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. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA INSTITUTO SÓCIO-AMBIENTAL E DE RECURSOS HÍDRICOS DISCIPLINA: QUÍMICA PROFESSORA: RUTH GRANHEN TAVARES ASSUNTO: VOLUMETRIA DE COMPLEXAÇÃO (COMPLEXOMETRIA) 1. INTRODUÇÃO A complexometria é a volumetria que se destina, fundamentalmente, à determinação de teores de íons metálicos em solução; ânions também podem ser dosados, mas só através de técnicas indiretas de titulação. Na volumetria de complexação o íon metálico (analito) reage com o titulante formando um complexo. Complexos, ou compostos de coordenação, são substâncias formadas pela união de dois ou mais grupos químicos ligados entre si, graças à propriedade que possuem numerosos íons – sobretudo dos metais pesados – de atrair e de agrupar em torno deles íons ou moléculas (chamadas ligantes). Essas ligações são efetuadas através do número de coordenação do metal (relacionado com sua configuração espacial), e são de natureza diferente daquelas efetuadas através do número de oxidação (relacionado com a configuração eletrônica do elemento). A rigor, para conhecer a química dos complexos em profundidade, seria necessário um longo estudo dos fundamentos teóricos envolvendo a teoria de coordenação de Werner, o efeito de ressonância, as constantes de estabilidade, etc., o que seria impraticável nos limites de tempo disponível para este curso. Em vista disso, abordaremos, apenas, em linhas gerais, os aspectos de fundamental importância referentes a este método de análise. Considerando que o analito é um íon metálico, e que o mesmo – ao reagir com o titulante – deve formar um complexo, o titulante a ser usado deve ser um agente complexante. Entretanto, como o titulante, além disso, tem que obedecer a todos os requisitos para uma titulação (ver teoria da análise volumétrica), não pode ser utilizado um complexante qualquer; tem que ser um complexante que reaja com o íon metálico formando um QUELATO. Quelatos são complexos internos incolores, hidrossolúveis (muito solúveis em água), e bastante estáveis (ou seja, que apresentam dificuldade em se dissociar). Dessa forma, o complexante deve ser, na verdade, um AGENTE QUELANTE, isto é, um agente complexante que reage com íons metálicos formando quelatos. O complexo formado como produto da reação entre o analito e o titulante tem que ser do tipo quelato pelas seguintes razões: a) incolor, para não prejudicar a visualização do fim da reação, o qual será observado com o auxílio de indicadores; b) hidrossolúvel, para não haver formação de precipitado, o que enquadraria a volumetria em um outro grupo (volumetria de precipitação); c) estável, para que – ao se formar – o complexo não dissocie, provocando uma indesejável reversibilidade da reação, que deixaria de ser quantitativa. Os agentes quelantes utilizados como titulantes na volumetria de complexação são reagentes orgânicos. Na verdade, ácidos aminopolicarboxílicos, ou – mais precisamente – sais derivados desses ácidos, denominados de complexonas. Entre as complexonas mais usadas está a complexona III (ou, Trilon B), que é o sal dissódico do ácido etilenodiaminotetracético, comumente representado por Na2H2EDTA, ou Na2H2Y, ou H2Y2-, ou, simplesmente, EDTA, cuja fórmula é: . Disciplina: QUÍMICA / ISARH / UFRA 2 Assunto: Volumetria de Complexação Prof. RUTH GRANHEN TAVARES HOOC – CH2 CH2 – COONa N – CH2 – CH2 – N NaOOC – CH2 CH2 – COOH Em solução aquosa o referido sal fornece o íon H2EDTA2-, ou H2Y2-. A complexona III forma quelatos com um grande número de metais. A formação