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TCC Pedagogia

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DESAFIO DA UTILIZAÇÃO DA INTERNET E TIC’S COMO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS
Débora Batista Chagas da Silva
Professor Orientador: Maria Adelaide Maio
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – PEDAGOGIA/2018
RESUMO
Tablets, computadores, redes sociais, celulares, internet. Estas são apenas alguns dos artifícios tecnológicos utilizados no século XXI. A internet e a tecnologia ligaram o mundo num só clique e tornaram tudo mais acessível. É possível comunicar-se com pessoas de toda a parte do mundo, buscar informações e conhecimentos, procurar vagas de empregos, compartilhar pensamentos e fotos, ouvir música, traduzir textos, dentre outras infinitas possibilidades. As inovações tecnológicas tornaram-se parte do cotidiano das pessoas e, com a crescente evolução e crescimento, entraram na sala de aula e tornaram-se parte do material didático do aluno e do professor. Há escolas onde existem aulas e uma disciplina específica de Informática, dentro do ambiente também destinado a esta finalidade: o laboratório de informática. A utilização destes recursos tornou-se também, em parte, uma forma de estratégia para manter os alunos interessados nas aulas, já que toda essa inovação tecnológica faz parte do cotidiano deles, além de ser uma forma de lazer. O uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, inclusive, já foi mencionado e ressaltado pela Base Nacional Comum Curricular. Porém, para chegar até onde está hoje, as Tecnologias da Informação e Comunicação percorreram um longo caminho. Este artigo abordará a história das TIC's, desde o seu surgimento até os dias atuais; quando e como começaram a fazer parte da educação, tomando como base o exposto na Base Nacional Comum Curricular; o uso do laboratório de informática e seus benefícios para o processo de ensino/aprendizagem; a contribuição das ferramentas tecnológicas para o ensino à distância e a capacitação dos professores para a melhor utilização destes recursos como instrumentos auxiliares da prática educativa.
Palavras-chave: Tecnologia. Ensino à distância. TIC’s. Informática e Educação.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objeto de observação, estudo e pesquisa as TIC’s como ferramentas pedagógicas. 
Para Valente (1998, p.02), o termo informática na educação se refere à “inserção do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de 
educação”. Nota-se que o computador assim como outras inovações tecnológicas, são  recursos importantes e que podem contribuir de forma significativa para facilitar o processo de ensino-aprendizagem, e a cibercultura e suas ferramentas informatizadas auxiliam o processo de ensino-aprendizagem.
Porém, para que a tecnologia possa ser corretamente implementada na educação, há alguns fatores que precisam ser levados em consideração.
O objetivo do artigo é questionar e refletir, procurando compreender à luz de teorias e autores, como surgiram as TIC's, como começaram a ser empregadas e utilizadas na educação; a capacitação de professores para utilizar estes recursos; a importância do laboratório de informática e como esses recursos tecnológicos podem facilitar o processo de ensino-aprendizagem. 
A justificativa se deu pela percepção da enorme proporção em que as TIC’s têm tomado no cotidiano de crianças e adolescentes e dentro do âmbito educacional. As tecnologias evoluem a cada momento. A forma como isso acontece é tão acelerada que até mesmo as pessoas mais “antenadas” e acostumadas com essas ferramentas que encontram-se, em diversos graus de intensidade, ultrapassadas, pois não há como participar, de forma constante, das transformações das TIC’s, nem mesmo observar e seguir esta evolução de perto. (LÉVY, 2008b, p. 28).  
É possível encontrar hoje várias escolas com espaços destinados ao seu uso e recursos tecnológicos, como salas de informática e redes Wi-fi disponíveis nos limites da escola, além do Ensino à distância, que tem sido muito difundido e propagado nos tempos atuais.
As inovações tecnológicas fazem parte do cotidiano escolar há um tempo e tornou-se ferramenta indispensável no trabalho docente e no aprendizado do aluno.
A metodologia se dará por profundo estudo e pesquisa bibliográfica, embasando argumentos e críticas em autores e teorias, como o construtivismo, para explicações e exposições plausíveis.
2 O COMEÇO DAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
O primeiro computador a existir foi o ENIAC (Eletrical Numerical Integrator and Computer), criado em 1943 por John Mauchly e J. Presper Eckert, na Universidade da Pensilvânia.
Era uma imensa máquina que realizava cálculos, muito pesada e possuía muito pouco espaço de armazenamento e transmissor de dados.
