Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Atividade de Sistematização - Textos 1.2 e 1.3 Grupos separados: Poste aqui suas considerações sobre os TEXTOS 1.2 e 1.3, segundo as Orientações para Leitura. TEMA 1.2 BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR Texto 1.2 so comum sendo muito utilizado para indicar ocorrência de diferentes modos de molestamento. Costuma ser apresentado pela mídia de forma excessivamente generalizada e imprecisa, o que acaba tornando banal este que é um fenômeno complexo e grave. Como educadores/as, precisamos conhecer seus fundamentos, de modo a termos condições de identificar suas manifestações e de conceber processos pedagógicos de prevenção e enfrentamento do problema. Esta é a proposta do nosso segundo tema: BULLYING NO CONTEXTO ESCOLAR. Aproveitem! Fixação das identidades dos sujeitos envolvidos Os sujeitos dessa relação de bullying terão um agressor que se acha superior, a vítima, que é aquela que se considera inferior e a testemunha que presencia as agressões. Logo, a relação entre esses sujeitos caracteriza uma situação de hierarquia, no qual o mais fraco subordina-se às vontades e aos mandos e desmandos daquele que se mostra superior, aceitando suas condições de intimidações e maus tratos, considerando-se incapaz de qualquer tipo de reação devido seu grau de inferioridade. A testemunha presencia atos de violência contra a vítima. Banalização do termo A situação de bullying pode parecer diminuída diante da banalização do mesmo, pois o fato de o atrelarem a qualquer tipo de violência acaba tornado-o banal e fazendo com que o mesmo não receba o tratamento devido. Essa situação faz com que a vítima sofra por mais tempo, pois necessitaria de um tratamento especial para o caso. Aparente falta de causa do fenômeno Na realidade não existe um motivo exato para essa violência, a causa usada como pretexto é a cultura infeliz da não aceitação do próximo, do diferente. Na cabeça do agressor existe uma ideia de que ele não pode aceitar que alguém tenha uma condição de vida diferente da sua, para ele a sua cultura é a ideal a ser seguida e se uma pessoa demonstrar interesse por situações diferentes deverá sofrer alguma forma de retaliação e ser exposta para que se envergonhe ou, até mesmo, mude suas escolhas. 2 EXPLICITE POR ESCRITO SEU ENTENDIMENTO SOBRE A AFIRMAÇÃO ABAIXO: “Bullying pressupõe um desequilíbrio de forças, configurado por uma relação assimétrica de poder.” (pg101) De fato, para que o bullying aconteça existirá uma hierarquização entre os envolvidos, pois o agressor considera-se forte e superior à vítima, que da mesma forma se vê fragilizada e sujeita a aceitar a violência de uma forma natural e inevitável. Diante da situação exposta podemos visualizar esse desequilíbrio de forças, essa briga desigual e injusta, onde o fraco torna-se mais fraco diante das sucessivas violências sofridas. TEMA 1.3 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: QUESTÕES DA DIFERENÇA Texto 1.3 Agora, vamos nos aprofundar um pouco mais no debate sobre questões da diferença. Essas questões têm sido central para a compreensão das múltiplas formas de manifestação da violência, e orientado o desenvolvimento de propostas pedagógicas preventivas segundo os princípios da educação em direitos humanos. Texto 1.3 - DIREITOS HUMANOS, EDUCAÇÃO E INTERCULTURALIDADE: AS TENSÕES ENTRE IGUALDADE E DIFERENÇA1 ESTE É UM TEXTO DENSO, MAS QUE É CONSTRUÍDO A PARTIR DE CONCEITOS E AUTORES QUE JÁ FORAM TRABALHADOS NO MATERIAL DE DESENVOLVIMENTO DOS NOSSOS TEMAS ANTERIORES. LEIA-O COM ATENÇÃO, E... • Registre por escrito sua compreensão sobre o que a autora designa como tensão igualdade e diferença, explicando a citação feita pela autora na página 46/47 e abaixo reproduzida Somos todos iguais ou somos todos diferentes? Queremos ser iguais ou queremos ser diferentes? Houve um tempo que a resposta se abrigava segura de si no primeiro termo da disjuntiva. Já faz um quarto de século, porém, que a resposta se deslocou. A começar da segunda metade dos anos 70, passamos a nos ver envoltos numa atmosfera cultural e ideológica inteiramente nova, na qual parece generalizar-se, em ritmo acelerado e perturbador, a consciência de que nós, os humanos, somos diferentes de fato [...], mas somos também diferentes de direito. É o chamado “direito à diferença”, o direito à diferença cultural, o direito de ser, sendo diferente. The right to be different!, como se diz em inglês, o direito à diferença. Não queremos mais a igualdade, parece. Ou a queremos menos, motiva-nos muito mais, em nossa conduta, em nossas expectativas de futuro e projetos de vida compartilhada, o direito de sermos pessoal e coletivamente diferentes uns dos outros. (Pierucci, 1999, p. 7) Sempre houve uma busca incansável em busca da igualdade, mas, infelizmente, verificamos que a igualdade plena pode gerar preconceitos na cabeça de muitos, pois acabam entendendo que se o outro não é igual, não serve. Pois bem, no momento atual, a luta se dá em fazer com o diferente seja aceito. Todos podem ser diferentes, e isso não deve ser motivo de preconceito, pelo contrário, há que se entender que o importante é aceitação de que ser diferente é absolutamente normal. Há, de fato, uma tensão entre a igualdade e a diferença, mas essa tensão deve desaparecer e ser compreendido que o importante que haja um tratamento de igualdade e respeito às diferenças. O autor da citação reconhece que a igualdade sempre fora o desejo dos homens, mas que há tempos não é mais dessa forma, pois percebeu-se que os humanos são diferentes por natureza. Logo, o que devemos buscar é o direito e o respeito às diferenças. • A partir da página 49, Candau analisa diferentes abordagens de multiculturalismo para, no final, explicitar a perspectiva que entende ser mais coerente com a educação em direitos humanos: uma interculturalidade crítica. Refletindo sobre a interculturalidade no âmbito dos desafios que essa abordagem traz para práticas educativas, a autora enumera quatro núcleos de preocupações que podem ser nomeados como: a) questionamento dos estereótipos; É importante, mas difícil desvincular os estereótipos que estão associados às discriminações e preconceitos já impregnados na sociedade. Claro que essa situação existe por conta de uma cultura enraizada e isso torna difícil e mais trabalhosa a busca por uma sociedade tolerante e menos hipócrita. b) articulação entre igualdade e diferença; As diferentes formas de culturas, saberes e práticas são importantes e devem ser valorizadas, para que haja uma harmonia na sociedade e que dessa forma, a igualdade seja valorizada diante das diferenças. c) resgate cultural; Resgatar a cultura de muitos povos é crucial para demonstrar suas riquezas e importância para o convívio social. Entender que a história de cada povo tem seu valor e que uma cultura pode ajudar a explicar a outra é necessário para que haja uma aceitação da hibridização de todas as culturas e, consequentemente, uma aceitação natural das diferenças. d) aspectos das relações escolares. A escola tem papel fundamental nessa interculturalidade, pois ela deve abranger diversos assuntos periodicamente, fazendo o aluno entender que o normal é ser diferente e que cada um tem sua importância e carrega sua história. Sintetize por escrito cada um desses núcleos. Atividade de Sistematização - Textos 1.2 e 1.3
Compartilhar