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Introdução à Ciência e Pesquisa Científica

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Aula
02Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof. Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRANINICIAÇÃO À CIÊNCIA
Esta aula procura explicitar o conceito de ciência e as aplicações 
básicas que permeiam o conhecimento e a produção científica. Para tanto 
apresentamos um texto específico que foi extraído do site para o estudo dessa 
temática. Então vamos lá...
 
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de 
trabalhos acadêmicos e científicos;
• avaliar e responder com senso crítico as informações que estão 
sendo oferecidas durante a graduação e no exercício profissional;
• exercer, além das atividades técnicas pertinentes a profissão, o papel 
de educador, gerando e transmitindo novos conhecimentos para a formação 
de novos profissionais e para a sociedade como um todo.
Seções de estudo
Seção 1 - A Ciência
 1.1 - Do medo à Ciência
 1.2 - A evolução da ciência
Seção 2 - A Neutralidade Científica
 2.1 - Teoria e Leis
 2.2 - Metodologia e Método Para a Pesquisa
Seção 3 - A Pesquisa Dependerá do Pesquisador
 3.1 - Preparação do Investigador
 3.2 - O Investigador e a Comunidade
 3.3 - Sistematização das Informações
 3.4 - Análise e Interpretação dos Dados
 3.5 - Avaliação
23
Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof. Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
SEÇÃO 1 - A Ciência
 
O que é Ciência5? O que é Tecnologia? Qual sua fronteira? Bunge (1980 
apud SILVA, 1996) delimita a fronteira entre ciência e tecnologia colocando a 
tecnologia como ciência eminentemente aplicada, ou seja, para um usufruto. Seja 
para aplicar conhecimentos em pesquisas básicas, buscar conhecimentos mais 
específicos, ou produzir artefatos úteis e mesmo obter lucros.
A ciência, pura ou básica, como ele denomina, seja teórica ou 
experimental (a ciência aplicada também pode ser teórica ou experimental), se 
propõe unicamente a enriquecer o conhecimento humano, geralmente de interesse 
do pesquisador (por motivos cognoscitivos). Para a ciência aplicada (tecnologia), 
a ciência pura ou básica é um meio e não um fim. Define ainda ciência aplicada 
como “o conjunto das aplicações da ciência básica” (Bunge, 1980, p. 28) 
estabelecendo a sua indissociabilidade.
Já Galli (1993) coloca a tecnologia no universo da história e da cultura 
(filosofia - ciência - tecnologia - sociedade) como aplicação da ciência para 
usufruto da sociedade (Bunge também ressalta que o pesquisador da ciência 
aplicada estuda somente os problemas de interesse social). A tecnologia faz uma 
ponte entre os descobrimentos científicos e suas leis para usufruto da sociedade 
na produção de artefatos e artifícios. A circunstancialidade, que é sua marca 
que a separa da ciência, requer tempo e espaço para sua execução (cronogramas 
definidos e ambiente físico determinado para sua implantação, execução, 
prestação ou exploração). Não há, pois, como inferir que a ciência básica ou pura 
não tenha o seu locus, apesar de a exigência de sua temporalidade não ter o rigor 
da ciência aplicada, geralmente encomendada ou para um propósito de menor 
espaço de tempo.
Tecnologia também é conhecida como ciência do trabalho produtivo. 
Mantém relação profunda com o trabalho. Diria que é sua conceituação econômica, 
que, como argumenta Bunge, a economia necessita da tecnologia, assim como da 
ciência básica e da técnica, todas interagindo fortemente.
Fonte: <http://joelderv.fi les.wordpress.com/2010/03/ciencias.
jpg> Acesso em: 30/09/2010.
24
Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof. Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
 Integra ainda na definição de tecnologia as capacidades de 
perceber, compreender, criar, adaptar, organizar e produzir insumos, produtos e 
serviços. Inovação e adaptação constituem a sua dinâmica. Já o caráter intelectual 
da ciência, constitui-se da abstração teórica, do raciocínio lógico-matemático 
sobre um objeto ou fenômeno. Sobre esse último argumento, Japiassu (1992, p. 
15) concebe ciência como: “o conjunto das aquisições intelectuais de um lado 
e das matemáticas, do outro, das disciplinas de investigação do dado natural e 
empírico, fazendo ou não uso das matemáticas, mas tendendo mais ou menos à 
matematização”.
A ciência, no sentido filosófico-epistemológico, foi separada da filosofia 
a partir das abordagens de realidades mais próximas, em saberes autônomos, 
porém interdisciplinares.