Foi projetado com o objetivo de fazer cálculos de tábuas de bombardeamento e disparo, durante a segunda Guerra Mundial.
Já na década de 60, com a produção do Circuito Integrado (um componente eletrônico com muitos transmissores), surgem os microprocessador, o “cérebro” do computador, onde estão localizados os componentes de que a máquina precisa para o seu funcionamento básico. Graças ao microprocessador, os primeiros microcomputadores puderam existir.
A partir dos anos 70, as máquinas foram evoluindo até chegar ao que é hoje: reduziu de tamanho físico, aumentou a capacidade de armazenamento interno virtual, processamento de dados, o que permitiu também a redução de seu custo.
Hoje temos além de computadores, os celulares, tablets, notebooks e outros equipamentos tecnológicos.
A internet foi criada em 1969, nos Estados Unidos. Seu nome era Arpanet e tinha como objetivo conectar laboratórios de pesquisa.
A rede era propriedade do Departamento de Defesa norte-americano, no momento da Guerra fria. Ela garantia que os militares e os cientistas estivessem em comunicação, mesmo no caso de acontecer um bombardeio.
Em 1982, a Arpanet começou a ser usada amplamente no ambiente acadêmico. Era restringida aos Estados Unidos, mas depois expandiu-se para outros países. Depois desta expansão, começou a ser utilizado o nome internet.
Já em 1992, diversas empresas provedoras de acesso à internet começaram a aparecer e o Laboratório Europeu de Física de Partículas (Cern) criou a World Wide Web, que colocou as informações ao alcance de qualquer pessoa no mundo que estivesse conectada à internet.
Desde então, a rede foi se expandindo cada vez mais, até que chegasse ao que é hoje.
3 CIBERCULTURA E EXCLUSÃO DIGITAL
As inovações tecnológicas possibilitaram a integração do mundo em qualquer momento.  Lemos (2002) conceitua a cibercultura como: 
a relação entre as tecnologias de comunicação, informação e a cultura, emergentes a partir da convergência informatização/telecomunicação na década de 1970. Trata-se de uma nova relação entre tecnologias e a sociabilidade, configurando a cultura contemporânea (LEMOS, 2002)
Segundo Levy, “a cibercultura expressa o surgimento de um novo universal, diferente das formas que vieram antes dele no sentido de que ele se constrói sobre a indeterminação de um sentido global qualquer” (LÉVY, 1999, p. 15). Ele reitera que:
O termo [ciberespaço] especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo ‘cibercultura’, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (LÉVY, 1999, p. 17).
Conclui-se, então, que a cibercultura está passando por uma universalização, visto que estamos imersos a cada dia mais nas novas formas e relações de produção de conhecimento que a mesma pode nos oferecer.
Contudo, nem todos podem ter a oportunidade de ter contato com elas. Algumas vezes por falta de estrutura (problemas como falta de energia elétrica, ou moram em locais onde o acesso a internet ainda não está disponível) ou problemas financeiros (não há recurso financeiro para obter as ferramentas tecnológicas).
Pierre Lévy, pensador da área detecnologia e sociedade, afirmou que: “toda nova tecnologia cria seus excluídos”. Explicando esta afirmação com um exemplo, pode-se dizer que, antes da invenção dos celulares, não existiam pessoas sem celulares; antes da invenção da escrita, não existiam analfabetos.
O fato de alguns indivíduos não possuírem nenhum tipo de contato com as TIC’s impede que os mesmos tenham acesso à cultura, entretenimento, informação, serviços, lazer e até educação. 
O mercado de trabalho do século XXI procura por um novo tipo de trabalhador: além de ser capacitado e habilitado para exercer a função que lhe foi designada, ser flexível, adaptar-se a mudanças e saber trabalhar em grupo, o trabalhador precisa dominar a linguagem das novas tecnologias. Sendo assim, ele precisa ser alfabetizado tanto nas letras quanto digitalmente.
Como consequência, devido à globalização em que a sociedade se encontra e como o mercado de trabalho vem aderindo cada vez mais às tecnologias, estes cidadãos se vêem excluídos e à margem tanto do mercado de trabalho quanto das condições de vida da sociedade digital.
