preventivo). 
Havia problema com material da lâmina, a médica solicitou colposcopia para maior 
busca e o resultado foi “células escamosas atípicas de significado indeterminado 
(classificação de Bethesda: ASC-H)”. 
Foi encontrada uma área acetobranca no colo do útero, que levantou suspeita de 
infecção por HPV, sendo realizada uma biópsia local, classificada como lesão 
intraepitelial, NIC II-III. 
Paciente foi encaminhada para realização de conização cirúrgica do colo. 
Mirtes ficou assustada e buscou maiores esclarecimentos na internet, tentando achar 
fatores que poderiam ter levado a esse acontecimento. 
 
Colposcopia 
Conização 
Classificação de Bethesda 
NIC II-III 
 
 
 
Questões 
 
1. Descreva o ciclo celular, os pontos de checagem e 
seus interferentes que levam a neoplasia. 
 
 
Para alcançar a replicação e divisão do DNA, a célula passa por uma sequência de 
eventos estreitamente controlados conhecida como ciclo celular. 
O ciclo celular consiste nas fases G1 (pré-síntese), S (síntese de DNA), G2 
(prémitótica) e M (mitótica). 
As células quiescentes, que não entraram no ciclo celular, estão no estado G0. 
Cada fase do ciclo celular é dependente de ativação apropriada e finalização da fase 
anterior, e o ciclo se interrompe no local onde a função de um gene essencial é 
deficiente. 
O ciclo celular possui múltiplos controles e redundâncias, particularmente durante a 
transição entre as fases G1 e S. Esses controles incluem ativadores e inibidores, bem 
como sensores que são responsáveis pelos pontos de controle. 
As células quiescentes devem, primeiramente, passar pela transição de G0 para G1. 
Essa transição envolve a ativação transcricional de um grande conjunto de genes, que 
inclui proto-oncogenes e genes necessários para a síntese de ribossomos e translação 
da proteína. As células em G1 progridem através do ciclo e alcançam um estágio 
crítico na transição G1/S, conhecida como ponto de restrição, uma etapa de 
limitação da velocidade para a replicação. 
A progressão através do ciclo celular, particularmente na transição G1/S, é 
estreitamente regulada por proteínas chamadas ciclinas e enzimas associadas 
chamadas cinases ciclina-dependentes (CDK). 
CDK ativadas nesses complexos direcionam o ciclo celular através de fosforilação de 
proteínas que são críticas para as transições do ciclo celular. 
Uma dessas proteínas é a proteína de suscetibilidade ao retinoblastoma (RB), que 
normalmente impede as células de replicação, pela formação de um complexo 
inativo com o fator de transcrição E2F. A fosforilação da RB causa sua liberação, que 
ativa E2F e permite que o fator estimule a transcrição de genes cujos produtos 
conduzem as células através do ciclo celular. 
Inclusos no ciclo celular estão os mecanismos de vigilância que são montados para 
perceber lesão ao DNA e cromossomos, que são os pontos de controle. Elas asseguram 
que células com DNA ou cromossomos lesados não completem a replicação. 
Ponto em G1/S, checa a integridade do DNA antes da replicação. 
Ponto em G2/M, verifica o DNA após a replicação e monitora se a célula pode entrar, 
com segurança, em mitose. 
Quando as células percebem a lesão do DNA, a ativação do ponto de controle retarda 
o ciclo celular e desencadeia os mecanismos de reparo do DNA. Se a lesão do DNA é 
grave para ser reparada, as células são eliminadas por apoptose ou entram em um 
estado não replicativo chamado senescência, através de mecanismos p53-
dependentes. 
Os defeitos nos pontos de controle que permitem a divisão de células com quebras 
dos filamentos de DNA e anormalidades cromossômicas produzem mutações nas 
células filhas que levam à neoplasia. 
 
Alterações Genéticas e Epigenéticas: 
 
O dano genético não letal encontra-se no cerne da carcinogênese. 
O dano inicial (ou mutação) pode ser causada por exposições ambientais, 
pode ser herdada na linhagem germinativa, ou pode ser espontânea e 
aleatória. 
 
Alterações no DNA são hereditárias, sendo passadas para as células filhas e, 
portanto, todas as células dentro de um tumor individual partilham do mesmo 
conjunto de mutações que estavam presentes no momento da transformação. 
 
Mais frequentemente identificadas por sequenciamento de DNA ou analise 
cromossômica. 
 