de quelatos não significa o produto de uma simples reação de “dupla-troca”, mas, sim, um verdadeiro “seqüestro”, do íon que se deseja determinar, pelo agente quelante: o metal substitui os átomos de hidrogênio dos grupos carboxílicos (– COOH), através de ligação efetuada pelo número de oxidação, e, além disso, liga-se por uma ligação de coordenação com os átomos de nitrogênio, de acordo com a equação: HOOC – CH2 CH2 – COONa N – CH2 – CH2 – N + Me2+ NaOOC – CH2 CH2 – COOH OOC – CH2 CH2 – COONa N – CH2 – CH2 – N + 2 H+ NaOOC – CH2 CH2 – COO Me Esta mesma reação pode ser representada de maneira mais simplificada: H2Y2- + Me2+ MeY2- + 2 H+ (1) Metais com número de oxidação mais elevado podem, também, ser complexados pelo EDTA: H2Y2- + Me3+ MeY- + 2 H+ (2) H2Y2- + Me4+ MeY + 2 H+ (3) ou, generalizando, H2Y2- + Men+ MeY(n-4) + 2 H+ (4) 2. IMPORTÂNCIA DO pH NAS TITULAÇÕES COM EDTA Através das reações representadas acima, observa-se que – independentemente do número de oxidação do metal – há sempre a liberação de 2 íons H+. Assim, à medida que ocorre a reação entre o metal e o EDTA, a concentração de H+ vai aumentando na solução, o que provoca deslocamento do equilíbrio para a esquerda (ver efeito do íon comum), fato esse indesejável em uma titulação (que, dessa forma, não seria quantitativa). É necessário, pois, provocar um deslocamento desse equilíbrio para a direita, no sentido da formação dos produtos e, é lógico, esse deslocamento não pode ser conseguido por adição dos próprios reagentes (analito ou titulante). A melhor alternativa é aumentar o pH do meio, pois – com esse aumento – as hidroxilas (OH-) reagem com os íons H+, formando H2O, pouco ionizada. . Disciplina: QUÍMICA / ISARH / UFRA 3 Assunto: Volumetria de Complexação Prof. RUTH GRANHEN TAVARES Entretanto, esse aumento de pH, na maioria das vezes, não é conseguido pura e simplesmente com a adição de uma base, pois não basta somente aumentar o pH; é necessário aumentar e manter elevado o valor do pH, para que o equilíbrio seja mantido deslocado para a direita, no curso inteiro da reação entre o analito e o titulante. Para tanto, é necessário, então, adicionar uma SOLUÇÃO TAMPÃO. O pH da solução tampão a ser adicionada depende da estabilidade do complexo formado, ou seja, se essa estabilidade é muito elevada, o pH de trabalho pode até ser baixo, pois os íons H+ não teriam capacidade de ultrapassar essa força de estabilização, isto é, não possibilitariam a dissociação do complexo. Em resumo, quanto menor a estabilidade do complexo metal-EDTA, mais alto o pH em que a titulação do metal com o EDTA deve ser efetuada. 3. AGENTES EMASCARANTES Um dos motivos que favoreceram a escolha do EDTA como titulante foi o fato de o mesmo formar quelatos com muitos metais. Se, por um lado, esta é uma grande vantagem, por outro, traz um grande problema de interferências, que poderiam causar erros grosseiros na análise. No entanto, a ação indesejável dos interferentes é impedida pela utilização dos AGENTES EMASCARANTES, que são complexantes auxiliares, ou seja, reagem com os interferentes formando complexos com estabilidade mais elevada do que a estabilidade dos complexos que esses interferentes formariam com o EDTA. Assim, após a adição do tampão adequado, adiciona-se o agente emascarante (AE) à solução contendo o íon metálico de interesse (Me) e, por exemplo, um íon interferente (Int). Ocorrerá, então, a formação do complexo Int-AE, ficando apenas o metal de interesse livre para reagir com o EDTA: Int + AE = Int-AE (5) Ao se efetuar a titulação, o EDTA adicionado não reagirá