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Dores Recorrentes na Infância

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Pediatria 
DEFINIÇÃO 
 Dor de origem funcional, onde 
não se identifica condição 
patológica. 
 Não há alteração no exame físico, 
laboratorial ou exame de imagem. 
 Características: 
 Hipersensibilidade emocional 
(muito chorosa, muito 
irritada); 
 Dificuldade de 
relacionamento (criança 
tímida na escola); 
 Coexistência e/ou 
alternância de diferentes 
localizações das 
manifestações dolorosas (dor 
abdominal, enxaqueca, dor 
nas pernas, etc, dor no peito). 
PREVALÊNCIA 
 Escolar e pré-escolar; 
 Cefaleia: 
 40% crianças abaixo de 7 
anos e 75% aos 15 têm cefaleia 
benigna; 
 11% tem cefaleia crônica 
recorrente, sendo 4% 
enxaqueca. 
 Até 11 anos mesma proporção em 
meninos e meninas, a partir disso, 
maior em meninas. 
 
CEFALEIA 
CLASSIFICAÇÃO 
 Aguda recorrente: é frequente, 
não-orgânica, porém não afeta o 
estilo de vida da criança. É 
enxaqueca. 
 Crônica progressiva: sintomas 
aumentam com o passar dos dias. 
Importante pesquisar tumores, 
diabetes, HAS. 
 Crônica não progressiva: 
indivíduo tem dor de cabeça 
todos os dias, em todos os 
momentos do dia, não piora e não 
melhora. Está relacionada à 
tensão. Investigar postura. 
DIAGNÓSTICO 
 Anamnese 
 Antecedentes pessoais: se 
sofreu algum trauma, 
doenças anteriores; 
 Antecedente patológico 
familiar: investigar se há 
alguém na família com 
enxaqueca, depressão, 
alguma doença psiquiátrica; 
 Relacionamento familiar e 
externo. 
 Caracterizar a dor: 
localização, intensidade, 
duração, frequência, 
qualidade, fator de melhora e 
piora, sintomas associados. 
 
ENXAQUECA OU MIGRÂNIA 
Recorrente, início abrupto, 
intensidade, duração e frequência 
variáveis, unilateral, pulsátil, náuseas 
e vômitos, com ou sem aura, história 
familiar positiva 80% dos casos. 
Aura: qualquer sintoma ou sinal que 
antecede a enxaqueca, de 4 min. a 1h 
antes. 
 Distúrbios do humor: 
irritabilidade e depressão; 
 Alteração de ritmo do sono: 
insônia; 
 Distúrbios visuais: escotomas, 
hipersensibilidade, manchas; 
 Distúrbios olfativos: sente 
cheiros diferentes, bocejos. 
 
 
 
 Pediatria 
MIGRÂNIA INFANTIL: 
 Dor moderada, progressiva, que 
interrompe a atividade da 
criança (a criança precisa deitar 
pois ela não consegue brincar), 
localização fronto-temporal. 
Nem sempre é pulsátil e pode 
ser acompanhada de náuseas e 
vômitos; 
 Fatores desencadeantes: 
cansaço, excitação, jejum 
prolongado, alimentos (café, 
chocolate, tomate... varia muito, 
é muito pessoal), medicações. 
 ENXAQUECA COMUM: 
 Não tem aura! 
 Unilateral, dor de caráter 
pulsátil, intensidade moderada 
ou severa, agravada por 
atividades físicas. 
ENXAQUECA CLÁSSICA: 
 TEM AURA! 
ENXAQUECA COMPLICADA: 
 Sintomas neurológicos graves 
que se repetem. (ex: cefaleia 
seguida de perda de 
movimentos, paralisia de nervos 
oculomotores, diplopia, 
vertigem que acontece com 
muita frequência); 
 Evolui bem, é uma dor de origem 
funcional (terapia pode 
resolver). 
 
FISIOPATOLOGIA 
Teoria de Mosk: 
Há um estimulo > o estimulo age na 
região aferente do nervo trigêmeo, 
que faz vasodilatação da artéria > 
inflamação da artéria > essa 
mensagem é registrada no córtex 
cerebral como dor. 
TRATAMENTO 
 Contabilização em calendário 
dos episódios de dor; 
 Tirar o fator precipitante; 
 Repouso e técnicas de 
relaxamento: yoga, massagem, 
maior quantidade de horas de 
sono; 
 Higiene do sono: desligar a tv, 
aparelho eletrônico 30 minutos 
antes de dormir, tomar um 
banho, trocar a roupa. Símbolos: 
trocar a roupa é importante, 
comprar uma lâmpada azul, azul 
traz tranquilidade, além de 
músicas de meditação. 
 Farmacológico: 
 Paracetamol 10 a 
15mg/kg/dose; 
 Dipirona 6 a 10mg/kg/dose; 
 Ibuprofeno (em dose 
analgésica, não 
inflamatória): 
10mg/kg/dose. 
 Profilático (quando 
acontecem mais de 2 
episódios no mês ou clínica 
incapacitante): Flunarizina 
2,5 a 10mg 1x ao dia (4-12 
meses) ou Propranolol 1 a 
2mg kg 2/3x dia, exceto 
asma, diabetes (4-12 
meses). 
 