Quatro classes de genes reguladores normais – os proto-oncogenes promotores 
do crescimento, os genes supressores do tumor que inibem o crescimento, os 
genes que regulam a morte celular programada (apoptose) e os genes 
envolvidos na reparo do DNA – são os principais alvos de mutações causadoras 
de câncer. 
 
Proto-oncogenes: 
 
As mutações que ativam proto-oncogenes geralmente causam um aumento 
excessivo em uma das funções do produto genético codificado, ou, algumas 
vezes, confere uma função completamente nova para o produto genético 
afetado que é oncogênica. 
Os oncogenes são criados por mutações nos proto-oncogenes e codificam 
proteínas chamadas de oncoproteínas que possuem a capacidade de promover 
o crescimento celular na ausência de sinais promotores de crescimento 
normais. 
Via do receptor tirosina cinase, pois esta parece ser a via oncogênica que 
mais sofre mutação em neoplasias humanas. 
 
Mecanismos pelos quais as células cancerígenas adquirem autossuficiência em 
sinais de crescimento. 
 
Os proto-oncogenes de pró-crescimento podem codificar fatores de 
crescimento, receptores do fator de crescimento, transdutores de sinal, 
fatores de transcrição ou componentes do ciclo celular. Os oncogenes 
correspondentes geralmente codificam oncoproteínas que servem funções 
semelhantes às suas contrapartes normais. 
Resultado desta atividade, oncoproteínas de pró crescimento favorecem 
células com a autossuficiência em crescimento. 
 
 Fatores de Crescimento: 
Muitas células cancerígenas adquirem a habilidade de sintetizar os mesmos 
fatores de crescimento a que são responsivas, criando uma alça autócrina. 
Nos tumores em que uma alça autócrina é um elemento patogênico 
importante, o próprio gene do fator de crescimento normalmente não é 
alterado nem sofre mutação. O mais comum é que os sinais transduzidos por 
outras oncoproteínas causem superexpressão e secreção aumentada de 
fatores de crescimento, desse modo inciando e amplificando a alça autócrina. 
 
 
 
 Receptores de Fator de Crescimento: 
Um grande número de oncogenes codificam receptores de fatores de 
crescimento, dos quais os receptores tirosina cinases indiscutivelmente são as 
mais importantes no câncer. 
As versões oncogênicas destes receptores estão associadas com mutações que 
conduzem à atividade constitutiva de tirosina cinase independente de fator 
de crescimento. Assim, os receptores mutantes liberam sinais mitogênicos 
contínuos para a célula, mesmo na ausência do fator de crescimento no 
ambiente. 
Os receptores tirosina cinases podem ser ativados constitutivamente nos 
tumores por múltiplos mecanismos, incluindo mutações pontuais, rearranjos 
gênicos e amplificações gênicas 
 
 
 
 Mutações de RAS: 
As mutações pontuais dos genes da família da RAS são o tipo mais comum 
de anomalia isolada envolvendo proto-oncogenes em tumores humanos. 
Várias mutações pontuais de RAS distintas foram identificadas em células 
cancerígenas que reduzem significativamente a atividade de GTPase da 
proteína RAS. Como resultado, essas formas com mutação da RAS são 
presas na forma ligada à GTP ativada e a célula recebe continuamente 
sinais de pró-crescimento. Decorre deste cenário que as consequências das 
mutações de ganho de função em proteínas RAS devem ser imitadas por 
mutações de perda de função em GAPs que normalmente restringem a 
atividade da RAS 
 
 Mutações Oncogênicas do BRAF e da PI3K: 
BRAF, Assim como as mutações ativadorasde RAS, as mutações ativadoras 
de BRAF estimulam cada uma dessas cinases à jusante e, finalmente, 
ativam os fatores de transcrição. 
 
As mutações de PI3K afetam as subunidades catalíticas e geralmente 
resultam em um aumento na atividade enzimática 
 
 Alterações nas Tirosina cinases não Receptoras 
Tirosina cinases não receptoras são ativadas através de mutações pontuais 
que anulam a função de domínios reguladores negativos que normalmente 
mantêm a atividade de enzima em cheque. 
 
 Fatores de Transcrição 
Os fatores de transcrição desta classe incluem os produtos dos proto-
oncogenes MYC, MYB, JUN, FOS, e REL. Deles, o MYC é o geralmente 
envolvido nos tumores humanos, e, portanto, se justifica a realização de 
uma breve revisão da sua regulação e função. 
 
O oncogene MYC 
O MYC ativa a expressão de diversos genes que estão envolvidos no 
crescimento celular, regula a expressão de telomerase e é um dos poucos 
fatores de transcrição que podem agir em conjunto para reprogramar as 
células somáticas em células-tronco multipotentes. 
 
