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PROBLEMA 4 PEDIATRIA

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RESUMOPED KATARINA ALMEIDA 
 
 
 
1. Elucidar a fisiopatologia, tratamento, medidas preventivas da Desnutrição correlacionando 
com a epidemiologia (abordar bolsa bolsa família) 
A desnutrição é um distúrbio da nutrição (distrofia) decorrente da falta concomitante de calorias e de proteínas, 
em diferentes proporções. 
➢ Forma primária : resulta da combinação de três fatores ambientais: carência alimentar (macro e 
micronutrientes), falta de acesso a condições sanitárias (água/esgoto) e serviços de saúde 
(acarretando, por exemplo, quadros prolongados de diarreia) e falta de práticas de cuidados infantis 
(ex.: vacinação, higiene pessoal). 
➢ Forma secundária : são provocadas por doenças que aumentam as necessidades metabólicas, 
diminuem a absorção intestinal ou levam à perda de nutrientes (por exemplo, síndromes disabsortivas, 
malignidades, queimaduras extensas 
Fisiopatologia A DEP leva a uma série de alterações sistêmicas, resultado, em última instância, das 
adaptações fisiológicas, do organismo à menor disponibilidade de nutrientes para a célula. A criança portadora 
de DEP vive em tênue equilíbrio, muito próximo do colapso. As repercussões da DEP que acontecem em curto 
prazo podem prejudicar o equilíbrio metabólico, funcionamento de órgãos e sistemas que, de forma direta, 
aumentam a mortalidade e exigem ajustes da terapia nutricional para que se consigam atingir as metas para 
recuperação Em longo prazo, pode haver prejuízo do crescimento, desenvolvimento neuropsicomotor e aumento 
do risco futuro para desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis. Quanto maior a gravidade da 
DEP, mais intensas serão suas repercussões metabólicas. 
 
Alterações metabólicas e hormonais : Há uma redução global do metabolismo com diminuição do gasto 
energético, da atividade da bomba de sódio-potássio e da síntese de proteínas. 
 Redução de todos os substratos energéticos: glicogênio, gorduras e proteínas. Inicialmente há um 
aumento da glicólise (quebra de glicogênio), lipólise (liberação de ácidos graxos) e neoglicogênese 
(síntese de glicose a partir do glicerol dos ácidos graxos e aminoácidos), para geração de energia. O 
 
 
 
 
metabolismo cerebral é mantido à custa de ácidos graxos e corpos cetônicos produzidos pela lipólise, 
estimulada pelo hormônio do crescimento e pela epinefrina. 
 O consumo progressivo desses estoques de energia leva à queda plasmática nos níveis de glicose e 
aminoácidos, e com isto ocorre uma diminuição da insulina sérica e um aumento do glucagon e da 
adrenalina. Os níveis de GH se elevam, e com ele há maior estímulo à lipólise. Por outro lado, os níveis 
de IGF-1 (ou Somatomedina C) estão reduzidos. 
Alterações imunológicas :Ocorre um prejuízo nas defesas específicas e inespecíficas, na defesa celular e 
humoral, sendo a intensidade do deficit celular de maior importância. 
 Imunidade inespecífica: há perda da integridade das barreiras epitelial e mucosa, diminuição de fatores 
como muco, pH e lisozima. 
 Imunidade celular: redução na população de linfócitos T no timo, baço e linfonodos, menor produção de 
Interleucina 1 (IL-1) e redução de quantidade e qualidade em alguns fatores complemento. 
Alterações cardiovasculares e renais 
 Deficit contrátil do miócito cardíaco, que resulta em queda do débito cardíaco basal e resposta 
cardiovascular inadequada às alterações de volemia. 
 Outra consequência desta redução no débito cardíaco é a queda nas taxas de filtração glomerular, 
com prejuízo das funções de concentração e acidificação urinária. Queixas de poliúria e nictúria são 
comuns. 
Há duas formas clínicas de DEP grave bem conhecidas : marasmo e kwashiorkor, além da possibilidade de 
uma forma mista denominada kwashiorkor-marasmático. 
➢ Marasmo É um estado de má nutrição que resulta de uma deficiência calórica total (energia e 
proteínas). Marasmo significa “desgaste” e, em termos grosseiros, denota inanição. Em tais dietas 
deficientes, a relação proteína/calorias pode ser normal. Essa apresentação clínica é mais comum em 
crianças com menos de um ano de idade, embora não seja restrita a este grupo etário, em decorrência 
de deficit na ingestão global de nutrientes associado ao agravamento do estado nutricional por 
infecções intercorrentes. A instalação é insidiosa, permitindo a adaptação do organismo à deficiência 
➢ . 
Ocorre praticamente em todos os países em desenvolvimento, sendo a causa mais comum a retirada precoce 
do aleitamento materno, substituindo-o por fórmulas caloricamente deficientes, muitas vezes diluídas para 
diminuir o gasto financeiro imediato da família. Isso, combinado com a ignorância sobre higiene e atrasos 
costumeiros na administração de vacinas, leva frequentemente ao desenvolvimento de infecções 
gastrointestinais preveníveis, que iniciam o ciclo vicioso, que leva ao marasmo. A criança geralmente é internada 
pela intercorrência infecciosa, e não pela desnutrição! 
Observam-se deficit de peso e estatura, atrofia muscular extrema, emagrecimento acentuado com pobreza de 
tecido celular subcutâneo e pele enrugada, principalmente nas nádegas e coxas. Pela perda de tecido 
subcutâneo ocorre desaparecimento da bola gordurosa de Bichat. Em geral o apetite está preservado, ao 
contrário do kwashiorkor, onde há uma inapetência grave. A anemia e a diarreia são comuns e com frequência 
as crianças apresentam o abdome volumoso. Não há edema, nem lesões cutâneas. Os cabelos podem, 
eventualmente, estar alterados. Assim como no kwashiorkor (DEP edematosa), no marasmo também podemos 
observar hipoalbuminemia. 
➢ Kwashiorkor No kwashiorkor, embora a ingestão calórica possa ser adequada, observa-se deficiência 
dietética de proteína. Apesar da energia adequada, a deficiência de proteínas de alto valor biológico 
impede a adaptação do organismo à desnutrição. A instalação costuma ser mais rápida. Kwashiorkor é 
um vocábulo africano (Gani), que significa “doença do primeiro filho quando nasce o segundo”. A 
síndrome foi inicialmente descrita em lactentes desmamados subitamente, devido ao fato de a mãe ter 
engravidado de novo, e ao conceito de que a manutenção da amamentação poderia “envenenar” o feto. 
RESUMOPED KATARINA ALMEIDA 
 
