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Ano 1 nº 2 - novembro/dezembro de 2013
www.atlanticaeditora.com.br
estética
14 anos
TrATAmenTo dA pele
•	 Acne: peeling ultrassônico e a 
fotobioestimulação com led
•	 preenchimento facial e 
hidratação estética em 
portadores do vírus HIV/AIdS
•	 dermatite seborréica 
inflamatória do couro cabeludo
profISSão
•	 migração de profissionais da 
saúde para a área estética 
r
evista B
rasileira de estética 
< Volum
e 1 
< n
úm
ero 2 
< n
ovem
bro/d
ezem
bro de 2013
revista Brasileira de
pSIcologIA
•	 Simetria facial natural 
e percepção da beleza
•	 Avaliação da satisfação 
da imagem corporal em 
estudantes de estética
AlopecIA
•	 Aplicação transdermal 
de d-pantenol e laser 
de baixa potência
© ATMC - Atlântica Multimídia e Comunicações Ltda - Nenhuma parte dessa publicação pode ser 
reproduzida, arquivada ou distribuída por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia ou outro, sem 
a permissão escrita do proprietário do copyright, Atlântica Editora. O editor não assume qualquer res-
ponsabilidade por eventual prejuízo a pessoas ou propriedades ligado à confiabilidade dos produtos, 
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estar em conformidade com os padrões de ética da saúde, sua inserção na revista não é uma garantia 
ou endosso da qualidade ou do valor do produto ou das asserções de seu fabricante.
Atlântica Editora edita as revistas Fisioterapia Brasil, Fisiologia do Exercício, Enfermagem Brasil, 
Nutrição Brasil, Neurociências & Psicologia e Síndromes
I.P. (Informação publicitária): As informações são de responsabilidade dos anunciantes.
Presidente do Conselho Científico
Drª. Jeanete Moussa Alma
Conselho Científico
Prof. Dr. Marcos Moisés Gonçalves
Prof. Dr. Rafael Cusatis Neto
Prof. Dr. Marlus Chorilli
Prof. Dr. Francisco Romero Cabral
Profª. Drª. Fabiana Abraão
Grupo de Assessores
Prof. Ms. Décio Geraldo Minalli
Profª. Ms. Regina Célia da Costa Leão
Prof. Ms. Ricardo William Trajano
Conselheiros
Profª. Esp. Andréia Gomes Candido
Profª. Esp. Sonia Regina Ribeiro Castro Maturana
Profª. Esp. Marcia Regina Del Grandi 
Profª. Esp. Roberta Silva Jorge 
Profa. Ms. Vera Lucia Amengol 
Todo o material a ser publicado deve ser enviado para o seguinte endereço de e-mail:
artigos@atlanticaeditora.com.br
Diretor
Antonio Carlos Mello
mello@atlanticaeditora.com.br
E-mail: atlantica@atlanticaeditora.com.br
www.atlanticaeditora.com.br
Atlântica Editora 
e Shalon Representações
Praça Ramos de Azevedo, 206/1910
Centro 01037-010 São Paulo SP
Atendimento
(11) 3361 5595 /3361 9932
E-mail: assinaturas@atlanticaeditora.com.br
Assinatura
1 ano (6 edições ao ano): R$ 210,00
Editor executivo
Dr. Jean-Louis Peytavin
jeanlouis@atlanticaeditora.com.br
Editor assistente
Guillermina Arias
guillermina@atlanticaeditora.com.br
Direção de arte
Cristiana Ribas
cristiana@atlanticaeditora.com.br
estética
Revista Brasileira de
Sumário
Volume 1 < Número 2 < Novembro/Dezembro de 2013
EDITORIAL
Devagar e sempre!, Jeanete Moussa Alma ................................................................76
ARTIGOS ORIGINAIS
Acne vulgar: avanços na técnica combinada de limpeza 
de pele associada ao peeling ultrassônico e a fotobioestimulação 
com LED, Denise Brega Alvares, Valeria Brega Alvares Taborda, 
Jeanete Moussa Alma .............................................................................................77
Aplicação transdermal de D-pantenol e do laser de baixa potência 
no tratamento da alopecia androgenética, Vera Lucia Amengol de Lima, 
Luciano Júlio Chingui ...............................................................................................83
Fenômeno migratório de profissionais da saúde para a área estética 
na cidade de Campo Grande/MS, Joana Aguirre do Amaral, 
Jeanete Moussa Alma, Andreia Gomes Candido .........................................................93
Correlação entre simetria facial natural e percepção da beleza 
e impressões pessoais, Maria Eugênia Mayr de Biase, 
Michele Figueira Nunes, Jeanete Moussa Alma ........................................................108
Sustentabilidade estética: impactos produzidos pela atividade 
do profissional esteticista ao meio ambiente, Silene Mancini, 
Silvana Gaiba, Jeanete Moussa Alma ......................................................................116
Técnica combinada de preenchimento facial e hidratação estética 
em portadores do vírus HIV/AIDS, na melhora da qualidade de vida 
e imagem pessoal, Maria Regina Rodrigues da Cruz, 
Clementina Michielom de Augusto Isihi, Jeanete Moussa Alma .................................122
RELATO DE CASO
Uso do equipamento de alta frequência no tratamento da dermatite 
seborréica inflamatória do couro cabeludo, Alexandrina Rubio Barboza, 
Aline Lopes da Rocha Tenório, Juliana Roldi Ramos, Tatiane Moura da Silva ..............131
estética
Revista Brasileira de
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 201376
Devagar e sempre!
Profa. Dra Jeanete Moussa Alma 
Assim sempre foi a carreira Estética, 
não poderia ser diferente com nossa primei-
ra Revista Cientifica. Começamos a receber 
trabalhos de outros Estados, é o caso do 
Espírito Santo, Minas Gerais e Maranhão. 
Nosso sonho é que em poucas edições 
tenhamos trabalhos de todos os estados 
brasileiros. Vocês poderão notar que nos-
sos artigos são bastante ecléticos, vão dos 
relatos de casos aos que se preocupam 
com as questões legais da profissão. Essa 
diversidade é extremamente salutar. Mos-
tra que as esteticistas estão preocupadas 
com o aprimoramento de suas técnicas, 
mas também não esquecem das questões 
legais e políticas. Alias, a Editora Atlântica e 
nosso corpo científico estão elaborando uma 
edição extra ou especial com as melhores 
profissionais do país, de todas as regiões, 
com protocolos super bem elaborados e em-
basados na ciência. A nova era da Estética 
chegou e a Revista Brasileira de Estética 
se coloca absolutamente a disposição. 
Boa leitura a todos, e, não se esqueçam, 
estamos a disposição para publicar bons 
artigos. Mande o seu, e um grande abraço.
EDITORIAL
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 77
ARTIGO ORIGINAL
Acne vulgar: avanços na técnica combinada 
de limpeza de pele associada ao peeling 
ultrassônico e a fotobioestimulação com LED
Acne vulgaris: advances in the combined technique of facial 
skin cleansing associated with ultrasonic peeling and LED 
photobiostimulation
Denise Brega Alvares*, Valeria Brega Alvares Taborda**, Jeanete Moussa Alma, D.Sc.***
*Pós-Graduanda em Estética da Universidade Gama Filho, São Paulo/SP, Esteticista do Centro de 
Dermatologia Estética e Laser de Bauru (Delcentro), **Dermatologista, Doutoranda em Biologia Oral, 
Diretora do Centro de Dermatologia Estética e Laser de Bauru (Delcentro), ***Esteticista, Fundadora 
do Primeiro Curso Superior em Estética no Brasil, Fundadora do Primeiro Curso de Pós Graduação em 
Estética no Brasil, Coordenadora do programa de Pós Graduação da Universidade Gama Filho, Coor-
denadora do programa de Pós Graduação da Universidade Estácio de Sá, Supervisora de Estágio do 
Curso de Estética e Cosmética da Universidade Santana/Unisantanna - Artigo originalmente publicado 
em Salusvita 2012;31(1) 
Endereço para correspondência: Denise Brega Alvares, Rua Saint Martin, 18-19 Bauru SP, E-mail: 
alvaresdenise@hotmail.com
 | Resumo
A limpeza de pele é um procedimento comum na prática diária em estética. Algumas das técnicas 
difundidas de forma empírica entre os profissionais da área de estética não são padronizados e nem 
estão descritas na literatura científica; outras técnicas estão descritas na literatura científica descon-
examente. Os autores propõem uma técnica combinada que busca associar práticas de domínio público 
a novas opções tecnológicas. Com o objetivo de padronizá-la como opção mais abrangente e avançadado que a limpeza de pele tradicional, a técnica combinada foi otimizada pelo uso de micropipetas de 
vidro em associação ao peeling ultrassônico e a fotobioestimulação com LED, visando a aumentar sua 
eficiência e proporcionar melhores resultados.
Palavras-chave: acne vulgar, higiene da pele e métodos.
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 201378
 | Introdução
A acne vulgar, considerada a doença 
mais comum de pele, manifesta-se pela 
presença de comedões abertos e fechados 
(grau I) (Figura 1), e um número variável de 
lesões inflamatórias, como pápulas e pús-
tulas (grau II), como nódulos e pseudocistos 
(grau III) ou como abscessos e fístulas 
(grau IV) [1] que indubitavelmente afetam 
a autoimagem e a autoestima dos indiví-
duos [2,3]. O tratamento medicamentoso 
da acne deve ser orientado por um médico 
dermatologista; complementarmente à 
extração dos comedões geralmente se faz 
necessária e deve ser realizada por uma 
esteticista habilitada. 