A desregulação dele envolve alterações genéticas do próprio MYC. 
Mutações oncogênicas que envolvem componentes de vias de sinalização a 
montante elevam os níveis de proteína do MYC aumentando a transcrição 
do MYC, melhorando a tradução de mRNA do MYC, e/ou estabilizando as 
proteínas do MYC. Assim, as sinalizações Transformam células, por meio 
de regulação positiva do MYC 
 
 
 
 Genes supressores do tumor: 
 
As mutações que afetam os genes supressores de tumor geralmente causam 
uma “perda de função” e, na maioria dos casos, ambos os alelos devem ser 
danificados antes que a transformação possa ocorrer. 
Freios na proliferação celular, e anomalias nesses genes levam à insuficiência 
da inibição de crescimento, uma outra marca fundamental da carcinogênese. 
 
RB, Reguladora do Ciclo Celular 
- Quando hipofosforilada, a RB exerce efeitos antiproliferativos por ligação e 
inibição de fatores de transcrição E2F que regulam genes necessários para que 
as células passem através do ponto de checagem do ciclo celular da fase G1-
S. A sinalização normal de fatores de crescimento leva à hiperfosforilação e 
inativação da RB, promovendo assim a progressão do ciclo celular. 
 
-O efeito antiproliferativo da RB é anulado nos cânceres através de uma 
variedade de mecanismos, incluindo: 
1) Mutações de perda de função que afetam a RB 
2) Amplificações de genes dos genes CDK4 e ciclina D 
3) Perda de inibidores de cinase dependentes de ciclina (p16/INK4a) 
4) Oncoproteínas virais que se ligam e inibem a RB (proteína E7 do HPV) 
 
P53 
A proteína p53 é o monitor central do estresse na célula e pode ser ativada 
por anóxia, sinalização inadequada por oncoproteínas mutadas ou danos no 
DNA. A p53 controla a expressão e a atividade das proteínas envolvidas na 
interrupção do ciclo celular, reparoreparo de DNA, senescência celular e 
apoptose. 
 
Os danos no DNA são detectados por complexos contendo cinases da família 
ATM/ATR; essas cinases fosforilam a p53, liberando-a de seus inibidores, como 
o MDM2. Em seguida, a p53 ativa e regula positivamente a expressão de 
proteínas tais como o inibidor da cinase dependente de ciclina p21, causando 
assim a interrupção do ciclo celular no ponto de checagem G1-S. Essa pausa 
permite que as células reparem os danos no DNA. 
 
Se o dano no DNA não puder ser reparado, a p53 induz eventos adicionais que 
levam à senescência celular ou à apoptose. 
 
A maioria dos cânceres humanos demonstram mutações de perda de função 
bialélica no gene TP53. Os raros pacientes com síndrome de Li-Fraumeni 
herdam uma cópia defeituosa do gene TP53 e apresentam uma incidência 
muito alta de uma grande variedade de tipos de câncer. 
 
Assim como a RB, a p53 é inativada por oncoproteínas virais, tais como a 
proteína E6 do HPV . 
 
 
2. Conceitue neoplasia, metaplasia, displasia, aplasia 
e anaplasia 
Conceito de neoplasia 
Neoplasia significa “novo crescimento”, e um novo crescimento é denominado de 
neoplasma. O neoplasma é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é 
excessivo e não coordenado com aquele dos tecidos normais, e persiste da mesma 
maneira excessiva após a interrupção do estímulo que originou as alterações. 
 Nomenclatura: muda se for benigno, maligno, tecido alvo ou tipo celular 
afetado. 
 Ritmo de crescimento próprio 
 Invasão local (malignos) 
 Metástase: por cavidades, superfícies corporais, vias linfáticas e 
hematogênicas (malignos) 
Significa um novo crescimento, denominado neoplasma, termo tumor era aplicado 
ao edema causado pelo neoplasma, no entanto acabou tendo a mesma atribuição que 
esse. 
 Distúrbio do crescimento celular que é desencadeado por uma série de 
mutações adquiridas que afetam uma única célula e sua progênie clonal 
 Tumores tem dois componentes básicos: (1) células neoplásicas clonais que 
constituem o parênquima tumoral, (2) estroma reativo feito de tecido 
conjuntivo, vasos sanguíneos e números variáveis de células do sistema imune 
inato e adaptativo. 
 Quanto a classificação, é baseada no parênquima, porém seu crescimento e 
disseminação estão baseados no estroma 
 Pode ser com consistência mole, sem de tecido conjuntivo em abundância, 
ou com aspecto mais pedroso chamados de desmoplasmas 
 