 
 
 A apresentação clínica dessa forma de desnutrição é bastante exuberante e mais comum no segundo e 
terceiro anos de vida. A criança geralmente se apresenta com estatura e peso menores do que os esperados 
para a idade. A criança apresenta-se consumida, fato este observado principalmente nos músculos dos 
membros superiores e inferiores. Esse fato pode ser mascarado pelo edema. O edema é muito frequente e 
considerado a manifestação clínica mais importante dessa síndrome. Vale ressaltar que o edema pode afetar 
qualquer parte do corpo, sendo que em crianças que deambulam, mais frequentemente, o edema se inicia com 
ligeiro intumescimento dos pés se estendendo pelas pernas. Posteriormente, o edema pode acometer mãos e 
face (fácies de lua). Em meninos pode ser notado edema em bolsa escrotal. 
▪ Alterações mentais/comportamentais estão invariavelmente presentes. A criança se apresenta apática, 
hipoativa, anorética e desinteressada pelos fatos que ocorrem ao seu redor. Ela geralmente não sorri, 
mesmo quando estimulada, e está permanentemente irritada, sem apetite. Diferente da criança 
marasmática, a criança com kwashiorkor tem tecido celular subcutâneo. 
▪ O grau de gordura subcutânea dá uma indicação do grau de deficiência calórica. A pele da face está 
frequentemente despigmentada, desenvolvendo-se dermatoses em áreas de atrito, como, por exemplo, 
na região inguinal e no períneo. Surgem áreas de hiperpigmentação que, eventualmente, descamam 
dando um aspecto de dermatite em escamas (flaky paint dematossis); a pele sob as escamas é muito 
pálida e facilmente infectável. Os cabelos apresentam alteração de textura e de cor (discromias) e são 
quebradiços. 
▪ Os cabelos pretostornam-se castanhos ou avermelhados. Pode estar presente o “sinal da bandeira”, 
que consiste na alteração segmentar (em faixas) da cor dos cabelos, traduzindo períodos alternados de 
pior e melhor nutrição. As fezes podem estar liquefeitas, com sangue e alimentos não digeridos. 
Anemia está presente na maioria dos casos. É, em parte, devida à deficiência proteica para síntese de 
eritrócitos, deficiência de ferro e de ácido fólico, parasitoses intestinais. 
 
➢ Kwashiorkor-marasmático A maioria dos casos encontra-se na faixa intermediária entre os dois extremos, sendo 
muito importante diagnosticá-los e impedir a evolução. São as formas ditas mistas: a criança evolui com 
carências na ingestão proteica e/ou energética, apresentando características dos dois tipos clínicos. 
➢ Noma É uma ulceração crônica necrosante da gengiva e das bochechas, geralmente associada à desnutrição 
grave e a doença infecciosa debilitante (ex.: sarampo, malária, tuberculose e diarreia). Ocorre uma infecção 
polimicrobiana, com Fusobacterium necrophorum e Prevotella intermedia, frequentemente presentes. Os 
principais sinais e sintomas são a lesão desfigurante na gengiva e nas bochechas, odor desagradável, febre, 
anemia, leucocitose e outros achados de desnutrição grave. 
Tratamento : O tratamento da desnutrição está intimamente relacionado com aumento de oferta alimentar, que 
deve ser feito de forma gradual em função dos distúrbios intestinais que podem estar presentes. Após a 
reversão deste quadro, fornecer dieta hipercalórica para a recuperação do peso da criança; corrigir distúrbios 
hidro-eletrolíticos, ácido-básicos e metabólicos e tratar das patologias associadas; obtenção de adesão da mãe 
ao tratamento, o que irá facilitar a recuperação da criança em menor tempo e com maior intensidade. 
Por se tratar de um problema, em sua maioria das vezes, social é importante que a equipe de saúde esteja 
atenta, encaminhando esta família para assitentes sociais, comunidades de bairro e pastorais da criança para 
que consigam algum tipo de auxílio para suprirem suas carências. 
A não-criação de vínculo mãe-filho também pode levar uma criança a desenvolver desnutrição em função da 
negligência. Outras vezes a falta de informação leva a um preparo inadequado dos alimentos, levando a família 
a alimentar-se com uma dieta pouco nutritiva. 
Os profissionais não podem culpar a família pela debilidade de seus filhos, cabe a nós orientá-los para evitar 
danos à saúde de nossas crianças e adolescentes, promovendo o fortalecimento do vínculo da criança com a 
família, com informação. 
 
