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alterações físicas da gravidez

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Mariana Valle Gusmão
Acadêmica de Enfermagem
PUC Minas
ALTERAÇÕES FÍSICAS DA 
GRAVIDEZ
 As alterações fisiológicas e psicossiais ajudam a mulher a
adptar-se à gravidez, manter uma boa saúde durante toda a
gestação e preparar-se para o nascimento de seu filho.
ALTERAÇÕES FÍSICAS DA GRAVIDEZ
Gestação
É um processo 
fisiológico que 
requer
Mudanças físicas, 
bioquímicas, sociais 
e emocionais
ALTERAÇÕES FÍSICAS DA GRAVIDEZ
 Todos os sistemas de órgãos da mulher sofrem mudanças
durante a gestação, com surpreendente rapidez para
acomodar as necessidades do feto em crescimento e
preparar para o nascimento do bebê.
 Cada mulher reage de modo único às muitas alterações que
ocorrem, muitas delas podendo ser desconfortáveis.
ALTERAÇÕES FÍSICAS DA GRAVIDEZ
 Para que um órgão durante a gestação possa crescer,
desenvolver e realizar suas funções é necessário:
 Hipertrofia e hiperplasia;
 Crescimento e multiplicação celular;
 Nutrição sanguínea;
 Aumento da circulação;
 Aumento da oxigenação;
 Sistema neurológico ativo.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
 Durante os primeiros meses de gravidez, o estrogênio
estimula o crescimento uterino e o útero apresenta um
aumento incrível no tamanho ao longo da gravidez.
Útero
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Útero
 Até a 6ª semana, não ocorre alteração do tamanho uterino;
 Na 8ª semana, o útero corresponde ao dobro do tamanho
normal;
 Na 10ª semana, o útero corresponde a três vezes o tamanho
habitual;
 Na 12ª semana, o útero enche a pelve, de modo que é
palpável na sínfise púbica;
 Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sífise
púbica e a cicatriz umbilical;
 Na 20ª semana, o fundo uterino encontra-se no nível do
umbigo.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Útero
 O fundo uterino alcança seu nível mais elevado no processo
xifóide com aproximadamente 36 semanas.
 Entre 38 e 40 semanas, a altura do fundo uterino cai
conforme o feto começa a descer e acomodar-se na pelve.
 Com 40 semanas, a cabeça do feto começa a descer e
acomodar-se na pelve, fenômeno denominado insinuação.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Útero
O útero permanece na 
cavidade pélvica durante 
os primeiros 3 meses de 
gestação, após este 
período ele 
progressivamente 
ascende na cavidade 
abdominal.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Útero
 No termo, o útero pesa cerca de 900g e encontra-se cerca
de 5 a 6 vezes maior do que o útero não gravídico.
 As paredes tornam-se delgadas, com o útero passando de
um globo sólido para um recipiente oco.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Tamanho Peso Líquido
Útero não-
gravídico
Menor do que um 
punho
60 a 70g 
(nulíparas) e 100g 
(multíparas)
Aproximadamente 
2 colheres de 
sopa
Útero gravídico 5 a 6 vezes maior 900 a 1.100g 3,8 a 10 L
Útero
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
 O crescimento uterino ocorre não apenas em virtude de
hiperplasia, mas também de hipertrofia das células
miometriais.
 Os vasos sanguíneos alongam-se, tornando-se mais
calibrosos, dilatam-se e exibem novas ramificações para
apoiar e nutrir o tecido muscular em crescimento.
Útero
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Útero
 O aumento do peso do útero é acompanhado por um grande
aumento do fluxo sanguíneo uterino necessário para
perfundir o músculo uterino em crescimento.
 A contratil idade uterina também se mostra muito
aumentada. Contrações espontâneas, irregulares e
indolores, denominadas contrações de Braxton-Hicks,
começam no 1º trimestre. Essas contrações persistem
durante toda a gravidez.
Útero
 As alterações que ocorrem no útero durante as primeiras 6
a 8 semanas de gestação produzem alguns achados típicos,
como o sinal de Hegar e Goodell.
