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aula 7 - órtese de membro inferior

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Órteses de MMII
Disciplina prótese e órtese
Prof. Karine Carvalho
Órtese Mecânica convencional sem cinto pélvico- KAFO
Também conhecidas como tutores longos ou cruropodálicas.
Indicação: monoplegias, hemiplegias ou paraplegias com controle pélvico. Ausência total ou parcial de controle sobre as articulações de joelho e tornozelo, dificultando ou impossibilitando o ortostatismo e a marcha.
Material de Confecção: termoplástico com articulações metálicas ou estruturas totalmente metálicas (KAFO termoplástica/KAFO metálica).
Articulada: com articulação do joelho.
Não articulada: sem articulação do joelho. Mais baratas, mais leves, pode ser usada dentro da água, impossibilidade de permanecer na posição sentada com os joelhos fletidos.
Dividida em segmento proximal (quadril), medial (joelho) e distal (tornozelo).
Tutor longo- KAFO
Órteses longas com controle na fase de apoio
Controle de apoio e liberação da articulação do joelho na fase de balanço permite uma marcha mais natural e com menor gasto energético.
Existem diversos modelos com diferentes características biomecânicas:
Free walk
Full stride
Safety stride
E-mag active
E-knee
Rehab e-knee
C-Brace
Free walk
Fabricada pela Ottobock.
Proporciona mais natural e segura, mais rápida e com menor gasto energético.
Permite movimento de flexão e extensão do joelho na fase de balanço.
Possui uma única haste lateral: boa estética, baixo peso, fácil colocação e remoção, permite utilização de calçados normais, porém, pode acarretar instabilidade aos usuários devido ao sistema unilateral.
Indicação: sequelas neuromotoras em um único MI. Peso <120kg, força muscular (grau3-5) nos flexores/extensores do quadril e extensores do joelho ou joelho em hiperextensão, ADM passiva do tornozelo de 10 graus ou mais.
Contra-indicação: deformidades em flexão do joelho, instabilidade ligamentar do joelho com valgo ou varo durante a extensão, espasticidade, instabilidade ligamentar em tornozelo e alterações cognitivas.
Controle da marcha conseguido pela combinação das características biomecânicas da órtese e do controle muscular do paciente.
Free walk
Full stride 
Confeccionada pela Becker Orthopedic
Composta por uma articulação mecânica do joelho com controle na fase de apoio.
Indicação: doenças neuromusculares sem controle de quadríceps, com um mínimo de 5 graus de ADM passiva no tornozelo e no máximo 10 graus de contratura em flexão do joelho.
Não é necessária força de extensores e flexores do quadril.
Limite de peso de 100kg.
Contraindicado para hipertonia.
Full stride 
Safety Stride
Articulação de joelho mecânica com controle na fase de apoio que utiliza um sistema de cabos para desbloqueio automátic
Oferece maior estabilidade na articulação antes do contato do calcâneo com o solo.
Maior estabilidade e segurança durante a marcha para pacientes que não alcançam a extensão completa do joelho.
Sistema pneumático de auxílio a extensão fixado em uma das hastes laterais da órtese.
Limite de peso para 100kg.
Contraindicado para hipertonia e significativa discrepância de MMII.
E-Mag Active
Desenvolvida pela Ottobock
Oferece segurança e estabilidade. 
Indicação: paralisia ou paresia da musculatura extensora do joelho; força muscular graus 3-5 de extensores e flexores do quadril; até 15 graus e desvio em valgo ou varo; peso corpóreo até 100kg.
Contraindicações: espasticidade; contratura em flexão de joelho maior que 15 graus; força muscular com grau menor que 3 em flexores e extensores de quadril.
Possui um dispositivo eletrônico lateral para bloqueio e desbloqueio automático do joelho e um sensor de angulação que determina flexão e extensão do quadril e controla a articulação do joelho.
E Mag
KAFO tradicional vs E-MAG
C-Brace
Órtese com sistema mecatrônico que possibilita controle nas fases de apoio e balanço.
Sensores entre o pé e panturrilha transmitem sinais para controlar a articulação do joelho e reconhecer cada fase da marcha.
Possibilita descer rampas e escadas com passos alternados e caminhar em superfícies planas e irregulares com total segurança.
Indicação: paresia ou plegia do quadríceps, impossibilidade de estabilizar o joelho em extensão na fase de apoio como trauma raquimedular abaixo de T1 e sequelas de poliomielite.
Contra-indicações: espasticidade moderada ou grave, contraturas em flexão do quadril ou joelho superior a 10 graus, valgo maior que 10 graus, força dos flexores de quadril menor que 3, peso superior a 120 kg.
KAFO vs C-Brace
Órteses mecânicas convencionais com cinto pélvico- HKAFO
Também conhecidas como tutores longos com cinto pélvico.
