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Apostila concurso IBGE

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IBGE 
 
 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E 
ESTATÍSTICA 
 
Recenseador 
EDITAL 03/2020 
A APOSTILA É ELABORADA 
DE ACORDO COM A PUBLICAÇÃO DO EDITAL OFICIAL PARA QUE O CANDIDATO REFORCE SEUS ESTUDOS 
POREM, INTENSIFIQUE SEUS ESTUDOS COM DEMAIS MATERIAIS A SEU ALCANCE. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
Língua Portuguesa 
Compreensão e interpretação de texto de gêneros variados; Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de 
formalidade. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . 01 
Reconhecimento de tipos e gêneros textuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 08 
Domínio da Ortografia oficial. Acentuação gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 
Domínio dos mecanismos de coesão textual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 
Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição de conectores e de outros elementos de sequenciação 
textual; Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . . . . .. . . . . . 13 
Domínio da estrutura morfossintática do período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . 18 
Emprego das classes de palavras, tempo e modo verbal. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 
Relações de coordenação e subordinação entre orações e entre termos da oração; concordância nominal e verbal; regência 
nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 
Emprego dos sinais pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 
Emprego do sinal indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 
Colocação dos pronomes átonos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 
Rescrita de frases e parágrafos do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 
 Significação das palavras, Substituição de palavras ou de trechos de texto . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 
Questões comentadas. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 50 
 
 
 
Matemática 
Números inteiros e racionais: operações e propriedades. Problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 
Números e grandezas proporcionais. Razão e proporção. Divisão proporcional. Regra de três simples. . .. . . . . .. . . . . .. . .. 07 
Porcentagem. Juros e descontos simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . 14 
Equações do 1º grau. Problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 
Máximo Divisor Comum (m.d.c.) e Mínimo Múltiplo Comum (m.m.c.). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . 25 
VI - Medidas de comprimento, superfície, volume, massa e tempo. Conversão de medidas. Sistema métrico decimal. . . 29 
Leitura e interpretação de tabelas e gráficos.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 
Ética no serviço publico 
Código de Ética do IBGE.............................................................................................................................. .................. .......................................................... 01 
Lei 8.112/90 (art.116, incisos I a V, alíneas a e c, VI a XII e parágrafo único; 117, incisos I a VI e IX a XVIII; 118 a 126; 127, incisos I, 
II e III, a 132, incisos I a VII, e IX a XIII; 136 a 142, incisos I, primeira parte, a III, e §§ 1º a 4º).......... ......................... ................................... 04 
 
Conhecimentos Técnicos 
Conteúdo do documento “Estudo dos conhecimentos técnicos a serem aplicados no Censo Demográfico 2020” (apostila 
disponibilizada no endereço eletrônico http://www.cebraspe.gov.br/concursos/ibge_20_recenseador para download). . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 01 
 
 
 
 
 
 
DICA 
Como passar em um concurso público? 
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o 
concurseiro estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. 
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante 
cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação. 
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando 
nisso, a Solução preparou esse artigo com algumas dicas que irá fazer toda diferença na sua preparação. 
Então mãos à obra! 
Separamos algumas dicas para lhe ajudar a passar em concurso público! 
- Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo, a aprovação no 
concurso. Você vai ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho. 
- Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção em um concurso de cada vez, a dificuldade é muito 
maior quando você tenta focar em vários certames, devido as matérias das diversas áreas serem diferentes. Desta forma, é 
importante que você defina uma área se especializando nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que 
englobe a mesma área. 
- Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em 
um hábito, determinado um local, os horários e dias específicos para estar estudando cada disciplina que irá compor o 
concurso. O local de estudo não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total. 
- Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são 
inegociáveis, precisa de dedicação. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa 
organizada, é importante ter uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo. 
- Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da 
revisão sobre o assunto estudado, é fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, caso o mesmo 
ainda não esteja publicado, busque editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso 
irá te ajudar na preparação. 
- Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursospúblicos, completo e 
atualizado. Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo muito 
exercícios. Quando mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame. 
- Cuide de sua preparação: Não é só os estudos que é importante na sua preparação, evite perder sono, isso te 
deixará com uma menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator 
importante na sua preparação, é tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e 
evitando o estresse. 
Se prepare para o concurso público! 
O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim 
aquele que se planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de 
grupos com enquetes sobre o mesmo, conversando com pessoas que já foram aprovadas absorvendo as dicas e 
experiências, analisando a banca examinadora do certame. 
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado 
com sua rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo. 
 
 
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, será ele que irá te ajudar na memorização dos 
conteúdos estudados até o dia da realização da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora próximo 
ao dia da prova. 
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar?! Uma dica, comece pela Língua Portuguesa, é a matéria com maior 
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, no qual abrange todas as outras matérias. 
DICA 
Vida Social! 
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, sempre que possível é 
importante conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem 
determina o tempo é você, através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um 
pouco a vida social intensa, é importante compreender que quando for aprovado, verá que todo o esforço valeu a pena 
para realização do seu sonho. 
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do 
Sistema Nervoso Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à 
aprendizagem e memória. 
Motivação! 
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e as vezes bate 
aquele desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém a maior garra será focar na sua aprovação no concurso público 
dos seus sonhos. 
É absolutamente normal caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você 
irá adquirir conhecimento e experiência. 
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para 
conseguir motivação: 
- Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos; 
- Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos; 
- Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados; 
- Escreve o porque que você deseja ser aprovado no concurso, quando você sabe seus motivos, isso te da 
um ânimo maior para seguir focado, tornando o processo mais prazeroso; 
- Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades 
que irá aparecer. 
- Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as 
pessoas que você gosta, felizes com seu sucesso. 
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, 
sua dedicação e motivação para estar realizando o seu grande sonho, de ser aprovado no concurso público. Acredite em 
você e no seu potencial. 
A Solução tem ajudado há mais de 35 anos quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar 
as suas chances de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br 
 
 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Língua Portuguesa 
1 - Compreensão e interpretação de texto de gêneros variados; Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de 
formalidade. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . 01 
2- Reconhecimento de tipos e gêneros textuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 
3– Domínio da Ortografia oficial. Acentuação gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 
4– Domínio dos mecanismos de coesão textual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 
 4.1- Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição de conectores e de outros elementos de 
sequênciação textual; Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . 13 
5 - Domínio da estrutura morfossintática do período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 
 5.1 - Emprego das classes de palavras, tempo e modo verbal. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 
 5.2 - Relações de coordenação e subordinação entre orações e entre termos da oração; concordância nominal e verbal; 
regência nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 
 5.3 - Emprego dos sinais pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 
 5.4 – Emprego do sinal indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 
 5.5 – Colocação dos pronomes átonos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 
6 - Rescrita de frases e parágrafos do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 46 
 6.1 - Significação das palavras, Substituição de palavras ou de trechos de texto . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 
 Questões comentadas . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .50 
 
 
 