Sinal de Hegar:
Amolecimento do 
istmo uterino
Sinal de Goodell:
Amolecimento do 
colo uterino
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Útero
 Esse amolecimento e a alteração da consistência do colo
resultam em anteflexão uterina exagerada durante os
primeiros meses de gravidez, a qual colabora para a
polaciúria.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Colo uterino
 O amolecimento do colo uterino (sinal de Goodell) é
provocado pela vasocongestão. Nessa época, o aumento da
vascularização do colo provoca o sinal de Chadwick.
Sinal de Chadwick:
Coloração azul 
arrocheada da mucosa 
vaginal e do colo 
uterino
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Colo uterino
 As glândulas endocervicais aumentam de tamanho e
número, e produzem mais muco cervical.
 Sob a influência da progesterona, forma-se um expesso
tampão de muco que bloqueia o óstio cervical a protege
contra a invasão bacteriana.
Óstio cervical
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Vagina
 Ocorre aumento da vascularidade em virtude da influência
do estrogênio, o que resulta na congestão pélvica e
hipertrofia da vagina como preparação para o parto.
 A mucosa vaginal se espessa, o tecido conjuntivo começa a
se desprender e a musculatura lisa começa a hipertrofiar.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Vagina
 As secreções vaginais tornam-se mais ácidas, brancas e
espessas.
 A maioria das mulheres apresenta um aumento
esbranquiçado na secreção vaginal, denominado leucorreia.
 Essa secreção é normal, exceto quando acompanhada por
prurido e irritação.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Ovários
 O aumento do suprimento sanguíneo para os ovários leva-
os a aumentar até cerca da 12ª a 14ª semana de gravidez.
Os ovários não são palpáveis após esse período, porque o
útero preenche a cavidade pélvica.
 A ovulação é interrompida durante a gestação em virtude
dos elevados níveis de estrogênio e pregesterona, que
bloqueiam a secreção de FSH e LH pela adenohipófise.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Ovários
 Os ovários são muito ativos na produção de hormônios para
apoiar a gestação até cerca da 6ª a 7ª semana, quando o
corpo lúteo regride e a placenta se torna a principal
produtora de progesterona.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Mamas
 O processo de preparação das mamas para a produção do
leite humano ocorre sob o comando de vários hormônios
que começam a atuar no organismo materno mesmo antes
do nascimento do bebê, ainda durante o período
gestacional.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Mamas
 As mamas tornam-se mais volumosas, mais sensíveis ao
contato e crescem durante a gravidez sob a influência do
estrogênio e progesterona produzidos pela placenta.
 Sua vascularização também aumenta, tornando-se mais
visíveis sob a pela.
Estrogênio
- Ramificação dos 
ductos lactíferos
Progesterona
- Formação dos 
lóbulos mamários
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Mamas
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Mamas
 Após o parto e durante o puerpério ocorre a fabricação do
leite propriamente dito, através da ação de dois outros
hormônios, a prolactina e a ocitocina.
 As mamas não secretam leite durante a gestação graças a
inibição da progesterona.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Mamas
 Os mamilos tornam-se maiores e mais eretos. Tanto os
mamilos quanto a aréola ganham pigmentação profunda, e
as glândulas sebáceas são mais proeminentes. Essas
glândulas mantém os mamilos lubrificados para a
amamentação.
 As alterações que ocorrem no tecido conjuntivo das mamas,
associados ao crescimento intenso, podem resultar em
estrias.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Mamas
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Mamas
Há um aumento da 
pigmentação dos 
mamilos e aréolas, 
tornando seus limites 
imprecidos, o que dá 
origem a aréola 
secundária.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO
Mamas
Aumento da vascularização 
venosa
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
 As alterações hormonais são essenciais para atender as
necessidades do feto em crescimento. Essas alterações são
importantes no controle do aporte de glicose, aminoácidos e
lipídios para o feto.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
 A placenta é considerada uma glândula endócrina.Logo no
início da gestação, a placenta começa a produzir:
 Hormônio gonadotrófico coriônico humano (hCG);
 Progesterona;
 Estrogênio.