Na prática, a limpeza de pele pode ser 
indicada em todos os graus de acne [4], 
pois tem ação importante no esvaziamento 
de lesões inflamatórias (pústulas) e princi-
palmente nas lesões não inflamatórias (co-
medões abertos), evitando a evolução para 
pústulas [5]. Procura-se, portanto, eliminar 
com traumas mínimos as lesões pustulo-
sas e comedogênicas, preservando a pele 
normal ao redor. A remoção dos comedões 
promove melhoria imediata e acentua a 
satisfação do paciente, pois a extração 
com princípios de antissepsia elimina as 
lesões inflamatórias da acne e reduz o grau 
de comprometimento clínico [6]. 
Atualmente a desvantagem evidente é 
que a extração da forma mais comumente 
realizada, através da expressão digital, 
pode proporcionar danos na pele normal 
contígua dos comedões [7], com o risco 
de prejudicar a cicatrização ou geração de 
cicatrizes inestéticas. Modelos distintos 
de extratores de comedões metálicos 
utilizados amplamente durante a limpeza 
de pele mantêm o risco de traumas, bem 
como reduzem a eficiência da limpeza de 
pele, aumentam o tempo e o custo do pro-
cedimento [6].
Figura 1 - Comedões abertos de acne 
vulgar grau I (videodermatoscopia).
O objetivo dos autores é apresentar 
uma opção mais abrangente e avançada 
do que a limpeza de pele tradicional, a 
técnica combinada, que foi otimizada pelo 
 | Abstract
The facial skin cleansing is a common daily procedure in aesthetics practice. some of the techniques 
empirically widespread among professionals in aesthetics are not standardized and are not described in 
literature. Other techniques are described separately in the literature. The authors propose a combined 
technique that seeks to involve practices in the public domain to new technological options. Aiming to 
standardize it as a most comprehensive and advanced option than the traditional skin cleansing, they 
combine technique and optimize them by using glass micropipettes in association with ultrasonic peel 
and LED photobiostimulation in order to both increase efficiency and provide better results.
Key-words: Acne vulgaris, skin cleansing and methods.
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 79
uso de micropipetas de vidro em associa-
ção esfoliação (peeling) ultrassônico e a 
fotobioestimulação com LED, visando a 
aumentar sua eficiência e proporcionar 
melhores resultados.
 | Material e métodos
Descrevemos a técnica combinada no 
tratamento complementar da pele com acne 
vulgar que usa aparelhos e dispositivos 
para extração de comedões, microdrena-
gem de pústulas, esfoliação ultrassônica 
e fotobioestimulação com LED, conforme 
as fases abaixo:
•	 1ª fase: Inicia-se a técnica com an-
tissepsia da pele com sabonete an-
tisséptico, gel de limpeza ou espuma 
(Dermotivin Salix foam, Galderma, 
Hortolândia/SP).
 � 2ª fase: Após a antissepsia da pele, 
realiza-se o peeling ultrassônico, 
(TriaSystem, Industra Mecânica Fina, 
Indústria e Comércio Ltda, São Carlos/
SP), que através do transdutor ultras-
sônico flexional, com frequência de 
25.000 vezes por segundo (25 kHz), 
promove a dilatação dos óstios foli-
culares (poros), fluidifica a secreção 
sebácea (sebo), estimula a atividade 
hipersecretora e sudorípara (Figura 2). 
O aparelho é composto por cerâmicas 
piezoelétricas que são responsáveis 
pela conversão de energia elétrica 
suprida pelo gerador no ultrassom que 
irá promover a cavitação e a limpeza 
[8,9]. A cavitação acústica é o fenô-
meno explorado pelos sistemas de 
limpeza ultrassônicos [10] e refere-se 
à formação de cavidades vazias ou 
preenchidas com gazes ou vapores em 
meio líquido.
Figura 2 - Aparelho de peeling ultrassô-
nico utilizado na fase 2.
•	 3ª fase: A seguir, aplica-se uma loção 
adstringente e emoliente (loção hipo-
alergênica facial de trietanolamina, 
Vitaderm Hipoalergênica, São Paulo/SP) 
e um creme amolecedor de comedões 
(Payot, Melfe Cosméticos Indústria e 
comércio Ltda, São Paulo, SP, Brasil). 
Utiliza-se o tradicional vaporizador-
-umidificador de ozônio (DGM Eletrôni-
ca, Santo André/SP), que além de ser 
bactericida, umedece a pele e evita a 
pressão excessiva ao remover [11], 
na próxima etapa, os comedões, com 
micropipetas extratoras descartáveis. 
No caso da face, protegem-se os olhos 
previamente com algodão embebido em 
soro fisiológico e direciona-se por 15 mi-
nutos o jato do aparelho vaporizador de 
ozônio ao centro da área a ser tratada.
 � 4ª fase: Para facilitar a extração dos co-
medões utiliza-se um dispositivo alterna-
tivo que aumenta a eficácia da limpeza 
de pele estética tradicional, melhora os 
resultados e diminui o risco de traumas 
imediatos e hipercromias indesejáveis. 
Uma técnica ainda não publicada, mas 
desenvolvida pelos autores adapta tu-
bos capilares descartáveis como micro-
pipetas extratoras de comedões (tubos 
capilares de vidro para microhematócrito 
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 201380
sem heparina, Perfecta Ind. e Com. de 
Lâminas de Vidro Ltda, São Paulo/SP) 
de 75 mm de comprimento,1mm diâ-
metro interno, 1,5mm diâmetro externo 
(Figura 3 e 4). Um dos autores (VBAT) 
padronizou em sua clínica há 15 anos 
o uso de micropipetas descartáveis 
(tubos de vidro capilares para microhe-
matócrito)como o um instrumento para 
extração de comedões e microdrenagem 
de pústulas durante procedimentos de 
limpeza de pele, por ser prático, leve, de 
fácil manuseio, acessível, de baixo cus-
to, descartável e com menor chance de 
traumatizar a lesão tratada e menor ris-
co de disseminar uma possível infecção.
Figura 3 - Extração de comedões aber-
tos com tubos capilares descartáveis 
(técnica de micro - drenagem de Tabor-
da). Fase 4 da técnica combinada.
Figura 4 - Representação da retirada 
do comedão aberto com micropipeta 
extratora descartável (tubo capilar de 
vidro) na técnica de microdrenagem de 
Taborda.
 � 5ª fase: Na finalização utiliza-se a 
fotobioestimulação com aparelho de 
LED, Multiwaves, Industra Mecânica 
Fina, Indústria e Comércio Ltda, São 
Carlos/SP) (Figura 5). No tratamento 
coadjuvante da acne associa-se a fo-
tobioestimulação com LED de 405nm 
(aplicação de cabeça azul), com ação 
bactericida, seguida da fotobioesti-
mulação com LED de 940 nm (cabeça 
infravermelha) de ação anti-inflama-
tória e cicatrizante, efeitos descritos 
na literatura internacional [12-18]. 
O espectro de luz utiliza uma baixa 
intensidade de energia, o q uegarante 
um tratamento não-ablativo. Diferen-
temente dos lasers, que utilizam um 
processo fototérmico, a fotobioestimu-
lação com LED atua em um processo 
fotobioquímico, onde os resultados 
ocorrem como efeito direto da irradia-
ção luminosa (fotobioestimulação) e 
não por conta do aquecimento. A tera-
pia com luz azul (405 nm) atua através 
da fotossensibilidade das porfirinas 
produzidas pelo Propionibacterium 
acnes, a principal bactéria causadora 
da acne vulgar [19]. A ativação da pro-
toporfirina IX, absorvida através da luz 
azulna presença de oxigênio, produz 
oxigênio atômico, que destrói as bac-
térias do P. acnes [20,21]. O pico de 
absorção de protoporfirina IX acontece 
em 410 nm, ou seja, comprimento de 
onda do LED azul, explicando sua ação 
bactericida, importante no tratamento 
da acne. Indica-se a aplicação da luz 
azul durante 10 minutos (efeito bacteri-
cida) e 15 minutos da luz infravermelho 
(efeito anti-inflamatório e cicatrizante).
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 81
Figura 5 - Fotobioestimulação com apa-
relho de LEDs (luz azul, 405nm) na fase 
5 da técnica combinada.
 � 6ª fase: Segue-se uma máscara suavi-
zante (Adcos Clean Solution de endorfina 
e arnica, Indústria e Comércio Ltda, 
Serra/ES) que contribui para diminuir o 
eritema e atua em sinergismo com os 
LEDs. Para prevenir infecções contíguas, 
aplica-se uma solução tópica de eritro-
micina 2% (Stiefel, Guarulhos/SP) nas 
áreas das extrações dos comedões [22]. 
Para finalizar aplica-se um protetor solar 
físico-químico com amplo espectro (UvA 
e UvB) em veículo apropriado ao tipo de 
pele tratada, preferencialmente em gel 
ou emulsão (oil free) não comedogênica.
 | Discussão
Existem três formas de extração dos 
comedões e drenagem de pústulas: manual 
(por expressão digital), com agulhas descar-
táveis e com dispositivos metálicos (dife-
rentes modelos patenteados de extratores 
metálicos de comedão). A forma de extração 
mais comumente realizada é a extração 
manual com as pontas dos dedos envoltos 
em algodão ou gaze, onde a força ao ser 
exercida em apenas 2 pontos, traumatiza 
excessivamente a pele normal ao redor do 
comedão ou pústula, o que aumentar o des-
conforto e a dor, e aumenta o risco de infec-
ções, discromias e cicatrizes indesejadas. 