 Tumores Benignos: 
 Possui aspectos micro e macroscópicos são considerados relativamente 
inocentes, significando que ele permanece localizado, não se disseminará 
para outras áreas e geralmente pode ser removido por cirurgia local 
 São designados ligando o sufixo -oma ao nome do tipo de célula a partir do 
qual se origina o tumor, porém podem classificados com base em suas células 
de origem, outros no padrão microscópico, e ainda outros em sua 
arquitetura macroscópica 
 Exemplo, câncer em tecidos fibrosos → Fibroma, já um cartilaginoso → 
Condroma 
 Adenoma → aplicado a uma neoplasia epitelial benigna derivada de 
glândulas, 
 Papiloma → Neoplasias com projeções micro e macro visíveis a partir de 
superfícies epiteliais 
 Cistadenomas → Formam grandes massas císticas como nos ovários 
 Pólipo → projeção macroscopicamente visível acima da superfície mucosa e 
se projeta como nos intestinos, com presença de glândulas denomina-se 
adenomatoso 
 
 Tumores Malignos: 
 Derivados da palavra caranguejo por aderirem em qualquer superfície 
 Tumores malignos podem invadir e destruir as estruturas adjacentes e se 
disseminar para áreas distantes (metastatizar), levando à morte. 
 surgem em tecidos mesenquimais sólidos são geralmente chamados de 
sarcomas (do grego sar = carnosa; e.g. fibrossarcoma, condrossarcoma, 
leiomiossarcoma, rabdomiossarcoma), 
 os que surgem de células formadoras de sangue são as leucemias 
(literalmente, sangue branco) ou linfomas (tumores de linfócitos ou seus 
precursores). 
 As neoplasias malignas de origem nas células epiteliais, derivadas de qualquer 
uma das três camadas germinativas (endoderme, mesoderme e ectoderme) , 
são denominadas carcinomas. 
 Adenocarcinoma → crescimento celular com padrão glandular 
 
 Tumores Mistos: 
 Diferenciação divergente de um único clone neoplásico cria um tumor 
misto 
 Esses tumores contêm componentes epiteliais esparsos em meio a um estroma 
mixóide que pode conter ilhas de cartilagem ou osso. Todos esses elementos 
surgem de um único clone capaz de produzir tanto células epiteliais quanto 
mioepiteliais; portanto, a designação de preferência para tais neoplasias é 
adenoma pleomórfico 
 Teratoma → contém células maduras ou imaturas ou tecidos 
reconhecidamente pertencentes a mais de uma camada germinativa, se 
origina de células germinativas totipotentes, normalmente presentes nos 
ovários e nos testículos 
 
Conceito de metaplasia 
Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial 
ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular. Ela representa uma substituição 
adaptativa de células sensíveis ao estresse por tiposcelulares mais capazes de suportar 
o ambiente hostil. 
 
Conceito de displasia 
Displasia é um termo geral usado para designar o surgimento de anomalias durante o 
desenvolvimento de um órgão ou tecido corporal, em que ocorre uma proliferação 
celular que resulta em células com tamanho, forma e características alteradas. A 
displasia implica uma alteração inequívoca do programa de crescimento e 
diferenciação celular. 
Conceito de aplasia 
A aplasia é uma disfunção das células e tecidos que leva à interrupção do seu 
desenvolvimento. A aplasia surge após o nascimento e não é transmissível. As causas 
principais são tratamentos contra o câncer, infecções virais ou bacterianas, 
exposição à radiação e reação imunológica. 
Conceito de anaplasia 
As células indiferenciadas são também chamadas de anaplásicas. As células 
anaplásicas apresentam variação de tamanho e forma. O termo anaplasia significa, 
literalmente, “transformar-se para trás”, indicando uma reversão da diferenciação 
para um nível mais primitivo. Acredita-se, contudo, que a maioria dos cânceres não 
representa uma “diferenciação reversa” das células normais maduras, mas, de fato, 
surgem de células menos maduras com propriedades “semelhantes a células-tronco”, 
tais como as células tronco teciduais. 
 
3. Epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico, 
sintomas, diagnóstico, tratamento, vacinas do HPV. 
 
Epidemiologia: 
A prevalência de HPV geral na população feminina pesquisada foi de 54,6% e na 
masculina, de 51,8%. 
 Os dados revelam que a prevalência do HPV mostra-se maior na Região Nordeste, 
com 58,09%, e na região Centro-Oeste com 56,46%. Na Região Norte o índice é de 
53,54%, no Sudeste 49,92%, e na região Sul 49,68%. 
 A faixa etária de maior acometimento situa-se entre 20 e 40 anos, com o pico de 
incidência entre 20 e 24 anos, tanto na população feminina como masculina. É 
importante registrar que há estudos demonstrando que a prevalência de infecção 
pelo HPV é maior na raça branca que na raça negra, sendo encontrada também nos 
indígenas. 
 
Fisiopatologia: 
 Proteina E6 do HPV- Estima expressão de TERT 
Se liga a P53 
 Proteina E7 do HPV- Inativa os inibidores de CDK21 (P21) que inativam as 
ciclinas, consequentemente vai ter aumento das ciclinas 
Se liga a RB em vez das ciclinas CDK’s promovendo a progressão através do 
ciclo 
 
Sintomas: 
As verrugas aparecem após um período de incubação de 1 a 6 meses. 
Verrugas anogenitais visíveis em geral são pólipos minúsculos, flexíveis, úmidos, 
róseos ou cinzentos (lesões elevadas) que 
 Aumentam 
 Podem tornar-se pedunculadas 
 Têm superfícies ásperas 
 Podem ocorrer em agrupamentos 
As verrugas costumam ser assintomáticas, mas alguns pacientes têm coceira, 
queimação, ou desconforto. 
Em homens, as verrugas ocorrem geralmente abaixo do prepúcio, no sulco coronal, 
no meato uretral e no corpo do pênis. Podem ocorrer ao redor do ânus e no reto, em 
particular em homens homossexuais. 
Em mulheres, as verrugas ocorrem mais comumente na vulva, parede vaginal, cérvice 
e períneo; a região uretral e anal pode ser afetada. 
Os tipos 16 e 18 de HPV em geral provocam verrugas planas, endocervicais ou anais, 
de difícil visualização e diagnóstico clínico. 
Diagnóstico: 
- Avaliação clínica, algumas vezes incluindo colposcopia, anoscopia, ou ambas 
Verrugas genitais em geral são diagnosticadas clinicamente. Seu aparecimento 
normalmente as diferencia do condiloma plano da sífilis secundária (que é achatado 
nas extremidades) e de carcinomas. Porém, sorologias para sífilis devem ser 
realizadas no início e após 3 meses. Biopsias de verrugas atípicas, hemorrágicas, 
ulceradas, ou persistentes podem ser necessárias para excluir carcinoma. 
Verrugas anais e endocervicais podem ser visualizadas somente por meio de 
colposcopia e anoscopia. Aplicação de solução de ácido acético a 3 a 5% durante 
alguns minutos antes da colposcopia provoca o clareamento das verrugas e melhora a 
visualização e a detecção de verrugas pequenas. 
Médicos devem verificar se há lesões orais malignas potencialmente causadas pelo 
HPV durante exames de rotina da boca e cavidade oral. 
Testes de amplificação de ácido nucleico (NAAT) para DNA do HPV confirmam o 
diagnóstico e permitem a tipagem do HPV, mas seu papel no tratamento do HPV 
ainda não está claro. 
Tratamento: 
- Remoção mecânica (p. ex., por crioterapia, eletrocauterização, laser ou excisão 
cirúrgica). 
-Tratamento tópico (p. ex., com antimitóticos, cáusticos, ou indutores de 
interferona). 
Vacina contra o HPV: é a medida mais eficaz para prevenção contra a infecção. A 
vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para: 
 Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; (2 doses) 
 Pessoas que vivem HIV; (3 doses) 
 Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos; (3 doses) 
Disponível no SUS: 
 Vacina bivalente: 16 e 18 possui 2 doses 
 Vacina quadrivalente: 16, 18, 6 e 1 possui 2 doses 
 Vacina nonavalente: 16, 18, 6, 11, 31, 33, 45, 52 e 58, indicado para 
pacientes imunodeprimidos 3 doses (0, 2 e 6) 
Rede privada: A vacina quadrivalente está disponível para meninas e mulheres de 9 a 
45 anos e para meninos e homens de 9 a 26 anos. Além dela, a rede privada conta 
com a vacina bivalente, licenciada para todas as meninas e mulheres a partir de 9 
anos. 
 