com o Int, pois já se encontra complexado com o AE. É importante salientar que isso só ocorrerá se o complexo Int-AE for mais estável do que o complexo Int-EDTA, e se o AE não complexar com o metal de interesse, ou, se o fizer, esse complexo Me-AE deve ter estabilidade menor do que a do complexo Me-EDTA. 4. INDICADORESMETALOCRÔMICOS Após adicionar o tampão e o agente emascarante, e antes de iniciar a titulação, é necessário, ainda, adicionar um indicador para a identificação do ponto final da titulação. Os indicadores utilizados nas titulações complexométricas são denominados INDICADORES METALOCRÔMICOS, que são corantes orgânicos capazes de reagir com um cátion metálico formando um complexo colorido, mas de coloração diferente da que possui quando no estado livre. Essa reação deve ser específica ou, pelo menos, grandemente seletiva. O mecanismo de ação é o seguinte: ❖ ao adicionar o indicador metalocrômico (Ind.), este reage com o metal, formando o complexo Me-Ind. Me + Ind. = Me-Ind. (6) cor 1 cor 2 ❖ quando o EDTA é adicionado, retira o metal para si, complexando-o e liberando o Ind. Me-Ind. + EDTA = Me-EDTA + Ind. cor 2 cor 1 ❖ o ponto final é acusado pela passagem da cor 2 (do complexo Me-Ind.) para a cor 1 (do indicador livre, Ind.). O complexo Me-Ind. deve ser suficientemente estável pois, do contrário, iria dissociar, não haveria estabilidade de cor e, conseqüentemente, a mudança de coloração não seria nítida. Porém, . Disciplina: QUÍMICA / ISARH / UFRA 4 Assunto: Volumetria de Complexação Prof. RUTH GRANHEN TAVARES o complexo Me-Ind. deve ser menos estável do que o complexo Me-EDTA, para que a reação (7) possa ocorrer. O complexo Me-Ind. (de cor 2) se dissocia em certa extensão e, durante a titulação, os íons livres do metal são progressivamente complexados pelo EDTA, até que – por fim – o metal é completamente deslocado do complexo Me-Ind., livrando o Ind., momento em que a solução adquire a coloração do indicador livre (cor 1). 5. DETERMINAÇÃO DE CÁLCIO E MAGNÉSIO COM EDTA Uma das aplicações da complexometria com EDTA é a determinação de cálcio e magnésio em diversos sistemas (ex: calcário, solos, água, etc). Tanto o cálcio quanto o magnésio formam complexos com o EDTA, a partir de pH= 10. Assim, para determinar cálcio e magnésio em qualquer solução, retira-se uma alíquota, que deve ser tamponada em pH = 10 e titulada com EDTA. Porém, esse procedimento não permite a determinação individual dos teores de cálcio e magnésio. Para a determinação do teor de cálcio, isoladamente, é necessário retirar uma alíquota igual à anterior (mesmo volume) e controlar o pH em 12, ou seja, em vez de adicionar o tampão pH = 10, adiciona-se uma solução de NaOH ou KOH que eleve o pH para 12. Nesse valor de pH, há a formação de Mg(OH)2, de acordo com a reação: Mg2+ + 2OH- = Mg(OH)2 O magnésio, nessa forma de Mg(OH)2, é muito mais estável do que o complexo Mg-EDTA. Portanto, quando o EDTA é adicionado, não será capaz de reagir com o magnésio; somente o cálcio o fará. Desse modo, somente o cálcio é determinado, e o teor de magnésio é, então, encontrado por diferença entre os valores obtidos com o primeiro procedimento (pH = 10) e o segundo (pH = 12). Observação: A elevação do pH da solução para 12 é efetivada adicionando-se soluções de NaOH e KOH, por serem bases fortes e favorecerem a obtenção de pH tão elevado quanto este, o que seria mais difícil com um tampão (por ser formado de base fraca). Evidentemente, os demais reagentes (emascarantes e indicadores) devem, também, ser adicionados. O esquema geral para a determinação