 Por conta deste impasse, muitos se encaixam na exclusão digital.  Esse termo define as camadas da sociedade que estão sem acesso à nenhum tipo de tecnologia da informação, tornando-se analfabetos tecnológicos. Segundo Menezes (2001, s.p.), o termo analfabeto tecnológico:
Refere-se a uma incapacidade em “ler” o mundo digital e mexer com a tecnologia moderna, principalmente com relação ao domínio dos conteúdos da informática como planilhas, internet, editor de texto, desenho de páginas web etc. Menezes (2001, s.p.)
Se encaixam nesse termo também, os  professores que não dominam os conhecimentos básicos de computação e tecnologia atuais.
4 TECNOLOGIA, INFORMÁTICA E EDUCAÇÃO
O mundo virtual está cada vez mais presente na vida das crianças e adolescentes. Franco (1997, p. 14), considera que dominar as interfaces tecnológicas  atuais “torna-se a cada dia mais essencial para a sobrevivência do indivíduo na sociedade”.
Estes estão fazendo uso de tais artifícios desde muito jovens. 
 Seja para comunicar-se ou divertirem-se. Fazem amizades sem nem mesmo conhecer o outro pessoalmente e os encontros em grupos podem acontecer em salas de bate-papo ao invés de uma sala de estar na casa de um amigo. Essas ferramentas entraram também na vida escolar, facilitando os estudos e pesquisas.
Atualmente, no contexto educacional, os recursos tecnológicos se fazem cada vez mais presentes. Na mochila dos estudantes há espeço para, além dos livros, cadernos e materiais escolares; tablets, celulares e até computadores portáteis. O professor não escreve mais no quadro, que transformou-se em plano de fundo para os slides contendo a aula completa. Aulas podem ser assistidas a distância e trabalhos escolares que antes precisavam de.papel e caneta para elaboração, já são realizados em salas de bate-papo virtuais.
Lévy coloca em questão a organização do sistema educacional e o papel do professor, quando afirmou que:
O que é preciso aprender não pode mais ser planejado nem precisamente definido com antecedência. […] Devemos construir novos modelos do espaço dos conhecimentos. No lugar de representação em escalas lineares e paralelas, em pirâmides estruturadas em ‘níveis’, organizadas pela noção de pré-requisitos e convergindo para saberes ‘superiores’, a partir de agora devemos preferir a imagem em espaços de conhecimentos emergentes, abertos, contínuos, em fluxo, não lineares, se reorganizando de acordo com os objetivos ou os contextos, nos quais cada um ocupa posição singular e evolutiva (LÉVY, 1999, p. 158).
Logo, o professor precisa considerar o avanço  da cibercultura, deixando o papel de detentor do saber para assumir o de incentivador e mediador da aprendizagem dentro do âmbito das novas tecnologias.
Pode-se perceber a enorme mudança que as inovações tecnológicas tem implantado no âmbito educacional, fazendo surgir novas perspectivas educacionais e paradigmas. Assim, Coscarelli diz:
Torna-se também imperativo fazer uso do poten-
cial educativo das tecnologias da informação e da 
comunicação, pois acreditamos que, sem o suporte 
tecnológico, ficam comprometidas as chances de 
aumentar a variedade e a diversidade necessárias à 
sala de aula (COSCARELLI, 2006, p.27).
 Muitas crianças têm acesso à ferramentas tecnológicas, como o computador e a internet,  na escola, pois por vezes não podem ter contato com esse tipo de tecnologia em nenhum outro ambiente. De certa forma, a maneira como a escola integra as TIC’s têm contribuído para a diminuição da exclusão digital.
Fica assim evidente que a informática e as tecnologias ligadas a ela estabelecem uma espécie de “ponte” entre educação e tecnologia, já que traz ao aluno a possibilidade de aplicar e trazer conteúdos, de maneira ágil e integrada, ao seu contexto social e cotidiano.
MORAN (2007) afirma que:
[...] a escola, com as redes eletrônicas, abre-se para o mundo; o aluno e o professor se expõem, divulgam seus projetos e pesquisas, são avaliados por terceiros, positiva e negativamente. A escola contribui para divulgar as melhores práticas, ajudando outras escolas a encontrar seus caminhos. A divulgação hoje faz com que o conhecimento compartilhado acelere as mudanças necessárias e agilize as trocas entre alunos, professores, instituições. A escola sai do seu casulo, do seu mundinho e se torna uma instituição onde a comunidade pode aprender contínua e flexivelmente. (Moran: 2007, p. 12) 
Desse modo, a educação informatizada pode cooperar para a melhoria da integração entre educador e educando e propiciar a facilidade da conectividade, possibilitando que o discente estabeleça conexão com tudo o que o seu universo o apresenta.