 
 
 
BOLSA FAMÍLIA E SEU PAPEL NA VIGILÂNCIA ALIMENTAR Realizar a Vigilância Alimentar e Nutricional é 
promover informação contínua sobre as condições nutricionais da população e sobre os fatores que as 
influenciam. Sua utilização para a população contribui para o conhecimento dos problemas de nutrição, 
possibilitando a identificação de indivíduos e/ou grupos de pessoas com maior risco aos problemas nutricionais 
por áreas geográficas (ex: área rural), segmentos sociais (ex: população de baixa renda) e grupos populacionais 
(ex: gestantes, crianças, pessoas idosas). Dessa forma, a realização da Vigilância Alimentar e Nutricional 
permite avaliar o estado nutricional das pessoas, podendo, assim, promover a manutenção do bom estado 
nutricional (ex: crianças e gestantes com ganho de peso adequado) e evitar a gravidade de problemas 
nutricionais, seja de baixo peso/desnutrição ou sobrepeso/obesidade e, assim, evitar as conseqüências que 
esses problemas podem trazer para a saúde. Para realizar o acompanhamento do estado nutricional é 
necessário coletar dados de identificação e dados antropométricos das pessoas. 
 Os principais dados de identificação são: Data de nascimento (para obter informações sobre a idade) , Sexo 
(masculino ou feminino) . Os dados antropométricos referem-se à medição do indivíduo. Os principais dados 
antropométricos são: Peso ,Altura . 
Uma vez coletados estes dados, é possível realizar a vigilância do estado nutricional de indivíduos e de grupos, 
lembrando que para cada uma das fases do curso de vida existe um método diferente para realizar o diagnóstico 
nutricional. Vale destacar que estes dados podem ser complementados com informações sobre a situação 
alimentar (hábito alimentar e acesso aos alimentos) e social (escolaridade, condições de moradia) do indivíduo, 
além da avaliação clínica e de exames (ex: hemograma, fezes etc.). Assim, com a realização do conjunto 
dessas ações com a sua participação e a dos demais profissionais de saúde, poderemos obter, de forma mais 
completa, o diagnóstico nutricional. 
 A renda proveniente dos programas de transferência condicionada de renda, neste caso do Programa Bolsa 
Família, tem impacto significativo no combate à fome e à insegurança alimentar e nutricional das famílias. 
Contribui tanto diretamente, quanto indiretamente, através das práticas creditícias, ao acesso a uma alimentação 
variada, assim como de produtos não alimentares, adquiridos nos mercados locais, lojas, feiras e 
supermercados nas sedes dos municípios, necessários para suprir as necessidades das famílias, sem contudo 
acarretar perda de características culturais e sociais presentes nas práticas alimentares desenvolvidas ao longo 
dos anos, como o consumo do açaí, fruta cujo consumo é parte importante na alimentação marajoara. O 
programa promove e fortalece as relações de confiabilidade entre os beneficiários e comerciantes locais, 
possibilitando o desenvolvimento de práticas creditícias como “o fiado”, necessárias para garantir o acesso 
regular ao alimento, contribuindo com a redução da fome entre as famílias marajoaras. Porém observou-se o 
consumo de alimentos com baixa qualidade nutricional (produtos industrializados, doces e refrigerantes), ricos 
em sódio e açúcares, demonstrando a necessidade de promoção de atividades paralelas junto às famílias 
beneficiárias, principalmente no que concerne ao desenvolvimento de práticas alimentares mais saudáveis. 
Programa Fome Zero tem o compromisso de alterar situações agudas de miséria e de contribuir para a 
mudança de paradigmas de segurança alimentar que impedem o crescimento do país.Dentre os programas de 
políticas específicas estão: Cartão-Alimentação, Alimentos Emergenciais, Estoques de Alimentos de Segurança, 
Educação para o Consumo Alimentar, Ampliação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), Combate 
à Desnutrição e Ampliação da Alimentação Escolar. O programa brasileiro de cartão-alimentação – Fornecer 
crédito que deve ser utilizado na compra de alimentos ou mediante comprovação posterior via recibos ou notas 
fiscais. 
➢ Implantar mecanismos de contrapartida para os atendidos pelo Programa Cartão-Alimentação – PCA – 
em relação à frequência a cursos de alfabetização e à rede de saúde, requalificação profissional ou 
prestação de serviços comunitários. Apoio à ampliação da merenda escolar 
➢ Elevar teores calórico e nutricional da merenda. 
➢ Estender o atendimento para os irmãos de escolares e para a rede infantil, especialmente nos 
municípios mais pobres. 
➢ Utilizar produtos regionais na composição da merenda. 
➢ Apoiar tecnicamente os Conselhos Municipais de Alimentação Escolar 
2. Explanar a fisiopatologia, tratamento e medidas preventivas da anemia ferropriva 
ANEMIA FERROPRIVA Anemia é, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição na qual a 
concentração sanguínea de hemoglobina se encontra abaixo dos valores esperados, tornando-se insuficiente 
para atender as necessidades fisiológicas exigidas de acordo com idade, sexo, gestação e altitude. De origem 
multifatorial, pode ser ocasionada pela defi ciência de ferro e/ ou diversos outros micronutrientes, por perdas 
sanguíneas, processos infecciosos e patológicos concomitantes, uso de medicações específicas que impeçam 
ou prejudiquem a absorção do ferro. A principal causade anemia é a deficiência de ferro, estando associada a 
mais de 60% dos casos em todo o mundo. 
https://www.coladaweb.com/biologia/saude/desnutricao
RESUMOPED KATARINA ALMEIDA 
 
 
 