 
1 - COMPREENSÃO DE TEXTO. 
LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS 
Leitura 
A leitura é prática de interação social de linguagem. A 
leitura, como prática social, exige um leitor crítico que seja 
capaz de mobilizar seus conhecimentos prévios, quer 
linguísticos e textuais, quer de mundo, para preencher os 
vazios do texto, construindo novos significados. Esse leitor 
parte do já sabido/conhecido, mas, superando esse limite, 
incorpora, de forma reflexiva, novos significados a seu 
universo de conhecimento para melhor entender a 
realidade em que vive. 
Compreensão 
A compreensão de um texto é a análise e decodificação 
do que está realmente escrito nele, das frases e ideias ali 
presentes. A compreensão de texto significa decodificá-lo 
para entender o que foi dito. É a análise objetiva e a 
assimilação das palavrase ideias presentes no texto. 
Para ler e entender um texto é necessário obter dois 
níveis de leitura: informativa e de reconhecimento. 
Um texto para ser compreendido deve apresentar 
ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é 
composto pela ideia central, 
argumentação/desenvolvimento e a conclusão do texto. 
Quando se diz que uma pessoa tem a compreensão de 
algo, significa que é dotada do perfeito domínio intelectual 
sobre o assunto. 
Para que haja a compreensão de algo, como um texto, 
por exemplo, é necessária a sua interpretação. Para isso, o 
indivíduo deve ser capaz de desvendar o significado das 
construções textuais, com o intuito de compreender o 
sentido do contexto de uma frase. 
Assim, quando não há uma correta interpretação da 
mensagem, consequentemente não há a correta 
compreensão da mesma. 
Interpretação 
Interpretar é a ação ou efeito que estabelece uma 
relação de percepção da mensagem que se quer transmitir, 
seja ela simultânea ou consecutiva, entre duas pessoas ou 
entidades. 
A importância dada às questões de interpretação de 
textos deve-se ao caráter interdisciplinar, o que equivale 
dizer que a competência de ler texto interfere 
decididamente no aprendizado em geral, já que boa parte 
do conhecimento mais importante nos chega por meio da 
linguagem escrita. A maior herança que a escola pode legar 
aos seus alunos é a competência de ler com autonomia, 
isto é, de extrair de um texto os seus significados. 
Num texto, cada uma das partes está combinada com 
as outras, criando um todo que não é mero resultado da 
soma das partes, mas da sua articulação. Assim, a 
apreensão do significado global resulta de várias leituras 
acompanhadas de várias hipóteses interpretativas, 
levantadas a partir da compreensão de dados e 
informações inscritos no texto lido e do nosso 
conhecimento do mundo. 
A interpretação do texto é o que podemos concluir 
sobre ele, depois de estabelecer conexões entre o que está 
escrito e a realidade. São as conclusões que podemos tirar 
com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo 
subjetivo, e são relacionadas com a dedução do leitor. 
A interpretação de texto é o elemento-chave para o 
resultado acadêmico, eficiência na solução de exercícios e 
mesmo na compreensão de situações do dia-a-dia. 
Além de uma leitura mais atenta e conhecimento 
prévio sobre o assunto, o elemento de fundamental 
importância para interpretar e compreender corretamente 
um texto é ter o domínio da língua. 
E mesmo dominando a língua é muito importante ter 
um dicionário por perto. Isso porque ninguém conhece o 
significado de todas as palavras e é muito difícil interpretar 
um texto desconhecendo certos termos. 
Dicas para uma boa interpretação de texto: 
- Leia todo o texto pausadamente 
- Releia o texto e marque todas as palavras 
que não sabe o significado 
- Veja o significado de cada uma delas no 
dicionário e anote 
- Separe os parágrafos do texto e releia um 
a um fazendo o seu resumo 
- Elabore uma pergunta para cada 
parágrafo e responda 
- Questione a forma usada para escrever 
- Faça um novo texto com as suas palavras, 
mas siga as ideias do autor. 
Lembre-se que para saber compreender e interpretar 
muito bem qualquer tipo de texto, é essencial que se leia 
muito. Quanto mais se lê, mais facilidade de interpretar se 
tem. E isso é fundamental em qualquer coisa que se faça, 
desde um concurso, vestibular, até a leitura de um anúncio 
na rua. 
Erros de interpretação 
• Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do 
contexto, acrescentando ideias que não estão no 
01 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela 
imaginação. 
• Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se 
atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é 
um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o 
entendimento do tema desenvolvido. 
 • Contradição = às vezes o texto apresenta ideias 
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões 
equivocadas e, consequentemente, errar a questão. 
Resumindo: 
 
Compreensão Interpretação 
O que é 
É a análise do que 
está escrito no texto, 
a compreensão das 
frases e ideias 
presentes. 
É o que podemos 
concluir sobre o que 
está escrito no texto. 
É o modo como 
interpretamos o 
conteúdo. 
Infor- 
mação 
A informação está 
presente no texto. 
A informação está 
fora do texto, mas 
tem conexão com 
ele. 
Análise 
Trabalha com a 
objetividadem, com 
as frases e palavras 
que estão escritas 
no texto. 
Trabalha com a 
subjetividade, com o 
que você entendeu 
sobre o texto. 
 
QUESTÕES 
01. SP Parcerias - Analista Técnic - 2018 - FCC 
Uma compreensão da História 
Eu entendo a História num sentido sincrônico, isto é, 
em que tudo acontece simultaneamente. Por conseguinte, 
o que procura o romancista - ao menos é o que eu tento 
fazer - é esboçar um sentido para todo esse caos de fatos 
gravados na tela do tempo. Sei que esses fatos se deram 
em tempos distintos, mas procuro encontrar um fio comum 
entre eles. Não se trata de escapar do presente. Para mim, 
tudo o que aconteceu está a acontecer. E isto não é novo, 
já o afirmava o pensador italiano Benedetto Croce, ao 
escrever: “Toda a História é História contemporânea”. Se 
tivesse que escolher um sinal que marcasse meu norte de 
vida, seria essa frase de Croce. 
 (SARAMAGO, José. As palavras de Saramago. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2010, p. 256) 
José Saramago entende que sua função como 
romancista é 
A) estudar e imaginar a História em seus movimentos 
sin-crônicos predominantes. 
B) ignorar a distinção entre os tempos históricos para 
mantê-los vivos em seu passado. 
C) buscar traçar uma linha contínua de sentido entre 
fatos dispersos em tempos distintos. 
D) fazer predominar o sentido do tempo em que se 
vive sobre o tempo em que se viveu. 
E) expressar as diferenças entre os tempos históricos 
de modo a valorizá-las em si mesmas. 
02. Pref. de Chapecó – SC – Engenheiro de Trânsito – 
2016 
- IOBV 
Por Jonas Valente*, especial para este blog. 
A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Crimes 
Cibernéticos da Câmara dos Deputados divulgou seu 
relatório final. Nele, apresenta proposta de diversos 
projetos de lei com a justificativa de combater delitos na 
rede. Mas o conteúdo dessas proposições é explosivo e 
pode mudar a Internet como a conhecemos hoje no Brasil, 
criando um ambiente de censura na web, ampliando a 
repressão ao acesso a filmes, séries e outros conteúdos não 
oficiais, retirando direitos dos internautas e transformando 
redes sociais e outros aplicativos em máquinas de 
vigilância. 
Não é de hoje que o discurso da segurança na Internet 
é usado para tentar atacar o caráter livre, plural e diverso 
da Internet. Como há dificuldades de se apurar crimes na 
rede, as soluções buscam criminalizar o máximo possível e 
transformar a navegação em algo controlado, violando o 
princípio da presunção da inocência previsto na 
Constituição Federal. No caso dos crimes contra a honra, a 
solução adotada pode ter um impacto trágico para o 
debate democrático nas redes sociais – atualmente tão 
importante quanto aquele realizado nas ruas e outros 
locais da vida off line. Além disso, as propostas mutilam o 
Marco Civil da Internet, lei aprovada depois de amplo 
debate na sociedade e que é referência internacional. 
(*BLOG DO SAKAMOTO, L. 04/04/2016) 
Após a leitura atenta do texto, analise as afirmações 
feitas: 
I. O jornalista Jonas Valente está fazendo um 
elogio à visão equilibrada e vanguardista da 02 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Comissão Parlamentar que legisla sobre crimes 
cibernéticos na Câmara dos Deputados. 
II. O Marco Civil da Internet é considerado um 
avanço em todos os sentidos, e a referida Comissão 
Parlamentar está querendo cercear o direito à plena 
execução deste marco. 
III. Há o temor queo acesso a filmes, séries, 
informações em geral e o livre modo de se expressar 
venham a sofrer censura com a nova lei que pode ser 
aprovada na Câmara dos Deputados. 
IV. A navegação na internet, como algo controlado, 
na visão do jornalista, está longe de se concretizar através 
das leis a serem votadas no Congresso Nacional. 
V. Combater os crimes da internet com a censura, 
para o jornalista, está longe de ser uma estratégia correta, 
sendo mesmo perversa e manipuladora. 
Assinale a opção que contém todas as alternativas 
corretas. 
A) I, II, III. 
B) II, III, IV. 
C) II, III, V. 
D) II, IV, V. 
03. Pref. de São Gonçalo – RJ – Analista de 
Contabilidade 
– 2017 - BIO-RIO 
Édipo-rei 
 