Diferente da filosofia, a ciência tem, como atribuição, desvendar, 
explicar o real nas suas particularidades, já que não pode explicar todo o real 
(nenhuma ciência pode, nem a filosofia). Por real, se compreendem os diversos 
conhecimentos que a humanidade descobre, cria e consome. Do conhecimento 
“cotidiano” ao conhecimento científico e tecnológico. O conhecimento 
“cotidiano”, Galli (1993) define como sendo o conhecimento que o homem 
depreende no dia a dia (senso comum), ou seja, um conjunto de qualidades de 
que necessita para exercer suas atividades e resolver problemas que enfrenta para 
viver: habilidades, destreza, criatividade, iniciativa. E vai além, dizendo que, do 
indivíduo mais isolado ao indivíduo urbano, cada um é técnico ou artesão do seu 
próprio destino, em consonância com o contexto histórico, cultural, econômico e 
social em que está inserido.
O conhecimento “cotidiano”, muitas vezes, assume contornos mais 
elaborados quando exige planejamento prévio para uma ação, mas que não 
constitui ainda uma cientificidade na elaboração. 
O conhecimento científico e tecnológico, por sua vez, tem em comum 
a premissa de formulação/elaboração pelo método científico para problemas 
diferentes, seja de natureza puramente científica ou tecnológica.
Referindo-se à ciência básica ou aplicada, Bunge (1980, p. 31) diz que:
Tanto uma como a outra partem de problemas, só que os 
problemas científi cos são puramente cognoscitivos, enquanto 
que os técnicos são práticos. Ambas buscam dados, formulam 
hipóteses e teorias, e procuram provar essas ideias por meio de 
observações, medições, experiências ou ensaios.
Ele ainda completa mais adiante: “a pesquisa científica se limita a 
conhecer; a técnica emprega parte do conhecimento científico, somado a novo 
conhecimento para projetar artefatos e planejar linhas de ação que tenham algum 
25
Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof. Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
valor prático para algum grupo social” (BUNGE, 1980, p. 31).
No entanto, Bunge (1980) não deixa bem claro o que é técnica, 
confundindo com a própria tecnologia da ciência. Recorrendo a Etges (1995, p. 
71), para esclarecer o termo, vamos encontrar a seguinte definição: 
A técnica não é uma ciência aplicada, mas um processo de 
cientifi cação, de generalização, de controle de informação e 
extensão a setores antes refratários. Ela assume resultados 
relevantes e os métodos das ciências e os integra em sistemas 
abrangentes. Ela não tem pretensão à verdade ou à produção do 
saber, mas a regras tecnológicas que prescrevem ações tanto 
quanto possível fundamentada em leis científi cas. Visa a fi ns 
práticos e seus produtos são resultados de projetos e condições 
claramente determinadas.
Considerando que o conhecimento tecnológico possui sua natureza 
própria, específica, de ciência aplicada e técnica, por incluir a tecnologia (e a 
técnica) como pressuposto fundamental, ele se constrói a partir do conhecimento 
científico. Este, tanto quanto o conhecimento tecnológico, não se formula 
sem as operações da inteligência, concebidas como operações do pensamento: 
concepção, juízo e raciocínio.
Na classificação de Pe. Francisco Lopes (1968, p. 30-32), as operações 
da inteligência são três. A primeira, a apreensão,
Ato em que a inteligência conhece alguma coisa sem dela 
afi rmar ou negar alguma coisa. Seu termo ou ideia ou noção 
ou verbo mental. A expressão oral desse termo é a palavra. A 
segunda operação é o juízo, ato em que a inteligência afi rma ou 
nega alguma coisa de um ser (...).A expressão oral do juízo é a 
oração ou proposição (...). A terceira operação da inteligência 
é o raciocínio, ato em que se passa do mais conhecido para o 
menos conhecido. A expressão oral do raciocínio é o argumento. 
O raciocínio é indutivo, se parte do mais particular para o mais 
geral; dedutivo se parte do geral para o geral ou para o particular.
Esta longa citação é para destacar que a última operação definida por Pe. 
Lopes, o raciocínio, “constitui a operação intelectual mais valorizada no mundo 
moderno” (valor da verdade), implica todas as outras operações e traduz-se na 
arte do raciocínio correto.
Recebe na filosofia o nome de lógica e é concebido como ciência, a 
ciência da racionalidade, do raciocínio como sistema de conhecimentos certos, 
válidos, fundados em princípios universais, a lógica científica.
A importância da lógica científica para a sociedade se traduz em poder, 
descobertas, invenções, novos conhecimentos: “A lógica estuda a razão como 
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Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof. Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
instrumento do conhecimento” (MARITAIN, 1981, p. 102).
Para a psicologia, entretanto, o conhecimento se traduz em ação do 
pensamento pela inteligência. Enquanto a lógica formal considera as formas 
adotadas pelas ideias, juízos ou raciocínio que o pensamento produz, a psicologia 
estuda o processo de pensar tal como realmente ocorre.