Os extratores metálicos são dispositivos 
reutilizáveis disponíveis para a extração de 
comedões abertos cuja superfície metálica 
de contato com a pele ao redor do orifício 
extrator causa um trauma que é rapidamente 
percebido através do eritema resultante. Ao 
contrário, utilizando-se a micropipeta de vidro 
extratora descartável proposta pelos autores 
o trauma é consideravelmente reduzido, já 
que se trata de um dispositivo tubular, leve e 
com superfície mínima de contato com a pele 
normal para exercer pressão circular limita-
da a pele justaposta ao comedão, portanto 
preservando a integridade da pele sadia. A 
micropipeta extratora descartável preserva 
a pele normal ao redor das lesões dos 
comedões, sendo mais seguro e evitando 
complicações como inflamações, infecções, 
escoriações, hemorragias, hipercromias e 
cicatrizes na pele tratada.
 | Conclusão
Após o exposto acredita-se que se 
trata de uma técnica para limpeza de pele 
menos agressiva e potencialmente mais 
segura, onde o profissional preocupa-se 
com a integridade da pele sadia otimizando 
os resultados. O peeling ultrassônico já 
prepara a pele para continuidade do trata-
mento, fluidificando o sebo e retirando os 
restos celulares
que normalmente obstruem os óstios 
foliculares. O dispositivo extrator descar-
tável para extração não traumática de 
comedões e microdrenagem de pústulas 
apresenta como maior vantagem, sobre os 
já existentes, exercer o mínimo trauma so-
bre a pele ao redor dos comedões, evitando 
efeitos indesejáveis como infecção, discro-
mias ou formação de cicatrizes inestéticas 
indesejáveis. Adicionalmente, o aparelho de 
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 201382
LED utilizado, potencialmente, tem efeito 
bactericida e anti-inflamatório.
 | Agradecimentos
Ao Dr. Paulo Taborda, dermatologista, 
sempre me orientando em todos os mo-
mentos com muito saber. 
 | Referências
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Dermatol 1980;3:478-82.
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 83
ARTIGO ORIGINAL
Aplicação transdermal de D-pantenol e do 
laser de baixa potência no tratamento da 
alopecia androgenética
Transdermal application of D-panthenol and low power laser 
therapy in androgenic alopecia
Vera Lucia Amengol de Lima, M.Sc.*, Luciano Júlio Chingui, M.Sc.**
 *Mestre em Saúde Pública, Universidade Americana em Assunção. Pós Graduada em Reabilitação do 
Sistema Músculo Esquelético, Especialista em Dermoestética e Cosmética Aplicada pela Universidade 
Ceuma/MA, Coordenadora do programa de Pós Graduação em Dermoestética e Cosmética Aplicada na 
Universidade Ceuma/MA, Doutoranda pela Universidade Americana em Assunção, **Mestre em Fisio-
terapia pela Universidade Metodista de Piracicaba, especialista em acupuntura pela ABA (Associação 
Brasileira de Acupuntura), doutorando em Fisioterapia pela UFSCar, docente do curso de Fisioterapia 
da Faculdade Anhanguera e do programa de pós-graduação em Dermoestética e Cosmética Aplicada da 
Universidade Uniceuma/MACorrespondência: Vera Lucia Amengol de Lima, E-mail: veraamengol@yahoo.com.br
 | Resumo
A ciência tem se preocupado em compreender os diferentes eventos fisiológicos envolvidos na queda 
de cabelo, e assim desenvolver terapias capilares mais efetivas. No decorrer dos anos, a indústria de 
produtos cosméticos, através de pesquisas, vem buscando alternativas para o tratamento de alopecia 
procurando entender as causas que levam à queda do cabelo, e consequentemente desenvolvendo 
produtos cujos princípios ativos se apliquem a esses fenômenos de forma eficiente, dentre estes res-
saltamos o D-pantenol. O Laser de baixa potência vem sendo utilizado para tratamento da alopecia 
androgenética desde 2003, são estimulantes metabólicas que atuam no interior das células e au-
mentando sua atividade por conta de uma maior produção de Adenosina Trifosfato (ATP), componente 
responsável pela maior energia celular. Por meio de pesquisa do tipo exploratória descritiva avaliam-se 
os efeitos da aplicação do laser de baixa intensidade no tratamento de alopecia androgenética no 
processo de crescimento capilar com comprimento de onda entre 660 a 690 nm (laser vermelho) e 
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 201384
 | Introdução
O cabelo é a única estrutura corpórea 
capaz de se renovar completamente, sem 
deixar cicatrizes. Os cabelos são estetica-
mente importantes na harmonia facial em 
todas as fases da vida. De modo geral, 
também oferece outras possibilidades ao 
indivíduo, como mostrar sua personalidade, 
seu estilo de vida, um determinado padrão 
de comportamento que ele está adaptado 
às tendências da moda. Do ponto de vista 
funcional eles conservam o encargo de 
emoldurar o rosto, servindo como um car-
tão de apresentação pessoal de todos os 
indivíduos [1].
Para Dawber [2], os cabelos têm 
como função a proteção do couro cabe-
ludo contra agressões diversas, é con-
siderado um complemento estético com 
potencial de influenciar a autoestima e 
aspectos psicológicos inclusive os se-
xuais das pessoas.
Diante disso, as preocupações com 
as características da beleza estética têm 
crescido intensamente nos últimos anos, 
observando-se grandes mudanças com 
os efeitos do envelhecimento sobre os 
diversos sistemas, entre eles o sistema 
tegumentar onde se encontram a pele e os 
pelos. Entre os grandes alvos das interven-
ções estéticas está a pele da facial. Nesse 
mesmo contexto a perda de cabelos, tem 
se configurado atualmente como um dos 
maiores problemas estéticos tanto para 
homens como para mulheres.
A alopecia é o nome dado à queda 
temporária ou definitiva, de forma geral ou 
parcial do cabelo [3]. De acordo com pon-
derações de Sucar et al. [4], é importante 
elucidar que existem vários tipos de alope-
cia, entre os quais os mais frequentes são: 
androgenética, areata, eflúvio telógeno, uni-
versal, por tração, por produtos químicos, 
carência nutricional dentre outras. O seu 
desenvolvimento gera um distúrbio psicos-
entre 790 a 830 nm (laser infravermelho), com potencia real do emissor de 100 mW, e da aplicação 
transdermal de D-pantenol.
Palavras-chave: laser, d-pantenol, tratamento da alopecia.
 | Abstract
The science has been concerned with understanding the different physiological events involved in hair 
loss, and thus develop more effective therapies. The cosmetics industry over the years, through research, 
is looking for alternatives for the treatment of alopecia, seeking to understand the causes that lead 
to hair falling, and consequently developing products whose active ingredients are applied efficiently 
to these phenomena. Among these we emphasize D-panthenol. The low-intensity laser has been used 
for treatment of androgenic alopecia since 2003. They are metabolic stimulants, acting within the 
cells and increasing their activity because of an increased production of Adenosina Trifosfato (ATP), a 
component responsible for most cellular energy. Through exploratory research descriptive we assessed 
the effects of applying low-intensity laser in the treatment of androgenic alopecia in the process of hair 
growth: energy (LILT - Low Intensity Laser Treatment), wavelengths between 660-690 nm (red laser) 
and between 790 to 830 nm (infrared laser), with real power of the transmitter de 100 mW, and the 
application of transdermal D-panthenol. 
Key-words: laser, D-panthenol, alopecia therapy.
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 85
social que leva os pacientes a busca de 
alternativas para reverter esta alteração [1].
Conforme estudo de Pereira [5], entre 
todas as formas de alopecia, a androgené-
tica é a mais comum e se manifesta tanto 
nos homens como nas mulheres, apesar 
de ser relativamente menos comum no 
sexo feminino. Nesse sentido a alopecia 
androgênica se constitui como uma grande 
preocupação para a beleza tanto masculina 
como feminina [6].
Nesse sentido, a cosmetologia e a 
biofísica têm desenvolvido recursos eletro-
-foto-térmicos que possam influenciar o 
crescimento capilar. Dentre eles encontra-
-se os lazeres que são fontes únicas de 
luz estabelecidas no processo de emissão 
estimulada. Existe um arsenal de trabalhos 
publicados, que comprovam o potencial de 
regeneração tecidual nos tratamentos de 
patologias consideradas insolúveis dentre 
elas podemos citar a calvície androgenética 
conhecida como calvície [7-9].
Associados a esses recursos encon-
tra-se os princípios ativos utilizados em 
cosméticos como o D-pantenol que se 
destinam a auxiliar na redução da queda 
do cabelo [2].
Esta pesquisa teve como objetivo ava-
liar os efeitos da aplicação laser de baixa 
intensidade, de energia (LILT – Low Intensity 
Laser Treatment) com o comprimento de 
onda entre 660 a 690 nm (laser vermelho) 
e entre 790 a 830 nm (laser infraverme-
lho), com uma potencia real do emissor: 
100 mw, e da aplicação transdermal de 
D-pantenol nos tratamentos de alopecia 
androgenética através da corrente galvâ-
nica, no processo de crescimento capilar. 
Revisão de literatura
Quando se ouve comentar a respeito de 
laser, ficamos a imaginar a eficiência da luz, 
como também as amplas possibilidades 
de tratamentos tanto para intervenções 
médicas quanto para estética, odontologia, 
fisioterapia, dentre outros seguimentos que 
tem relação com a biomedicina. 
O uso da luz como agente terapêutico 
vem desde a antiguidade. Ela foi usada no 
Egito, Índia e China para tratar doenças da 
pele, como a psoríase, vitiligo e o câncer 
com a exposição do paciente ao sol [10].