Diante do palácio de Édipo. Um grupo de crianças está 
ajoelhado nos degraus da entrada. Cada um tem na mão 
um ramo de oliveira. De pé, no meio delas, está o sacerdote 
de Zeus. 
 (Edipo-Rei, Sófocles, RS: L&PM, 2013) 
O texto é a parte introdutória de uma das maiores 
peças trágicas do teatro grego e exemplifica o modo 
descritivo de organização discursiva. O elemento abaixo 
que NÃO está presente nessa descrição é: 
A) a localização da cena descrita. 
B) a identificação dos personagens presentes. 
C) a distribuição espacial dos personagens. 
D) o processo descritivo das partes para o todo. 
E) a descrição de base visual. 
04. MPE-RJ – Analista do Ministério Público - 
Processual – 
2016 - FGV 
Problemas Sociais Urbanos 
Brasil escola 
 Dentre os problemas sociais urbanos, merece 
destaque a questão da segregação urbana, fruto da 
concentração de renda no espaço das cidades e da falta de 
planejamento público que vise à promoção de políticas de 
controle ao crescimento desordenado das cidades. A 
especulação imobiliária favorece o encarecimento dos 
locais mais próximos dos grandes centros, tornando-os 
inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à 
medida que as cidades crescem, áreas que antes eram 
baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que 
contribui para que a grande maioria da população pobre 
busque por moradias em regiões ainda mais distantes. 
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos 
locais de residência com os centros comerciais e os locais 
onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos 
habitantes que sofrem com esse processo são 
trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as 
precárias condições de transporte público e a péssima 
infraestrutura dessas zonas segregadas, que às vezes não 
contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam 
elevados índices de violência. 
 A especulação imobiliária também acentua um 
problema cada vez maior no espaço das grandes, médias e 
até pequenas cidades: a questão dos lotes vagos. Esse 
problema acontece por dois principais motivos: 1) falta de 
poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas 
que não possui condições de construir neles e 2) a espera 
pela valorização dos lotes para que esses se tornem mais 
caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos 
geralmente apresentam problemas como o acúmulo de 
lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças, 
como a dengue. 
PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais 
urbanos”; Brasil Escola. Disponível em 
http://brasilescola.uol.com. 
br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes-
urbanização.htm. Acesso em 14 de abril de 2016. 
A estruturação do texto é feita do seguinte modo: 
A) uma introdução definidora dos problemas sociais 
urbanos e um desenvolvimento com destaque de alguns 
problemas; 
B) uma abordagem direta dos problemas com 
seleção e ex-plicação de um deles, visto como o mais 
importante; 
C) uma apresentação de caráter histórico seguida da 
explici-tação de alguns problemas ligados às grandes 
cidades; 
03 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
D) uma referência imediata a um dos problemas 
sociais ur-banos, sua explicitação, seguida da citação de 
um segundo problema; 
E) um destaque de um dos problemas urbanos, 
seguido de sua explicação histórica, motivo de crítica às 
atuais autoridades. 
05. MPE-RJ – Técnico do Ministério Público - 
Administrativa – 2016 - FGV 
O futuro da medicina 
O avanço da tecnologia afetou as bases de boa parte 
das profissões. As vítimas se contam às dezenas e incluem 
músicos, jornalistas, carteiros etc. Um ofício relativamente 
poupado até aqui é o de médico. Até aqui. A crer no 
médico e “geek” Eric Topol, autor de “The Patient Will See 
You Now” (o paciente vai vê-lo agora), está no forno uma 
revolução da qual os médicos não escaparão, mas que terá 
impactos positivos para os pacientes. 
Para Topol, o futuro está nos smartphones. O autor nos 
coloca a par de incríveis tecnologias, já disponíveis ou 
muito próximas disso, que terão grande impacto sobre a 
medicina. Já é possível, por exemplo, fotografar pintas 
suspeitas e enviar as imagens a um algoritmo que as 
analisa e diz com mais precisão do que um dermatologista 
se a mancha é inofensiva ou se pode ser um câncer, o que 
exige medidas adicionais. 
Está para chegar ao mercado um apetrecho que 
transforma o celular num verdadeiro laboratório de 
análises clínicas, realizando mais de 50 exames a uma 
fração do custo atual. Também é possível, adquirindo 
lentes que custam centavos, transformar o smartphone 
num supermicroscópio que permite fazer diagnósticos 
ainda mais sofisticados. 
Tudo isso aliado à democratização do conhecimento, 
diz Topol, fará com que as pessoas administrem mais sua 
própria saúde, recorrendo ao médico em menor número de 
ocasiões e de preferência por via eletrônica. É o momento, 
assegura o autor, de ampliar a autonomia do paciente e 
abandonar o paternalismo que desde Hipócrates assombra 
a medicina. 
Concordando com as linhas gerais do pensamento de 
Topol, mas acho que, como todo entusiasta da tecnologia, 
ele provavelmente exagera. Acho improvável, por exemplo, 
que os hospitais caminhem para uma rápida extinção. 
Dando algum desconto para as previsões, “The Patient...” é 
uma excelente leitura para os interessados nas 
transformações da medicina. 
Folha de São Paulo online – Coluna Hélio Schwartsman – 
17/01/2016. 
Segundo o autor citado no texto, o futuro da medicina: 
A) encontra-se ameaçado pela alta tecnologia; 
B) deverá contar com o apoio positivo da tecnologia; 
C) levará à extinção da profissão de médico; 
D) independerá completamente dos médicos; 
E) estará limitado aos meios eletrônicos. 
RESPOSTAS 
01 C 
02 C 
03 D 
04 B 
05 B 
 