ETIOLOGIA :A maior parte do ferro em recém-nascidos encontra-se na hemoglobina circulante. À medida que a 
alta concentração de hemoglobina cai durante os primeiros dois ou três meses de vida, uma quantidade 
considerável de ferro é recuperada e armazenada. Esses depósitos geralmente são suficientes para a formação 
do sangue em recém- nascidos nos primeiros seis a nove meses de vida. Em recém-nascidos com baixo peso 
de nascimento e perda sanguínea perinatal, esses depósitos de ferro são logo esgotados, porque são menores. 
O atraso na fixação do cordão umbilical pode melhorar o estado do ferro e reduzir seu risco de deficiência. As 
fontes dietéticas de ferro são especialmente importantes nesses recém-nascidos. Em recém-nascidos a termo a 
anemia causada exclusivamente por ferro inadequado na dieta ocorre aos 9-24 meses de idade e é 
relativamente incomum depois disso. O padrão comum de dieta observado em recém-nascidos e em bebês com 
anemia ferropriva nutricional nos países em desenvolvimento é o consumo excessivo de leite de vaca (baixo 
conteúdo de ferro, perda sanguínea a partir da colite proteica do leite) em uma criança acima do peso. A 
subnutrição em geral é mundialmente responsável pela deficiência de ferro. 
A perda sanguínea deve ser considerada uma causa possível em todos os casos de anemia ferropriva, 
especialmente em crianças mais velhas. A anemia ferropriva crônica por sangramento oculto pode ser causada 
por uma lesão do trato gastrointestinal, como úlcera péptica, divertículo de Meckel, pólipo ou hemangioma, ou 
por doença inflamatória intestinal. Os recém-nascidos apresentam sangramento intestinal crônico induzido pela 
exposição a uma proteína termolábil do leite de vaca integral. Essa reação gastrointestinal não está relacionada 
às anormalidades enzimáticas na mucosa, como deficiência de lactase ou alergias típicas ao leite. As crianças 
afetadas desenvolvem caracteristicamente uma anemia mais grave e mais precoce do que o esperado 
simplesmente por uma ingestão inadequada de ferro. A perda sanguínea contínua nas fezes pode ser evitada 
pela amamentação ou pelo atraso na introdução do leite de vaca integral no primeiro ano de vida e, então, pela 
limitação da quantidade de leite bovino integral de <682mL/24h. A perda sanguínea não reconhecida também 
pode estar associada à diarreia crônica e raramente com a hemossiderose pulmonar. Em países em 
desenvolvimento, as infecções com os ancilóstomos Trichuristrichiura, Plasmodium e Helicobacterpylori muitas 
vezes contribui para a deficiência de ferro. Cerca de 2% das garotas adolescentes têm anemia ferropriva, 
devido, em grande parte, ao estirão de crescimento e à perda sanguínea menstrual. O risco mais alto de 
deficiência de ferro está entre as adolescentes que já estiveram ou estão grávidas; mais de 30% dessas garotas 
têm anemia ferropriva. 
FISIOPALOGIA A deficiência de ferro no organismo desenvolve-se em três estágios, que se manifestam de 
maneira gradual e progressiva no organismo até o desenvolvimento da anemia ferropriva. No primeiro, ocorre 
diminuição da ferritina sérica, no segundo já há um declínio da concentração do ferro sérico e aumento da 
capacidade de ligação do ferro e finalmente um terceiro estágio onde há restrição na síntese de hemoglobina, 
podendo se instalar assim a anemia ferropriva, onde as hemácias, até então normocíticas e normocrômicas, 
passam a sofrer alterações morfológicas, tornando-se microcíticas e hipocrômicas. 
 O primeiro estágio ocorre uma dimuição no deposito de ferro no figado, baço, medula ossea, a anemia 
ferropriva, também chamado de depleção de ferro ou ferropenia latente, ocorre quando o aporte de ferro é 
incapaz de suprir as necessidades, produzindo uma redução dos seus depósitos, que se caracteriza por ferritina 
sérica abaixo de 12 microgramas por litro, mas sem alterações funcionais. Havendo continuidade do balanço 
negativo , instala-se uma segunda fase, denominada eritropoese ferro deficiente, a qual é caracterizada por 
diminuição do ferro medular e sérico, saturação da transferrina abaixo de 16% e elevação da protoporfirina 
eritrocitária livre, podendo haver nessa fase a diminuição da capacidade de trabalho. Como consequência da 
deficiência de ferro medular, ocorre uma eritropoiese ineficaz. E finalmente, quando há restrição na síntese de 
hemoglobina, desenvolve-se o terceiro e último estágio, ou a anemia por deficiência de ferro, anemia ferropriva 
instalada, onde a hemoglobina situa-se abaixo dos padrões para a idade e o sexo caracterizando-se pelo 
surgimento de microcitose e de hipocromia das hemácias. 
Entre a deficiência de ferro e a anemia ferropriva propriamente dita, há situações intermediárias em que a 
morfologia das hemácias (microcitose e hipocromia), o ferro sérico, a capacidade total de transporte de ferro 
(TIBC), os depósitos de ferro na medula óssea e a ferritina sérica não apresentam ainda todas as alterações 
características da anemia ferropriva. Nesta hipótese, há uma anemia leve e moderada, com as hemácias ainda 
apresentando-se normais. A deficiência de ferro ocorre: quando a sua ingestão é insuficiente, como por 
exemplo, durante o período de crescimento ou gravidez; quando ocorre a má absorção do ferro; nos casos de 
perdas aumentadas em consequências de perdas sanguíneas uterinas ou no trato digestivo; quando há perda 
renal de hemossiderina em consequência de hemólise intravascular crônica; em situações de seqüestração de 
ferro em um sítio inacessível e até nas perdas urinárias de sangue. O esgotamento dos estoques de ferro na 
medula óssea e a insuficiente oferta de ferro aos eritroblastos levam a uma diminuição da síntese de heme e 
como consequência a uma redução na produção de hemoglobina e de eritrócitos. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A maioria das crianças com deficiência de ferro é assintomática e é identificada 
por triagem laboratorial recomendada aos 12 meses de idade, ou antes, se o risco for alto. A palidez é o sinal 
 
