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MÁQUINAS DE CORRENTE CONTÍNUA MÓDULO 4 Torque em Máquinas CC - Motores de Corrente Contínua MÓDULO 4 TORQUE EM MÁQUINAS DE CC- MOTORES CC 4-1 Princípio do Motor CC - Embora a construção de motores e geradores CC seja muito parecida,as suas funções são bastante diferentes. A função de um gerador é gerar uma tensão quando os condutores se deslocam através de um campo magnético, enquanto um motor serve para produzir um esforço para rotação, ou torque,para produzir rotação mecânica. - Há um campo magnético em torno de um condutor que conduz energia elétrica e quando esse condutor é colocado em outro campo magnético , os dois campos se interagem. N S (a) Campo magnético principal (b) Campo magnético do condutor (enrolamento de campo) (enrolamento da armadura) Fig. 4-1 Campa magnético Como os campos magnéticos nunca se cruzam, as linhas dos dois campos se acumulam em um lado e se anulam mutualmente no outro lado, produzindo respectivamente, campos fortes e fracos. N S Fig.4-2 Interação entre os campos magnéticos principal e do condutor da armadura - As linhas de força de mesmo sentido tendem a se repelir; - Assim, as linhas de força sob o condutor mostrado acima, ao se repelirem, tendem a deslocar o condutor para cima ou, quando o sentido da corrente no condutor é invertido, a deslocá-lo para baixo. - O movimento do condutor faz com que ele corte as linhas do campo magnético principal. Deste modo, aparece uma fem no condutor, a qual de acordo com a lei de Lenz , tende a se opor ao movimento que a produziu. Isto significa que a fem induzida terá polaridade oposta à tensão aplicada externarmente ao motor, por esse motivo é conhecida como força contra-eletromotriz fcem. -- As relações eletromecânicas fundamentais que distiguem a máquina operando como gerador ou como motor, podem ser resumidas como se segue: Ação Motora Ação Geradora 1. O torque eletromagnético produz(ajuda) a rotação O torque eletromagnético (desenvolvido no condutor percorrido pela corrente) opôe-se à rotação (Lei de Lenz) 2. A tensão gerada se opõe à corrente da armadura (Lei de Lenz) 3. A tensão gerada produz(ajuda) a corrente da armadura 4. aaac RIVE −= aaag RIVE += 4-2 Reação da Armadura no motor CC - Como existe corrente nos condutores da armadura do motor, há um campo magnético em torno da armadura. O campo da armadura distorce o campo principal, isto é, o motor apresenta uma reação da armadura , tal como acontece no gerador. - Entretanto, o sentido da distorção causada pela reação da armadura no motor é oposto ao que se observa no gerador. - No motor, a reação da armadura desloca o plano neutro de comutação no sentido contrário ao sentido de rotação. Fig 4-4 Reação da Armadura e Plano Neutro Elétrico nas Máquinas CC 4-3. |Generalidades 1- O torque eletromagnético produz (ajuda) a rotação; 2- A tensão gerada (induzida na armadura ) ,fccm, se opõe à corrente na armadura (Lei de Lenz); 3- A força contra-eletromotriz pode ser expressa pela equação: aaac RIVE −= A equação acima pode ser escrita por: a ca a R EV I − = O módulo 1 mostrou como se calcula a força eletromagnética: θBlisenF = A direção da força eletromagnética pode ser determinada pela regra da mão esquerda para ação motora: Movimento Força fcem Campo campo S N S N fem oposição de força (a) Regra da mão direita do gerador (b) Regra da mão esquerda do motor Fig, 4-5 Comparação entre ação motora e geradora 4-4 Circuito Equivalente do Motor CC 4-5 Torque Torque é definido como a tendência do acoplamento mecânico (de um força e sua distância radial ao eixo de rotação) em produzir rotação. O torque é expresso em N.m. F ig.4-7 Produção de Torque numa Bobina de uma única Espira - O torque que atua na estrutura da figura acima é a soma dos produtos rf e rf 21 ou seja, a soma total dos torques, atuantes produzidos pelos condutores individuais que produzem rotação; - A distinção entre forças desenvolvidas nos condutores da armadura e torque útil desenvolvido por estes condutores para produzir rotação é vista na figura 4-: f1 f1 φ Eixo de referência f1 F d φ S N d bobina f2 f2 f2 Fig.4-8 Torque Útil para Rotação - Nota-se que as forças 21 f e f são iguais em magnitude mas os torques desenvolvidos pelas forças não são os mesmos para cada um desses condutores – como o torque é definido como o produto de uma força e de sua distância perpendicular ao eixo, tem-se: θFsenf = Onde F é a força em cada condutor e θ é o complemento do ângulo criado pela força desenvolvida no condutor F e a força útil tangencial à periferia da armadura. Então, o torque cT na superfície da armadura é; rFsenrfTc ).(. θ== EXEMPLO A bobina da fig.4-2 está numa armadura de 0,46 m de diâmetro com 4-1: um eixo axial de 0,61 m e um campo cuja densidade é de 0,372 Tesla. Calcule quando circula uma corrente de 26 A: a. A força desenvolvida em cada condutor; b. A força útil no instante em que a bobina se encontra num ângulo de 60° com relação ao eixo interpolar de referência; c. O torque desenvolvido em N.m. Solução: - m d armadura 46,0= ; - m l 61,0= ; - A i 26= ; - TeslaB .372,0= ; a) BliF = ⇒ 26.61,0.372,0=F N F 89,5= b) θFsenf = N senf 1,560.89,5 =°= N f 1,5= c) rFsenrfTc ).