A ciência da lógica científica, do raciocínio, no campo da filosofia-
epistemologia e as ciências cognitivas, no campo da psicologia e a construção 
histórica, no campo da sociologia, se complementam e se interpenetram para a 
compreensão ampla do fenômeno conhecimento-científico ou tecnológico.
Segundo Merkle (1995, p. 46), numa interessante abordagem de ciências 
cognitivas, diz que:
As ciências cognitivas devem ser compreendidas como o estudo 
da inteligência humana, indo de sua estrutura formal e de seu 
substrato biológico, passando por sua modelagem, até suas 
expressões psicológicas, linguísticas e antropológicas.
E vai mais além, “as disciplinas envolvidas são a psicologia cognitiva, a 
epistemologia, a filosofia, a semiótica e a linguística, a biologia e a neurofisiologia, 
e a inteligência e a vida artificiais”. Física e matemática também são incluídas.
Veremos agora a importância do surgimento desta ciência que acabamos 
de estudar. Neste primeiro momento iremos estudar, como e porque se originou 
a ciência. Peço que se atente com os detalhes, isso ajudará muito, pois temos que 
nos tornar personagens da história.
1.1 Do Medo à Ciência
Os seres humanos pré-históricos não conseguiam entender os fenômenos 
da natureza. Por esse motivo, suas reações eram sempre de medo: tinham medo 
das tempestades e do desconhecido. Como não conseguiam compreender o que 
se passava diante deles, não lhes restava alternativa senão o medo e o espanto 
daquilo que presenciavam. 
Em um segundo momento, a inteligência humana evoluiu do medo 
para a tentativa de explicação dos fenômenos por meio do pensamento mágico, 
das crenças e das superstições. Era, sem dúvida, uma evolução já que tentavam 
explicar o que viam. Assim, as tempestades podiam ser, fruto de uma ira divina, a 
boa colheita da benevolência dos mitos, as desgraças ou as fortunas do casamento 
do humano com o mágico. 
Como as explicações mágicas não bastavam para compreender os 
fenômenos, os seres humanos finalmente evoluíram para a busca de respostas 
através de caminhos que pudessem ser comprovados. Dessa forma, nasceu a 
ciência metódica, que procura sempre uma aproximação com a lógica. 
27
Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof. Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar. 
Essa característica permite que os seres humanos sejam capazes de refletir sobre 
o significado de suas próprias experiências. Assim sendo, é capaz de novas 
descobertas e de transmiti-las a seus descendentes. 
Assim, o desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente 
ligado à sua característica de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é 
transmitido a outro, que, por sua vez, aproveita-se desse saber para somar outro. 
Assim evolui a ciência. 
1.2 A Evolução da Ciência
Os egípcios já tinham desenvolvido um saber técnico evoluído, 
principalmente nas áreas de matemática, geometria e na medicina, mas os 
gregos foram provavelmente os primeiros a buscar o saber que não tivesse, 
necessariamente, uma relação com atividade de utilização prática. A preocupação 
dos precursores da filosofia (filo = amigo + sofia (sóphos) = saber e quer dizer 
amigo do saber) era buscar conhecer o porquê e o para quê de tudo o que se 
pudesse pensar. 
O conhecimento histórico dos seres humanos sempre teve uma forte 
influência de crenças e dogmas religiosos. Mas, na Idade Média, a Igreja Católica 
serviu de marco referencial para praticamente todas as ideias discutidas na época. 
A população não participava do saber, já que os documentos para consulta estavam 
presos nos mosteiros das ordens religiosas. 
Agora passaremos para uma discussão mais abrangente, essa discussão 
é referente aos grandes cientistas que marcaram e marcam épocas. Não estamos 
para nos tornarmos iguais, mas sim te nos tornarmos capazes de superar grandes 
problemas, através disso dermos grandes soluções.
Começo a discussão mostrando o período do Renascimento. Foi no 
período do Renascimento, aproximadamente entre os séculos XV e XVI (anos 
1400 e 1500) que, segundo alguns historiadores, os seres humanos retomaram o 
prazer de pensar e produzir o conhecimento por meio das ideias. Nesse período 
as artes, de uma forma geral, tomaram um impulso significativo. Nesse período, 
Michelangelo Buonarrote esculpiu a estátua de David e pintou o teto da Capela 
Sistina, na Itália; Thomas Morus escreveu A Utopia (utopia é um termo que 
deriva do grego onde u = não + topos = lugar e quer dizer em nenhum lugar); 
Tomaso Campanella escreveu A Cidade do Sol; Francis Bacon, A Nova 
Atlântica; Voltaire, Micrômegas, caracterizando um pensamento não descritivo 
da realidade, mas criador de uma realidade ideal, do dever ser. 