4.1 TIC’S NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Na sociedade atual, as pessoas têm cada vez menos tempo por conta de uma rotina corrida, e muitos escolhem parar os estudos por conta disto. Com a chegada do EAD, esse quadro pode ser revertido.
Tempo e espaço não são mais problema para o ensino, já que as ferramentas tecnológicas contribuíram para uma educação sem distância, um ensino adaptado ao estilo de vida do aluno. Como salienta Gadotti:
O ciberespaço rompeu com a idéia de tempo próprio para a aprendizagem. Não há tempo e espaço próprios para a aprendizagem. Como ele está todo o tempo em todo lugar, o espaço da aprendizagem é aqui – em qualquer lugar – e o tempo de aprender é hoje e sempre. (GADOTTI, 2000, p.08). 
O aluno que opta por um curso nesta modalidade de ensino pode escolher o horário mais pertinente e adequado para estudar, o que significa que ele terá flexibilidade para determinar seus horários de estudo. Sendo assim, as pessoas que trabalham, poderão estudar durante o tempo que estiverem livres.
É possível notar que a evolução tecnológica possibilitou o avanço da modalidade de ensino a distância. Neste método, o aprendizado acontece com auxílio de ferramentas tecnológicas e a Instituição de Ensino disponibiliza um ambiente virtual de aprendizagem que reproduz uma sala de aula.
A internet é instrumento de fundamental importância no EAD, porque com ela o educando pode se conectar com o ambiente virtual de aprendizagem, se relacionar com professores, colegas de turma e ainda ter acesso ao material disponível no acervo online das disciplinas.    
Conclui-se então que, Com o advento das inovações tecnológicas, o acesso ao ensino tornou-se amplo, o que contribuiu efetivamente para uma educação inclusiva numa sociedade de diferenças.
4.2 TIC’S E A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
A utilização dos recursos tecnológicos na educação  também está previsto na Base Nacional Comum Curricular, na quarta e na quinta competência geral.
Para a competência número  quatro, temos:
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos quelevem ao entendimento mútuo. (BNCC da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, p.9)
Fica claro, então que nesta competência, a utilização de diversas  linguagens- esta, inclui a digital- como forma de compartilhamento de experiências e forma de expressão, é evidenciada.
 Para a quinta competência, tem-se:
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BNCC da Educação Infantil e do Ensino fundamental, p. 9)
Nesta competência, é possível perceber o incentivo ao protagonismo do aluno mediante o compreender, criar e utilizar as das tecnologias digitais.
Sabendo que as tecnologias digitais então previstas na BNCC, desde a Educação infantil até o ensino fundamental, torna-se importante o investimento nas mesmas. Esta adequação é essencial não apenas para enquadramento na Base Nacional Comum Curricular, mas também para para que a escola possa estar o mais próximo possível do cotidiano e da realidade em que o aluno está inserido.
4.3 O LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
A internet, o computador e outros instrumentos tecnológicos, fazem parte da maioria dos estudantes. Segundo Moran (2007 p.7), “a informática é uma tecnologia atual que não pode estar ausente da escola.”
De acordo com o autor Moran (2004, p.22) “Muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais.” Segundo ele, “tanto professores como alunos temos a clara sensação de que muitas aulas convencionais estão ultrapassadas.”(MORAN, 2004, p.22).
Tornar a sala de aula um ambiente atrativo para os alunos é um dos grandes desafios do profissional de educação. É fato que os educandos vão se manter interessados em aulas mais  diferenciadas. Segundo Haydt (1988), “uma maneira de conseguir um clima de aprendizagem é tornar a aula o mais fascinante possível”, e a informática possibilita essa diferença de aula, porque é capaz de manter o foco  dos alunos e motivá-los a buscar conhecimento, já que a tecnologia está envolvida.
Cattani (2001) também explicita que as TICs têm a capacidade de ampliar as possibilidades das ações educativas, o que  oferece grandes oportunidades de mudança nos métodos pedagógicos por parte dos professores.
BITTENCOURT et al. (2004) reitera que o uso dos recursos tecnológicos possibilita o educando a ampliar a sua capacidade de aprendizado e de “trabalhar de forma colaborativa, solidária, centrada na rapidez e na diversidade qualitativa das conexões e das trocas”.
