Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
@mayaravnutri 1 Principal papel: fornecer energia para o trabalho celular Fatores que influenciam no uso de macronutrientes na atividade física e na via a ser utilizada: Intensidade do exercício Duração da atividade Aptidão e estado nutricional (condicionamento físico) 1. À medida que a intensidade do exercício aumenta, o glicogênio hepático começa a reduzir para fornecer glicose para o músculo, que está usando o glicogênio muscular como 1ª fonte de energia; a. A glicose é o substrato preferido para exercício físico aeróbico intenso porque fornece ATP rapidamente através de sua oxidação, além de ressintetizá-lo 2. Disponibilidade de carboidratos durante exercício a. O aumento da oxidação de carboidratos decorrentes da ingestão de carboidratos de alto IG, além de inibir a oxidação de ácidos graxos pelo músculo, inibe a liberação de ácidos graxos livres (AGL) pelo tecido adiposo. Exercício de alta intensidade: ocorre aumento de adrenalina, noradrenalina e glucagon, com redução da insulina. Há estímulo para glicogenólise no fígado e músculos ativos pelo exercício. Estágios iniciais do exercício até níveis moderados/prolongados: glicogênio muscular fornece a energia para passar do estado de repouso para exercício moderado. Dependendo da intensidade do exercício o requerimento de determinado macronutriente pode variar. o Intensidade leve: sistema ATP-CP e glicose do glicogênio hepático: principal substrato energético o Aumento da intensidade: glicogênio hepático começa a ficar depletado, e glicogênio muscular realiza glicogenólise, dando início ao ciclo de Cori. O metabolismo das gorduras vai aumentando à medida que o glicogênio vai reduzindo, aumentando sua % de energia fornecida para o exercício. o Intensidade alta: o fígado não consegue produzir glicose na mesma intensidade de uso pelo músculo e pode levar a hipoglicemia. Maior mobilização de gorduras Após 1h de exercício intenso: depleção de cerca de 50% do glicogênio hepático Após 2h de exercício intenso: depleção praticamente total de glicogênio hepático e muscular Condição de depleção de glicogênio: glicemia cai e a gordura circulante (na forma de AGL) aumenta comparada a condição onde há carga de glicogênio. Além disso, à medida que reduz a concentração de glicogênio, reduz a intensidade do treino INVERSAMENTE PROPORCIONAL @mayaravnutri 2 também, porque falta energia para o músculo continuar trabalhando. o Após 20 minutos de exercício, o glicogênio hepático e muscular fornece 40-50% da energia, sendo o restante proveniente das gorduras (triglicerídeos intramusculares – TGIM) e uma pequena parte de proteínas. o Após 2h: atleta só consegue manter 50% da intensidade inicial, devido à depleção de glicogênio e porque a gordura tem uma taxa de liberação de energia mais lenta, demorando mais de liberar energia, por conta das reações metabólicas necessárias para mobilização de ácidos graxos e seu transporte até as mitocôndrias. o Há risco de hipoglicemia (glicemia <45mg/dL), se houver persistência do exercício. FADIGA: ocorre quando a atividade continua mesmo quando o estoque de glicogênio está reduzido, mesmo havendo disponibilidade de oxigênio. 3 fatores que estão relacionados com a fadiga e depleção de glicogênio: o Uso da glicose pelo sistema nervoso central o Papel do glicogênio como iniciador do metabolismo lipídico o Taxa mais lenta de liberação de energia pelas gorduras Dieta com quantidades normais ou ricas em carboidratos, além de manter o estoque de glicogênio, auxilia na resistência a exercícios e ajuda a sustentar o exercício físico intenso em mais de 1h de duração. o Dieta deficiente em carboidratos leva a depleção de glicogênio muscular e hepático, que afeta de forma negativa o exercício anaeróbico (curta duração e intensos) e os exercícios aeróbicos (intensos e mais prolongados). o Dietas hipocalóricas ou dietas potencialmente perigosas (hipoglicídicas e hiperlipídicas ou hipoglicídicas e hiperproteicas) não tem benefício seja no controle de peso ou na atividade física, bem como na saúde de modo geral. o Em competições e treinamentos: a baixa reserva de glicogênio