No século XVII e XVIII (anos 1600 e 1700) a burguesia assumiu uma 
característica própria de pensamento, tendendo para um processo que tivesse 
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Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof. Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
imediata utilização prática. Com isso surgiu o Iluminismo, corrente filosófica que 
propôs “a luz da razão sobre as trevas dos dogmas religiosos”. O pensador René 
Descartes* mostrou ser a razão a essência dos seres humanos, surgindo a frase 
“penso, logo existo”. No aspecto político o movimento Iluminista expressou-se 
pela necessidade do povo escolher seus governantes através de livre escolha da 
vontade popular. Lembremo-nos de que foi neste período que ocorreu a Revolução 
Francesa em 1789.
No fim do período do Renascimento, Francis Bacon* pregava o 
método indutivo como meio de se produzir o conhecimento. Este método 
entendia o conhecimento como resultado de experimentações contínuas e do 
aprofundamento do conhecimento empírico. Por outro lado, por meio de seu 
Discurso sobre o método, René Descartes defendeu o método dedutivo como 
aquele que possibilitaria a aquisição do conhecimento por meio da elaboração 
lógica de hipóteses e a busca de sua confirmação ou negação.
A Igreja e o pensamento mágico cederam lugar a um processo 
denominado, por alguns historiadores, de “laicização da sociedade”. Se a Igreja 
trazia até o fim da Idade Média a hegemonia dos estudos e da explicação dos 
fenômenos relacionados à vida, a ciência tomou a frente deste processo, fazendo 
da Igreja e do pensamento religioso razão de ser dos estudos científicos. Ao que 
se poderia chamar de: “desvinculação religiosa”. 
No século XIX (anos 1800) a ciência passou a ter uma importância 
fundamental. Parecia que tudo só tinha explicação por meio da ciência. Como se 
o que não fosse científico não correspondesse à verdade.Se Nicolau Copérnico*, 
Galileu Galilei*, Giordano Bruno*, entre outros, foram perseguidos pela Igreja, 
em função de suas ideias sobre as coisas do mundo, o século XIX serviu como 
referência de desenvolvimento do conhecimento científico em todas as áreas. 
Na sociologia, Augusto Comte desenvolveu sua explicação de sociedade, 
criando o Positivismo, vindo logo após outros pensadores; na Economia, Karl 
Marx procurou explicar as relações sociais por meio das questões econômicas, 
resultando no Materialismo-Dialético; Charles Darwin revolucionou a 
Antropologia, ferindo os dogmas sacralizados pela religião, com a Teoria da 
Hereditariedade das Espécies ou Teoria da Evolução. A ciência passou a assumir 
uma posição quase que religiosa diante das explicações dos fenômenos sociais, 
biológicos, antropológicos, físicos e naturais. 
O Método Cien fi co surgiu como uma tenta va de organizar o pensamento para 
se chegar ao meio mais adequado de conhecer e controlar a natureza.
29
Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof.Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
 CHARLES DARWIN
Nascido de uma família abastada, Darwin recebeu educação nas melhores 
instituições de seu tempo, posteriormente cursando medicina na Universidade 
de Edimburgo. Abandonou o curso de medicina dois anos após sua entrada na 
universidade. Mais tarde entrou para a Universidade de Cambridge, de 1828 a 
1831. Nos primeiros anos de 1840, Darwin trabalhou nas bases de sua teoria de 
seleção natural e mecanismos de evolução. Tal processo é a base do que Darwin 
denominou seleção natural. Desse conceito fundamental originou-se, no ano de 1859, 
a publicação da grande obra de Darwin, A origem das espécies. Tal foi o grande 
impacto de suas teorias em sua época que a primeira edição de A origem, com tiragem 
de mil duzentos e cinquenta exemplares, esgotou-se no primeiro dia. As ideias de 
Darwin logo encontraram fortes oponentes, tanto cientistas como religiosos. A teoria 
de Darwin revolucionou definitivamente o modo como o mundo científico e o homem 
de maneira geral compreendem a existência da vida no planeta. 
 AUGUSTO COMTE 
A Metodologia tem como função mostrar a você como andar no “caminho das 
pedras” da pesquisa, ajudá-lo a refl e r e ins gar um novo olhar sobre o mundo: 
um olhar curioso, indagador e cria vo.
 Mirian Goldenberg
 
Fonte: <http://www.geocities.com/gilson_medufpr/darwin2.
html>. Acesso em: 09/10/2008.
 
Fonte: <http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/colecaoridendo.htm>. Acesso em: 
09/10/2008.
30
Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof. Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
Augusto Comte, cujo nome completo era Isidore-Auguste-Marie-François-
Xavier Comte, (1798 – 1857). Filósofo e autoproclamado líder religioso, deu à ciência 
da Sociologia seu nome e estabeleceu a nova disciplina em uma forma sistemática.
De família pobre, sustentou seus estudos com o ensino ocasional da 
matemática e oportunidades no jornalismo. A contribuição principal de Comte 
à filosofia do positivismo foi sua adoção do método científico como base para a 
organização política da sociedade industrial moderna.