Placenta
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Placenta
hCG Progesterona Estrogênio
Sintetizado pelo sinciotrofoblasto Produzida pelo corpo lúteo durante as 
primeiras semanas e a seguir pela 
placenta
Produzido pelo corpo lúteo durante as 
primeiras semanas e a seguir pela 
placenta
Responsável por inibir a involução do 
corpo lúteo, que é a principal fonte de 
progesterona e estrogênio nas primeiras 
8 semanas de gravidez. Após esse 
período, essa função é assumida pela 
placenta
Mantém o endométrio para a sobrevida 
fetal
Proliferação da musculatura uterina, 
aumento muito acentuado do 
crescimento do sistema vascular, 
dilatação dos órgãos sexuais externos e 
do orifício vaginal
Base para testes inciais de gravidez, 
aparece no sangue logo após a 
implantação
Inibe a contralidade uterina Relaxamento das articulações e dos 
ligamentos pélvicos
A produção máxima ocorre com 8 
semanas, e a seguir declina
Auxilia no desenvolvimento das mamas 
através do aumento dos elementos 
glandulares
Auxilia no desenvolvimento do sistema 
ductal das mamas
Associado à hiperpigmentação e ao 
aumento da atividade das glândulas 
salivares e hiperemia
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula tireóide
 A tireoide aumenta e se torna mais ativa em decorrência da
maior vascularidade e hiperplasia.
 O aumento da atividade dessa glândula é resultado de um
aumento na secreção de hormônios tireoidianos durante o
1º trimestre e diminuição gradativa algumas semanas após
o nascimento.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula tireóide
 Com o aumento na secreção de hormônios tireoidianos, a
taxa metabólica basal (TMB) e a quantidade de oxigênio
consumido aumenta progressivamente em 25% junto com a
frequência cardíaca e o débito cardíaco.
A Taxa de Metabolismo Basal é 
a quantidade mínima de energia 
(calorias) necessária para manter 
as funções vitais do organismo em 
repouso.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Hipófise
 Durante a gestação, a hipófise aumenta de tamanho e
retorna ao normal após o nascimento.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Hipófise
 Durante a gravidez, ocorre um aumento no número de
células secretoras de prolactina (lactotrofos) e um aumento
significativo no nível sanguíneo desse hormônio.
Os lactotrofos da adenohipófise são 
as células que sintetizam e 
secretam prolactina. Estão 
localizados, em especial, nas asas 
laterais posteriores da 
adenohipófise.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Hipófise
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Hipófise
 Durante a gestação, a capacidade da prolactina de induzir a
produção de leite é antagonizada pela progesterona. Assim
que a placenta se desprende do útero, o antagonismo
desaparece e a lactação pode começar.
 A prolacatina é produzida em jatos, em resposta a sucção
do bebê.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Hipófise
 Os níveis do hormônio estimulador de melanócitos (MSH)
secretados pela adenohipófise também sobrem durante a
gravidez.
 Esse aumento é responsável por muitas alterações
cutâneas, particularmente da pele (escurecimento da aréola
e mamilo, melasma e linha nigra). Essas alterações
cutâneas estão também ligadas ao estrogênio.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Hipófise
 A ocitocina é liberada pela neurohipófise, e sua produção
gradualmente aumenta à medida que o feto amadurece.
 A ocitocina é responsável pelas contrações uterinas, tanto
antes quanto depois do parto e pela ejeção do leite materno
para amamentação em resposta ao toque e a sucção do
bebê.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Hipófise
 As camadas musculares do útero (miométrio) tornam-se
mais sensíveis à ocitocina próximo ao termo.
 Perto do fim da gestação, os níveis de progesterona
diminuem e as contrações que antes eram inibidas pela
progesterona começam a ocorrer com maior frequência e
intensidade.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Hipófise
 A ocitocina é responsável por estimular as contrações
uterinas que provocam o parto. As contrações levam ao
adelgaçamento e dilatação do colo uterino. Também
exercem pressão e ajudam o feto a descer para a pelve
para o parto.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
Glândula Hipófise
 Após o parto, continua a secreção de ocitocina, o que leva o
miométrio a se contrair e ajuda a provocar a constrição dos
vasos sanguíneos uterinos e diminuir o sangramento
vaginal.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO
 O útero em crescimento leva os pulmões a funcionarem de
modo diferente.
 Durante a gestação, o comprimento do espaço disponível
para abrigar os pulmões diminui à medida que o útero
exerce pressão sobre o diafragma e o empurra para cima.