O cotidiano do aluno, a vida dele fora da sala de aula, deve ser levada em consideração, para que o conteúdo aprendido faça sentido e não caia no esquecimento, sendo relembrado somente no momento de realização da prova.  Por esse motivo, a escola precisa integrar-se a tecnologia.
Então, o laboratório de informática deixou de ser apenas um atrativo para ser, agora, algo de extrema importância e necessidade em uma escola.
O computador pode ser usado em diversas tarefas. Basta que o professor e o aluno saibam como operá-lo, tirando proveito dos recursos ao máximo.
O contato dos educandos com os computadores pode ser feito no laboratório de informática, tanto numa aula de informática mais básica quanto em aulas de complementação das disciplinas do currículo, como português ou matemática, através de jogos educativos, digitação de textos, pesquisas de história, trabalhos em grupo dentre outras atividades. 
As TIC's oferecem novas linguagens, que  fazem parte do cotidiano dos educandos, o que facilita o interesse dos alunos.
As aulas no laboratório de informática, juntamente com estudos diferenciados mantém o aluno motivado em aprender.
 Assim, de acordo com a perspectiva construtivista da aprendizagem é possível então construir conhecimento a partir do que já sabemos e do que somos capazes de fazer, utilizando os recursos das novas tecnologias.
Entretanto, O computador deve ser atrelado às concepções de aprendizagem e seu uso deve ser convertido para ferramenta de fundamental importância para que a inteligência do aluno seja desenvolvida. Caso contrário, a utilização do computador será apenas para mera transferência de conhecimentos.
4.4 CAPACITAÇÃO DO PROFESSOR PARA TRABALHAR COM AS TIC’S
Decorar o conteúdo ficou no passado. A internet fez com que o saber buscar a informação se fizesse muito mais importante.
O computador já não é mais o instrumento que ensina, mas sim, segundo Valente (1998, p. 12), é “a ferramenta com a qual o aluno desenvolve uma tarefa por intermédio do computador”.
Segundo Kenski (2006, p. 23), As novas tecnologias de informação e comunicação, caracterizadas como midiáticas, são muito mais do que simples auxiliadores. Elas tem influência direta e interferem em nossa maneira de agir, sentir, pensar, obter conhecimento e se relacionar. Produzem nova cultura e criam novo modelo de sociedade.
Na prática pedagógica atual, o professor não pode mais centralizar-se apenas nos instrumentos pedagógicos antigos, como o livro escrito, quadro e giz. É preciso que ele esteja atualizado no uso das tecnologias para saiba quando deve utilizá-las e a maneira  como vai fazer isto.
Valente (1998) afirma que o maior obstáculo para a adoção dos computadores em ambientes escolares e introdução destas no currículo é a falta de capacitação dos professores para a utilização destas novas ferramentas.
Para que o educador consiga se manter nesta nova realidade escolar, cujo maior destaque da tecnologia é cada vez mais forte, a busca de capacitação e preparo para utilizar tais ferramentas em sala de aula é crucial.
Segundo Tardif (2011, p.39), o professor é “alguém que deve conhecer sua matéria, sua disciplina e seu programa” e “desenvolver um saber prático baseado em sua experiência cotidiana com os alunos”. (TARDIF, 2011, p. 39) 
Neste sentido, Tardif atesta que os saberes são plurais. São formados pelos saberes da formação acadêmica do professor,  saberes experienciais, curriculares e disciplinares.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1988, p. 155) deixa claro que:
O professor continua sendo quem planeja e desenvolve situações de ensino a partir do conhecimento que possui sobre o conteúdo, sobre os processos de aprendizagem, sobre a didática das disciplinas e sobre a potencialidade da ferramenta tecnológica como um recurso para a aprendizagem... é sempre o professor quem define quando, por que e como utilizar o recurso tecnológico a serviço do processo de ensino e aprendizagem. O professor é sempre o responsável pelos processos que desencadeia para promover a construção de conhecimentos, e nesse sentido é insubstituível. (PCNs, 1998, p. 155).