 
SEÇÃO 2 - A Neutralidade Científi ca
É sabido que, para fazer uma análise desapaixonada de qualquer tema, 
é necessário que o pesquisador mantenha certa distância emocional do assunto 
abordado. Mas será isso possível? Seria possível um padre, ao analisar a evolução 
histórica da Igreja, manter-se afastado de sua própria história de vida? Ou ao 
contrário, um pesquisador ateu abordar um tema religioso sem um consequente 
envolvimento ideológico nos caminhos de sua pesquisa? 
Provavelmente a resposta seria não. Mas, ao mesmo tempo, a consciência 
desta realidade pode nos preparar para trabalhar essa variável de forma que os 
resultados da pesquisa não sofram interferências além das esperadas. É necessário 
que o pesquisador tenha consciência da possibilidade de interferência de sua 
formação moral, religiosa, cultural e de sua carga de valores para que os resultados 
da pesquisa não sejam influenciados por eles além do aceitável. 
2.1 Teoria e Leis6
 Podemos conceituar teoria como: “um meio 
para interpretar, criticar e unificar leis estabelecidas, 
modificando-as para se adequarem a dados não 
previstos quando de sua formulação e para orientar 
a tarefa de descobrir generalizações novas e mais 
amplas” (KAPLAN, 1975, p. 302).
Fonte: <http://www.insoonia.com/wp-content/uploads/2009/08/ciencia.jpg>. Acesso em: 30/09/2010.
Fonte: <http://www.myastrologybook.
com/Albert-Einstein.jpg>.Acesso em: 
30/09/2010
31
Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof.Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
Ao analisarmos teoria e fatos, deixamos de lado uma etapa intermediária, 
constituída pelas leis. Estas, assim como as teorias, surgem da necessidade que 
se tem de encontrar explicações para os fenômenos (fatos) da realidade. Os 
fatos ou fenômenos são apreendidos por meio de suas manifestações, e o estudo 
destas visa a conduzir à descoberta de aspectos invariáveis comuns aos diferentes 
fenômenos, por meio da classificação e da generalização. Duas são as principais 
funções de uma lei específica:
• resumir grande quantidade de fatos;
• permitir e prever novos fatos, pois, se um fato ou fenômeno “se 
enquadra” em uma lei, ele se comportará conforme o estabelecido pela lei.
Para Kneller (1980, p. 129), a finalidade da classificação, assim como da 
generalização, é “conduzir à formulação de leis – enunciados que descrevem regularidades 
ou normas”. Assim, a palavra “lei” comporta duas acepções: uma regularidade e um 
enunciado que pretenda descrevê-la (portanto, “um enunciado de lei”). 
Uma lei científica é geralmente formulada do seguinte modo: “Sempre 
que tiver a propriedade A, então terá a propriedade B”. Dessa forma, a lei pode 
afirmar que tudo o que tiver “A” também tem “B”. Exemplo: toda barra de ouro 
tem um ponto de fusão de 1.063º. Esse tipo de lei descreve uma regularidade de 
coexistência, isto é, um padrão de coisas. Mas a lei também pode afirmar que 
sempre que uma coisa, tendo “A”, se encontra em determinada relação com outra 
coisa de certa espécie, esta última tem “B”. Exemplo: sempre que uma pedra é 
jogada na água, produzirá na superfície da mesma uma série de ondas concêntricas 
que se expandem de igual forma do centro à periferia. Portanto, esse segundo tipo 
de lei descreve uma regularidade de sucessão, ou seja, um padrão nos eventos.
O cientista está enunciando uma lei ao propor as regularidades que se 
apresentam uniformemente com as manifestações de uma classe de fenômenos; 
portanto, o “universo” de uma lei é limitado, abrangendo apenas determinada 
classe de fenômenos. Exemplo: a lei da queda livre dos corpos, de Galileu; as leis 
de Kepler, referentes as trajetória dos planetas em torno do Sol, indicando que 
estas se apresentam em forma de eclipse, pois os planetas estão sujeitos à atração 
gravitacional do Sol.
Por sua vez, a teoria é mais ampla do que a lei, surgindo, segundo 
Hempel (1974, p. 92), “quando um estudo prévio de uma classe de fenômenos 
revelou um sistema de uniformidades que podem ser expressas em forma de leis 
empíricas mais amplas”. Em outras palavras, se a lei declara a existência de um 
padrão estável em eventos e coisas, a teoria da gravitação de Newton é muito mais 
ampla e abrangente do que as leis de Kepler, pois, referindo-se, especificamente, 
à trajetória dos planetas, indicou que essas são determinadas não apenas pela 
influência gravitacional do Sol, mas também de outros planetas; a teoria de 
32
Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof. Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
Newton explica também a lei de Galileu, ao postular uma força gravitacional, que 
especifica um modo de funcionamento.