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS 
São três os elementos essenciais para a composição de 
um texto: a introdução, o desenvolvimento e a 
conclusão. Vamos estudar cada uma de forma isolada a 
seguir: 
Introdução 
É a apresentação direta e objetiva da ideia central do 
texto. A introdução é caracterizada por ser o parágrafo 
inicial. 
Desenvolvimento 
Quando tratamos de estrutura, é a maior parte do 
texto. O desenvolvimento estabelece uma conexão entre a 
introdução e a conclusão, pois é nesta parte que as ideias, 
argumentos e posicionamento do autor vão sendo 
formados e desenvolvidos com a finalidade de dirigir a 
atenção do leitor para a conclusão. 
Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser 
claras e aptas a fazer com que o leitor anteceda qual será 
a conclusão. 
São três principais erros que podem ser cometidos na 
elaboração do desenvolvimento: 
- Distanciar-se do texto em relação ao tema inicial. 
- Focar em apenas um tópico do tema e esquecer 
dos outros. 
- Falar sobre muitas informações e não conseguir 
organizá-las, dificultando a linha de compreensão 
do leitor. 04 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Conclusão 
Ponto final de todas as argumentações discorridas no 
desenvolvimento, ou seja, o encerramento do texto e dos 
questionamentos levantados pelo autor. 
Ao fazermos a conclusão devemos evitar expressões 
como: “Concluindo...”, “Em conclusão, ...”, “Como já 
dissemosantes...”. Parágrafo 
Se caracteriza como um pequeno recuo em relação à 
margem esquerda da folha. Conceitualmente, o parágrafo 
completo deve conter introdução, desenvolvimento e 
conclusão. 
- Introdução – apresentação da ideia principal, feita 
de maneira sintética de acordo com os objetivos do autor. 
- Desenvolvimento – ampliação do tópico frasal 
(introdução), atribuído pelas ideias secundárias, a fim de 
reforçar e dar credibilidade na discussão. 
- Conclusão – retomada da ideia central ligada aos 
pressupostos citados no desenvolvimento, procurando 
arrematá-los. 
Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com 
introdução, desenvolvimento e conclusão): 
 “Nesse contexto, é um grave erro a liberação da 
maconha. Provocará de imediato violenta elevação do 
consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda 
exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições 
de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente 
para atender à demanda. Enfim, viveremos o caos. ” 
(Alberto Corazza, Isto É, com adaptações) 
Elemento relacionador: Nesse contexto. 
Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha. 
Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta 
elevação do consumo. O Estado perderá o precário 
controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e 
nossas instituições de recuperação de viciados não terão 
estrutura suficiente para atender à demanda. 
Conclusão: Enfim, viveremos o caos. 
QUESTÕES 
01. IFCE – Administrador - 2014 
Como processar quem não nos representa? 
Não somos vândalos. E deveríamos ganhar flores. 
Cidadãos que respeitam as regras são diariamente 
maltratados por serviços públicos ineficientes. Como 
processar o prefeito e o governador se nossos impostos 
não se traduzem no respeito ao cidadão? Como processar 
um Congresso que se comporta de maneira vil, ao manter 
como deputado, em voto secreto, o presidiário Natan 
Donadon, condenado a 13 anos por roubo de dinheiro 
público? 
Se posso ser multada (e devo ser) caso jogue no chão 
um papel de bala, por que não posso multar o prefeito 
quando a cidade não funciona? E por que não posso multar 
o governador, se o serviço público me provoca sentimentos 
de fúria e impotência? Como punir o vandalismo moral do 
Estado? Ah, pelo voto. Não, não é suficiente. Deveríamos 
dispor de instrumentos legais para processar quem abusa 
do poder contra os eleitores – e esse abuso transcende 
partidos e ideologias. […] ( 
Texto retirado do artigo de Ruth Aquino. Revista Época, 
02/09/2103.) 
O texto apresenta como ideia central: 
A) inúmeros questionamentos e dúvidas que 
demonstram a falta de informação da autora sobre o modo 
de punir o serviço público de má qualidade. 
B) questionamentos retóricos que refletem a 
indignação da autora diante dos desmandos de políticos e 
de instituições públicas contra os cidadãos que não têm 
como punir os que deviam representá-los. 
C) a ideia de que o cidadão que não é vândalo tem 
que ser bem tratado pelos políticos e pelos servidores 
públicos. 
D) a discussão de que é pelo voto que podemos punir 
os políticos e seus partidos pelo desrespeito imposto aos 
cidadãos. 
E) a ideia de que abusos contra os cidadãos que não 
são eleitores ocorrem todos os dias e devem ser punidos. 
02. TRE SP - Analista Judiciário – 2017 – FCC 
A amizade é um exercício de limites afetivos em 
permanente desejo de expansaõ 
Amizade 
A amizade é um exercício de limites afetivos em 
permanente desejo de expansão. Por mais completa que 
pareça ser uma relação de amizade, ela vive também do que 
lhe falta e da esperança de que um dia nada venha a faltar. 
Com o tempo, aprendemos a esperar menos e a nos 
satisfazer com a finitude dos sentimentos nossos e alheios, 
embora no fundo de nós ainda esperemos a súbita novidade 
que o amigo saberá revelar. Sendo um exercício bem-
sucedido de tolerância e paciência – amplamente 
recompensadas, diga-se – a amizade é também a ansiedade 
e a expectativa de descobrirmos em nós, por 
05 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
intermédio do amigo, uma dimensão desconhecida do nosso 
ser. 
Há quem julgue que cabe ao amigo reconhecer e 
estimular nossas melhores qualidades. Mas por que não 
esperar que o valor maior da amizade está em ser ela um 
necessário e fiel espelho de nossos defeitos? Não é preciso 
contar com o amigo para conhecermos melhor nossas mais 
agudas imperfeições? Não cabe ao amigo a sinceridade de 
quem aponta nossa falha, pela esperança de que venhamos 
a corrigi-la? Se o nosso adversário aponta nossas faltas no 
tom destrutivo de uma acusação, o amigo as identifica com 
lealdade, para que nos compreendamos melhor. 
Quando um amigo verdadeiro, por contingência da vida 
ou imposição da morte, é afastado de nós, ficam dele, em 
nossa consciência, seus valores, seus juízos, suas percepções. 
Perguntas como “O que diria ele sobre isso?” ou “O que faria 
ele com isso?” passam a nos ocorrer: são perspectivas dele 
que se fixaram e continuam a agir como um parâmetro vivo 
e importante. As marcas da amizade não desaparecem com 
a ausência do amigo, nem se enfraquecem como memórias 
pálidas: continuam a ser referências para o que fazemos e 
pensamos. (CALÓGERAS, Bruno, inédito)Considere as 
seguintes afirmações: 
I. No primeiro parágrafo, há a sugestão de que a 
tolerância e a paciência, qualidades positivas mas 
dispensáveis entre amigos verdadeiros, dão lugar à 
recompensa da incondicionalidade do afeto. 
II. No segundo parágrafo, expressa-se a convicção 
de que o amigo verdadeiro não apenas releva nossos 
defeitos como também é capaz de convertê-los em 
qualidades nossas. 
III. No terceiro parágrafo, considera-se que da 
ausência oca-sional ou definitiva do amigo não resulta que 
seus valores e seus pontos de vista deixem de atuar dentro 
de nossa consciência. 
Em relação ao texto está correto o que se afirma em: 
A) I, II e III. 
B) I e II, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) I e III, apenas. 
E) III, apenas. 
03. TRE SP - Analista Judiciário – 2017 – FCC 
Discussão – o que é isso? 
A palavra discussão tem sentido bastante controverso: 
tanto pode indicar a hostilidade de um confronto insanável 
(“a discussão entre vizinhos acabou na delegacia”) como a 
operação necessária para se esclarecer um assunto ou 
chegar a um acordo (“discutiram, discutiram e acabaram 
concordando”). Mas o que toda discussão supõe, sempre, é a 
presença de um outro diante de nós, para quem somos o 
outro. A dificuldade geral está nesse reconhecimento a um 
tempo simples e difícil: o outro existe, e pode estar certo, sua 
posição pode ser mais justa do que a minha. 
 Entre dois antagonistas há as palavras e, com elas, os 
argumentos. Uma discussão proveitosa deverá ocorrer entre 
os argumentos, não entre as pessoas dos contendores. Se eu 
trago para uma discussão meu juízo já estabelecido sobre o 
caráter, a índole, a personalidade do meu interlocutor, a 
discussão apenas servirá para a exposição desses valores já 
incorporados em mim: quero destruir a pessoa, não quero 
avaliar seu pensamento. Nesses casos, a discussão é inútil, 
porque já desistiu de qualquer racionalização 
 As formas de discussão têm muito a ver, não há dúvida, 
com a cultura de um povo. Numa sociedade em que as 
emoções mais fortes têm livre curso, a discussão pode adotar 
com naturalidade uma veemência que em sociedades mais 
“frias” não teria lugar. Estão na cultura de cada povo os 
ingredientes básicos que temperam uma discussão. Seja 
como for, sem o compromisso com o exame atento das 
razões do outro, já não haverá o que discutir: estaremos 
simplesmente fincando pé na necessidade de proclamar a 
verdade absoluta, que seria a nossa. Em casos assim, falar ao 
outro é o mesmo que falar sozinho, diante de um espelho 
complacente, que refletirá sempre a arrogância da nossa 
vaidade. 
(COSTA, Teobaldo, inédito) 
Atente para as seguintes afirmações: 
I. No primeiroparágrafo, expõe-se a condição 
mínima para a ocorrência de uma discussão, sem que se 
mencione a ação de um entrave inicial que possa dificultá-
la. 
II. No segundo parágrafo, aponta-se, como 
elemento frequente em algumas discussões, a intolerância, 
que não me deixa reconhecer os argumentos da pessoa a 
quem já julguei. 
III. No terceiro parágrafo, estabelece-se uma conexão 
entre diferentes culturas e diferentes formas de discussão, 
concluindo-se que um acordo é mais fácil nas contendas 
mais acaloradas. 
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em 
A) I, II e III. 
B) I e II, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) I e III, apenas. 
E) II, apenas. 
06 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
04. Polícia Civil - AP - Oficial de Polícia Civil – 2017 
– FCC 
Ações e limites 
Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de 
agir”? Não é comum que se respeite esse conselho, somos 
tentados a dar livre vasão aos nossos impulsos, mas a 
recomendação tem sua utilidade: dez segundos são um 
tempo precioso, podem ser a diferença entre o ato 
irracional e a prudência, entre o abismo e a ponte para um 
outro lado. Entre as pessoas, como entre os grupos ou 
grandes comunidades, pode ser necessário abrir esse 
momento de reflexão e diplomacia, que antecede e 
costuma evitar os desastres irreparáveis. 
Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os 
alheios. Desse reconhecimento difícil depende nossa 
humanidade. Dar a si mesmo e ao outro um tempo mínimo 
de consideração e análise, antes de irromper em fúria sem 
volta, é parte do esforço civilizatório que combate a 
barbárie. A racionalidade aceita e convocada para moderar 
o tumulto passional dificilmente traz algum 
arrependimento. Cansamo-nos de ouvir: “Eu não sabia o 
que estava fazendo naquela hora”. Pois os dez segundos 
existem exatamente para nos dar a oportunidade de saber. 
O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob 
“violenta emoção” daquele “friamente premeditado”. Há, 
sim, atenuantes para quem age criminosamente sob o 
impulso do ódio. Mas melhor seria se não houvesse crime 
algum, porque alguém se convenceu da importância de 
contar até dez. 
(Décio de Arruda Tolentino, inédito) 
Considere estas orações: 
Os impulsos instintivos são brutais. 
A irracionalidade marca os impulsos instintivos. 
Precisamos dominar nossos impulsos instintivos. 
As orações acima estão articuladas, de modo claro, 
coerente e correto, no seguinte período: 
A) Dado que os instintos sejam brutais, em razão de 
sua irracionalidade, sendo necessário que nos urge 
dominá-los. 
B) Os brutais impulsos instintivos caracterizam-se 
pela irracionalidade, motivo pelo qual se impõe que os 
dominemos. 
C) Urge que venhamos a dominar aos nossos 
impulsos ins-tintivos, conquanto marcam nossa 
brutalidade. 
D) O domínio dos impulsos instintivos mais brutais 
precisam de se impor diante de sua irracionalidade. 
E) Sendo brutais, os impulsos instintivos cuja a marca 
é a irracionalidade, impõe-se que sejam dominados. 
05. Polícia Civil - AP - Oficial de Polícia Civil – 2017 
– FCC 
Ações e limites 
Quem nunca ouviu a frase “Conte até dez antes de 
agir”? Não é comum que se respeite esse conselho, somos 
tentados a dar livre vasão aos nossos impulsos, mas a 
recomendação tem sua utilidade: dez segundos são um 
tempo precioso, podem ser a diferença entre o ato 
irracional e a prudência, entre o abismo e a ponte para um 
outro lado. Entre as pessoas, como entre os grupos ou 
grandes comunidades, pode ser necessário abrir esse 
momento de reflexão e diplomacia, que antecede e 
costuma evitar os desastres irreparáveis. 
Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os 
alheios. Desse reconhecimento difícil depende nossa 
humanidade. Dar a si mesmo e ao outro um tempo mínimo 
de consideração e análise, antes de irromper em fúria sem 
volta, é parte do esforço civilizatório que combate a 
barbárie. A racionalidade aceita e convocada para moderar 
o tumulto passional dificilmente traz algum 
arrependimento. Cansamo-nos de ouvir: “Eu não sabia o 
que estava fazendo naquela hora”. Pois os dez segundos 
existem exatamente para nos dar a oportunidade de saber. 
O Direito distingue, é verdade, o crime praticado sob 
“violenta emoção” daquele “friamente premeditado”. Há, 
sim, atenuantes para quem age criminosamente sob o 
impulso do ódio. Mas melhor seria se não houvesse crime 
algum, porque alguém se convenceu da importância de 
contar até dez. 
(Décio de Arruda Tolentino, inédito) 
A recomendação de se distinguir entre o ato irracional 
e a prudência, no primeiro parágrafo, é retomada nesta 
outra formulação do texto: 
A) Não é comum que se respeite esse conselho (1º 
parágrafo). 
B) Tudo está em reconhecer os limites, os nossos e os 
alheios (2º parágrafo). 
C) é parte do esforço civilizatório que combate a 
barbárie (2º parágrafo). 
D) consideração e análise, antes de irromper em fúria 
sem volta (2ºparágrafo). 
E) atenuantes para quem age criminosamente sob o 
impulso do ódio (3º parágrafo). 
07 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
RESPOSTAS 
01 B 
02 E 
03 E 
04 B 
05 D 
 
2- RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS 
TEXTUAIS 
A todo o momento nos deparamos com vários textos, 
sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença 
do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que 
está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes 
interlocutores são as peças principais em um diálogo ou 
em um texto escrito. 
É de fundamental importância sabermos classificar os 
textos com os quais travamos convivência no nosso dia a 
dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais 
e gêneros textuais. 
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um 
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa 
opinião sobre determinado assunto, descrevemos algum 
lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre 
alguém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente 
nessas situações corriqueiras que classificamos os nossos 
textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e 
Dissertação. 
 
As tipologias textuais se caracterizam pelos 
aspectos de ordem linguística 
 
Os tipos textuais designam uma sequência definida 
pela natureza linguística de sua composição. São 
observados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, 
relações logicas. 
Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, 
argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo. 
 A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de 
ação demarcados no tempo do universo narrado, como 
também de advérbios, como é o caso de antes, agora, 
depois, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele 
apareceu. Depois de muita conversa, resolveram... 
B) Textos descritivos – como o próprio nome indica, 
descrevem características tanto físicas quanto psicológicas 
acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos 
verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito 
imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da 
graúna...” 
C) Textos expositivos – Têm por finalidade explicar 
um assunto ou uma determinada situação que se almeje 
desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela 
acontecer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até 
o dia 02 de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-
lo, sob pena de perder o benefício. 
D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de uma 
modalidade na qual as ações são prescritas de forma 
sequencial, utilizando-se de verbos expressos no 
imperativo, infinitivo ou futuro do presente: Misture todos 
os ingrediente e bata no liquidificador até criar uma massa 
homogênea. 
E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demarcam-
se pelo predomínio de operadores argumentativos, 
revelados por uma carga ideológica constituída de 
argumentos e contraargumentos que justificam a posição 
assumida acerca de um determinado assunto: A mulher do 
mundo contemporâneo luta cada vez maispara conquistar 
seu espaço no mercado de trabalho, o que significa que os 
gêneros estão em complementação, não em disputa. 
 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 
São os textos materializados que encontramos em 
nosso cotidiano; tais textos apresentam características 
sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, 
composição, conteúdo e canal. Como exemplos, temos: 
receita culinária, e-mail, reportagem, monografia, 
Escreve-se com g Escreve-se com j 
estrangeiro berinjela 
gengibre cafajeste 
geringonça gorjeta 
gíria jiboia 
ligeiro jiló 
tangerina sarjeta 08 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
poema, editorial, piada, debate, agenda, inquérito policial, 
fórum, blog, etc. 
A escolha de um determinado gênero discursivo 
depende, em grande parte, da situação de produção, ou 
seja, a finalidade do texto a ser produzido, quem são os 
locutores e os interlocutores, o meio disponível para 
veicular o texto, etc. 
Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a 
esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por 
exemplo, são comuns gêneros como notícias, reportagens, 
editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divulgação 
científica são comuns gêneros como verbete de dicionário ou 
de enciclopédia, artigo ou ensaio científico, seminário, 
conferência. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto 
Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. 
– São Paulo: Saraiva, 2010. Português – Literatura, 
Produção de Textos & Gramática – volume único / 
Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 
3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. SITE 
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologiatextu
al.htm- 
 
 
QUESTÕES 
 
1. (TJ-DFT – CONHECIMENTOS BÁSICOS – 
TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA 
ADMINISTRATIVA – CESPE – 2015) 
 
Ouro em Fios 
 
A natureza é capaz de produzir materiais preciosos, 
como o ouro e o cobre - condutor de ENERGIA 
ELÉTRICA. O ouro já é escasso. A energia elétrica 
caminha para isso. Enquanto cientistas e governos 
buscam novas fontes de energia sustentáveis, faça sua 
parte aqui no TJDFT: 
- Desligue as luzes nos ambientes onde é possível usar 
a iluminação natural. 
- Feche as janelas ao ligar o ar-condicionado. 
- Sempre desligue os aparelhos elétricos ao sair do 
ambiente. 
- Utilize o computador no modo espera. 
Fique ligado! Evite desperdícios. 
Energia elétrica. A natureza cobra o preço do 
desperdício. 
Internet: (com adaptações) 
 
Há no texto elementos característicos das tipologias 
expositiva e injuntiva. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 Resposta: Certo. Texto injuntivo – ou instrucional – é 
aquele que passa instruções ao leitor. O texto acima 
apresenta tal característica. 
 
 
 Leia o texto a seguir e responda à questão.. 
 
Como nasce uma história 
(fragmento) 
 
Quando cheguei ao edifício, tomei o elevador que 
serve do primeiro ao décimo quarto andar. Era pelo 
menos o que dizia a tabuleta no alto da porta. 
 — Sétimo — pedi. 
A porta se fechou e começamos a subir. Minha atenção 
se fixou num aviso que dizia: 
 É expressamente proibido os funcionários, no ato da 
subida, utilizarem os elevadores para descerem. 
Desde o meu tempo de ginásio sei que se trata de 
problema complicado, este do infinito pessoal. 
Prevaleciam então duas regras mestras que deveriam 
ser rigorosamente obedecidas. Uma afirmava que o 
sujeito, sendo o mesmo, impedia que o verbo se 
flexionasse. Da outra infelizmente já não me lembrava. 
 Mas não foi o emprego pouco castiço do infinito 
pessoal que me intrigou no tal aviso: foi estar ele 
concebido de maneira chocante aos delicados ouvidos 
de um escritor que se preza. Qualquer um, não sendo 
irremediavelmente burro, entenderia o que se 
pretende dizer neste aviso. Pois um tijolo de burrice me 
baixou na compreensão, fazendo com que eu ficasse 
revirando a frase na cabeça: descerem, no ato da 
subida? Que quer dizer isto? E buscava uma forma 
simples e correta de formular a proibição: 
 É proibido subir para depois descer. É proibido subir no 
elevador com intenção de descer. É proibido ficar no 
elevador com intenção de descer, quando ele estiver 
subindo. 
Se quiser descer, não tome o elevador que esteja 
subindo. Mais simples ainda: 
 Se quiser descer, só tome o elevador que estiver 
descendo. De tanta simplicidade, atingi a síntese 
perfeita do que Nelson Rodrigues chamava de 
óbvio ululante, ou seja, a enunciação de algo que 09 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
não quer dizer absolutamente nada: Se quiser descer, 
não suba. 
 Fernando Sabino. A volta por cima. Rio de Janeiro: 
Record, 1995, p. 137-140. (Com adaptações.) 
 
2. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008) O gênero textual apresentado permite o 
emprego da linguagem coloquial, como ocorre, 
por exemplo, em “Qualquer um, não sendo 
irremediavelmente burro” e “um tijolo de burrice”. 
 
 ( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
Resposta: Certo. O gênero é a crônica, conta fatos do 
dia a dia de maneira descontraída, o que permite a 
utilização de uma linguagem mais próxima do leitor. 
 
3- DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL; 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
ORTOGRAFIA 
 
A Ortografia estuda a forma correta de escrita das 
palavras de uma língua. Do grego “ortho”, que quer dizer 
correto e “grafo”, por sua vez, que significa escrita. 
É influenciada pela etimologia e fonologia das 
palavras. Além disso, são feitas convenções entre os 
falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua 
ortografia oficial. Trata-se dos acordos ortográficos. 
Alfabeto 
O alfabeto é formado por 26 letras 
Vogais: a, e, i, o, u, y, w. 
Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,z. 
Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z. 
 