BRITO e PURIFICAÇÃO (2008) reforçam que: 
[...] nenhuma intervenção pedagógica harmonizada com a modernidade e os processos de mudanças que estão implícitos será eficaz sem a colaboração consciente do professor e sua participação na promoção da emancipação social (...) O processo de incorporação desta tecnologia no trabalho do professor deve ser efetivado em fases. Inicialmente, o professor necessita ter contato com esta tecnologia de uma forma voltada fortemente para o seu cotidiano. Este é um pré-requisito para que o processo de incorporação desta tecnologia se dê efetivamente, caso contrário, o processo será artificial e superficial, onde o professor se limitará a utilizar alguns jogos para desenvolver algumas habilidades ou reforçar alguns conteúdos. (Brito e Purificação: 2008, p. 30)  
Logo, o contato diário do professor com as tecnologias é importante para a incorporação das mesmas  em sua prática pedagógica. Praticando, o educador terá domínio sobre o uso das ferramentas tecnológicas.
É de praxe que o profissional de educação busque conhecimento básico em computação e outras mídias, para que mostre-se efetivamente capacitado para utilizá-las em sala de aula como apoio pedagógico. Assim poderá manejar os resursos com mais facilidade epoderá oferecer um ensino de qualidade.
Neste contexto, SAVIANI (1991) salienta que para tanto para desenvolver habilidades quanto reforçar conteúdos, o computador pode ser utilizado, dentro de um conjunto bem amplo de atividades, em momentos diversos no processo de ensino/aprendizagem. Para ele o professor precisa estar capacitado, já que no contexto da atualidade, a educação não pode mais limitar-se a ser somente profissionalizante ou acadêmica. Sendo assim, é preciso que o professor tenha conhecimento do sistema produtivo e saiba sobre as inovações tecnológicas. (Saviani, 1991)
Em outras palavras, o professor deve procurar constante atualização, tanto profissional quanto pessoal. E, para que está atualização do professor seja efetiva, BRITO e VERMELHO (1996) colocam o computador como alternativa principal. Segundo elas , o computador poderá auxiliá-lo, facilitando o ensino dentro da sala de aula e no laboratório de informática, o que torna o computador um ótimo recurso em várias disciplinas, facilitando o ensino.
A capacitação permanente do educador nos meios tecnológicos é extremamente fundamental, já que, de acordo com o construtivismo, pautado na obra de Piaget e na aplicação pedagógica das teorias construtivistas, a aprendizagem não acontece de forma passiva pelo aluno. É tarefa do professor enquanto sujeito mediador da aprendizagem,  desenvolver possibilidades e estimular situações problema que proporcionem o conflito, gerando o aperfeiçoamento e progresso do desenvolvimento cognitivo de cada aluno, de acordo com suas características individuais, impulsionando crescimento das estruturas de pensamento.
Porém, se o professor não estiver preparado no âmbito das TIC’s, muito dificilmente conseguirá criar possibilidades de avanço cognitivo para o aluno, pois ele mesmo não saberá como fazê-lo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando o exposto neste artigo, pontos importantes foram abordados, com relação às tecnologias da informação. 
O crescimento do uso destas inovações abrange todo o cotidiano dos indivíduos, se fazendo presente no lazer, na comunicação entre pessoas em locais distantes, no ensino e até no mercado de trabalho. 
Com a evolução constante destes artifícios tecnológicos, a inserção da tecnologia no âmbito educacional fez-se necessária. 
A importância das TIC's na educação como ferramentas pedagógicas é notória. Isto pode ser percebido pelo fato de que ela possui imensos recursos e possibilita ao professor e ao aluno facilidades no processo  educativo.
No entanto, foi destacado que, para que as TIC's possam fazer jus ao que prometem dentro do âmbito educacional, o professor precisa estar  capacitado, e buscar constante aperfeiçoamento e conhecimento das tecnologias atuais para que consiga mediar o aprendizado e levar o aluno à construção dos conhecimentos.
O uso do laboratório de informática também foi abordado. Foi salientado que a utilização deste laboratório pode contribuir para que o  professor ministre aulas diferenciadas, o que manterá o interesse do aluno em aprender sem perder o foco, já que ele está em contato com o que é atual e faz parte do  seu universo pessoal.
Sabe-se,  que estes recursos ainda são pouco utilizados para fins educacionais, porém, tem-se notado um progressivo aumento da aplicação das inovações tecnológicas no processo de ensino-aprendizagem, principalmente no âmbito do ensino à distância, que vem crescendo ao longo dos últimos anos.
O resultado da inserção dessas ferramenta na educação serão vistos num curto espaço de tempo. No futuro, as inovações tecnológicas poderão ser consideradas como grande marco na educação.
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