Os lasers são definidos como fontes 
de luz coerente que podem ser focalizadas 
em pequenas áreas de tecido e fornecem 
grande intensidade de energia. Segundo o 
autor, é uma luz comum de alta intensidade 
com características diferentes, pois apre-
sentam as seguintes propriedades: coerên-
cia, monocromaticidade e colimação [10].
A luz coerente permite aos lazeres 
sejam focados no local marcado, ou seja, 
apresentam todos os feixes de luz na mes-
ma fase no espaço e tempo, monocromá-
tica, a luz laser é pura e composta de uma 
única cor, e o efeito colimado apresenta 
todas as ondas sempre paralelas entre 
si, não havendo dispersão, ou seja, são 
capazes de percorrer longas distâncias sem 
aumentar seu diâmetro [6,7,9]. 
Os precursores dos lasers foram os 
MASERs (Microwave Amplication by Sti-
mulated Emission of Radiation), que são 
lasers que funcionam no intervalo de ondas 
do micro-ondas. Os cientistas Charles H. 
Townes (Estados Unidos) e Alexandre M. 
Prokhorov (União Soviética), ganharam o 
Premio Nobel na década de 50 utilizando 
a teoria da mecânica quântica, ao explicar 
a interação da energia radiante [7].
Einstein, em 1917 apresentou em seu 
trabalho Zur Quantum Thoria der Strahing 
(a teoria quântica da radiação) e teorizou 
a possibilidade da emissão estimulada da 
radiação. Todavia a aplicabilidade deste 
fato só veio ocorrer em 1951 com a am-
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembrode 201386
plificação de micro-ondas descritas por 
Townes [9].
Daí o surgimento do primeiro laser, em 
julho de 1960, por Theodore H. Maiman, 
depois que Townes e Arthur L. Schawlow 
seguiram o mesmo princípio utilizado no 
desenvolvimento do MASER, estenderam-
-na para o espectro visível da radiação. 
Dessa forma, Theodore H. Maima encontrou 
as condições físicas ideais para o funcio-
namento do primeiro laser, que foi um de 
rubi [11].
Tal fato ocasiona vários efeitos como: 
efeito energético que é explicado pelo fator 
anti-inflamatório a nível local reduzindo a 
inflamação, provocando a reabsorção de 
exsudatos e favorecendo a eliminação de 
substâncias alógenas; efeito anti-inflama-
tório, produzido pelo estimulo à micro cir-
culação, garantindo um aporte eficiente de 
elementos nutricionais e defensivos para a 
região lesada; anti-edematoso, se dá pela 
ação fibrinolítica: proporciona a resolução 
efetiva do isolamento causado pela coagu-
lação do plasma, que determina o edema 
duro [12]; e efeito cicatrizante, incremento 
á produção de adenosina trifosfato (ATP): 
o laser eleva a produção de ATP [13], 
proporcionando um aumento da atividade 
mitótica e aumento da síntese de proteína, 
por intermédio da mitocôndria [11].
Laser terapia
Como o próprio nome diz, é uma tera-
pia, e como qualquer tratamento terapêuti-
co, a reação dos organismos varia muito de 
pessoa para pessoa. A terapia com luz laser 
de baixa intensidade deve seguir os seguin-
tes parâmetros: escolha do comprimento 
de onda adequado, densidade de energia, 
densidade de potência, tipo de regime de 
operação do laser, número de sessões e 
características ópticas do tecido [14].
A associação do laser a quaisquer téc-
nica preconizada é a mais nova proposta 
para os tratamentos capilares. Tal afirma-
ção tem fundamentação científica levando-
-se em conta cinco efeitos do laser nestas 
terapias: a) Incremento energético para a 
célula geradora do cabelo; b) Desgranula-
ção do mastócito cuja função específica 
é a ativação do folículo pilo sebáceo; c) 
Otimização [11].
Grandezas físicas dos lasers
Irradiância é o termo definido como 
densidade de potência (DP), que é definida 
como sendo a potência óptica útil do laser 
em Watts, dividida pela área irradiada ex-
pressa em cm2 [15].
A fluência é definida como quantidade 
de energia necessária para ativar um deter-
minado número de moléculas, essa porção 
estimula o tecido cada vez que o excitem 
com uma dose satisfatória de laser [16].
O comprimento de onda é uma caracte-
rística extremamente importante, pois é ela 
quem define a profundidade de penetração 
no tecido alvo [9].
Dosimetria
Almeida e Figueiredo [17], explicam 
que, a aplicação da radiação infravermelha 
próxima é sua maior penetração nos teci-
dos; e que o laser infravermelho é seguro e 
eficiente, emitindo comprimentos de onda 
entre 700 e 900 nm, sendo geralmente usa-
do comprimentos de 820 nm e 830 nm na 
banda infravermelha, portanto invisível, sua 
potência de pico varia entre 20 e 100mw 
e contínuo em seu método de operação. A 
incidência deve ser sempre perpendicular 
para diminuir a reflexão e a região irradiada 
deve estar isenta de barreiras como suor, 
cremes, entre outros.
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 87
Dentre as contra indicações do uso do 
laser, estão: região dos olhos, pelo risco de 
lesões à retina; pacientes com carcinoma 
ativo ou suspeitado, tecidos tumorais ou 
pré-tumorais não podem ser irradiados, 
gestantes (profissionais e pacientes), im-
plantes eletrônicos (marca passo) [7].
Aspectos anatomo-funcional do cabelo
Segundo Peyrefitte, Chivot e Martini 
[18] e Harrison [19], os cabelos são inva-
ginações do epitélio superficial formada por 
uma massa de queratina constituída por 
três camadas de células; cutícula, córtex 
e medula, a cutícula que é a camada mais 
externa formada por escamas com as bor-
das voltadas para cima. A segunda camada 
que é o córtex, esse é o componente de 
maior importância para o cabelo, pois é no 
córtex onde se localiza a matriz, estrutura 
responsável pela síntese proteica. 
O córtex representa 90% do peso do 
cabelo, e é constituído por fibras longas de 
queratina pigmentada. Por último encontra-
-se uma camada bem mais interna com 
função pouco esclarecida [18].
Dawber e Vanneste [2] afirmam que:
A estrutura que forma o cabelo no ser humano 
é chamada folículo piloso ou pilos sebáceos, 
em quantidade aproximada de cinco milhões. 
Um aspecto relevante a ser observado é o 
fato de que cada folículo piloso obedece a 
seu próprio ciclo de desenvolvimento, nasce, 
cresce, executa sua função e morre este fato 
ocorre em 3 fases claramente definidas, aná-
gena, catágena e telógena.
Segundo Kede e Sabatovich [21], a 
fase anágena (fase de crescimento) é a 
fase mais longa do ciclo. Nesta fase os 
ceratinócitos proliferam rapidamente devido 
à intensa atividade mitótica, e o folículo 
anágeno penetra mais profundamente, no 
nível subcutâneo. A duração desta fase é 
de 2 a 7 anos. Normalmente cerca de 80 a 
85% dos folículos estão nessa fase 
A segunda fase, catágena (fase estacio-
nária), cerca de 2% dos fios dos cabelos do 
couro cabeludo estão nesta fase. É a fase 
da regressão. A atividade celular é reduzida 
e o bulbo entra em processo de atrofia as 
mitoses na matriz param de proliferar e o 
folículo mais inferior entra em regressão e 
o cabelo deixa de ser produzido. Esta fase 
dura cerca de três semanas. Nesta etapa há 
o rompimento da ligação papila-bulbo [19].
A fase elógena (fase terminal, de 
queda) é um estado terminal onde os fios 
finalmente se desprendem do folículo já 
completamente atrofiado se desintegra do 
folículo e cai. Dura cerca de 3 a 6 meses, 
a papila se reconstitui formando uma nova 
base germinal [20].
Na parte inferior do folículo piloso 
encontra-se o bulbo que é a parte mais 
espessa e profunda. O bulbo contém a 
matriz germinativa chamada papila dermal 
altamente vascularizada, responsável pela 
transmissão de toda informação necessária 
para a multiplicação e diferenciação das 
células da matriz, desta forma regulando o 
ciclo de vida do cabelo [2].
Vale ressaltar, que toda vez que o 
folículo piloso retorna à fase anagena, as 
células da papila dérmica (os fibroblastos 
especializados) que se encontram nessa 
área formam uma nova matriz extracelular, 
que dá inicio a formação de um novo fio [5].
Tratamento
O objetivo do tratamento de alopecia 
é cuidar do foco do problema utilizando o 
tratamento adequado dependendo do diag-
nóstico clinico para avaliação das causas 
que desencadearam o problema [21].
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 201388
Pantenol
O pantenol, quimicamente conhecido 
pelo nome de d-pantenol, é um álcool. Ele 
é um precursor da vitamina B5, conhecida 
pelo nome de ácido pantatênico, quando 
aplicado topicamente, penetra na pele e 
nas unhas, transformando-se em ácido 
pantatênico e regenerando as células epite-
liais com rapidez. Sua absorção cutânea é 
rápida, atinge o sangue e liga-se às proteí-
nas séricas (beta-globulinas). Além de sua 
ação cicatrizante, tem ação anti-seborréica 
para o folículo piloso e ação umectante e 
estimulante do metabolismo epitelial [22].
 | Indicações
Segundo o autor, a provitamina de 
ácido pantatênico (Vitamina B5) é utilizada 
em formulações cosméticas especialmente 
para o tratamento de cabelos, pele e unhas. 
Irritações, fissuras, estrias cutâneas em 
rosto, mãos e abdome, dermatite actínia, 
escaras por decúbito.
Iontoforese
A aplicação transdermal de drogas é 
uma técnica não invasiva que permite que 
os princípios ativos sejam transferidos para 
o interior do tecido subcutâneo garantindo 
uma ação controlada, precisa e localizada 
[23].