4. Quais os exames ginecológicos e quando são 
realizados? (papanicolau, colposcopia, biópsia) 
 
Papanicolau, colpocitologia ou preventivo 
O Ministério da Saúde recomenda que mulheres que têm ou já tiveram vida sexual 
ativa, principalmente aquelas entre 25 e 64 anos, façam o exame regularmente. Os 
intervalos devem ser os seguintes: 
 Após o primeiro exame, o segundo deve ser feito depois de um ano; 
 Se os resultados forem normais, o próximo só precisa ser feito depois de três 
anos; 
 Se os resultados indicarem infecção por HPV ou lesão de baixo grau, é preciso 
repeti-lo após seis meses; 
 Se apontar lesão de alto grau, o médico é quem vai definir a melhor conduta. 
Pacientes imunossuprimidas: o exame citopatológico deve ser realizado neste grupo 
após o início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se 
normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão. 
Mulheres HIV positivas com CD4 abaixo de 200 células/mm³ devem ter priorizada a 
correção dos níveis de CD4 e, enquanto isso, devem ter o rastreamento citológico a 
cada seis meses. 
Para que a amostra colhida seja satisfatória, a mulher não deve estar menstruada, não 
deve fazer duchas nem utilizar medicamentos intravaginais e tampouco manter 
relações sexuais nas 72 horas anteriores ao exame. Depois do parto, o ideal é aguardar 
entre seis e oito semanas para fazer a coleta. 
O exame é realizado com a mulher em posição ginecológica (deitada com as pernas 
afastadas uma da outra e os pés apoiados em um suporte). 
Após uma rápida inspeção visual, o ginecologista realiza a escamação da superfície 
externa e interna da região com uma pequena escova. Uma espátula e um cotonete 
também podem ser usados para a obtenção de material ao redor do colo uterino. 
Um instrumento chamado espéculo vaginal é introduzido na vagina para que o colo 
uterino seja visualizado adequadamente. Em seguida, amostras do tecido uterino são 
colhidas, primeiro com uma espátula especial e depois com uma escova endocervical. 
As células coletadas no exame são colocadas em uma lâmina de vidro para análise em 
laboratório especializado em citopatologia. 
Se durante a inspeção o ginecologista observar alguma área do colo do útero com 
alterações suspeitas, ele pode fazer uma biópsia da lesão e enviar junto com o material 
coletado do óstio cervical. 
Como o colo do útero não tem sensibilidade como a pele, normalmente o Papanicolaou 
não dói, mas pode causar desconforto pela necessidade de ajustar o espéculo. Mulheres 
na pós-menopausa com atrofia vaginal podem ter a vagina mais estreita e mais seca, 
o que pode levar a um incômodo maior. 
Gestantes tambémpodem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a 
do bebê. 
Após a análise laboratorial do material coletado, o resultado da citologia cérvico-
vaginal (também denominado pelo laboratório como exame preventivo ou 
colpocitologia oncótica) é fornecido em cerca de 3 a 5 dias. 
O material coletado no exame preventivo pode ser usado para detectar não só a 
presença de células oncogênicas, mas também a presença do vírus HPV e de infecções 
ginecológicas como a candidíase, clamídia gonorréia, sífilis, tricomoníase e 
gardnerella. 
 