Regras Ortográficas 
 
Uso do x/ch 
 
O x é utilizado: 
- Em geral, depois dos ditongos: caixa, feixe. 
- Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano. 
- Palavras com origem indígena ou africana: xavante, 
xingar. 
- Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada. 
- Exceção: O verbo encher (e palavras derivadas) 
escreve-se com ch. 
 
 
Escreve-se com x Escreve-se com ch 
 
 Bexiga bochecha 
 Bruxa boliche 
 Caxumba broche 
 elixir cachaça 
 faxina chuchu 
 graxa colcha 
 lagartixa fachada 
 
Uso do h 
 
O h é utilizado: 
- No final de interjeições: Ah!, Oh! 
- Por etimologia: hoje, homem. - Nos dígrafos ch, lh, 
nh: tocha, carvalho, manhã. 
- Palavras compostas: sobre-humano, super-homem. 
- Exceção: Bahia quando se refere ao estado. O 
acidente geográfico baía é escrito sem h. 
 
Uso do s/z 
 
O s é utilizado: 
 - Adjetivos terminados pelos sufixos -oso/-osa que 
indicam grande quantidade, estado ou circunstância: 
maudoso, feiosa. 
– Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título 
ou profissão: marquês, portuguesa, poetisa. 
- Depois de ditongos: coisa, pousa. 
- Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, 
quiseram. O z é utilizado: 
- Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a 
partir de adjetivos: magro - magreza, belo - beleza, grande 
- grandeza. 
- No sufixo - izar, que forma verbo: atualizar, batizar, 
hospitalizar. 
 
Escreve-se com s Escreve-se com z 
 
 Alisar amizade 
 Atrás azar 
 através azia 
 gás giz 
 groselha prazerinvés rodízio 
 
 
 
 10 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Uso do g/j 
 
O g é utilizado: 
- Palavras que terminem em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -
úgio: pedágio, relógio, refúgio. 
- Substantivos que terminem em -gem: lavagem, 
viagem. 
 
O j é utilizado: 
- Palavras com origem indígena: pajé, canjica. 
- Palavras com origem africana: jiló, jagunço. 
 
Escreve-se com g Escreve-se com j 
 
 estrangeiro berinjela 
 gengibre cafajeste 
 geringonça gorjeta 
 gíria jiboia 
 ligeiro jiló 
 tangerina sarjeta 
 
Parônimos e Homônimos 
 
 Há diferentes formas de escrita que existem, mas cujo 
significado é diferente. 
Palavras parônimas são parecidas na grafia ou na 
pronúncia, mas têm significados diferentes. 
Exemplos: 
cavaleiro (de cavalos) cavalheiro (educado) 
descrição (descrever) discrição (de discreto) 
emigrar (deixar o país) imigrar (entrar no país) 
 
Palavras homônimas têm a mesma pronúncia, mas 
significados diferentes. 
Exemplos: 
cela (cômodo pequeno) sela (de cavalos) 
ruço (pardo claro) russo (da Rússia) 
tachar (censurar) taxar (fixar taxa) 
 
Consoantes dobradas 
 
- Só se duplicam as consoantes C, R, S. 
- Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes 
soam distintamente: convicção, cocção, fricção, facção, etc. 
- Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, 
intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ 
sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, 
etc. Quando há um elemento de composição terminado 
em vogal a seguir, sem interposição do hífen, palavra 
começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, 
etc. 
 
Uso do hífen 
 
Desde a entrada em vigor do atual acordo ortográfico, 
a escrita de palavras com hífen e sem hífen tem sido motivo 
de dúvidas para diversos falantes. 
Palavras com hífen: 
segunda-feira (e não segunda feira); 
bem-vindo (e não benvindo); 
mal-humorado (e não mal humorado); 
micro-ondas (e não microondas); 
bem-te-vi (e não bem te vi). 
 
Palavras sem hífen: 
dia a dia (e não dia-a-dia); 
fim de semana (e não fim-de-semana); 
à toa (e não à-toa); 
autoestima (e não auto-estima); 
antirrugas (e não anti-rugas). 
 
QUESTÕES 
 
01. SEAP-MG - Agente de Segurança Penitenciário 
– 2018 - IBFC 
 
A ortografia estuda a forma correta da escrita das 
palavras de uma determinada língua, no caso a Língua 
Portuguesa. É influenciada pela etimologia e fonologia das 
palavras, assim sendo observe com atenção o texto. 
Agente Penitenciário, Agente Prisional, Agente de 
Segurança Penitenciário ou Agente Estadual/ Federal de 
Execução Penal. Entre suas atribuições estão: manter a 
ordem, diciplina, custódia e vigilância no interior das 
unidades prisionais, assim como no âmbito externo das 
unidades, como escolta armada para audiências judiciais, 
transferência de presos etc. Desempenham serviços de 
natureza policial como aprensões de ilícitos, revistas 
pessoais em detentos e visitantes, revista em veículos que 
adentram as unidades prisionais, controle de rebeliões e 
ronda externa na área do perímetro de segurança ao redor 
da unidade prisional. Garantem a segurança no trabalho de 
ressosialização dos internos promovido pelos pisicólogos, 
pedagogos e assistentes sociais. Estão subordinados às 
Secretarias de Estado de Administração Penitenciária - 
SEAP, secretarias de justiças ou defesa social, dependendo 
da nomenclatura adotada em cada Estado. 
11 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Fonte: Wikipedia – *com alterações ortográficas. 
 
Assinale a alternativa que apresenta todas as palavras, 
retiradas do texto, com equívocos em sua ortografia. 
A) atribuições; diciplina; audiências; desempenham. 
B) diciplina; aprensões; ressosialização; pisicólogos. 
C) audiências; ilícitos; atribuições; desempenham. 
D) perímetro; diciplina; desempenham; ilícitos. 
E) aprensões; ressosialização; desempenham; 
audiências. 
 
02. ELETTROBRAS – LEITURISTA – 2015 – IADES 
Considerando as regras de ortografia, assinale a 
alternativa em que a palavra está grafada corretamente. 
 A) Dimencionar. 
B) Assosciação. 
C) Capassitores. 
D) Xoque. 
E) Conversão. 
 
 
03. MPE SP – ANALISTA DE PROMOTORIA – 2015 – 
VUNESP 
 
 
(Dik Brownie, Hagar. www.folha.uol.com.br, 
29.03.2015. Adaptado) 
 
Considerando a ortografia e a acentuação da norma-
padrão da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e 
respectivamente, preenchidas por: 
A) mal ... por que ... intuito 
B) mau ... por que ... intuito 
C) mau ... porque ... intuito 
D) mal ... porque ... intuito 
E) mal ... por quê ... intuito 
 
04. PBH Ativos S.A. - Analista Jurídico – 2018 – IBGP 
Assinale a alternativa em que todas as palavras estão 
grafadas conforme as regras do Novo Acordo Ortográfico 
relativas à sistematização do emprego de hífen ou de 
acentuação. 
A) Vôo, dêem, paranóico, assembléia, feiúra, vêem, 
baiúca. 
B) Interresistente, superrevista, manda-chuva, 
paraquedas. 
C) Antirreligioso, extraescolar, infrassom, coautor, 
antiaéreo. 
D) Préhistória, autobservação, infraxilar, suprauricular, 
inábil. 
 
05. MPE-GO - Auxiliar Administrativo – 2018 – MPE-
GO 
Assinale a opção que completa corretamente as 
lacunas do período abaixo. 
 
Agora que há uma câmera de ________. isto 
provavelmente não _____acontecerá, mas _____vezes em 
que, no meio de uma noite __________, o poeta levantava de 
seu banco [...] 
 