Com o advento da eletroterapia di-
versos métodos de permeação cutânea 
foram desenvolvidos, entre os quais pode 
se destacar a iontoforese, técnica que 
utiliza corrente contínua com intensidade 
em miliampère(mA) e a iontoforese, que 
utiliza ondas ultrassônicas com a mesma 
finalidade [24].
Nesse sentido, pode-se conceituar a 
Iontoforese como sendo 
[...] a transmissão iônica pela pele intacta, 
possibilitando introdução de substâncias tera-
pêuticas para o interior da pele por intermédio 
de corrente elétrica contínua. Dessa maneira, 
trata-se de uma técnica de aplicação tópica, 
cujos efeitos podem ser locais, minimizando 
efeitos indesejáveis e ou sistêmicas [25]. 
De acordo com Barry [26], a relevante 
vantagem da iontoforese em relação à 
absorção cutânea passiva é o fato de que 
com a ionização além da difusão passiva, 
simultaneamente há um incremento na 
penetração da droga em decorrência dos 
mecanismos de eletro pulsão, eletrosmo-
se e pelo aumento da permeabilidade da 
cutânea.
O mecanismo de eletro pulsão decorre 
da interação entre droga e o campo elétrico, 
sabe-se que o campo elétrico gerado pela 
corrente promove repulsão iônica impul-
sionando íons de polaridade semelhante 
a do eletrodo sob o qual são colocados; a 
eletro osmose é o movimento intradérmico 
de água que ocorre do ânodo em direção ao 
cátodo, esse movimento promove arraste 
componentes neutros e iônicos nele diluí-
dos; o aumento da permeabilidade intrínse-
ca da pele é outro relevante efeito gerado 
pelo campo elétrico da corrente [27].
Sendo a eletro repulsão o principal 
fenômeno responsável pela transferência 
do princípio ativo para interior da pele, essa 
técnica permite a transferência tanto de 
drogas com valência tanto positiva quanto 
negativa. Evidentemente a eletro repulsão 
só ocorre quando a droga é colocada sob o 
eletrodo que apresente a mesma polaridade. 
Assim, drogas de valência positiva devem 
ser exclusivamente colocadas sob ânodo, ao 
passo que as de valência negativa, devem 
ser aplicadas no cátodo [26].
Dessa maneira, a iontoforese constitui-
-se com alternativa viável para transferência 
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 89
de princípios ativos pela pele. Para tanto 
se elege a corrente contínua, cujo efeito 
de eletro repulsão é superior às correntes 
pulsadas, como a melhor alternativa para 
realizar a ionização. Esse fato decorre do 
fluxo eletrônico unidirecional e constante 
no decorrer de todo o período de aplica-
ção. Contudo, a aplicação da iontoforese 
deve obedecer a critérios racionais para a 
escolha dos parâmetros físicos durante a 
aplicação, em especial a amplitude, que 
deve ser de no máximo 5 mA [28]. 
A iontoforese é evidentemente uma 
técnica eficaz e muito utilizada na prática 
da estética. Seus efeitos têm trazido melho-
rias no tratamento do Fibro Edema Gelóide 
(celulite) e da lipodistrofia localizada, rugas, 
flacidez e outras doenças relacionadas à 
estética [27].
Considerando esses importantes 
achados científicos, a iontoforese com D-
-pantenol pode ser um importante recurso 
no tratamento de alopecia [23].
 | Material e métodos
A pesquisa foi do tipo descritiva explo-
ratória. O estudo foi realizado no período 
de janeiro a dezembro de 2010, baseado 
no levantamento de aplicação transdermal 
do princípio ativo cosmético de D-pantenol 
em associação da irradiação de laser de 
baixa potência entre 660 a 690 nm (laser 
vermelho) e entre 790 a 830 nm (laser 
infravermelho). 
Programa Tricoterapêutico a Laser da 
paciente foi efetuado conforme o questioná-
rio detalhado da Anamnese em 24 sessões 
e foi dividido em três fases. 
Na 1ª fase do tratamento intensivo 
foram realizadas 24 sessões, uma vez por 
semana, com duração de 6 meses (janeiro 
a junho de 2010). O protocolo consistiu na 
lavagem do cabelo com xampu de jaborandi. 
Em seguida foi efetuada alta frequência com 
intuito de estimular a circulação sanguínea, 
posteriormente foi aplicado um ionto pré-laser 
(D-pantenol), seguida da irradiação com laser 
vermelho com comprimento de onda de 660-
690 nm cuja dosimetria nas três primeiras 
aplicações foi de 4 J (joule), Fluência 140 J/
cm2 logo após 2 J, Fluência 70 /cm2, por fim, 
aplicou-se um tônico com D-pantenol. 
A segunda fase foi a de manutenção 
imediata para o processo de recuperação 
capilar dos novos fios. Esta fase iniciou-
-se após 4 meses (novembro de 2010 a 
janeiro de 2011), perfazendo um total de 
12 sessões. Realizou-se uma aplicação a 
laser uma vez por semana, com duração, 
em média, de 30 minutos, sendo que a 
dosimetria utilizada foi a mesma da pri-
meira etapa. 
Finalmente, a última etapa. Após o 
estabelecimento do processo de recupera-
ção capilar, entrou-se na manutenção em 
caráter definitivo, sendo que uma vez por 
ano o cliente comparecerá a clínica para 
reavaliação e manutenção mínima de 12 
sessões a cada 15 dias. 
 | Resultados e discussão
Figura 1 - Antes
Fonte: arquivo pessoal
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 201390
Figura 2 - Depois
Fonte arquivo pessoal
Figura 3 - Antes
Fonte arquivo pessoal
Figura 4 - Depois 
Fonte: arquivo pessoal
Figura 5 - Antes
Fonte: arquivo pessoal
Figura 6 - Depois
Fonte: arquivo pessoal
A análise fotográfica, bem como a 
inspeção visual in loco revelam diferenças 
significativas entre as condições antes 
e depois das aplicações. Nesse sentido, 
esses resultados comprovam que a asso-
ciação de D-pantenol e do laser de baixa 
potência leva a uma diminuição percentual 
elevada da queda de cabelo se comparada 
aos demais tratamentos capilares.
Esses achados são ratificados em 
recentes publicações que descrevem com 
clareza que a radiação a laser gera aumento 
significativo na síntese de ATP, importantes 
efeitos relacionados ao incremento de sín-
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 91
tese proteica, além de melhora importante 
na vascularização [29-31].
 | Conclusão
Apesar do pequeno número de publica-
ções existentes sobre os lasers de baixa 
intensidade no tratamento das quedas 
capilares, estudos têm provado cada vez 
mais que este tipo de método pode ser 
um excelente complemento para os trata-
mentos convencionais da queda de cabelo.
Nesse sentido, esse trabalho conclui que 
a associação entre a permeação transcutâ-
nea de D-pantenol e a irradiação com laser de 
baixa intensidade é de relevante valor cientí-
fico, à medida que propõe uma maneira não 
invasiva para o tratamento desse distúrbio 
capilar com base nas ponderações anteriores 
o presente trabalho teve como objetivo ava-
liar os efeitos da à aplicação dos efeitos do 
laser de baixa intensidade, de energia (LILT 
– Low Intensity Laser Treatment) e aplicação 
transdermal de D-pantenol nos tratamentos 
de alopecia androgenética.
Os resultados obtidos neste estudo 
demonstraram que a terapia a laser cons-
titui uma alternativa importante para o 
crescimento capilar. Evidentemente faz-se 
necessária a realização de outros estu-
dos, principalmente in vivo, para melhor 
compreensão dos efeitos inerentes às 
respostas aqui encontradas.
Ainda, vale elucidar que esta técnica 
aliada a um diagnóstico correto pode pos-
sibilitar um aumento da cura da calvície an-
drogenética com maiores taxas de adesão 
ao tratamento pelos pacientes.
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Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 93
ARTIGO ORIGINAL
Fenômeno migratório de profissionais da 
saúde para a área estética na cidade 
de Campo Grande/MS
Migration of health workers to aesthetics 
field at Campo Grande/MS
Joana Aguirre do Amaral*, Jeanete Moussa Alma, D.Sc.**, Andreia Gomes Candido***
*Esteticista, Presidente da Associação de Profissionais Esteticistas de Mato Grosso do Sul, Presiden-
te do Sindicato Laboral de Mato Grosso do Sul, Pós Graduada em Estética Integral pela Universidade 
Gama Filho, **Esteticista, Fundadora do Primeiro Curso Superior em Estética no Brasil, Fundadora do 
Primeiro Curso de Pós Graduação em Estética no Brasil, Professora Doutora pela UNIFESP/Escola Pau-
lista de Medicina, Coordenadora do programa de Pós Graduação da Universidade Gama Filho, Coorde-
nadora do programa de Pós Graduação da Universidade Estácio de Sá, Supervisora de Estágio do Curso 
de Estética e Cosmética da Universidade Santana/UNISANTANNA, ***Tecnóloga em Estética, Docente 
do Curso de Maquiagem do Centro Técnico Mesame, Técnica da Linha Fenza, Docente do Curso de 
Estética da Universidade Gama Filho
Endereço para correspondência: Jeanete Moussa Alma, E-mail: contato.especiariascosmeticas@gmail.
com, drajeanetemoussaalma@gmail.com 
 | Resumo
Bastante procurada nos últimos anos, a prática estética, desenvolvida por esteticistas, preenche uma 
lacuna importante entre saúde e beleza, Igualmente tradicional a outras profissões da saúde, nota-se 
que, empiricamente, há uma migração crescente de profissionais da área da saúde para a área estética. 