 
 
 
clínico mais importante de deficiência de ferro, porém não é normalmente visível até que a hemoglobina caia 
para 7-8 g/dL. Ela é mais notada como palidez das palmas das mãos, pregas palmares, leitos ungueais ou 
conjuntivas. Os pais não costumam notar a palidez por causa da queda lenta comum ao longo do tempo. Muitas 
vezes, um amigo que está visitando ou um parente são os primeiros a notar. Na deficiência de ferro leve a 
moderada (níveis de hemoglobina de 6-10 g/dL), os mecanismos compensatórios, como níveis aumentados de 
2,3- -difosfoglicerato (2,3-DPG) e uma alteração da curva de dissociação do oxigênio, podem ser tão eficazes a 
ponto de poucos sintomas da anemia serem percebidos, a não ser uma leve irritabilidade. Quando o nível de 
hemoglobina cai para menos de 5 g/dL, a irritabilidade, a anorexia, o desenvolvimento letárgico e os murmúrios 
de fluxo sistólico costumam ser ouvidos. À medida que a hemoglobina continua a cair, a taquicardia e a 
insuficiência cardíaca podem ocorrer. A deficiência de ferro tem efeitos sistêmicos não hematológicos. Os efeitos 
mais preocupantes em recém-nascidos e adolescentes são as funções intelectuais e motoras comprometidas, 
que podem ocorrer no início da deficiência, antes de a anemia se desenvolver. 
Prevenção e tratamento da anemia ferropriva Ações de educação alimentar e nutricional (EAN) voltadas para 
a prevenção da anemia ferropriva preveem o estímulo ao acesso universal à alimentação adequada, ao 
aleitamento materno exclusivo e prolongado, de forma a aumentar o consumo de alimentos fontes de ferro, bem 
como de alimentos que aumentam a biodisponibilidade e a absorção do ferro na introdução de alimentos 
complementares. A contraindicação de uso de leite de vaca in natura, nãoprocessado, em pó ou fluido antes 
dos 12 meses (limitação de consumo de 500ml/dia após os 12 meses) também é uma estratégia 
reconhecidamente protetora contra a deficiência de ferro e o desenvolvimento de anemia ferropriva, devendo ser 
continuamente incentivada33-35. 
Estilos de vida optantes por regimes de alimentação restritos para o uso de carnes e alimentos fontes de ferro 
hemínico requerem igualmente acompanhamento nutricional adequado, com apoio de nutricionistas 
especialistas para garantir o consumo adequado de ferro e ou suplementação profilática sempre que 
necessário34,35. As recomendações de ingestão de ferro são apresentadas nas Dietary Reference Intakes 
(DRIs) e foram desenvolvidas e calculadas pelo Institute of Medicine of the National Academies. Dentre as 
políticas nacionais que visam a prevenção da anemia ferropriva em crianças, cita-se a fortificação de alimentos, 
adotada em consonância com a OMS e que visa abordagem sustentável e custo-efetiva para a prevenção da 
anemia ferropriva, a estratégia NutriSus (oferta de sachês com 15 micronutrientes em pó para acréscimo às 
preparações da criança na rotina escolar)38, e a fortificação da água potável com ferro39. 
 A política nacional de fortificação de alimentos foi recentemente atualizada pela ANVISA, prevendo atualmente 
a fortifi cação das farinhas de trigo e milho com fumarato ferroso e sulfato ferroso (de boa disponibilidade) em a 
9 mg para cada 100g de farinha (RDC n° 150 de 2017)37,40. O Brasil também apresenta políticas para a 
suplementação do ferro desde 2005 (Programa Nacional de Suplementação de Ferro - PNSF), atingindo 
crianças de seis a 24 meses de idade, gestantes e lactantes até o terceiro mês pós-parto com suplementação 
profi lática com sulfato ferroso via oral. Segundo o programa, crianças entre seis e 24 meses devem ser 
suplementadas com sulfato ferroso na dosagem de 1mg/kg peso/dia. A recomendação vigente da Sociedade 
Brasileira de Pediatria orienta a suplementação profilática com dose de 1mg de ferro elementar/kg ao dia dos 
três aos 24 meses de idade, independentemente do regime de aleitamento. Para lactentes nascidos pré-termo 
ou com baixo peso (menor de 1500g), a recomendação é de suplementação com 2mg/kg/dia a partir do 30º dia 
até os 12 meses. Já para os prematuros com baixo peso (entre 1000g e 1500g) a recomendação de 
suplementação é de 3mg/kg/dia até os 12 meses; e para recém-nascidos com menos de 1000g, de 4mg/kg/dia. 
Após o 1º ano de vida, a suplementação em todos os casos reduz-se para a dose de 1mg/kg/dia por mais 12 
meses2,32. A dose de suplementação profilática com ferro elementar recomendada é diferenciada (30mg/ dia) 
para crianças entre 2 e 12 anos residentes em regiões com prevalência de anemia ferropriva superior a 40%. 
3. Explanar o amadurecimento dos aspectos ósseos e dentarios 
Maturação óssea e a erupção dentária são fatos que complementam a avaliação do crescimento da criança. O 
crescimento ósseo é o resultado de um controlado processo de ossificação endocondral. Produz-se uma 
estrutura cartilaginosa, na placa epifisária, que vai sendo substituída por tecido ósseo na direção da metáfise. A 
placa epifisária é uma estrutura entre a epífise óssea a metáfise do osso. Os hormônios tireoidianos e GH são 
fundamentais para o crescimento ósseo. De forma proporcional ao crescimento ósseo, ocorre a maturação 
progressiva dos núcleos epifisários até a fusão completa entre epífise e metáfise. O desenvolvimento dentário 
inclui a mineralização, a erupção e a queda. A mineralização começa no início do 2º trimestre e prossegue até 
os 3 anos de idade partes dos dentes decíduos e até os 25 anos para os permanentes. A erupção começa 
pelos dentes incisivos dos 6 aos 8 meses, progredindo lateralmente. A mudança dos dentes primários para os 
permanentes ocorre por volta dos 6 anos, e a erupção dos permanente pode-se iniciar até 5 meses após a 
queda dos decíduos. 
FASES DENTIÇÃO 
RESUMOPED KATARINA ALMEIDA 
 
 
 