 Como mecanismo compensatório, o movimento do
diafragma aumenta, o que permite um volume de ar corrente
maior.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO
Compressão do diafragma e pulmões pelo aumento do tamanho 
do útero.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO
 O volume corrente aumenta em 30 a 40% conforme a
gravidez evolui. Como resultado dessas alterações, a
respiração da mulher se torna mais diafragmática que
abdominal.
 A gestante respira mais rápido e mais profundamente
porque tem necessidade de mais oxigênio para si e para o
feto.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO
 Há um aumento da vascularidade do trato respiratório
influenciado pelo aumento dos níveis de estrogênio. Isto
resulta em congestão nasal e sinusal, epistaxe e alterações
no tônus e no timbre de voz da mulher.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
 As alterações cardiovasculares ocorrem no início da
gravidez para satisfazer às demandas do útero em
crescimento e da placenta, que necessitam de mais sangue
e oxigênio.
 Talvez a alteração cardiovascular mais surpreendente é o
aumento da volemia.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Volume sanguíneo
 O volume sanguíneo aumenta aproximadamente 40 a 50%
em relação a níveis não-gravídicos. O processo tem início
na 10ª a 12ª semana, alcança seu máximo em 32 a 34
semanas e diminui levemente na 40ª semana.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Volume sanguíneo
 O aumento da volemia é necessário para promover a
hidratação adequada dos tecidos do feto e da mãe, suprir o
fluxo sanguíneo para perfundir o útero em crescimento e
promover uma reserva para compensar a perda de sangue
que ocorre no nascimento e durante o puerpério.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Volume sanguíneo
 Além disso, é preciso que haja esse aumento para
satisfazer às demandas metabólicas da mãe e às
necessidades de maior perfusão de outros órgãos,
principalmente dos rins da mulher, porque excretará mais
escórias dela e do feto.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Débito e frequência cardíaca
 O débito cardíaco aumenta 30 a 50% em relação ao da
mulher não-grávida na 32ª semana e declina até
aproximadamente 20% na 40ª semana.
 A frequência cardíaca aumenta em 10 a 15 bpm entre a 14ª
a 20ª semana e persiste até o termo.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Débito e frequência cardíaca
 Existe hipertrofia ou dilatação discreta do coração.
Provavelmente devido ao aumento da volemia e do débito
cardíaco.
 O coração trabalha mais e bombeia mais sangue para suprir
as necessidades de oxigênio do feto e da mãe.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Pressão arterial
 A pressão arterial cai levemente durante a gestação em
decorrência da vasodilatação periférica causada pelas
alterações hormonais, e alcança um ponto mais baixo com
22 semanas de gestação, daí em diante aumenta até níveis
pré-gestacionais até o termo.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Pressão arterial
 Quando a gestante deita (decúbito lateral direito ou dorsal),
mais comumente no 3º trimestre, o útero em expansão
comprime a veia cava inferior,e causa uma redução do
fluxo sanguíneo para o coração.
 A colocação da gestante em decúbito lateral esquerdo
corrige essa compressão e torna o débito cardíaco e
perfusão uterina ideal.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
A – Gestante em decúbito lateral direito; B- Compressão da veia cava
inferior em decúbito dorsal; C – Descompressão da veia cava inferior
em decúbito lateral esquerdo.
c
Síndrome da 
Hipotensão em 
Decúbito Dorsal, a 
gestante sente tontura, 
sua pele se mostra 
úmida e fria e ocorre 
diminuição acentudada 
da pressão arterial.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Componentes sanguíneos
 O número de hemácias aumenta cerca de 30%, dependendo
do nível de ferro disponível. Esse aumento é necessário
para transportar o oxigênio adicional exigido durante a
gravidez.
 Também ocorre aumento do volume plasmático em virtude
de fatores hormonais e retenção de sódio e água.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Componentes sanguíneos
 Como o aumento do plasma excede o número de hemácias,
os valores normais de hemoglobina e hematócrito diminuem.
Esse estado de hemodiluição é denominado anemia
fisiológica da gravidez.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Componentes sanguíneos
 As necessidades de ferro durante a gestação aumentam em
virtude das demandas do feto em crescimento e do aumento
da volemia materna.
 Como a produção de hemácias é acelerada, o ferro é
necessário para a formação de hemoglobina. Muitas
mulheres engravidam em estado de falta de ferro, e desse
modo, precisam de suplementação.