Praticas profissionais que classicamente eram atribuídas as profissionais esteticistas agora são desem-
penhadas por vários outros segmentos. O presente estudo investigou 140 questionários aplicados as 
profissionais da área da saúde durante um evento de estética e constatou que na realidade não esta 
havendo um fenômeno de migração e sim uma invasão, uma tentativa de desconstrução do perfil da 
profissional esteticista com a finalidade de se apropriar de suas atribuições. Praticas historicamente 
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 201394
 | Introdução 
Segundo a Enciclopédia e Dicionário 
Porto editora, Fenômeno é uma ocorrência 
que se observa em uma determinada si-
tuação. Já o sentido de migração está em 
trocar de região, país, estado ou até mesmo 
domicílio. Migrar faz parte do direito de ir 
e vir. Logo quando se aplica a expressão 
Fenômeno Migratório em relação à prática 
profissional, nos referimos ao ato de deixar 
a atividade que se exerce e abraçar um novo 
exercício profissional [1]. E é isso que o pre-
sente estudo busca mostrar a forma pela 
qual a estética tem recebido profissionais 
de várias áreas, em especial os da saúde 
e analisar a forma pela qual essa transição 
ocorre e quais os fatores possíveis que 
levaram a esta situação.
A carreira Estética tem recebido uma 
grande projeção nos últimos anos, em 
parte devido às mudanças ocorridas na 
sociedade com relação à forma pela qual 
as pessoas interagem umas com as outras 
e com os diversos ambientes, sejam eles 
profissionais ou pessoais [2].
O advento da internet, dita e muda 
comportamentos, as pessoas estão mais 
visuais, as informações circulam com uma 
velocidade maior. Além disso, o aumento 
da longevidade faz com que as pessoas 
pleiteiem viver mais e melhor [3].
Neste contexto o Esteticista recebe 
posição de destaque, as técnicas e práticas 
estéticas, preenchem uma lacuna importan-
te entre a área da saúde e da beleza [4]. Os 
profissionais da saúde possuem uma busca 
incessante na manutenção da vida e no res-
gate de pessoas que por diversos motivos 
tem seu estado geral comprometido. No 
que se refere à área do embelezamento, o 
foco da cura não é observado, visto que os 
clientes buscam serviços de beleza para se 
sentirem mais jovens e mais bonitos [5]. 
Os procedimentos estéticos não 
invasivos, desenvolvidos pelas Esteticis-
de responsabilidade da esteticista vem sendo desenvolvida com outras nomenclaturas por profission-
ais de áreas correlatas. Além disso, utiliza-se do escudo da estética para desenvolver procedimentos 
invasivos o que caracteriza uma ilegalidade e um possível problema de saúde publica.
Palavras-chave: estética, fenômeno migratório, invasão.
 | Abstract
Searched a lot in the last years, the aesthetics practice, developed for beauticians, fills an important 
blank between beauty and health, also traditional as other health professions. Empirically we can 
observe that there is a migration of people working in the health area to aesthetics working area. The 
professional practice that classically was tribute to beauticians, now are developed for several others 
working correlated areas. This study investigated 140 questionnaires, applied to health area profes-
sionals during an aesthetics event and concluded that: there is not a migration phenomenon but yes, 
an invasion, a tentative of deconstruction of aesthetics professional profile, intending took off their 
attributions. Practices which was historically beauticians responsibility, noware being developed with 
other nomenclature, for other correlated professional areas; even, they use the protection of aesthetics 
to invasive proceedings, which characterize an illegality and a possible public health problem.
Key-words: aesthetics, migration phenomenon, invasion.
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 95
tas, cumprem um importante papel, pois 
permitem a promoção do embelezamento 
alicerçado em preceitos que privilegiam a 
saúde [4]. 
Posto isso, podemos afirmar que para 
atender essa demanda de embelezamento 
preocupada com a saúde, o perfil da pro-
fissional Esteticista precisou se aprimorar, 
abandonando seu caráter de formação 
“aprendiz” para uma formação sistemati-
zada no âmbito acadêmico e à luz da lei, 
tornando-se definitivamente encarada como 
profissão [5-7].
A estética como a conhecemos hoje, 
existe no Brasil há apenas 63 anos [8], tal 
pratica trazida por Anne Marie Klotz (1950) 
que também fundou a primeira escola de 
curso livre sofreu varias alterações. Atual-
mente, contamos com cursos de nível mé-
dio, superior e pós-graduação lato sensu, 
reconhecidos em nível federal, estadual 
e municipal [8-13]. Torna-se necessário 
lembrar que antes de Madame Klotz, há 
registros desde 1920 de práticas profissio-
nais estéticas que podem ser encontradas 
no artigo de Natalia Barros, onde se evi-
dencia que a profissão de estética existe 
há tanto tempo quanto muitas carreiras 
consideradas clássicas na área da saúde, 
e em alguns casos há mais tempo [14].
A exemplo disso citamos trecho do arti-
go publicado no site do Conselho Regional 
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 3 que 
textualmente expressa [15]:
“...No Brasil, a Fisioterapia iniciou-se dentro 
da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, 
em 1929, mas foi só em 1951 que foi criado 
o primeiro curso para formação de fisiotera-
peutas, na época denominados técnicos, com 
duração de um ano....”
Tão tradicional quanto qualquer outra 
carreira, as profissionais Esteticista, fazem 
parte de um mercado ascendente em âm-
bito mundial, sendo que para bem desem-
penhar essa profissão torna-se necessário 
não somente um bom treinamento sobre 
a utilização de equipamentos e produtos, 
mas também um grande embasamento 
teórico que justifique as aplicações de suas 
técnicas [16,17]. 
Todas estas constatações seriam 
absolutamente normais em qualquer seg-
mento profissional que pretende crescer e 
evoluir. Mas na carreira estética o que se 
pode notar, empiricamente, é uma migra-
ção crescente de profissionais da área da 
saúde para a área estética, observa-se que 
práticas profissionais que classicamente 
eram atribuídas as profissionais esteticis-
tas agora são desempenhadas por vários 
outros segmentos, que reivindicam a ex-
clusividade destes procedimentos [18,19].
A exemplo disso podemos citar a dre-
nagem linfática, um dos procedimentos 
mais populares e procurados nos centros 
estéticos, trazida para o Brasil em 1969 
pela esteticista Waldtraud Ritter Winter, 
que aprendeu com o próprio criador da 
técnica, Dr. Emil Vodder, e que hoje a 
fisioterapia insiste em pleitear sua exclusi-
vidade tentando impedir que profissionais 
esteticistas a desempenhem [15,20,21].
Segundo a própr ia Professora 
Waldtraud Ritter Winter, em entrevistas 
e em sua publicação Drenagem Linfática 
Manual [21]:
“O primeiro grupo de profissionais a interes-
sar-se pela drenagem linfática de Vodder não 
foi o dos fisioterapeutas, nem o dos médicos. 
As palestras de Vodder chamaram a atenção 
das esteticistas que viram no método um 
meio para potencializar seus tratamentos 
estéticos. Provavelmente porque as esteti-
cistas tinham menos preconceitos e mais 
intuição....”
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 201396
Outra prática comum adotada por pro-
fissionais da saúde, segundo Dra Jeanete 
Moussa Alma em entrevista concedida a 
essa pesquisadora é:
“.....uma tentativa clara de desconstrução do 
perfil profissional da Esteticista, pois não se 
contentam em atribuir uma nova nomencla-
tura para o que fazemos a dezenas de anos, 
mas querem nos impedir de exercer nossa 
profissão, ora nos chamam de leigas, ora 
dizem que nossa formação superior não é 
suficiente...”
Descrito e pontuado este cenário, po-
demos observar que a carreira estética não 
é nova, quanto a sua existência, mas é rela-
tivamente jovem quanto a sua organização 
e legalização. E é a partir desta constatação 
que podemos observar mais um fator que 
merece nota quando se pretende entender 
o motivo pelo qual tantas outras carreiras 
se interessam e migram para a estética, 
este quesito é justamente a questão da 
organização política da carreira e da capa-
cidade de aglutinação das lideranças.
Segundo Esteticista Dra Jeanete Mous-
sa Alma:
“existem pessoas com muita vontade e pou-
co conhecimento e pessoas completamente 
despreparadas para defender a questão da 
esteticista. Há também um pequeno gru-
po, graças a Deus, que infelizmente criam 
notícias, arrumam processos, mentem sobre 
questões legais e fazem com que a confu-
são se instale no meio da estética. São pes-
soas que prestam um desserviço a profis-
são, mas tenho certeza que estas entrarão 
sim para a historia mas de forma negativa, 
serão sempre lembradas como as deturpa-
doras da estética, aquelas que atrapalharam 
nossa evolução”
O presente estudo buscou levantar 
as opiniões de profissionais antigas da 
área por meio de entrevistas, cruzar os 
dados obtidos de questionários aplicados 
a profissionais da área da saúde e assim 
iniciar a discussão sobre esse fenômeno de 
migração de profissionais da saúde para a 
área estética na cidade de Campo Grande 
em Mato Grosso do Sul. 
 | Material e métodos
Coleta de dados
O presente estudo foi elaborado a par-
tir de levantamento histórico bibliográfico, 
em literatura pertinente, entrevistas com 
lideranças de instituições representativas 
das esteticistas do Estado do Mato Grosso 
do Sul/Campo Grande, e questionário com 
16 perguntas fechadas, entregue a 140 
profissionais de distintas áreas da saú-
de e que declaradamente atuam na área 
estética, presentes no 12º Congresso da 
Beleza e Saúde, promovido pela APECSUL 
(Associação Profissional dos Esteticistas 
e Cosmetólogos do Mato Grosso do Sul) 
entre os dias 17 a 20 de maio de 2013 
no Pavilhão de Exposições Albano Franco. 