A erupção dentária no bebé : O nascimento dos primeiros dentes de leite pode ser um pouco incómodo para o 
bebé, fazendo com que fique irritável, pois costuma estar mais resmungão do que o habitual e tem a tendência 
para mordiscar as suas mãos ou qualquer objecto que seja colocado ao seu alcance. No entanto, os casos em 
que a erupção dentária é bastante dolorosa, chegando a impossibilitar o sono, são reduzidos. Deve-se referir 
que, ao contrário do que se costuma pensar, a erupção dos dentes não é acompanhada por febre ou problemas 
como vómitos e diarreia, embora estes sinais e sintomas possam coincidir com o nascer dos dentes, já que 
nestas idades é habitual que o bebé seja afectado por alguma infecção virai que provoque estas manifestações, 
sem que exista uma verdadeira relação. 
Dentição temporária : A primeira dentição é constituída por vinte dentes, os denominados "dentes de leite", 
cujo rompimento ocorre de forma progressiva, com uma sequência cronológica bastante definida, 
aproximadamente entre os 6 meses e os 2 anos e meio. Todavia, a idade em que os primeiros dentes se 
evidenciam varia bastante, pois embora alguns bebés já nasçam com algum dente visível, outros ainda estão 
desdentados quando cumprem 1 ano. Contudo, é por volta do meio ano, entre os 5 e os 7 meses, que 
costumam surgir os primeiros dentes, na maioria dos casos os incisivos centrais inferiores. Ao fim de pouco 
tempo, entre os 6 e os 8 meses, evidenciam-se os incisivos centrais superiores. Em seguida, aparecem os 
incisivos laterais, primeiro os inferiores, entre os 7 e os 10 meses, e depois os superiores, entre os 8 e os 11 
meses. Seguindo a mesma ordem, no primeiro semestre do segundo ano, surgem os primeiros molares 
superiores, seguidos pouco depois pelos caninos inferiores, os caninos superiores e, por volta dos 2 anos de 
idade, os primeiros molares inferiores. Os últimos dentes de leite a nascer, até aos 2 anos e meio, são os 
segundos molares inferiores e superiores, que completam a dentição temporária. A partir dos 6 anos de idade, 
os dentes de leite começam a cair de forma espontânea, sendo substituídos pelos dentes definitivos. A queda, 
variável consoante os casos, segue igualmente uma ordem cronológica bastante definida: em primeiro lugar, 
entre os 6 e os 7 anos, caem os incisivos centrais inferiores, no ano seguinte caem os incisivos centrais 
superiores e os incisivos laterais inferiores e, entre os 8 e os 9 anos de idade, caem os incisivos laterais 
superiores. Os caninos inferiores caem entre os 9 e os 11 anos, enquanto que os caninos superiores caem entre 
os 11 e os 12 anos. Os primeiros molares caem entre os 10 e os 12 anos, em primeiro lugar os inferiores e, 
depois, os superiores. Os segundos molares inferiores também caem entre os 10 e os 12 anos, enquanto que os 
segundos molares inferiores caem entre os 11 e os 13 anos. 
 
Dentição definitiva : A segunda dentição é constituída por 32 dentes e o seu rompimento inicia-se até aos 6 ou 
7 anos, altura em que ainda não caíram os dentes de leite, com uma ordem bastante definida. O rompimento 
dos dentes definitivos começa com os primeiros molares inferiores e superiores definitivos, que se situam ao 
lado dos segundos molares temporários. Pouco depois, e à medida que os dentes de leite vão caindo, os 
orifícios consequentes vão sendo ocupados pelos correspondentes dentes definitivos, primeiro os incisivos 
centrais e, depois, os incisivos laterais e os caninos. Os primeiros e segundos pré-molares surgem entre os 10 e 
os 13 anos e, ao contrário dos restantes dentes, costumam aparecer em primeiro lugar os superiores e, depois, 
os inferiores. Os segundos molares inferiores e superiores caem entre os 12 e os 13 anos, enquanto que os 
terceiros molares, os "dentes do siso", levam mais algum tempo, nunca aparecendo antes dos 15 anos, podendo 
até levar mais 10 anos ou nem chegarem a aparecer. De qualquer forma, as idades referidassão apenas 
aproximadas, já que existe uma grande variabilidade em relação ao momento de erupção dos diferentes dentes. 
4.Abordar os acidentes domésticos mais prevalentes e suas medidas preventivas (0-6 meses, 
7m-1 ano, 1-2 anos, 2-6 anos) 
QUEIMADURA : A queimadura, a terceira causa de morte por trauma, é um dos acidentes mais frequentes em 
Pediatria, ocupando o primeiro lugar dentre os de ocorrência domiciliar1. As lesões produzidas por líquidos 
quentes são as mais comuns, especialmente em menores de cinco anos, enquanto a maioria dos acidentes 
fatais é determinada pela chama. No Brasil, o álcool líquido é o agente que mais produz queimaduras extensas 
e profundas. Já os acidentes por corrente elétrica, produtos químicos, contato com corpos superaquecidos e 
radiação surgem com menor frequência. 
 
 
 