é o seguinte: a) Retiram-se duas alíquotas iguais (mesmo volume) da solução que se deseja determinar, transferindo-as para erlenmeyers; b) A uma das alíquotas, adiciona-se solução de NaOH ou KOH em quantidade suficiente para elevar o valor do pH para 12, trietanolamina e KCN (agentes emascarantes) e o indicador metalocrômico ácido calcon carboxílico (calcon). A solução irá apresentar a coloração vermelho-vinho, característica do complexo Ca-calcon, e deverá ser titulada com EDTA até o aparecimento de coloração azul, característica do indicador quando livre. O volume gasto (V1) de EDTA é anotado; c) À outra alíquota adiciona-se solução tampão NH4OH + NH4Cl pH = 10, trietanolamina e KCN (agentes emascarantes) e o indicador metalocrômico EBT (negro de eriocromo T). A solução irá apresentar coloração vermelha, característica do complexo Mg-EBT, e deverá ser titulada com EDTA até o aparecimento de coloração azul, característica do indicador EBT quando livre. O volume gasto (V2) de EDTA é anotado; d) Repete-se o procedimento de (a) a (c), pelo menos, mais uma vez. Observação: Quando a titulação é efetuada em pH = 10, o cálcio e o magnésio são dosados juntos, e o indicador utilizado é o EBT. Ao ser efetuada a titulação em pH = 12, o indicador utilizado é o calcon (ou, então, a murexida). Isto se deve ao fato de que o EBT não é um bom indicador para o cálcio e, como em pH = 12 só o cálcio é dosado, este indicador não pode ser usado (não haveria estabilidade de cor), o que não ocorre com o complexo Ca-calcon, ou com o Ca-murexida, que possuem estabilidade razoável. Porém, em pH = 10, apesar de o cálcio também estar sendo dosado, há a presença do magnésio, para o qual o EBT é o melhor indicador, já que o complexo Mg-EBT possui uma estabilidade razoável. . Disciplina: QUÍMICA / ISARH / UFRA 5 Assunto: Volumetria de Complexação Prof. RUTH GRANHEN TAVARES 6. CÁLCULOS NA COMPLEXOMETRIA COM EDTA A volumetria de complexação utiliza a mesma sistemática geral de cálculos de qualquer volumetria. Como os resultados das análises de cálcio e magnésio, em qualquer sistema, são expressos em %, ppm, nº de meq-q ou cmolc, o interesse é calcular a massa de cálcio (ou de magnésio) existente na amostra analisada; portanto, a expressão mais freqüentemente utilizada nessas situações é: meq m NxV = Não existe fator (f) de correção da normalidade, porque o EDTA é um padrão primário. O EDTA é um sal dissódico, portanto, seu Eq-g é metade do seu MM e, consequentemente, as normalidades das soluções de EDTA correspondem ao dobro de suas molaridades, Assim: 2 mmol m Mx2xV = ou seja, mmol m MxV = (mmol = MM / 1000) EDTA compostos de Ca ou de Mg Esta é a expressão usada para cálculos dos teores de cálcio e magnésio em diferentes amostras, a partir dos volumes gastos de EDTA na titulação. Observe que neste caso, e, dentre os que iremos estudar, somente neste caso, podemos utilizar a expressão sob essa forma, ou seja, usando molaridade do EDTA (em vez de normalidade) e mmol dos compostos de cálcio ou de magnésio (em vez de meq-g). Observações: 1. Quando deseja-se expressar os resultados em, por exemplo, % de CaO (ou em ppm de CaO), o mmol utilizado na expressão é 0,056 (MMCaO / 1000). Se o resultado deve ser expresso em %, ou ppm (mg/L), de CaCO3, o mmol é 0,1 (MM 3CaCO /1000). Quando o resultado em %, ppm, meq-g ou cmolc de íons Ca2+, o mmol será 0,04 (Massa Atômica do Ca / 1000). Comportamento análogo deve ser adotado para o magnésio e seus compostos. Resumindo: UTILIZA-SE O mmol DA SUBSTÂNCIA SOB A QUAL O RESULTADO DA ANÁLISE DEVE SER EXPRESSO. 