CEFALEIA TENSIONAL: 
 Acontece pela contração dos 
músculos do pescoço, piora ao 
longo do dia, não interfere nas 
atividades, dor pode ser frontal 
ou occipital, não alivia pelo 
sono, períodos de tensão é 
agravada. 
 Tratamento: técnicas de 
relaxamento -> psicoterapia -> 
antidepressivos triclícicos 
 
 
DOR ABDOMINAL RECORRENTE 
FUNCIONAL 
 3 episódios dolorosos com 
intervalo assintomático num 
período superior a 1 mês; 
 Caráter benigno, mais frequente 
em meninas. 
 
 Pediatria 
 Fisiopatologia não é bem 
conhecida, mas acredita-se que 
os nervos do sistema entérico são 
mais “sensíveis”, provocando 
hiper-reatividade em quem tem 
dor abdominal recorrente. 
DIARREIA CRÔNICA INESPECÍFICA NO 
LACTENTE: 
 Não interfere no crescimento. 
 
SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL 
 Características da dor: sensação 
de dor na linha média peri ou 
supra umbilical, duração de 
minutos ou horas, raramente 
ocorre durante o sono, NÃO tem 
relação com alimentos, atividade 
física; 
 Raramente precisa de analgesia, 
frequentemente acompanha 
diarreia, às vezes faz xixi na cama; 
 Características do paciente: 
introspecção, rigidez excessiva 
na educação (crianças que 
sofrem muita cobrança dos pais), 
ansiedade, superproteção 
materna, hipersensibilidade 
emocional. 
 Diagnóstico 
 Anamnese: localização da dor, 
intensidade, duração, 
frequência, qualidade, fator 
de melhora e piora, sintomas 
associados. 
 Exame físico: massas, 
visceromegalias e região 
dolorosas ausentes (dói sem 
palpar). 
 Exames Laboratoriais: EPF, 
sangue oculto, raio- x simples, 
USG, EAS, cultura, hemograma 
e VHS. 
*Síndrome de Ulisses: origem 
psicogênica – longas jornadas de 
exames e investigação para chegar 
ao ponto de partida 
Sinais de alerta: perda de peso, 
artrite, melena, dor periférica, dor ao 
despertar, FOI. 
 
 Tratamento: 
 Orientar a família sobre 
dores psicogênicas; 
 Corrigir o fator agravante: 
constipação, dispepsia, 
erro alimentar; 
 Redirecionar a criança 
quando ela tem dor, 
mandar ela fazer alguma 
atividade/brincar; 
 Psicoterapia na depressão 
e em desajuste familiar; 
 Analgésico quando dor e 
cuidar nas compensações 
(não ceder à chantagens e 
manipulações da criança). 
 Prognóstico: bom, com remissão 
em 30-50% dos sintomas em 2-6 
semanas com abordagem 
correta. 
 
DORES RECORRENTES FUNCIONAIS 
NOS MEMBROS 
 Características da dor: 
FÊMUR e TÍBIA, geralmente, 
ossos longos; 
 Não altera desenvolvimento 
da criança; 
 Sexo feminino; 
 Prevalência em escolares (4-10 
anos); 
 Características da criança: 
Perfil perfeccionista, sintomas 
de conversão (ex: cegueira, 
dormência, desmaio – criança 
fingia um desmaio), alto grau 
de exigência familiar e 
pessoal, depressão; 
 Diagnóstico: 
 Anamnese -> Duração da dor, 
caráter (persistente ou 
intermitente, fatores de 
melhora e piora, presença ou 
ausência de dor à noite, se é 
aguda, profunda ou em 
queimação; queda do estado 
geral; palidez; febre; história de 
outras dores recorrentes. 
 Exame Físico: postura, marcha, 
semiologia articular, força 
muscular. 
 
 Pediatria 
 Exames Laboratoriais: FAZER 
RAIO-X do osso acometido e 
contralateral para comparar = 
descartar doenças; 
hemograma, VHS, PCR, 
mucoproteína. 
*Só VHS alterado não pode ser 
levado em consideração, a 
clínica acompanha 
Sinais de alerta: dor localizada em 
pontos fixos, dor unilateral 
(pesquisar tumor), dor que irradia 
para quadril, dor à movimentação 
passiva, dor que não responde a 
analgésico => pesquisar outros 
diagnósticos. 
*Se dói um joelho, por exemplo, é 
unilateral, não é dor do crescimento. 
 
DOR DO CRESCIMENTO: 
 Dor intensa, recidivante; 
 Localização em MMII; 
 Duração breve, resolução 
espontânea (massagem resolve); 
 Benigna e autolimitada; 
 Exames sem alterações; 
 Caráter vespertino ou noturno. 
Causas: fadiga, fatores anatômicos, 
fatores psicológicos. 
Tratamento: 
 Exercíciosfísicos; 
 Calor local; 
 Massagem; 
 Identificação e eliminação de 
possíveis conflitos.

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