Colposcopia: 
A colposcopia funciona como se fosse um microscópio e permite a análise do colo do 
útero, a vagina e a vulva de forma ampliada e detalhada, por conta das lentes de 
aumento utilizadas no processo. É um exame que, em geral, é realizado junto com o 
exame de Papanicolau. 
É um exame capaz de analisar os tecidos desses órgãos e diagnosticar lesões benignas 
(inflamações), pré-malignas que antecedem o câncer e lesões malignas. 
Também pode ser identificado pelo exame doenças, como: inflamação do colo do 
útero, dor pélvica, pólipos benignos, sangramentos e verrugas genitais no colo do 
útero (geralmente causadas pelo vírus do HPV). 
Caso seja identificada lesões, biópsias podem ser realizadas durante o exame. 
Este exame é geralmente recomendado para mulheres que tem um resultado anormal 
do exame de papanicolaou ou para aquelas que durante o exame ginecológico foi 
notada alguma alteração. 
A colposcopia também é indicada quando é necessária uma biópsia do colo do útero 
ou quando há uma suspeita de Papiloma Virus. ( HPV ) 
Como é realizado: 
Colposcopia é um exame que permite visualizar a vagina e o colo do útero através de 
um aparelho chamado COLPOSCÓPIO. Estes exames são grandes aliados no 
diagnóstico e tratamento do HPV, Human Papiloma Virus, da vagina e do colo do 
útero. A colposcopia é indicada nos casos de resultados anormais do exame de 
papanicolaou para se identificar as lesões precursoras do câncer de colo de útero. 
Este aparelho permite o aumento de 10 a 40 vezes do tamanho normal. 
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O exame é realizado no próprio consultório médico com a paciente na mesa de 
exame. Após colocar o espéculo vaginal o médico examina a vulva, a vagina e o colo 
do útero com o colposcópio. 
O exame não é muito diferente de uma consulta ginecológica comum, portanto, a 
paciente deverá retirar a roupa da parte inferior do corpo e se deitar na maca com as 
duas pernas afastadas, em posição ginecológica. 
Após a paciente se posicionar, é introduzido um espéculo vaginal (aparelho utilizado 
para manter a vagina aberta durante o exame) e posicionado o colposcópio cerca de 
30cm de distância dela. 
O aparelho permite ter uma visão muito ampliada da área e possui um filtro de cores 
que auxilia no diagnóstico de pequenos vasos sanguíneos anormais no colo do útero. 
Pode ser solicitado o uso de ácido acético, que é um líquido que permite o médico 
ter maior visibilidade de células anormais e sua localização e tamanho. 
Quando é necessário o uso desse ácido, a paciente pode sentir uma leve sensação de 
queimação ou ardência. 
Geralmente, após o ácido acético ser aplicado, é necessário o uso de uma outra 
solução diluída em iodo (chamada de solução de Lugol), que permite visualizar de 
maneira ainda mais clara essas anormalidades. 
É necessário que a paciente não esteja em seu período menstrual, pois o fluxo de 
sangue interfere nas imagens do exame e os resultados não são claros. 
Pacientes grávidas ou com suspeita de gravidez, podem fazer o exame normalmente, 
sendo necessário apenas informar ao médico. 
Para que não haja problemas com as imagens obtidas no procedimento, recomenda-
se que a paciente, nas 24 horas que antecedem o exame, não utilize duchas vaginais, 
medicamentos ou cremes na região, absorvente interno e não tenha tido relações 
sexuais. 
O exame deve ser realizado em mulheres que sejam ou já foram sexualmente ativas. 
Para mulheres virgens, a vulvoscopia é indicada, por permitir a ampliação feita por 
um microscópio e fazendo com que a virgindade não seja rompida. 
A periodicidade do exame pode variar de acordo com os resultados obtidos e os riscos 
que eles apresentam. Se houver presença de malefícios ou anormalidades, o médico 
pode pedir a realização da colposcopia anualmente para melhor acompanhamento. 
Em caso de o resultado ter sido normal duas vezes seguidas, o exame pode ser feito a 
cada três anos, de acordo com orientações feitas pelo seu médico. 
 
Teste Schiller positivo: 2ª fot. Realizar biópsia. 
Teste Schiller negativo: 1ª foto. Alto glicogênio 
Ác. acético: Área acetobranca. Áreas com atividades proteicas (área de mitose). 
(Área que não cora→ fazer biópsia) 
 