 
Primeiro grau:Atinge a camada superficial da pele, que fica vermelha, quente e dolorosa, mas não forma bolhas. 
Ocorre por exemplo quando a pessoa fica exposta ao sol por períodos prolongados.A cura espontânea ocorre 
em 3 a 6 dias, sem deixar cicatrizes. 
Segundo grau:Atinge mais profundamente a pele, que se apresenta dolorosa, vermelha e com bolhas. O edema 
(inchaço) e a dor são importantes. É comumente observada nas queimaduras por líquidos quentes.A evolução 
depende da gravidade das lesões: quando menos profundas, a cura pode ocorrer em cerca de duas semanas 
sem deixar cicatrizes ou com cicatrizes discretas. As mais profundas demoram várias semanas e podem resultar 
em cicatrizes significativas 
Terceiro grau:Todas as camadas da pele são lesadas. A ferida é seca, brancacenta ou marrom, e a dor é menos 
intensa devido aos danos nos nervos. Observada freqüentemente nas queimaduras por chama, nas 
queimaduras químicas e elétricas.O tratamento é complexo, exigindo cirurgia plástica reparadora com enxerto 
de pele. 
Fisiopatologia Não só a pele é acometida na queimadura, toda a criança se torna enferma. Destacam-se os 
distúrbios hidreletrolíticos, metabólicos e imunológicos. A chama, em ambientes fechados, pode ainda provocar 
intoxicação por monóxido de carbono (CO) e lesões da mucosa do aparelho respiratório. A lesão cutânea ocorre 
a temperaturas superiores a 44ºC e não se estabiliza após cessar a ação do agente. Do ponto de vista 
histopatológico, a queimadura apresenta três camadas: necrose de coagulação (mais superficial), de estase 
(intermediária) e hiperemia (profunda) 
. 
Medidas preventivas: Deixe álcool líquido e outros combustíveis trancados em casa. Utilizar velas, lampiões, 
incensos e cigarros acessos somente em lugares altos. Guardar fósforos e isqueiros longe das crianças, evitar 
fogos-deartifício. 
 As tomadas eléctricas devem ser cobertas com capas plásticas protetoras para impedir que as crianças 
introduzam objetos como grampos dentro das tomadas. Não use fios de extensão inadequados nem os 
deixe ao alcance de crianças, evite aparelhos eléctricos velhos e possivelmente inseguros, pois muitos 
incêndios domésticos ocorrem devido à fiação, tomadas e aparelhos defeituosos. 
 Bloquear o acesso da criança à cozinha, que é o lugar mais perigoso da casa, é ali que ocorre a maioria 
das queimaduras por escaldadura. As panelas devem sempre ficar com os cabos direcionados para a 
região central do fogão e as bocas de trás devem ser utilizadas preferencialmente. Quando o fogão não 
estiver sendo usado fechar o registo do gás. Os pais devem ser orientados a não deixar copos, xícaras 
ou pratos contendo líquidos quentes perto das bordas de mesas ou pias. 
QUEDAS : As quedas representam a principal causa de atendimentos em serviços de emergência e de 
internações em crianças de zero a nove anos de idade. Uma pesquisa recente do Ministério da Saúde mostrou 
que 50% dos atendimentos em crianças nessa faixa etária foram devidos a esta causa. Os dados mostram ainda 
que o perigo nem sempre está nas ruas. 
• As quedas são o fator causal mais prevalente em todas as faixas etárias pediátricas, particularmente na 
de 0 a 1 ano3. À medida que a criança cresce, outros fatores começam a ter maior relevância, como os 
acidentes de transporte, os acidentes relacionados ao lazer e, finalmente, à violência física. 
• Nas crianças de 0 a 1 ano, a causa principal é a queda do colo, do leito ou de alguma mobília; nas de 
1 a 9 meses, acrescentam-se as quedas da própria altura (perda de equilíbrio por imaturidade da 
coordenação motora, tropeções), as quedas de brinquedos, etc.. Em idades posteriores, aparecem as 
quedas associadas às atividades esportivas. 
RESUMOPED KATARINA ALMEIDA 
 
 
 
• O sexo mais afetado, em mais de 60% dos casos, é o masculino, provavelmente em função do 
comportamento mais inquieto dos meninos 
• O local de ocorrência mais frequente de quedas, no grupo de 0 a 9 anos, é o próprio domicílio, em 
virtude do fato de que as crianças nesta faixa etária lá permanecem mais tempo; a escola, no grupo de 
10 a 14 anos; e recintos esportivos, nos adolescentes de 15 a 19 anos 
• Como consequência desses traumas, nos lactentes predominam as contusões; em crianças de 2 a 5 
anos, os ferimentos cortocontusos; e no grupo de 6 a 9 anos, as fraturas de ossos das extremidades 
• Há um tipo de queda particularmente grave que ocorre em zonas densamente habitadas, com casas 
que não possuem quintal para as crianças se divertirem, que é a queda da laje. Geralmente são lesões 
de baixa gravidade, embora, menos comumente, as quedas na infância possam levar a quadros 
complexos e graves 
• . 
MEDIDAS PREVENTIVAS : Em lactentes: 
1. Nunca deixe bebês sozinhos em qualquer local da casa, particularmente em camas, sofás, trocadores, 
beliches, mesmo que a criança ainda não tenha adquirido a capacidade de rolar. 
2. Tenha certeza que colocou grades de proteção em qualquer móvel utilizado para a criança dormir. 
3. Cuidado na escolha de cadeiras para oferecer a alimentação. Devem ter base alargada, trava e cinto. 
Sempre supervisionar a criança, mesmo que ela esteja contida na cadeira com dispositivos de 
segurança. 
Em pré-escolares e escolares: 
4. Disponha os móveis de maneira que a supervisão de seu filho possa ser constante e direta. 
5. Trave portas e bloqueie o acesso às áreas perigosas da casa, como lavanderia, cozinha e área 
externa. 
6. Remova tapetes e utilize material de borracha em banheiros. 
7. instale grades protetoras em escadas e áreas de risco da casa, e oriente os familiares para sempre 
fechá-las após o uso. 
8. Instale redes ou grades de proteção em todas as janelas dos apartamentos ou casas do tipo sobrado. 
9. Mantenha os móveis afastados das janelas. 
INTOXICAÇÕES EXOGENAS;Trata-se do aparecimento de sinais e sintomas devido ao contato com 
substâncias químicas que prejudicam o organismo das pessoas, podendo provocar danos graves e até a morte. 
De modo geral, qualquer substância, se utilizada na quantidade incorreta, de forma inadequada ou mesmo se 
estiver fora da data de validade pode causar intoxicação. Em crianças, geralmente ocorre de forma acidental e 
no ambiente doméstico. As crianças de 1 a 4 anos de idade são as mais afetadas. O motivo disso é o grande 
tempo que passam em casa, onde ficam expostas a um grande número de produtos tóxicos disponíveis e 
armazenados de forma incorreta; as embalagens inseguras desses produtos; e a pouca informação que pais e 
responsáveis têm sobre as formas de prevenção de acidente. 
Em casa, vários produtos podem causar intoxicação nas crianças. Entre eles: medicamentos, produtos de 
limpeza, inseticidas, tintas, graxas, xampus, cremes e cosméticos diversos, bebidas alcoólicas, dentre outros. 
Há, ainda, o risco de intoxicações dentro de casa e no jardim, por conta de contato com plantas tóxicas e 
animais peçonhentos, como cobras, aranhas, escorpiões, lacraias e abelhas. 
A prevenção é fundamental para evitar casos de intoxicação com criança e adolescentes. Para tanto, há um conjunto de 
medidas simples quepodem ser adotadas no cotidiano. Seguir essas orientações reduz o risco do surgimento de problemas 
desse tipo, conforme detalhado na lista abaixo: 
1) Manter medicamentos em locais fechados e fora do alcance das crianças (evite guardá-los em “mesinhas de 
cabeceira” ou gavetas de armários abaixo de 1,5 metro); 
2) Não usar medicamentos vencidos ou sem orientação médica, ler com atenção as instruções da receita e da 
bula e, ao medicar uma criança, não dizer que é bala ou outra guloseima; 
3) Dar preferência a embalagens de medicamentos que tenham tampas de segurança, pois embora não 
garantam que a criança não abrirá a embalagem, dificultam bastante, a tempo de que alguém intervenha; 
 