Assim, se as leis geralmente expressam enunciados de uma classe 
isolada de fatos oufenômenos, as teorias caracterizam-se pela possibilidade de 
estruturar as uniformidades e regularidades, explicadas e corroboradas pelas leis, 
em um sistema cada vez mais amplo e coerente, relacionando-as, concatenando-
as e sistematizando-as, com a vantagem de corrigi-las e de aperfeiçoá-las. Por 
outro lado, à medida que as teorias se ampliam, passam a explicar, no universo 
dos fenômenos, cada vez mais uniformidades e regularidades, mostrando a 
interdependência existente entre eles.
O objetivo das teorias é compreender e explicar os fenômenos de uma 
forma mais ampla, por meio da reconstrução conceitual das estruturas objetivas 
dos mesmos. Dessa forma, de um lado, a compreensão e a explicação estabelecem 
as causas ou condições iniciais de um fenômeno e, de outro, proporcionam a 
derivação, tanto de consequências quanto de efeitos, e, assim, possibilitam a 
previsão da existência ou do comportamento de outros fenômenos. Portanto, a 
teoria fornece-nos dois aspectos relacionados com os fenômenos: de um lado, um 
sistema de descrição e, de outro, um sistema de explicações gerais. Concluindo, a 
teoria não é uma mera descrição da realidade, mas uma abstração.
2.2 Metodologia e Método para a Pesquisa7
Pesquisar é um trabalho que envolve um planejamento análogo ao de 
um cozinheiro. Ao preparar um prato, o cozinheiro precisa saber o que ele quer 
fazer, obter os ingredientes, assegurar-se de que possui os utensílios necessários 
e cumprir as etapas requeridas no processo. Um prato será saboroso na medida do 
envolvimento do cozinheiro com o ato de cozinhar e de suas habilidades técnicas 
na cozinha. O sucesso de uma pesquisa também dependerá do procedimento 
seguido, do seu envolvimento com a pesquisa e de sua habilidade em escolher o 
caminho para atingir os objetivos da pesquisa.
A pesquisa é um trabalho em processo não totalmente controlável ou 
previsível. Adotar uma metodologia significa escolher um caminho, um percurso 
global do espírito. O percurso, muitas vezes, requer ser reinventado a cada etapa. 
Precisamos, então, não somente de regras e sim de muita criatividade e imaginação.
A disciplina Metodologia visa a fornecer a você informações básicas de 
metodologia da pesquisa servindo de guia à elaboração do projeto e da monografia. 
Descreve princípios teóricos e fornece orientações práticas que ajudarão você 
a aprender a pensar criticamente, ter disciplina, escrever e apresentar trabalhos 
conforme padrões metodológicos e acadêmicos.
33
Pesquisa e Linguagem Científi ca - Prof.Me. Fábio Henrique Cardoso Leite - UNIGRAN
SEÇÃO 3 - A Pesquisa Dependerá do Pesquisador
Como conhecer uma realidade? E mais: Uma vez conhecida, como 
realizar uma intervenção nessa realidade? A ação educativa só se justifica com 
o envolvimento da comunidade e sua orientação para as possíveis soluções de 
problemas comunitários. Uma ação que considere como necessidade a participação 
das pessoas no processo de mudanças. 
Contudo, que formas podem ser utilizadas para efetivá-la? Além do mais, 
essa ação educativa, determinada pelo conhecimento da realidade, não pode ser 
sinônimo de transferência de conhecimento e sim ato dinâmico e permanente no 
processo de sua descoberta. Enfim, que metodologia desenvolver para atender às 
expectativas de participação social de uma dada comunidade?
Tornam-se possíveis descobertas, na realidade local, a partir da ação 
daqueles que vivem na própria região e com eles implementar o processo de 
sistematização. Daí, então, pode-se promover ou mesmo apoiar encontros informais 
na comunidade. Pode-se também procurar descobrir grupos existentes naquela 
realidade, como grupos de danças folclóricas, professores, sindicatos, associações, 
pessoas comuns, grupos esportivos, religiosos e coletar dados estatísticos.
De posse dessas informações, a metodologia da pesquisa-ação é uma 
opção, uma metodologia que estimula a participação das pessoas envolvidas na 
pesquisa e abre o seu universo de respostas, passando pelas condições de trabalho 
e vida da comunidade. Buscam-se as explicações dos próprios participantes que 
se situam, assim, em situação de investigador.
Vejamos abaixo, como podemos atingir uma pesquisa qualificada.
3.1 - Preparação do Investigador8
 A seguir estudaremos como chegar 
à investigação, ou seja, quais os passos mais 
seguros para analisarmos e qualificarmos 
uma boa pesquisa.