 A) investigassâo mas ouve chuvosa 
 B) investigassâo mais houve chuvosa 
 C) investigação mais houve chuvosa 
 D) investigação mas houve chuvosa 
E) investigação mais ouve chuvoza 
 
RESPOSTAS 
 
01 B 
02 E 
03 D 
04 C 
05 C 
 
ACENTUAÇÃO 
A acentuação gráfica é feita através de sinais diacríticos 
que, sobrepostos às vogais, indicam a pronúncia correta 
das palavras no que respeita à sílaba tônica e no que 
respeita à modulação aberta ou fechada das vogais. 
Esses são elementos essenciais para estabelecer 
organizadamente, por meio de regras, a intensidade das 
palavras das sílabas portuguesas. 
Acentuação tônica 12 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Refere-se à intensidade em que são pronunciadas as 
sílabas das palavras. Aquela que é pronunciada de forma 
mais acentuada é a sílaba tônica. As demais, pronunciadas 
com menos intensidade, são denominadas de átonas. 
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos 
com mais de uma sílaba classificam-se em: 
Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, 
escritor, maracujá. 
Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: 
mesa, lápis, montanha, imensidade. 
Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a 
antepenúltima: árvore, quilômetro, México. 
Acentuação gráfica 
- Proparoxítonas: todas acentuadas (místico, 
jurídico, bélico). 
- Palavras oxítonas: oxítonas terminadas em “a”, “e”, 
“o”, “em”, seguidas ou não do plural (s): (Paraná – fé – jiló 
(s)). 
- Também acentuamos nos casos abaixo: 
- Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, 
seguidos ou não de “s”: (pá – pé – dó) 
- Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos 
seguidas de lo, la, los, las: (recebê-lo – compô-lo) 
- Paroxítonas: Acentuam-se as palavras paroxítonas 
terminadas em: i, is (táxi – júri), us, um, uns (vírus, fórum), l, 
n, r, x, ps (cadáver – tórax – fórceps), ã, ãs, ão, ãos (ímã – 
órgãos). 
- Ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido 
ou não de “s”: (mágoa – jóquei) 
Regras especiais: 
- Ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi”, perderam 
o acento com o Novo Acordo. 
Antes agora 
Assembléia AssembleiaIdéia Ideia 
Geléia Geleia 
Jibóia Jiboia 
Apóia (verbo) Apoia 
Paranóico Paranoico 
 
- “i” e “u” tônicos formarem hiato com a vogal 
anterior, acompanhados ou não de “s”, desde que não 
sejam seguidos por “-nh”, haverá acento: (saída – baú – 
país). 
- Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos 
formando hiato quando vierem depois de ditongo: 
 
Antes agora 
Bocaiúva Bocaiuva 
Feiúra Feiura 
Sauípe Sauipe 
- Acento pertencente aos hiatos “oo” e “ee” foi 
abolido. 
- Vogais “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas de 
vogal idêntica, não tem mais acento: (xi-i-ta, pa-ra-cu-u-
ba). 
- Haverá o acento em palavra proparoxítona, pois a 
regra de acentuação das proparoxítonas prevalece sobre a 
dos hiatos: (se-ri-ís-si-mo) 
- Não há mais acento nas formas verbais que 
possuíam o acento tônico na raiz com “u” tônico precedido 
de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. 
 
- 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos 
verbos ter e vir e dos seus compostos (conter, reter, advir, 
convir etc.) tem acento. 
Antes agora 
crêem creem 
vôo voo 
Antes agora 
averigúe (averiguar) averigue 
argúi (arguir) argui 
Singular plural 
ele tem eles têm 
ele vem eles vêm 
ele obtém eles obtêm 
13 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
→ Palavras homógrafas para diferenciá-las de outras 
semelhantes não se usa mais acento. Apenas em algumas 
exceções, como: 
A forma verbal pôde (3ª pessoa do singular - pretérito 
perfeito do indicativo) ainda é acentuada para diferenciar-
se de pode (3ª pessoa do singular - presente do indicativo). 
Também o verbo pôr para diferenciá-lo da preposição por. 
Alguns homógrafos: 
pera (substantivo) - pera (preposição antiga) 
para (verbo) - para (preposição) 
pelo(s) (substantivo) - pelo (do verbo pelar) 
 
Atenção, pois palavras derivadas de advérbios ou 
adjetivos não são acentuadas 
Exemplos: 
Facilmente - de fácil 
Habilmente - de hábil 
Ingenuamente – de ingênuo 
Somente - de só 
Unicamente - de único 
Dinamicamente - de dinâmico 
Espontaneamente - de espontâneo 
Uso da Crase 
- É usada na contração da preposição a com as 
formas femininas do artigo ou pronome demonstrativo a: 
à (de a + a), às (de a + as). 
- A crase é usada também na contração da 
preposição “a” com os pronomes demonstrativos: 
àquele(s) 
àquela(s) 
àquilo 
àqueloutro(s) 
àqueloutra (s) 
Uso do Trema 
- Só é utilizado nas palavras derivadas de nomes 
próprios.Müller – de mülleriano 
QUESTÕES 
01. Pref. Natal/RN - Agente Administrativo – 2016 - 
CKM 
Serviço 
Mostra O Triunfo da Cor traz grandes nomes do 
pósimpressionismo para SP Daniel Mello - Repórter da 
Agência Brasil A exposição O Triunfo da Cor traz grandes 
nomes da arte moderna para o Centro Cultural Banco do 
Brasil de São Paulo. São 75 obras de 32 artistas do final do 
século 19 e início do 20, entre eles expoentes como Van 
Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Cézanne, Seurat e 
Matisse. Os trabalhos fazem parte dos acervos do Musée 
d’Orsay e do Musée de l’Orangerie, ambos de Paris. 
A mostra foi dividida em quatro módulos que 
apresentam os pintores que sucederam o movimento 
impressionista e receberam do crítico inglês Roger Fry a 
designação de pósimpressionistas. Na primeira parte, 
chamada de A Cor Cientifica, podem ser vistas pinturas que 
se inspiraram nas pesquisas científicas de Michel Eugene 
Chevreul sobre a construção de imagens com pontos. 
Os estudos desenvolvidos por Paul Gauguin e Émile 
Bernard marcam a segunda parte da exposição, chamada 
de Núcleo Misterioso do Pensamento. Entre as obras que 
compõe esse conjunto está o quadro Marinha com Vaca, 
em que o animal é visto em um fundo de uma passagem 
com penhascos que formam um precipício estreito. As 
formas são simplificadas, em um contorno grosso e escuro, 
e as cores refletem a leitura e impressões do artista sobre 
a cena. 
O Autorretrato Octogonal, de Édouard Vuillard, é uma 
das pinturas de destaque do terceiro momento da 
exposição. Intitulada Os Nabis, Profetas de Uma Nova Arte, 
essa parte da mostra também reúne obras de Félix 
Vallotton e Aristide Maillol. No autorretrato, Vuillard define 
o rosto a partir apenas da aplicação de camadas de cores 
sobrepostas, simplificando os traços, mas criando uma 
imagem de forte expressão. 
O Mulheres do Taiti, de Paul Gauguin, é um dos 
quadros da última parte da mostra, chamada de A Cor em 
Liberalidade, que tem como marca justamente a inspiração 
que artistas como Gauguin e Paul Cézanne buscaram na 
natureza tropical. A pintura é um dos primeiros trabalhos 
de Gauguin desenvolvidos na primeira temporada que o 
artista passou na ilha do Pacífico, onde duas mulheres 
aparecem sentadas a um fundo verde-esmeralda, que 
lembra o oceano. 
A exposição vai até o dia 7 de julho, com entrada 
franca. 
http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-05/ 
mostra-otriunfo-da-cor-traz-grandes-nomes-do-pos-
impressionismo-para-sp Acesso em: 29/05/2016. 
“As palavras ‘módulos’ e ‘última’, presentes no texto, 
são ____________ acentuadas por serem ____________ e 
____________, respectivamente”. 
As palavras que preenchem correta e respectivamente 
as lacunas do enunciado acima são: 
A) diferentemente / proparoxítona / paroxítona 
B) igualmente / paroxítona / paroxítona 
C) igualmente / proparoxítona / 
proparoxítona 
14 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
D) diferentemente / paroxítona / oxítona 
02. Pref. De Caucaia/CE – Agente de Suporte e 
Fiscalização 
- 2017 - CETREDE 
Indique a alternativa em que todas as palavras devem 
receber acento. 
A) virus, torax, ma. 
B) caju, paleto, miosotis . 
C) refem, rainha, orgão. 
D) papeis, ideia, latex. 
E) lotus, juiz, virus. 
 
03. MPE/SC – Promotor de Justiça- 2017 - MPE/SC 
 
“Desde as primeiras viagens ao Atlântico Sul, os 
navegadores europeus reconheceram a importância dos 
portos de São Francisco, Ilha de Santa Catarina e Laguna, 
para as “estações da aguada” de suas embarcações. À 
época, os navios eram impulsionados a vela, com pequeno 
calado e autonomia de navegação limitada. Assim, esses 
portos eram de grande importância, especialmente para os 
navegadores que se dirigiam para o Rio da Prata ou para o 
Pacífico, através do Estreito de Magalhães.” 
(Adaptado de SANTOS, Sílvio Coelho dos. Nova História de 
Santa Catarina. Florianópolis: edição do Autor, 1977, p. 
43.) 
No texto acima aparecem as palavras Atlântico, época, 
Pacífico, acentuadas graficamente por serem 
proparoxítonas. 
 ( ) Certo ( ) Errado 
04. Pref. De Nova Veneza/SC – Psicólogo – 2016 - 
FAEPESUL 
Analise atentamente a presença ou a ausência de 
acento gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa 
em que não há erro: 
A) ruím - termômetro - táxi – 
talvez. 
B) flôres - econômia - biquíni - 
globo.C) bambu - através - sozinho 
- juiz 
D) econômico - gíz - juízes - cajú. 
E) portuguêses - princesa - faísca. 
 