Biópsia: 
Existem vários tipos de biópsias que podem ser utilizadas para diagnosticar lesões 
pré-cancerígenas ou cânceres de colo do útero: 
 Biópsia com colposcópio: Nesse tipo de biópsia, em primeiro lugar o colo do 
útero é examinado com um colposcópio para detectar as áreas anormais. Em 
seguida com auxílio de uma pinça de biópsia é removida uma pequena porção 
da área anormal sobre a superfície do colo do útero. Esse procedimento pode 
causar cólicas leves, dor e algum sangramento. O procedimento é realizado 
com anestésico local. 
 Curetagem endocervical: (Raspagem endocervical) Às vezes a zona de 
transição (área em risco de infecção pelo HPV e pré-câncer) não pode ser 
visualizada com o colposcópio. Nesse caso, é realizada a curetagem 
endocervical através da inserção de uma cureta no canal do colo do útero. O 
tecido removido na curetagem é enviado para análise. Após esse 
procedimento, as pacientes podem sentir cólicas e ter algum sangramento. 
 Biópsia em cone: Nesse procedimento, também conhecido como conização, o 
médico remove uma amostra de tecido do colo do útero em forma de cone. A 
biópsia em cone pode também ser utilizada como tratamento para remover 
completamente muitas lesões pré-cancerígenas e alguns cânceres incipientes. 
Existem dois métodos comumente utilizados para as biópsias em cone: 
 Cirurgia de alta frequência. A cirurgia de alta frequência (CAF) ou LEEP (Loop 
electrosurgical excision procedure) ou, ainda, alça diatérmica; tem sido 
empregada como um método diagnóstico e muitas vezes terapêutico. A alça 
diatérmica é um instrumento ablativo constituído por um conjunto de eletrodo 
ativo acoplado a um filamento de tungstênio. O procedimento é realizado com 
anestesia local e pode ser feito em consultório. Após o procedimento a paciente 
pode ter cólicas leves e sangramento moderado que pode persistir por várias 
semanas. 
 Biópsia em cone a frio. Este método utiliza um bisturi cirúrgico ou um laser 
em vez de um fio aquecido para remover o tecido. O procedimento é realizado 
com anestesia e é feito em hospital. Após o procedimento, a paciente pode 
apresentar cólica e sangramento por algumas semanas. 
A realização de qualquer tipo de biópsia em cone não impedirá a maioria das mulheres 
de engravidar, mas em casos nos quais uma grande quantidade de tecido é removida, 
essas mulheres podem ter um risco aumentado de parto prematuro. 
Captura híbrida: é um exame molecular que consiste em retirar pequenas amostras 
das paredes da vagina e do colo do útero, para analisar a presença de DNA do HPV na 
célula. Este teste ajuda a identificar o HPV de baixo ou alto risco, quando 
Exame clínico: o ginecologista examina região íntima da mulher para identificar 
qualquer verruga, lesão ou alteração possivelmente causada pelo vírus HPV; 
Exames de sangue: podem ser úteis para identificar infecções e a presença de vírus 
dentro das células. Normalmente antes da realização do exame se sangue para HPV, o 
médico solicita abstinência sexual por 3 dias. 
 
5. Epidemiologia, diagnóstico, tratamento e 
estadiamento: Câncer uterino 
 
Epidemiologia: 
É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama 
e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulherespor câncer no Brasil. Prova 
de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na 
década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. 
Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão 
precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada. 
Estimativas de novos casos: 16.340 (2016 - INCA). 
 
Diagnóstico: 
É uma doença de desenvolvimento lento que pode cursar sem sintomas em fase 
inicial e evoluir para quadros de sangramento vaginal intermitente ou após a relação 
sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou 
intestinais nos casos mais avançados. 
O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolaou) é a principal 
estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico da doença. É 
fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a importância 
do exame preventivo, pois sua realização periódica permite reduzir a mortalidade 
pela doença. 
Estadiamento: 
O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou, e se 
está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor 
ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico da paciente. 
Para determinar o estágio do tumor após um diagnóstico de câncer do colo do útero, 
os médicos tentam responder às perguntas: 
 Qual o tamanho do tumor? 
 O tumor atingiu estruturas próximas? 
 O tumor se espalhou para os linfonodos próximos ou para outros órgãos? 
As informações obtidas dos exames físicos e de imagens são usadas para determinar o 
tamanho do tumor, sua extensão, se invadiu os tecidos dentro e ao redor do colo do 
útero e se existe disseminação para outros órgãos (metástases). 
O sistema de estadiamento FIGO (International Federation of Gynecology and 
Obstetrics) é usado com frequência para tumores dos órgãos reprodutivos femininos, 
incluindo o câncer de colo do útero. Para o câncer do colo do útero, o estadiamento 
clínico é usado e baseia-se nos resultados do exame físico, biópsias, exames de 
imagem e em exames, como cistoscopia e proctoscopia. Se a cirurgia for realizada, 
um estadiamento patológico pode ser determinado a partir dos achados cirúrgicos, 
mas isso não altera o estadiamento clínico. 
Os estágios do câncer de colo do útero variam de 1 a 4, onde o estágio 4 significa que 
a doença está disseminada à distância. A nomenclatura de um estágio cancerígeno 
pode conter uma letra o que significa um estágio inferior. Tumores com estágios 
similares tendem a ter um prognóstico semelhante e geralmente são tratados da 
mesma maneira. 
 
 
Estadiamento III - complemento 
 
 
 
Tratamento: 
O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico. Entre os 
tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia e a 
radioterapia. 
O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor e 
fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos. 
 
6. Existe alguma política pública sobre o câncer de 
colo de útero 
 
A Linha de Cuidado do Câncer do Colo do Útero tem a finalidade de assegurar à 
mulher o acesso humanizado e integral às ações e aos serviços qualificados para 
promover a prevenção do câncer do colo do útero, acesso ao rastreamento das lesões 
precursoras, ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado, qualificado e em 
tempo oportuno.

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