Esta é a etapa inicial na qual se dá 
o processo de aproximação do Investigador 
com a comunidade escolhida e sua posterior 
Para que a pesquisa se torne efi ciente e também efi caz, isso dependerá somente 
do pesquisador, pois não existe pesquisa pobre, existe pesquisador pobre, 
aquele que não domina o conhecimento. Para isso devemos estudar, ler e refl e r 
sobre todas as coisas. Acredito que isso é possível, mas como disse dependerá 
somente da capacidade do pesquisador em dominar a sua inquietação.
Fonte: <http://jlgregorio.blogspot.com/2011/05/
importancia-da-metodologia-cientifi ca.html>.
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inserção. São então contatados grupos ou instituições, organizações e membros 
da comunidade, representativos de seus diversos setores sociais.
Nesta etapa, inicia-se o conhecimento da comunidade. O investigador 
observa como ela apresenta seus problemas, tendo como base os dados coletados 
de fontes faladas, vivas ou sensoriais e as observações sobre a vida diária, bem 
como dados oficiais da atividade econômica, social e cultural. Outros dados são 
coletados nas reuniões de câmara de vereadores, em discursos na comunidade, 
nas áreas rurais, se for o caso, ou quaisquer outros ambientes políticos. As visitas 
e entrevistas são relatadas em pequenos informes para posterior devolução aos 
participantes da pesquisa.
A devolução acontece durante reunião com participantes daqueles grupos 
ou pessoas já contatadas na comunidade. Nessa ocasião, expõe-se todo o material 
coletado, elaborando-se um elenco de necessidades apresentadas. Selecionam-se 
aqueles problemas mais citados na coleta. A partir daí, inicia-se o estudo de como 
a comunidade percebe e analisa sua realidade.
Com esta sistematização inicial, efetiva-se o primeiro retorno dos resultados 
aos grupos ou pessoas que iniciam a investigação. É comum que pessoas não 
pertencentes a grupos, nesta fase, cheguem a formar grupos, posteriormente. A partir 
daí, elabora-se um questionário que volta aos que estão presentes nessas reuniões.
3.2 O Investigador e a Comunidade
Para a aplicação do questionário, leva-se em conta o número de domicílios 
da região. Nesta fase de pesquisa, na qual se estabelece maior organização de 
busca das necessidades e problemas, é definida uma amostra de domicílios, 
aleatoriamente escolhida. Os questionários são aplicados na amostra domiciliar.
Elaborada a amostra, segue-se o treinamento de entrevistadores que 
deverão ser do próprio ambiente da pesquisa. Alguns critérios são utilizados para 
a seleção desses entrevistadores como: pertencer a algum dos grupos existentes 
ou em formação e poder cumprir o calendário das entrevistas. A entrevista dá-se 
coletivamente com os residentes, nos ambientes de moradia.
Procede-se à entrevista nos domicílios selecionados. Os dados coletados 
saem do consenso dos que se fazem presentes no momento da entrevista no domicílio.
3.3 - Sistematização das Informações
Concluída a aplicação dos questionários, inicia-se a sistematização dos 
dados com a finalidade de oferecê-los à reflexão dos grupos. Elabora-se para 
tal uma codificação das respostas, utilizando-se da computação de dados como 
instrumento de ajuda neste trabalho. Muitas propostas ou questões levantadas 
são mantidas, mesmo que quantitativamente pudessem ser desprezíveis. 
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Posteriormente, podem ser devolvidas a todos os envolvidos na investigação.
Com base nos resultados encontrados, confeccionam-se fichas problemas 
contendodados, juízos, apreciações que são utilizados na devolução do material 
aos grupos. Um dos grupos existentes encarrega-se da elaboração dessas fichas.
3.4 - Análise e Interpretação dos Dados
Busca-se, nesta fase, desenvolver a análise crítica das necessidades e 
outros aspectos coletados, extraindo-se as dimensões positivas e negativas das 
questões levantadas, encarando a realidade numa perspectiva de mudança, 
impulsionando os grupos à reflexão e à ação, desenvolvendo seu poder de 
organização e intervenção na realidade. O estímulo à reflexão e ao diálogo é o 
princípio fundamental em todo esse processo. 
Apresentam-se os resultados da investigação aos grupos já existentes ou 
criados na comunidade, num primeiro momento. Num segundo momento, através 
de novas reuniões, estabelece-se uma ordem na prioridade dos problemas (aquele 
ligado ao grupo de pesquisa). Cada grupo passa a tratar dos temas de seu especial 
interesse, sem deixar, entretanto, de tomar conhecimento com as demais questões.