05. INSTITUTO CIDADES – Assistente Administrativo VII 
– 2017 - CONFERE 
Marque a opção em que as duas palavras são 
acentuadas por obedecerem à regras distintas: 
 
A) Catástrofes – climáticas. 
B) Combustíveis – fósseis. 
C) Está – país. 
D) Difícil – nível. 
 
 
06. IF-BA - Administrador – 2016 - FUNRIO Assinale a única 
alternativa que mostra uma frase escrita inteiramente de 
acordo com as regras de acentuação gráfica vigentes. 
 
A) Nas aulas de Ciências, construí uma mentalidade 
ecológica responsável. 
B) Nas aulas de Inglês, conheci um pouco da gramática e 
da cultura inglêsa. 
C) Nas aulas de Sociologia, gostei das idéias evolucionistas 
e de estudar ética. 
 D) Nas aulas de Artes, estudei a cultura indígena, o barrôco 
e o expressionismo 
 E) Nas aulas de Educação Física, eu fazia exercícios para 
gluteos, adutores e tendões. 
 
RESPOSTAS 
 
1 C 
2 A 
3 CERTO 
4 C 
5 C 
6 A 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 - DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO 
TEXTUAL 
 
4.1 - EMPREGO DE ELEMENTOSDE 
REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE 
CONECTORES E DE OUTROS ELEMENTOS DE 
SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL 
 
15 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Palavras como preposições, conjunções e pronomes 
possuem a função de criar um sistema de relações, 
referências e retomadas no interior de um texto; 
garantindo unidade entre as diversas partes que o compõe. 
Essa relação, esse entrelaçamento de elementos no texto 
recebe o nome de Coesão Textual. 
Há, portanto, coesão, quando seus vários elementos 
estão articulados entre si, estabelecendo uma unidade em 
cada uma das partes, ou seja, entre os períodos e entre os 
parágrafos. Tal unidade se dá pelo emprego de conectivos 
ou elementos coesivos, cuja função é evidenciar as várias 
relações de sentido entre os enunciados. 
 
Coesão e Coerência 
 
Na construção de um texto, assim como na fala, 
usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a 
compreensão do que é dito, ou lido. Estes mecanismos 
linguísticos que estabelecem a coesão e retomada do que 
foi escrito - ou falado - são os referentes textuais, que 
buscam garantir a coesão textual para que haja coerência, 
não só entre os elementos que compõem a oração, como 
também entre a sequência de orações dentro do texto. 
Essa coesão também pode muitas vezes se dar de modo 
implícito, baseado em conhecimentos anteriores que os 
participantes do processo têm com o tema. 
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha 
imaginária - composta de termos e expressões - que une 
os diversos elementos do texto e busca estabelecer 
relações de sentido entre eles. Dessa forma, com o 
emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais 
(repetição, substituição, associação), sejam gramaticais 
(emprego de pronomes, conjunções, numerais, elipses), 
constroem-se frases, orações, períodos, que irão 
apresentar o contexto – decorre daí a coerência textual. 
Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o 
apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa 
incoerência é resultado do mau uso dos elementos de 
coesão textual. Na organização de períodos e de 
parágrafos, um erro no emprego dos mecanismos 
gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. 
Construído com os elementos corretos, confere-se a ele 
uma unidade formal. 
Nas palavras do mestre Evanildo Bechara, “o enunciado 
não se constrói com um amontoado de palavras e orações. 
Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência 
e independência sintática e semântica, recobertos por 
unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes 
princípios”. 
Não se deve escrever frases ou textos desconexos – é 
imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que as frases 
estejam coesas e coerentes formando o texto. Relembre-
se de que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo 
entre os elementos que compõem a estrutura textual. 
 
 Formas de se garantir a coesão entre os elementos 
de uma frase ou de um texto 
 
 - Substituição de palavras com o emprego de 
sinônimos - palavras ou expressões do mesmo campo 
associativo. 
 
 - Nominalização – emprego alternativo entre um 
verbo, o substantivo ou o adjetivo correspondente 
(desgastar / desgaste / desgastante). 
 
- Emprego adequado de tempos e modos verbais: 
Embora não gostassem de estudar, participaram da aula. 
 
- Emprego adequado de pronomes, conjunções, 
preposições, artigos: 
 
O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital brasileira, 
Sua Santidade participou de uma reunião com a Presidente 
Dilma. Ao passar pelas ruas, o papa cumprimentava as 
pessoas. Estas tiveram a certeza de que ele guarda respeito 
por elas. 
 
 - Uso de hipônimos – relação que se estabelece com 
base na maior especificidade do significado de um deles. 
Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais 
genérico). 
 
 - Emprego de hiperônimos - relações de um termo de 
sentido mais amplo com outros de sentido mais específico. 
Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com 
gato. 
 - Substitutos universais, como os verbos vicários. 
 
Verbo vicário é aquele que substitui outro já utilizado 
no período, evitando repetições. Geralmente é o verbo 
fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar. Faço porque 
preciso. O “faço” foi empregado no lugar de “estudo”, 
evitando repetição desnecessária. 
 A coesão apoiada na gramática se dá no uso de 
conectivos, como pronomes, advérbios e 
expressões adverbiais, conjunções, elipses, entre 
outros. A elipse justifica-se quando, ao remeter a 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
um enunciado anterior, a palavra elidida é facilmente 
identificável (Exemplo: O jovem recolheu-se cedo. Sabia que 
ia necessitar de todas as suas forças. O termo o jovem deixa 
de ser repetido e, assim, estabelece a relação entre as duas 
orações). 
 
A coerência de um texto está ligada: 
1. à sua organização como um todo, em que devem 
estar assegurados o início, o meio e o fim; 
2. à adequação da linguagem ao tipo de texto. Um 
texto técnico, por exemplo, tem a sua coerência 
fundamentada em comprovações, apresentação de 
estatísticas, relato de experiências; um texto informativo 
apresenta coerência se trabalhar com linguagem objetiva, 
denotativa; textos poéticos, por outro lado, trabalham com 
a linguagem figurada, livre associação de ideias, palavras 
conotativas. 
 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
CAMPEDELLI, Samira Yousseff, SOUZA, Jésus Barbosa. 
Português – Literatura, Produção de Textos & 
Gramática – volume único – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 
2002. 
 
Falar em coesão é necessariamente falar em endófora 
e exófora. Aquela se impõe no emprego de pronomes e 
expressões que se referem a elementos nominais presentes 
na superfície textual; esta faz remissão a um elemento fora 
dos limites do texto. 
 
Referenciação 
 
A referenciação ocorre, basicamente, por meio de dois 
movimentos, chamados de movimentos retrospectivo e 
progressivo, respectivamente anáfora e catáfora. Tomando 
como objeto de análise um exemplo, vamos observar como 
ocorre esses dois processos textuais vendo também as 
principais características de cada uma delas: 
Endófora é dividida em: anáfora e catáfora. 
a) Anáfora: expressão que retoma uma ideia 
anteriormente expressa. 
Exemplo: “Secretaria de Educação escreve pichação 
com “x” . Ela justifica a gafe pela pressa.” 
 
Observe que o pronome “Ela” retorna uma 
expressão já citada anteriormente – Secretaria de 
Educação-, portanto trata-se de uma retomada 
por anáfora. 
 
Atenção: Aqui vai uma dica muito importante para 
o concurso do censo demográfico 2020. 
Vale lembrar que a expressão retomada ( no 
exemplo acima representada pela porção 
Secretaria de Educação) é também chamada, em 
provas de Concursos, de referente ideológico. 
 
b) Catáfora: Pronome ou expressão nominal que 
antecipa uma expressão presente em porção 
posterior do texto. Observe como ocorre: 
 
Exemplo: Só queremos isto: a aprovação! 
 
Nesse exemplo, o pronome “isto” só pode ser 
recuperado se identificarmos o termo aprovação, 
que aparece na porção posterior à estrutura. É, 
portanto, um exemplo clássico de catáfora. Veja 
outro exemplo para você entender melhor como 
ocorre: 
 
Eu quero ajuda de alguém: pode ser de você. 
 
c) Exófora: a remissão é feita a algum elemento da 
situação comunicativa, ou seja, o referente está 
fora da superfície textual. 
 
Mecanismos de coesão textual 
 
É o meio pelo qual ocorre a coesão em um texto. Os 
principais são: 
 
1- Coesão por substituição: Consiste na colocação 
de um item em lugar de outro(s) elemento(s) do 
texto, ou até mesmo de uma oração inteira. 
 
Exemplos: 
 
Ele comprou um carro. Eu também quero comprar um. 
Ele comprou um carro novo e eu também. 
 
Observe que em ambos casos houve uma redefinição, ou 
seja, mesmo não havendo identidade entre o item de 
referência e o item pressuposto, porém, existe uma nova 
definição nos termos: um, também.

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