Todos os participantes das entrevistas e 
questionários foram devidamente esclare-
cidos sobre o cunho cientifico da pesquisa 
e aceitaram participar após assinado termo 
de consentimento e esclarecimento. 
Organização dos dados
Após aplicação do questionário, todos 
os dados foram organizados em tabelas e 
posteriormente transformados em gráficos 
para analise à luz da estatística, fornecendo 
subsídios para a discussão e conclusão.
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 97
 | Resultados
Os 140 entrevistados, foram dividi-
dos em 12 grupos, sendo 10 carreiras da 
área da saúde, um grupo que ainda esta 
cursando e outras profissões da saúde 
que não se enquadram nas 10 carreiras 
elencadas. Abaixo tabela com o total de 
entrevistados.
Tabela I - Formação profissional dos en-
trevistados que atuam na área Estética 
oriundos de cursos na área da saúde.
Formação na área da 
Saúde
%
Valor 
absoluto
Fisioterapeuta 15% 21
Nutricionista 1% 2
Biomédico 0% 0
Odontólogo 11% 15
Fonoaudiólogo 4% 6
Médico Dermatologista 6% 9
Educador Físico 1% 1
Terapeuta Ocpcacional 19% 26
Enfermeiro 19% 26
Psicólogo 9% 12
Cursando 7% 10
Outros 9% 12
Podemos observar na tabela II, que 
26% das profissionais pesquisadas estão 
formadas a menos de dez anos.
Tabela II - Tempo de formação dos pro-
fissionais pesquisados 
Tempo de Formado %
Valor abso-
luto
Não respondeu à pesquisa 9% 12
até um ano 21% 29
de 1 a 3 anos 16% 22
de 3 a 6 anos 12% 17
de 6 a 9 anos 26% 37
mais de 10 anos 16% 23
Quanto a atuação profissional em 
sua área deorigem, pode-se observar 
que mais de 50% das profissionais jamais 
atuaram.
Tabela III - Atuação na área de forma-
ção.
Atuou em sua área 
de formação
%
Valor 
absoluto
Não respondeu 16 22
Sim 17 24
Não 67 94
Quando inquiridas sobre o motivo pelo 
qual migraram para a área estética respon-
deram o contido na tabela IV.
Tabela IV - Motivo pelo qual migraram 
para a área da Estética. 
Motivo da migração %
Valor 
absoluto
Não respondeu à pesquisa 5% 7
sempre gostou da área da 
estética
75% 105
Facilidade e flexibilidade de 
horário
1% 1
Remuneração satisfatória 10% 14
Responsabilidade é menor 0% 0
Possui familiares que já atu-
am na área da estética
9% 13
Muito embora 85% das entrevistadas 
declararam possuir formação na área 
estética, contra 12% que declaram não 
ter formação alguma e 3% se negaram 
a responder, pode-se observar que esta 
formação é bastante inespecífica, como 
demonstrado na tabela V.
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 201398
Tabela V - Tipo de curso declarado 
como formação na área estética. 
Tipo de curso %
Valor 
absoluto
Não respondeu à pesquisa 1% 1
curso livre 43% 60
curso técnico regular 8% 11
Tecnólogo 7% 10
pós graduação em dermato 
funcional
36% 50
pós graduação em área 
correlata
1% 1
pós graduação em estética 0% 0
treinamento de empresas 5% 7
pequenos cursos específicos 0% 0%
Das que fizeram algum tipo de curso, 
75% declaram ter feito mais de 100 horas 
sendo que 12% fizeram cursos entre 30 e 
100 horas, 12% se recusaram a responder 
e 1% cursos com até 10 horas.
Visto que mais de 50% declaram atuar 
em sua área de formação e na área esté-
tica, e se apresentar aos pacientes como 
sendo profissional de ambas as profissões, 
quando perguntados sobre sua participação 
em organismos e instituições de defesa, 
regulamentação e normatização da profis-
são os resultados se mostram bastante 
discrepantes, como se pode observar na 
tabela VI. 
Tabela VI - Demonstrativo acerca das 
profissionais da área da saúde inscritas 
em seu conselho de origem e no conse-
lho de Biomedicina.
Inscrição no conse-
lho profissional
Área de forma-
ção na saúde
Área 
estética
Não respondeu 1% 1%
Sim 65% 35%
Não 34% 64%
Quanto aos procedimentos desenvol-
vidos por esses profissionais da área da 
saúde que migraram para a área estética, 
solicitou-se que respondessem quais eram 
comumente empregados pelos mesmos e o 
resultado encontra-se resumido na tabela VII.
 | Discussão
Muito embora o respeito e limite entre 
as atuações pareça ser um comportamento 
esperado e desejável entre profissionais, 
sobretudo com nível superior, tal postura 
nem sempre é observável.
Investigando a literatura cientifica 
pertinente, não se encontrou estudos que 
discutam a questão da migração ou inva-
são, de uma forma racional e honesta, há 
vários artigos informais, em revistas e sites 
da internet que versam sobre o assunto.
Um que nos chamou atenção, entre 
muitos que refletem queixas de profissio-
nais médicos, é o texto do Dr Carlos Bayma 
que publica em seu blog um artigo intitulado 
“Limites entre profissões da saúde: ética e 
profissionalismo são básicos”, no referido 
artigo o que se destaca é a questão da 
ética, ou da falta dela, quando algumas 
profissões, segundo ele, fazem uso de 
termos que podem confundir ou induzir os 
pacientes a erro, sobre isso Bayma diz [22]:
 “É curioso observar a proliferação de vários 
termos combinados, às palavras estética e 
dermatologia como dermaticista® - “titulo 
exclusivo e registrado por uma escola técnica 
que atua em estética facial/corporal, pré e 
pós operatório”, dermatofuncional – “área de 
atuação do fisioterapeuta no campo da estéti-
ca”, “biomédico estético”- “área da biomedici-
na que atua nas disfunções na estética facial, 
corporal e no envelhecimento”, e enfermagem 
em dermatologia – “profissionais da enfer-
magem que atuam no segmento da estética 
e da dermatologia. O direito de divulgar uma 
habilitação e a capacitação para o trabalho, 
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 99
Tabela VII - Resumo dos procedimentos reconhecidos pelos Conselhos Federais dos 
profissionais oriundos da área da saúde, e aqueles desenvolvidos mesmo sem aval 
do Conselho Profissional.
Procedimento
Reconhecido pelo 
Conselho profissional 
de origem
Procedimentos desempenha-
dos independentemente do 
aval do Conselho
%
Valor 
absoluto
%
Valor 
absoluto
limpeza de pele 24% 34 87% 122
drenagem linfática 70% 98 81% 114
massagem relaxante 54% 75 82% 115
massagem redutora 25% 35 67% 94
depilação com luz pulsada 5% 7 48% 67
aplicação de botox 2% 3 36% 50
aplicação de preenchimento 4% 5 19% 27
carboxiterapia 6% 8 39% 54
mesoterapia 21% 29 31% 44
bandagem corporal quentes e fria 29% 40 38% 53
gessoterapia 21% 29 51% 71
radiofrequência 24% 33 63% 88
peelings superficiais e médio 19% 26 64% 89
esclerose de vasos 1% 2 2% 3
intradermoterapia 1% 2 6% 23
micropigmentação 5% 7 1% 1
tratamento de estrias 35% 49 79% 110
microdermoabrasão 12% 17 18% 25
tratamentos voltados a acne 22% 31 84% 118
queimados 47% 66 30% 42
argiloterapia 15% 21 64% 89
 maquiagem 12% 17 51% 71
eletrolipoforese com agulhas 5% 7 16% 22
ionização de grandes superfícies 37% 52 16% 22
 ultra som 46% 65 26% 36
eletrocoagulação 4% 5 1% 1%
peelings de cristal e diamante 31% 43 72% 101
vácuoterapia 25% 35 46% 65
endermologia 21% 30 16% 23
laser de baixa potência 7% 10 32% 45
laser de alta potência 0% 0% 44% 62
entre outros aspectos, não pode ultrapassar 
os limites éticos, seja entre profissionais mé-
dicos ou entre as outras categorias da saúde. 
E para o médico é vetada a divulgação de es-
pecialidades ou área de atuação não reconhe-
cida pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) 
ou pela Comissão Mista de Especialidades, 
que é o caso de Medicina Estética”....
Bayma mostra certa perplexidade e 
faz alusão a aplicação da expressão der-
maticista. Além disso, também critica o 
exercício da chamada Medicina Estética, 
reiterando que não é uma especialidade 
médica reconhecida.
Em nosso questionário, várias pro-
fissões parecem estar envolvidas com o 
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013100
Fenômeno Migratório para a área da es-
tética. Dos 140 questionários 19% foram 
respondidos por Enfermeiros e 19% por 
Terapeutas Ocupacionais; 15% fisioterapeu-
tas; 11% Odontólogos; 9% Psicólogos e 9% 
de indivíduos de diversas carreiras da área 
da saúde, mas que não identificaram sua 
carreira de origem; 6% Dermatologistas; 
4% Fonoaudiólogos; 1% de Educadores 
Físicos; 1% de Nutricionistas; e o que nos 
chamou muito atenção foram os 7% ainda 
estão cursando alguma profissão da área 
da saúde mas que já desenvolvem praticas 
das Profissionais Esteticistas.