Componentes sanguíneos
Estrutura química da molécula de hemoglobina
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
 Os níveis de fibrina e fibrinogênio plasmáticos aumentam,
junto com outros fatores de coagulação. Esses fatores
tornam a gestação um estado hipercoagulável.
Componentes sanguíneos
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
Componentes sanguíneos
 Essas alterações, associadas a estase venosa e ao
represamente venoso de sangue, que ocorre durante o final
da gestação após longos períodos na posição ortostática
com a pressão exercida pelo útero sobre as veias pélvicas,
contribuem para menor retorno venoso, represamento de
sangue e edema postural.
 Esses fatores também aumenta o risco de trombose venosa.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA RENAL E 
URINÁRIO
 As alterações na estrutura renal se devem a influências
hormonais do estrogênio e progesterona, a pressão advinda
do útero em crescimento e ao maior volume sanguíneo
materno.
 A medida que flui mais sangue para os rins, a taxa de
filtração glomerular (TFG) aumenta, o que leva a um
aumento do fluxo e do volume de urina, bem como filtração
e excreção de água e solutos.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA RENAL E 
URINÁRIO
 Os rins aumentam de tamanho (comprimento e peso) em
decorrência de efeitos hormonais que aumentam o tônus e
diminuem a motil idade da musculatura lisa.
 A pelve renal torna-se dilatada, os ureteres alongam-se e
alargam-se logo na 10ª semana. Acredita-se que a
progesterona seja a causa dessas alterações em virtude de
sua influência relaxante sobre a musculatura lisa.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA RENAL E 
URINÁRIO
Ureter
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA RENAL E 
URINÁRIO
 O fluxo sanguíneo para os rins aumenta cerca de 35 a 60%
em decorrência do aumento do débito cardíaco. Isto por sua
vez aumenta a TFG em até 50%, que se inicia no 2º
trimestre. Essa elevação se mantém até o parto.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA RENAL E 
URINÁRIO
Decúbito lateral 
esquerdo
Alivia a pressão que o útero 
aumentado exerce sobre a 
veia cava
Aumenta o transporte de 
sangue oriundo das pernas
Aumenta o retorno venosa o 
que resulta em aumento do 
débito cardíaco
Aumento da perfusão renal e 
filtração glomerular
A grávida sente mais 
vontade de urinar quando 
está deitada em decúbito 
lateral esquerdo
A atividade dos rins aumenta 
quando a gestante está deitada
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
GASTROINTESTINAL
 As gengivas tornam-se hiperemiadas, tumefeitas e friáveis,
com tendência a sangramento. Essa alteração é
influenciada pelo estrogênio e pela maior proliferação de
vasos sanguíneos e circulação para a boca.
 A saliva produzida torna-se mais ácida. Algumas mulheres
queixam-se de salivação excessiva, qual pode ser causada
pela diminuição da deglutição inconsciente quando está
nauseada.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
GASTROINTESTINAL
 O aumento da progesterona provoca relaxamento da
musculatura lisa, o que resulta em retardo do esvaziamento
gástrico e diminuição da peristalse.
 O trânsito do alimento pode ser tão lento que é reabsorvida
mais água que o normal, o que leva a distensão abdominal
e constipação.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
GASTROINTESTINAL
 A constipação intestinal também pode ser causada por:
 Alimentação pobre em fibras;
 Diminuição da ingestão de líquidos;
 Uso de suplementação de ferro;
 Diminuição da atividade física;
 Deslocamento das alças intestinais secundário ao
crescimento do útero.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
GASTROINTESTINAL
 O esvaziamento gátrico mais lento associado ao
relaxamento do esfíncter do cárdia possibil ita o refluxo, o
que provoca azia (pirose).
Regurgitação do 
conteúdo gástrico 
para o terço superior 
do esôfago
Associado ao 
relaxamento 
generalizado do 
sistema digestório
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
GASTROINTESTINAL
 O esvaziamento da vesícula biliar é demorado em virtude do
relaxamento da musculatura lisa promovido pela
progesterona.
 Pode surgir hipercolesterolemia e aumento do risco de
formação de cálculos biliares.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
GASTROINTESTINAL
Náuseas e 
vômitos
Acometem 50 a 
80% das 
grávidas. 