Composta por uma banda pélvica fixa às articulações do quadril que se encontram unidas aos prolongamentos das hastes laterais das órteses.
Deve ter um cinto pélvico com apoio sacral para evitar hiperlordose compensatória.
Indicação: pacientes que não apresentam controle sobre as articulações do quadril joelho e tornozelo, que não obtiveram sucesso com a órtese sem cinto pélvico.
HKAFO com componente torácico
Indicação: pacientes com lesões altas que perderam o controle do tronco e não conseguem sentar sem apoio das mãos.
HKAFO + TLSO: órtese longa com componente pélvico e torácico.
Pouca funcionalidade e alto grau de dificuldade faz com que os pacientes abandone o uso em 90% dos casos.
Pode ser usada como leito de posicionamento o leito de polipropileno: tem o objetivo de manter as articulações de quadril, joelho, tornozelo e pé em posição funcional durante o desenvolvimento de crianças com sequelas neurológicas. Prepara para o uso de futuras órteses para ortostatismo e deambulação. Reajustado conforme o crescimento.
Órteses de reciprocação- RGO
Indicação: pacientes portadores de paraplegia, sem controle de MMII, pelve e tronco.
Desenvolvidas para permitir marcha de quatro pontos com menor gasto energético e substituir as órteses mecânicas com cinto pélvico ou pelvicotorácico.
Componentes: tornozelos rígidos, flexão dorsal com angulação de 3-6 graus, hastes laterais rígidas.
Importante: as RGO clássicas NÃO possuem sistemas eletrônicos. As órteses compostas por sistemas mecânicos e eletrônicos são chamadas híbridas ou exoesqueletos.
RGO encontradas no mercado: ParaWalker, walkabout, ARGO, LSU e IRGO.
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Para Walker
Indicação: pacientes portadores de traumatismo raquimedular e mielodisplasia com lesões entre T4 e L2.
Objetivo de proporcionar independência funcional: facilidade para colocação, transferências para as posições em pé e sentada, manter-se em pé sem apoio dos MMSS e marcha recíproca com baixo gasto energético.
Deambulação com uso de bengalas canadenses ou andadores.
Paciente não faz força para mudar os passos. Somente com os movimentos de inclinação e remada, realizados por meio das bengalas, a órtese, por conta de sua ação biomecânica, será a responsável pela deambulação do paciente, marcha com baixo gasto energético.
Walkabout
Indicação: traumatismo raquimedular (lesãobaixa), espinha bífida, esclerose múltipla, mielite transversa e outras formas de doenças neuromusculares degenerativas.
Composta por duas KAFO unidas medialmente por uma unidade de reciprocação.
Pode substituir órteses mecânicas convencionais longas sem cinto (KAFO bilaterais), órteses longas com cinto pélvico livre (HKAFO) e órteses de reciprocação com componentes pelvicotorácicos (em alguns casos).
Vantagens: redução do gasto energético durante a deambulação, melhora estética, direcionamento dos passos evitando movimentos indesejados, o próprio paciente pode remover a unidade de reciprocação e transformar em duas KAFO independentes.
Necessário uso de bengalas canadenses para realizar as inclinações laterais e os movimentos de remada, permitindo uma marcha recíproca ou de quatro pontos.
ARGO
Composta por KAFO, componente pélvico com articulações
de quadril unidas por um único cabo de reciprocação, unidade pneumática interligando quadril e joelho e componente torácico.
Apresenta em sua extremidade inferior AFO termoplásticas com reforços em carbono da articulação do tornozelo e uma aba medial longa com apoio no côndilo femural medial para evitar desvio em valgo do joelho.
Não possui boa estabilidade lateral. Geralmente é necessário o uso de andadores.
Órteses Híbridas ou Exoesqueleto
ReWalk
Desenvolvido em Israel por Amit Goffer um israelita tetraplégico.
Composto por motores de corrente contínua, baterias recarregáveis, sensores que interagem com o sistema de controle e uma estrutura externa composta por articulações motorizadas nos quadris e joelhos que sustenta os MMII e troncos do usuário.
Sensores avançados de movimento e uma pulseira com comandos específicos comunicam-se via bluetooth, detectam mudanças no centro de gravidade, informando ao exoesqueleto quando a passada precisa ser executada.
Disponível para pacientes de 1-60-1,90m, com até 100kg.
Permite subir degraus com passos alternados.
Órteses Híbridas ou Exoesqueleto RexBionics
Desenvolvido em 2010 por engenheiros da Nova Zelândia.
Considerado pernas robóticas.
Exoesqueleto robótico de 38kg que permite por meio de um joystick, subir e descer escadas, sentar e levantar, caminhar para frente para trás e para os lados com grande estabilidade. 
Todas as atividades podem ser realizadas com as mãos livres de apoios.
Não é necessário o uso de bengalas ou similares.

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