Do total de entrevistados, 26% estão 
formados entre 6 e 9 anos, seguidos dos 
21% que se formaram a menos de 1 ano, 
tal fato nos chama a atenção pois pessoas 
que estão a muito tempo ou a pouquíssimo 
tempo formados migram praticamente da 
mesma forma e na mesma proporção , mos-
trando que a Carreira Estética atrai aqueles 
que já atuam a tempo significativo na área 
e aqueles que sequer tentaram atuar em 
sua área de origem. O que mais intriga é 
a resposta quanto à atuação em sua área 
profissional de origem, 67% jamais atuou 
em sua carreira e 75% declara ter migrado 
por sempre ter gostado da área estética, no 
entanto não encontramos a resposta do mo-
tivo pelo qual esses indivíduos escolheram 
outras áreas da saúde para se formar sendo 
que o curso de estética existe desde 2001.
Quando questionados sobre sua for-
mação na área estética 85% declara ter 
formação especifica em estética, mas ao 
averiguarmos o questionamento seguinte 
que é sobre qual seria esta formação 43% 
possuem cursos livres.
Segundo site da Secretaria de Educa-
ção do Estado de São Paulo [24], que se ba-
seia Lei nº 9.394/96 Decreto nº 5.154/04; 
Deliberação CEE 14/97 (Indicação CEE 
14/97)Parecer 285/04 cursos livres são:
“É uma modalidade de educação não-formal 
de duração variável, destinada a proporcio-
nar ao trabalhador conhecimentos que lhe 
permitam reprofissionalizar-se, qualificar-se 
e atualizar-se para o trabalho. Não há exigên-
cia de escolaridade anterior. De acordo com 
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional , os cursos livres enquadram-se na 
categoria de educação profissional de nível 
básico, esses cursos não têm regulamenta-
ção, sendo livres sua oferta e sua organiza-
ção. Não existe a obrigatoriedade de carga 
horária, disciplinas, tempo de duração, diplo-
ma ou certificado anterior. Os cursos livres 
não conferem títulos, isto é, os órgãos que 
regulamentam profissões não reconhecem os 
cursos livres como habilitação para tal.”
Muito embora se baseie em um decreto 
e em uma lei, os cursos livres não possuem 
validade no âmbito da legalidade, quer dizer 
existe uma lei que diz que tal modalidade 
existe, mas não conferem titulo, ou seja, 
não possui validade para prestar concursos 
ou pleitear a execução de procedimentos 
[24]. Não é incomum encontrarmos esco-
las e sites das mesmas defendendo os 
cursos livres inclusive citando a Lei por 
nos discutida. É interessante se observar 
como as profissionais esteticistas acabam 
não se apercebendo das manobras que 
utilizam este expediente. Talvez pela falta 
de experiência em pesquisar aquilo que é 
vinculado.
Além dos cursos livres, as profissionais 
da saúde indicam como formação em Estéti-
ca a Pós-Graduação em Dermato-Funcional. 
Neste caso especifico podemos afirmar 
que apenas 21 das 140 entrevistas, o que 
representa 36% das respostas, recorreram 
a este tipo de curso, pois invariavelmente 
a Dermato-Funcional não aceita alunos 
que não sejam fisioterapeutas para tal 
pós-graduação, obrigando os interessa-
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013 101
dos a entrarem com recursos legais afim 
de se matricularem nestes cursos. Aqui 
possuímos duas questões que merecem 
nota; a primeira é o fato do impedimento 
que alguns conselhos Regionais impõe as 
instituições de ensino, mesmo não respal-
dadas legalmente, pois a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Brasileira é clara [25]. 
Segundo o site posgraduando.com 
[26,27], a pós-graduação garante alguns 
direitos desde que observadas as peculia-
ridades da área:
“O termo pós-graduação é utilizado nos cursos 
realizados após o término da graduação, seja 
esta um bacharelado, um tecnológico ou uma 
licenciatura. Lato sensu designa todo curso 
que se segue à graduação e destinado ao aper-
feiçoamento e a especialização em uma área 
certa e limitada do saber ou da profissão. Com 
um curso de pós-graduação loto sensu não se 
pode atuar em uma área diferente da qual o 
individuo se formou. O que determina a área 
de atuação é a graduação. A pós-graduação 
não irá autorizar você a exercer funções que 
dependam de habilitação por meio da gradua-
ção. Qualquer pessoa portadora de um diploma 
de graduação (bacharelado, licenciatura ou 
tecnológico) pode cursar uma pós-graduação 
lato sensu (especializações) e/ou stricto 
sensu (mestrados e doutorados) em qualquer 
área, quantas vezes quiser. Para exercer as 
atividades de uma profissão de nível superior 
regulamentada por lei é preciso ser portador de 
diploma de graduação naquela área e registro 
no conselho regional daquela profissão”.
A segunda questão é que Dermato-
-Funcional não é Estética, mesmo que na 
pratica os profissionais desta área se for-
mem e atuem como Esteticistas as próprias 
resoluções n°. 394/2011 e 362362, de 
20 de maio de 2009 publicada no DOU nº. 
112, Seção 1, em 16/6/2009, páginas 
41/42 e que Reconhece a Fisioterapia 
Dermato-Funcional como especialidade 
do profissional Fisioterapeuta, delimita o 
caráter reabilitativo de tal especialidade 
[28]. Nos chama a atenção que mesmo 
levantadas as questões quanto a legalidade 
de se formar em uma determinada área e 
atuar em outra, as profissionais procuram 
fazer uma pós-graduação em sua área de 
formação original com um conteúdo idêntico 
as praticas estéticas.
Mesmo declarando apreciar a área 
estética para a sua atuação profissional, 
apenas 8% cursaram o técnico em estética 
e 7% o tecnólogo.
Por estarmos discorrendo sobre especia-
lidades e formação, é interessante observar 
que no caso da fisioterapia se tem resolu-
ções para se tentar justificar a migração, já 
a carreira de terapia Ocupacional não possui 
nenhuma resolução especifica e mesmo as-
sim encontramos profissionais que atuam na 
área. O mesmo se observa com Psicólogos 
e Nutricionistas cujos conselhos não reco-
nhecem qualquer prática na área estética. A 
Conselho de Nutrição [29] fala sobre dietas e 
controles no âmbito alimentar, já o Conselho 
de Psicologia [30] é claro quanto a atuação 
do psicólogo que de maneira alguma é no 
tratamento direto da pele ou qualquer outra 
parte estética do corpo .
No caso de profissionais de fonoaudio-
logia, o Conselho Federal, admite por meio 
da Resolução CFFa nº 352, e dispõe sobre 
a atuação profissional em Motricidade 
Orofacial cm finalidade estética, para seus 
inscritos, literalmente o conselho delibera 
que [31]:
“...Art. 1º - A atuação em Motricidade Oro-
facial com finalidade estética é campo da 
fonoaudiologia;
Art. 2º - A atuação fonoaudiológica em Motri-
cidade Orofacial com finalidade estética visa 
Revista Brasileira de Estética < Volume 1 < Número 2 < novembro/dezembro de 2013102
avaliar, prevenir e equilibrar a musculatura da 
mímica facial e/ou cervical, além das funções 
orofaciais, buscando a simetria e a harmonia 
das estruturas envolvidas, do movimento e da 
expressão, resultando no favorecimento...”
Quanto a enfermagem, o Conselho 
Federal, por meio do parecer COREN-SP 
038/2012 – CT PRCI no 98.430/2012 
Tickets nºs 256.706, 256.845, 259.895, 
277.900, 278.088, 280.659, 281.486, 
281.868, 283.018, 283.449, 286.285, 
287.406, 289.704, 93.250, 293.651, 
296.235 e 300.125, cujo assunto é a reali-
zação de depilação com luz intensa pulsada 
ou com laser de alta potência; peeling facial 
com laser de alta potência; esclerose de 
microvarizes com laser de alta potência ou 
luz intensa pulsada e carboxiterapia aplica-
da por profissional cabeleireiro Enfermeiro, 
conclui [32]: 
....”Diante do exposto, não cabe ao Enfermei-
ro e aos demais profissionais de Enfermagem 
a execução da depilação com luz intensa 
pulsada ou com laser de alta potência, bem 
como realizar peeling facial com laser de 
alta potência, esclerose de microvarizes com 
laser de alta potência ou luz intensa pulsada 
e carboxiterapia.Os profissionais de Enferma-
gem que atuam na área de estética poderão 
desenvolver os procedimentos relacionados 
aos cuidados dos clientes/pacientes no pré, 
intra e pós-procedimento, de acordo com a Le-
gislação Profissional e Código de Ética de En-
fermagem, não devendo assumir a aplicação 
dos métodos de intervenção em estética, pois 
a técnica de realização desses procedimentos 
está diretamente ligada à responsabilização 
pelos resultados e atividade fim da profissão 
do executor, no caso do médico. Além disso, 
a Portaria CVS-15/99 determina de forma 
clara que os “procedimentos em estética 
constituem-se em intervenções, executadas 
por profissional médico...”
Alem deste parecer o COREN, possui 
questões pontuais quanto a drenagem 
linfática, aplicável quando o paciente se 
encontra em leito hospitalar, e outros pro-
cedimentos que se assemelham aos que a 
esteticista desempenha, mas sem sombra 
de dúvida não com a mesma finalidade. Ao 
procurarmos nas paginas eletrônicas do 
Conselho Federal e dos Regionais de Enfer-
magem, notamos que tais órgãos não estão 
propensos a liberar os seus profissionais 
para a prática.
O mesmo observamos no Conselho 
Federal de Odontologia, que passou por vá-
rios momentos de liberação e impedimento 
para que os seus profissionais atuassem 
na área

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