Associado a: 
Altos níveis 
de hCG
Altos níveis de 
estrgênio
Diminuição da 
acidez 
estomacal
Diminuição da 
motilidade e tônus 
do trato digestório
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
IMUNOLÓGICO
 A gestação tem sido associada à supressão da função
imunológica (humoral e celular), devido à necessidade do
organismo materno acomodar um "corpo estranho".
 Há evidências de que a função dos leucócitos
polimorfonucleares (neutrófilos, eosinófilos e basófilos)
começa a diminuir no segundo trimestre, continuando esta
tendência durante toda a gestação.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
IMUNOLÓGICO
 A produção de todas as citocinas mensuráveis do nosso
organismo encontra-se diminuída durante a gestação.
 O número de leucócitos, especialmente por conta dos
granulócitos neutrófilos, aumenta consideravelmente
durante a gestação normal, especialmente no segundo e
terceiro trimestres, por razões não bem esclarecidas.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA 
IMUNOLÓGICO
 Durante o parto e o puerpério imediato, estes valores
podem atingir até 20 a 30.000/mm3, às custas
principalmente dos granulócitos neutrófilos, normalizando-
se em torno do sexto dia de puerpério.
 Assim, a função e o número absoluto dos leucócitos
parecem contribuir com a leucocitose normal da gestação.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA MÚSCULO 
ESQUELÉTICO
 As alterações no sistema músculo esquelético são
progressivas e decorrem da influência de hormônios, do
crescimento fetal e ganho de peso.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA MÚSCULO 
ESQUELÉTICO
 Ocorre relaxamento das articulações e ligamentos
sacroilíacos e da sínfise púbica com o objetivo de aumentar
a cavidade pélvica e tornar o parto mais fácil.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA MÚSCULO 
ESQUELÉTICO
 O centro de gravidade da mulher desloca-se para frente, o
que exige realinhamento das curvaturas da coluna vertebral.
Curvas lombar e 
cervicotorácica 
exageradas devido à 
mudança do centro de 
gravidade resultante do 
aumento abdominal.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA MÚSCULO 
ESQUELÉTICO
 Devido a isso, ocorre acentuação da curvatura lombossacra
(lordose) e desenvolve-se uma curvatura compensatória na
área cervicotorácica para auxiliar no equilíbrio.
 A gestante passa a exercer a marcha anserina, mais
acentuada próximado termo.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
 A pele da gestante sofre hiperpigmentação basicamente em
virtude dos níveis de estrogênio, progesterona e hormônio
estimulado de melanócitos (MSH).
 Essas alterações são observadas principalmente nos
mamilos, aréolas, umbigo, períne e axila.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
 O aumento da pigmentação também pode ocorrer na fece,
formando o melasma facial. Normalmente aparecem nas
bochechas e testa. A maioria clareia conforme os hormônios
diminuem no final da gravidez, mas algumas manchas
podem perdurar depois da gravidez.
Melasma facial ou cloasma gravídico
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
 No abdome pode surgir uma linha pigmentada, denominada
linha nigra, que vai do umbigo até a área pubiana.
Linha nigra
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
 Também pode ocorrer a formação de estrias nas mamas,
nádegas e abdome normalmente a partir do 5º mês de
gestação.
 São consequência da redução da força do tecido conjuntivo
que resulta dos níveis elevados de esteróides da supra-
renais e do estiramento das estruturas em decorrência do
crescimento.
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
 Também pode ocorrer a formação de aranhas vasculares
devido aos altos níveis de estrogênio. Essas podem
aparecer na pele, em geral acima da cintura e no tórax, no
pescoço, face, braços e pernas. Tipicamente desaparecem
após o parto.
“Spiders” ou aranhas vasculares
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
 Pode ocorrer também o aparecimento de eritema palmar,
área rosada bem delineada na superfície palmar das mãos.
Essa alteração também é relacionada com altos níveis de
estrogênio.
Eritema palmar
ADAPTAÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR
 Algumas mulheres também observam diminuição do
crescimento do cabelo durante a gravidez.
 Os folículos pilosos normalmente passam por fases de
crescimento e repouso. A fase de repouso é sucedida pela
perda de cabelo, que a seguir, são repostos.
 É mais observado após o parto.

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