2. Com respeito aos volumes gastos, deve-se observar que, para cálculo do teor de cálcio, o volume V1 gasto de EDTA deve ser usado, pois corresponde àquele obtido quando a titulação foi efetuada em pH = 12 (quando o Mg não é titulado, por estar na forma de hidróxido). Para cálculo do teor de magnésio, utiliza-se a diferença entre o volume V2 gasto de EDTA, quando a titulação é efetuada em pH = 10, e o volume V1 consumido em pH = 12, ou seja, V2 – V1, pois, em pH = 10, tanto o cálcio quanto o magnésio são titulados. Para cálculo do teor total de cálcio + magnésio (como é o caso da dureza total), utiliza-se o volume V2 de EDTA, consumido quando a titulação é efetuada em pH = 10 (quando o cálcio e o magnésio são titulados conjuntamente).3. Exemplos de sistemas em que as determinações de cálcio e magnésio são efetuadas e suas respectivas formas de expressar os resultados a) em calcário: – % de CaCO3 e % de MgCO3, ou, % de CaO e % de MgO b) em solos: – meq-g ou cmolc de Ca2+/100 mL de T.F.S.A. e meq-g ou cmolc de Mg2+ 100 mL de T.F.S.A. c) em água – dureza total: ppm de CaCO3, ou ppm CaO, ou, graus de dureza (ºd) dureza cálcica (ou calcítica): ppm de CaCO3, ou, ppm CaO dureza magnésica (ou magnesiana): ppm de MgCO3, ou, ppm MgO . Disciplina: QUÍMICA / ISARH / UFRA 6 Assunto: Volumetria de Complexação Prof. RUTH GRANHEN TAVARES 7. EXERCÍCIOS SOBRE DETERMINAÇÃO DE CÁLCIO E MAGNÉSIO COM EDTA Exercício 1. 1,0 g de uma amostra de calcário dolomítico foi dissolvida e diluída para 100 mL, de onde foi retirada uma alíquota de 10 mL, a qual foi novamente diluída para 100 mL. Desta última solução foram retiradas 2 alíquotas de 25 mL, que foram tituladas com solução 0,02 mol/L de EDTA, em procedimentos distintos. A primeira alíquota foi titulada em pH = 12, quando foram consumidos 6,25 mL de EDTA. A segunda alíquota, titulada em pH = 10, consumiu 11,25 mL da solução de EDTA. Quais os teores de cálcio e magnésio nesse calcário? Expressar em %CaO e %MgO e em %CaCO3 e %MgCO3. (Dados as massas atômicas: Ca = 40; Mg = 24; C = 12; O = 16) Solução: MMCaO= 56; MMMgO= 40; MM 3CaCO = 100; MM 3MgCO = 84 (0,16 g MgO) (0,28 g CaO) 1 g calcário 100 mL f.d.1= 10 100 = 10 10 mL 100 mL (f.d. = f.d.1 x f.d.2 = 40) f.d.2= 25 100 = 4 25 mL (EDTA 0,02M VpH=12= 6,25 mL (0,007 g CaO) VpH=10= 11,25 mL) (0,004 g MgO) a) % CaO (mmol = 0,056; V = 6,25 mL) 6,25 x 0,02 = 056,0 m m = 0,0072 g CaO m = 0,0072 x 40 m = 0,28 g CaO 0,28 g CaO 1 g calcário x g CaO 100 g calcário x = 28 g CaO Resp: 28 % CaO CaO CaCO3 56 g 100 g 28 % x % x = 50 % Resp: 50 % CaCO3 b) % MgO (mmol = 0,04; V = 11,25 – 6,25 = 5 mL) 5 x 0,02 = 04,0 m m = 0,004 g MgO m = 0,004 x 40 m = 0,16 g MgO 0,16 g MgO 1 g calcário y g MgO 100 g calcário x = 16 g MgO Resp: 16 % MgO MgO MgCO3 40 g 84 g 16 % x % x = 33,6 % Resp: 33,6 % MgCO3 Exercício 2. 1,5 g de uma amostra de calcário dolomítico foi dissolvida e diluída para 1000 mL. Desta solução foram retiradas 2 alíquotas de 25 mL, que foram tituladas com solução 0,01 mol/L de EDTA. A primeira alíquota foi titulada em pH = 12, quando foram consumidos 14,1 mL de EDTA. A segunda alíquota, titulada em pH = 10, consumiu 25,4 mL da solução de EDTA. Quais os teores de cálcio e magnésio nesse calcário? Expressar em %CaO e %MgO. (Dados as Massas atômicas: Ca = 40; Mg = 24; C = 12; O = 16) Resp.: 21 % CaO e 12 % MgO . Disciplina: QUÍMICA / ISARH / UFRA 7 Assunto: Volumetria de Complexação Prof. RUTH GRANHEN TAVARES Exercício 3. A 10 mL de uma amostra de T.F.S.A. são adicionados 100 mL da solução extratora de KCl e, após o tempo adequado de contato, retiram-se 2 