Aprofundam-se as análises dos problemas mais expressivos, 
quantitativamente, em pelo menos uma reunião. Nesse momento, discutem-se as 
tarefas urgentes a serem encaminhadas. Grupos há que chegam a elaborar documentos 
contendo propostas, ratificadas ou não, posteriormente, em encontros com os 
demais grupos. Sendo aprovados, alguns desses documentos, são encaminhados às 
autoridades competentes do município, através de encontro entre essas autoridades 
e os grupos. Em seguida, divulga se o documento à comunidade.
3.5 Avaliação
A avaliação deve estar presente no decorrer de todas as etapas do processo, 
desde os contatos iniciais até o final das atividades. Este trabalho também passa 
pela avaliação global de todo o processo, no que se refere à capacidade dos 
grupos de responderem aos problemas concretos da vida diária. Finalmente, o 
documento resultante da pesquisa retorna aos grupos envolvidos no processo. 
Com isso novas pesquisas podem estar se iniciando.
Neste momento, vamos recordar esta aula?
Gostaria que vocês lessem e depois escrevessem sobre o que entenderam. Isso 
é muito importante.
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Retomando a Conversa Inicial
SEÇÃO 1 - A Ciência
Vimos o início da ciência, ou seja, sua origem, não no sentido de 
nascimento, mas sim na forma e perspectiva de análise. Observamos o medo à 
ciência. Vimos também alguns cientistas que fizeram e fazem parte do nosso 
contexto científico.
SEÇÃO 2 - A Neutralidade Científi ca
Neutralidade Científica: neste ponto devemos aprimorar para que não 
caiamos no emocional, ou seja, devemos ser razão, não deixar que as influências 
externas influenciem a pesquisa.
SEÇÃO 3 - A Pesquisa Dependerá do Pesquisador 
Passamos pela origem da ciência, a preocupação da análise ser 
desapaixonada, e nesta seção, estudamos a importância de se dedicar cada vez 
mais a pesquisa, para se tornar um pesquisador, devemos conhecer, analisar, 
refletir, indagar, questionar, ler... Enfim não podemos dizer que algo é certo sem 
ter o conhecimento profundo do objeto de estudo.
GLOSSÁRIO:
• interpretação: é uma ação que consiste em estabelecer, simultânea ou 
consecutivamente, comunicação verbal ou não verbal entre duas entidades que 
não usem o mesmo código.
• neutro: que não toma partido; não carregado eletricamente; imparcial.
• eficiente: mede a capacidade da organização em utilizar, com rendimento 
máximo, todos os insumos necessários ao cumprimento dos seus objetivos e 
metas. A eficiência preocupa-se com os meios, com os métodos e procedimentos 
planejados e organizados a fim de assegurar otimização dos recursos disponíveis.
• sistemático: relativo à ou próprio de um sistema; que segue um 
procedimento para realizar uma tarefa ou ação.
Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar esse 
tópico, vamos recordar:
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Sugestões de Filmes
Filmes
A Beautiful Mind - Baseado no livro , A Biography of John Forbes Nash 
Jr., de Sylvia Nasar. O filme conta a história real de John Nash que, aos 21 anos, 
formulou um teorema que provou sua genialidade. Brilhante, Nash chegou a 
ganhar o Prêmio Nobel. Diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos, Nash 
enfrentou batalhas em sua vida pessoal, lutando até onde pôde. Como contraponto 
ao seu desequilíbrio está Alicia (Jennifer Connelly), uma de suas ex-alunas com 
quem se casou e teve um filho.
Legalmente Loira - A loira Elle Woods levou um fora do namorado, 
Warner Huntington III, um garoto de família aristocrata que está indo estudar 
direito em Harvard. O motivo: ela é “loira” demais. Elle decide provar que não tem 
apenas beleza e se inscreve na mesma universidade, mesmo que isso signifique 
perder todo o conforto de sua vida fútil. Agora ela tem que lutar e se virar, ao 
mesmo tempo em que tenta reconquistar seu amado. E está decidida a provar, em 
nome de todas as loiras, que também é capaz de ser uma boa advogada.
Giordano Bruno (1974 – Itália) – Filme que retrata parte da vida de 
Bruno, envolvido em problemas com a Igreja devido as suas ideias. Mostra o 
processo movido pela Inquisição até sua morte na Fogueira. 
O enigma de Kaspar Hauser (1975 – Alemanha) – Filme que se inicia 
em 1828, na praça central de Nuremberg, onde aparece Kaspar Hauser. Sem 
conseguir falar nada, é a representação pura e romântica do homem natural, do 
bom selvagem. Contudo, diante do racionalismo e dos costumes da sociedade 
a que não consegue se adaptar, acaba morto violentamente por aqueles que não 
conseguem conviver com a inquietação provocada pela diversidade. 
Atividades da Aula 02
Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em 
nossa aula, na Sala Virtual estão disponíveis os arquivos com as atividades 
(exercícios) que deverão ser respondidas e enviadas. 
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