 
 
 
4) Não oferecer embalagens ou frascos contendo medicamentos para uma criança brincar. Afinal, remédio não é 
brinquedo! 
5) Guardar/armazenar produtos de limpeza em armários fechados e longe do alcance das crianças; 
6) Procurar ter conhecimento da toxicidade das plantas e do local onde se encontram (proximidades de sua 
residência, escola, local de trabalho, de lazer, etc.), evitando levar mudas tóxicas ou desconhecidas para sua 
casa, local de lazer ou trabalho ou onde se encontram crianças por longos períodos; 
8)Plantas ornamentais como flores, sementes ou frutos atraentes, com espinhos ou grandes quantidades de 
exsudato (látex) não devem ser colocadas em locais onde há circulação de crianças; 
9) Para evitar picadas de animais peçonhentos (cobras, escorpiões, aranhas, etc.) é importante não andar 
descalço em locais onde esses animais possam estar presentes (usar botas); não colocar as mãos em buracos, 
montes de telhas, tijolos ou folhagens; e não deixar acumular vegetação ou entulhos nos jardins e quintais. 
5. Discutir os aspectos biopsicosocial e a importância do atestado médico para a família 
 
Entende-se por atestado (ou certificado) o documento que tem por objetivo firmar a veracidade de um fato ou a 
existência de determinado estado, ocorrência ou obrigação. É um instrumento destinado a reproduzir, com 
idoneidade, uma específica manifestação do pensamento médico. Juridicamente, os atestados médicos são 
considerados instrumentos de fé pública — ou seja, são verdadeiros até que se prove o contrário. Carecem de 
regulação ou verificação de credibilidade por qualquer órgão público, sendo que se pressupõe sempre, a priori, 
que as informações contidas nele são verídicas. Somente aos médicos e odontólogos é facultada a prerrogativa 
do fornecimento de atestados de afastamento de trabalho. “O atestado ou certificado médico, portanto, é uma 
declaração por escrito de uma dedução médica e de suas possíveis consequências. Tem a finalidade de 
resumir, de forma objetiva e singela, o que resultou do exame feito em um paciente, sua doença ou sua 
sanidade, e as consequências mais imediatas. É, assim, um documento particular, elaborado sem compromisso 
prévio e independente de compromisso legal, fornecido por qualquer médico que esteja no exercício regular de 
sua profissão. Desta forma, tem unicamente o propósito de sugerir um estado de sanidade ou de doença, 
anterior ou atual, para fins de licença, dispensa ou justificativa de faltas ao serviço, entre outros.” Ao artigo 473 
da Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT), por meio da lei nº 13.257 de 08 de março de 2016, foi acrescido o 
direito de falta do trabalhador por um dia por ano para acompanhar filho de até seis anos em consulta médica. 
Problema maior e ainda mais frequente encontramos nos casos em que a criança ou adolescente precisa ser 
afastado de suas atividades escolares e permanecer em repouso domiciliar. Como dito, não há respaldo legal 
previsto na CLT para que o médico afaste um dos pais ou responsável de seu trabalho para que eles exerçam 
os cuidados desse paciente. Outra situação bastante frequente é a dos casos de internação, quando o paciente 
necessita de um período (às vezes prolongado) de permanência dentro de um hospital. Aqui, recaímos ainda 
sobre outro problema: é pouco provável que alguém da instituição tenha testemunhado a presença contínua do 
acompanhante no hospital, de forma a atestar que tal genitor ou cuidador permaneceu acompanhando o menor 
durante todo esse período. Sendo assim, o conselho dado pelos juristas é o de elaborar um atestado médico em 
nome do paciente pelo período preconizado de afastamento ou da internação. Munidos desse atestado no nome 
da criança, os pais ou cuidadores deverão negociar seu afastamento diretamente com o empregador. Em todos 
esses casos, no entanto, o fornecimento de um atestado afastando o acompanhante de suas atividades laborais 
não só é indevido como também é ilegal. Ainda mais grave seria fornecer um atestado médico em nome do 
responsável inventando uma doença e afastando-o por esse motivo. Tal ato é um completo disparate, contrário 
às leis e aos ditames do Código de Ética Médica 
 
 
 
”. 
 
 
 
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