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(controle da motricidade) CÓRTEX CEREBRAL Embora as áreas corticais 4 e 6 sejam chamadas de córtex motor, é importante reconhecer que o controle dos movimentos voluntários engloba quase a totalidade do neocórtex. CÓRTEX MOTOR • Região circunscrita do lobo frontal • A área 4 situa-se na região anterior ao sulco central, no giro pré-central (córtex motor primário, ou M1) • A área 6 situa-se anteriormente à área 4 (possui dois mapas motores: um em uma região lateral, área pré-motora (APM), e outro em uma região medial, área motora suplementar (AMS) Os córtices pré-frontal (pensamento abstrato, tomada de decisão e antecipação de consequências) e parietal (áreas somatossensoriais primárias 3, 1 e 2, área 5 e 7) enviam axônios que convergem para a área cortical 6 (as áreas 6 e 4 contribuem, em conjunto, com a maioria dos axônios do trato corticospinal descendente). Assim, a área 6 encontra-se na fronteira onde os sinais que codificam quais ações são convertidos em sinais que especificam como as ações serão realizadas. NÚCLEOS DA BASE • Alça em que a informação cicla do córtex aos núcleos da base e ao tálamo e de volta para o córtex, em especial para a AMS (área motora suplementar) Os núcleos da base consistem em núcleo caudado, putâmen, globo pálido (formado pelo segmento interno, GPi, e segmento externo, GPe) e o núcleo subtalâmico. Além disso, podemos adicionar a substância negra. O caudado e o putâmen são chamados de estriado, que é alvo das aferências aos núcleos da base de origem cortical. Do globo pálido se originam as eferências ao tálamo. As outras estruturas participam em várias alças colaterais que modulam a via direta: Córtex → Estriado → GPi → VLo → Córtex (AMS) VIA DIRETA Na via direta, as sinapses das células corticais excitam células no putâmen, que fazem sinapses inibitórias em neurônios no globo pálido (são espontaneamente ativos em repouso), que, por sua vez, fazem conexões inibitórias com as células do VLo. A conexão talamocortical é excitatória, facilitando o disparo das células relacionadas a movimentos na AMS. Em geral, a via direta permite que os núcleos da base estimulem a iniciação de movimentos desejados. Assim, essa parte do circuito atua como uma alça de retroalimentação positiva capaz de convergir, ou afunilar, a ativação de diversas áreas corticais para a área motora suplementar do córtex. Giulia VIA INDIRETA Tende a antagonizar as funções motoras da via direta. A particularidade da via indireta são o GPe e o núcleo subtalâmico. Os neurônios do estriado inibem as células do GPe, cuja função é inibir as células de ambos GPi e núcleo subtalâmico. Este último também é estimulado por axônios oriundos do córtex, e suas projeções excitam os neurônios do GPi que, como se sabe, inibem os neurônios talâmicos. Embora a ativação cortical da via direta tenda a facilitar o tálamo e a informação que por ele passa, a ativação cortical da via indireta tende a inibir o tálamo. Em geral, a via direta é capaz de auxiliar a selecionar certas ações motoras, enquanto a via indireta, simultaneamente, suprime programas motores que competem e que são inapropriados. • Parkinson: degeneração das aferências dopaminérgicas da substância negra ao estriado → hipocinesia o Sintomas ▪ Lentidão de movimentos (bradicinesia) ▪ Dificuldade para iniciar movimentos intencionais (acinesia) ▪ Aumento do tônus muscular (rigidez) e tremores das mãos e da mandíbula, mais proeminentes em repouso • Huntington: degeneração do estriado e globo pálido o Caracterizada por hipercinesia e discinesias (movimentos anormais), demência (habilidades cognitivas prejudicadas) e transtorno de personalidade • Exemplo de hipercinesia: balismo - movimentos violentos das extremidades, como um arremesso (hemibalismo – só de um lado) ← lesão do núcleo subtalâmico CEREBELO • Coordena os movimentos, corrigindo falhas, suavizando e integrando • Déficits: ataxia (coordenação motora prejudicada), dissinergia (decomposição do movimento multiarticular), movimento dismétrico Anatomicamente dividido em verme (mediano, relacionado às vias espinais ventromediais descendentes, que controlam a musculatura axial) e hemisférios (laterais, relacionados a estruturas que contribuem com as vias laterais, especialmente o córtex) ALÇA MOTORA VIA CEREBELO LATERAL Áreas frontais 4 e 6, áreas somatossensoriais do giro pós-central e áreas parietais posteriores → núcleos pontinhos → cerebelo → tálamo → área cortical 6 Essa via é essencial para a execução adequada de movimentos voluntários planejados multiarticulares. De fato, uma vez que o cerebelo tenha recebido o sinal para a intenção de movimento, sua atividade parece instruir o córtex motor primário em relação a direção, tempo e força do movimento. Essas instruções se baseiam inteiramente em predições sobre seu resultado. Essas predições são baseadas na experiência, isto é, são aprendidas. Por isso, o cerebelo é um outro importante local para a aprendizagem motora. É um lugar onde o que se pretendeu é comparado com o que aconteceu. • O cerebelo age como um pequeno cérebro dentro do cérebro, determinando, inconscientemente, que os programas de habilidades motoras sejam executados corretamente e ajustados sempre que sua execução não conseguir atender às expectativas.
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