alíquotas de 25 mL, as quais são tituladas com solução 0,0125 mol/L de EDTA, sendo consumidos, respectivamente, 3,8 mL e 4,4 mL, nas titulações realizadas em pH = 12 e em pH = 10. Quais os teores de cálcio e de magnésio, expressos em mmolc de Ca2+ por 100 mL de T.F.S.A.? (Dados as massas atômicas: Ca = 40; Mg = 24) e mmolc = (MA/carga/1000) Solução: mmol ++Ca = 0,04 ; mmolc ++Ca = 0,02 ; mmol ++Mg = 0,024 ; mmolc ++Mg = 0,012 (0,0072g Mg2+) (0,0072g Mg2+) (0,0076g Ca2+) (0,0076g Ca2+) 10 mL T.F.S.A. 100 mL f.d. = 25 100 = 4 25 mL (EDTA 0,0125 mol/L) (0,0019g Ca2+) (0,00018g Mg2+) VpH=12= 3,8 mL VpH=10= 4,4 mL a) cmolc Ca2+/100 mL TFSA Ca2+ (V = 3,8 mL) 3,8 x 0,0125 = 04,0 m m = 0,0019 g Ca2+ m = 0,0019 x 4 m = 0,0076 g Ca++ 0,0076 g Ca2+ 10 mL T.F.S.A. x g Ca2+ 100 mL T.F.S.A. x = 0,076 g Ca2+ 1 mmolc Ca2+ 0,02 g Ca2+ x mmolc Ca2+ 0,076 g Ca2+ x = 3,8 mmolc Ca2+ Resp: 3,8 mmolc Ca2+/100mL T.F.S.A. b) cmolc Ca2+/100 mL TFSA Ca2+ (V = 4,4 – 3,8 = 0,6 mL) 0,6 x 0,0125 = 024,0 m m = 0,00018 g Mg2+ m = 0,00018 x 4 m = 0,00074 g Mg2+ 0,00074 g Mg2+ 10 mL T.F.S.A. x g Mg2+ 100 mL T.F.S.A. x = 0,0072 g Mg2+ 1 mmolc Mg2+ 0,012 g Mg2+ x mmolc Mg2+ 0,0072 g Mg2+ x = 0,6 mmolc Mg2+ Resp: 0,6 mmolc Mg2+/100mL T.F.S.A. Exercício 4. A 10 mL de uma amostra de T.F.S.A. são adicionados 100 mL da solução extratora de KCl e, após o tempo adequado de contato, retiram-se 2 alíquotas de 50 mL, as quais são tituladas com solução 0,0125 mol/L de EDTA, sendo consumidos, respectivamente, 5,00 mL e 5,86 mL, nas titulações realizadas em pH = 12 e em pH = 10. Quais os teores de cálcio e de magnésio, expressos em mmolc por 100 mL de T.F.S.A.? (Dados massas atômicas: Ca = 40; Mg = 24) Resp: 2,5 mmolc Ca2+/100mL T.F.S.A. e 0,43 mmolc Mg2+/100mL T.F.S.A. . Disciplina: QUÍMICA / ISARH / UFRA 8 Assunto: Volumetria de Complexação Prof. RUTH GRANHEN TAVARES Exercício 5. Duas alíquotas de 25 mL de uma amostra de água foram tituladas com solução 0,01 mol/L de EDTA. Sabendo que a alíquota titulada em pH = 10 consumiu 13,9 mL, e a titulada em pH = 12 consumiu 8,5 mL de EDTA, calcular a dureza: a) total, em graus de dureza; b) cálcica, em mg/L de CaCO3; c) magnésica, em mg/L de MgCO3. (Dados: 1 ºd=10 mg/L de CaO; Massas Atômicas: Ca = 40; Mg = 24; C = 12; O = 16) Solução: MMCaO=56 (mmol = 0,056); MM 3CaCO =100 (mmol = 0,1); MM 3MgCO = 84 (mmol = 0,084) 25 mL água (EDTA 0,01 mol/L VpH=12= 8,5 mL VpH=10= 13,9 mL a) dureza total, ºd (V = 13,9 mL) 13,9 x 0,01 = 056,0 m m = 0,007784 g CaO 0,007784 g CaO 25 mL água x g CaO 1000 mL água x = 0,3114 g x = 0,3114 x 1000 x = 311,4 mg CaO/L 311,4 mg/L CaO 1 ºd 10 mg/L CaO x ºd 311,4 mg/L CaO Resp: 31,14 ºd b) dureza cálcica, mg/L CaCO3 (V = 8,5 mL) 8,5 x 0,01 = 1,0 m m = 0,0085 g CaCO3 0,0085 g CaCO3 25 mL água x g CaCO3 1000 mL água x = 0,34 g x = 0,34 x 1000 x = 340 mg CaCO3/L 340 mg/L CaCO3 Resp: 340 mg/L CaCO3 c) dureza magnésica, mg/LMgCO3 (V = 13,9 – 8,5 = 5,4 mL) 5,4 x 0,01 = 084,0 m m = 0,004536 g MgCO3 0,004536 g MgCO3 25 mL água x g MgCO3 1000 mL água x = 0,1814 g x = 0,1814 x 1000 Resp: 181 mg/L MgCO3 . Exercício 6. Duas alíquotas de 25 mL de uma amostra de água foram tituladas com solução 0,005 mol/L de EDTA. Sabendo que a alíquota titulada em pH = 10 consumiu 20 mL, e a titulada em pH = 12 consumiu 12,2 mL de EDTA, calcular a dureza: a) total, em graus de dureza; b) cálcica, em mg/L de CaO; c) magnésica, em mg/L de MgO. Dados: 1 ºd = 10 mg/L de CaO; Massas atômicas: Ca = 40; Mg = 24; C = 12; O = 16) Resp.: a) 22,4 ºd; b) 137 mg/L CaO; c) 62,4 mg/L MgO
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