aumenta a chance de lesões, devido a importância da glicose para o sistema nervoso central e neuromuscular. @mayaravnutri 3 O exercício regular aumenta a capacidade de oxidação dos carboidratos pelos músculos treinados. Isso aumenta a quantidade de piruvato que seguirá pelo metabolismo aeróbico. o Em mulheres, o treinamento de endurance induz uma economia maior de glicogênio maior do que nos homens em uma dada intensidade de exercício. Liberação de energia a partir dos carboidratos: RESUMO – degradação da glicose ocorre em 2 etapas: 1. Glicólise: glicose é degradada rapidamente em 2 piruvatos. As transferências de energia ocorrem em baixa concentração de o2 (metabolismo anaeróbico) – energia proveniente diretamente pelas ligações fosfato (fosforilação ao nível do substrato) 2. O piruvato é oxidado a CO2 e água. Essas transferências energéticas requerem transporte de elétrons e fosforilação oxidativa (metabolismo aeróbico) Glicólise (anaeróbico): gera cerca de 5% do ATP total produzido pela degradação completa da glicose (a resposta é intensa pela alta quantidade e velocidade das enzimas e reações). Ocorre no citosol da célula. Capacidade celular de realização em atividades físicas que requerem esforço muscular por até 90 segundos. As fibras musculares de contração rápida possuem grande quantidade da enzima fosfofrutoquinase (uma das enzimas da glicólise, que favorece a geração de energia rápida de forma anaeróbica). Os carboidratos são o único macronutriente que conseguem gerar ATP anaerobicamente (importante para geração rápida de energia no exercício intenso) Obs: O NAD oxidado produzido na glicólise é essencial para reclicar o ATP gasto na etapa de investimento, gerando um saldo final de 2 ATP (seriam 4 se não tivesse investido 2 no inicio). Cada molécula de NADH formam 2,5 ATP na fosforilação oxidativa. Exemplos: salto com vara (inicia com a via da fosfocreatina, mas, como não consegue reciclar o ATP suficientemente, entra a via glicolítica – produz ATP pela reciclagem com a oxidação do NAD), aceleração final numa corrida, 100m rasos, corridas de até 200m. Quando as demandas energéticas excedem o suprimento de O2 ou a taxa de uso, a cadeia respiratória não consegue processar todo o hidrogênio ligado ao NADH, fazendo sobrar o NADH. Sem o NAD+ a glicólise pararia e não produziria energia. Para continuar, o NADH precisa ser restaurado. Os 2 piruvatos formados pela via anaeróbica vão se juntar ao NADH acumulado e produzir lactato e NAD+ pela ação da lactato desidrogenase (LDH), produzindo NAD+, que vai conseguir reciclar ATP e continuar a gerar energia pela via anaeróbica. @mayaravnutri 4 É um mecanismo temporário, porque chega ao ponto que há perda de equilíbrio entre a produção de lactato e a regeneração do ATP, levando à acidez do meio (pelo aumento de hidrogênio) e cãibra (fadiga). Com a fadiga, há redução do ritmo do exercício, o que torna o oxigênio novamente disponível, e há a remoção dos íons hidrogênio do lactato pelo NAD+ (formando piruvato novamente), que serão usados para produção de ATP – reação inversa. Quando o glicogênio hepático reduz seu estoque, o glicogênio muscular faz glicogenólise e produz glicose que pela glicólise forma piruvato, mas leva à formação de ácido lático. Este vai para o fígado pela corrente sanguínea e forma glicose pela gliconeogênese (lactato -> piruvato -> glicose <-> glicogênio) – Ciclo de Cori Destinos do piruvato: Ir para a mitocôndria para ser convertido em Acetil-CoA para passar pelo ciclo de Krebs (via aeróbia) e cadeia transportadora de elétrons, Fermentação alcoólica (vegetais) ou lática Gliconeogênese (Ciclo de Cori) a partir do lactato Ciclo de Krebs – CK – (aeróbico): inicia com a conversão irreversível do piruvato em Acetil-CoA, um derivado da vitamina B5 (junção do piruvato à coenzima A). Ocorre na matriz mitocondrial. A principal função do CK é produzir hidrogênio para serem usados na cadeia transportadora de elétrons, através do NAD+ e FAD. Apesar de ser um processo aeróbico, o oxigênio não participa diretamente. É necessário ter concentrações adequadas tanto de O2, como dos substratos e enzimas para o ciclo ocorrer.
Compartilhar