(. θ== mN Tc .17,123,0.1,5 == - Podemos calcular a força média total que tende a girar a armadura médiaF através de um relação simples: acmed ZFF .= onde: médiaF é a força média total tendendo a girar a armadura; cF é a força média por condutor diretamente sob o pólo; BliFc = aZ é o número de condutores ativosda armadura. - Isto simplifica o cálculo do torque total desenvolvido pela armadura, pois: rZFrFT acmedmed ... == Exemplo 4-2: A armadura de um motor de CC contém 700 condutores e tem um diâmetro de 0,61 m e um comprimento axial de 0,86 m. Se 70% dos condutores estão diretamente sob os polos , com uma densidade de fluxo de 0,775 Tesla e com uma corrente de 25 A, calcule: (a). A força total média, que tende a girar a armadura; (b) O torque da armadura. Solução: a) acmed ZFF .= N BliFc 66,1625.86,0.775,0 === 7,0.700.66,16. == acmed ZFF N Fmed 63,8164= b) rZFrFT acmedmed ... == 305,0.63,8164=medT mN Tmed .2,2490= Exemplo 4-3: Calcule a corrente da armadura de um motor que possui as seguintes especificações:120 ranhuras, 6 condutores por ranhura, densidade do fluxo é de 0,93 Tesla, diâmetro da armadura é de 0,71 m, comprimento axial dos condutores é de 0,36 m, 4 caminhos paralelos na armadura, os arcos polares abraçam 72% da superfície da armadura e o torque desenvolvido é de 2000 N.m. Solução: r TF medmed = N Fmed 80,5633355,0 2000 == a medaa ZlB F caminho I condutor I .. == pois: a med c c c Z FF e Bl FBliF === caminho por A caminho I condutor I aa 5,32 72,0.6.120.36,0.93,0 80,5633 === caminhos caminhoAacaminhoII aa 4./50,32./ == A I a 84,129= 4-6. Equação Fundamental do Torque em Máquinas de CC póloaZI a PkT φ= Onde: • P é o número de polos; • a é o número de caminhos; • Z é o número de condutores ativos na superfície da armadura, cada um produzindo um torque útil; • Ia é a corrente total que penetra na armadura; • φ é o fluxo por polo concatenando os condutores; • k é a constante do motor. - Para uma máquina de CC, o número de caminhos, polos e condutores da armadura é fixo ou constante: póloakIT φ= Exemplo 4-4: Um motor desenvolve um torque de 200 N.m e que está sujeito a uma redução de 10% no fluxo do campo, que produz um acréscimo de 50% na corrente da armadura. Ache o novo torque produzido como resultado desta variação: Solução: T I aφ 200 y x originais Condições ?59,0 y 1, x condições Novas Usando regra de três, tem-se: ) 0,1 5,1).( 0,1 9,0(200 y y x xT = mN T .270= - O torque calculado nos exemplos 4-3. E 4-4. são chamados de torque desenvolvido que são produzidos pelos condutores da armadura; - O torque disponível na polia ou eixo do motor é um tanto menor que o torque desenvolvido, devido às perdas rotacionais durante a ação motora. 4-7 . Força Contra-Eletromotriz ou Tensão Gerada no Motor -O fluxo da corrente através da armadura está limitado pela: • Resistência da armadura; • fcem: a ca a r EV I − = Exemplo 4-5: Um motor shunt CC possuindo uma resistência de armadura de 0,25Ω e uma queda de tensão nas escovas de 3 V, recebe uma tensão aplicada de 120 V através dos terminais da armadura. Calcule a corrente da armadura quando: (a) A velocidade produz uma fcem de 110 V para dada carga; (b) Há queda de velocidade devida à aplicação adicional de carga e a fcem tem o valor de 105 V; (c) Calcule a variação percentual na fcem e na corrente da armadura. Solução: (a) a escovac a R vEVI )( +−= A I a 2825,0 )3110(120 = +− = (b) A I a 4825,0 )3105(120 = +− = (c) %53,4100. 110 105110 = − =∆ cE %5,71100. 28 4828 = − =∆ cI -Sendo que a fcem e a velocidade do motor são proporcionais, verifica-se pelo problema acima que uma variação de 4,53% na fcem e velocidade resulta em uma variação substancial na corrente de armadura (71,5%) - Consequentemente, variações na velocidade do motor , mesmo que leves, resulta em uma grande elevação da corrente do motor. 4-8 . Velocidade do Motor como função da fcem e do fluxo - A fcem de motor pode ser escrita por: a ZNPEc 60 φ = NkEc φ= onde: • φ é o fluxo por polo; • k é ( aZP 60 ) para uma dada máquina; • N é a velocidade de rotação do motor em rpm. Mas a fcem do motor, incluindo a queda de tensão nas escovas asesv cov∆ é: )( cov asesaaac vrIVE ∆+−= - fazendo as devidas substituições, tem-se: φk EN c= φk vrIVN asesaaa )( cov∆+−= - é a equação fundamental do motor CC; - Através da equação acima pode-se chegar às seguintes conclusões: • Se o fluxo polar é enfraquecido consideravelmente, o motor tende a disparar; • Se o denominador da equação acima tende a zero, a velocidade tende ao infinito; - Pelo fato de a velocidade do motor variar com a excitação do campo, costuma-se empregar uma forma conveniente de se controlar a velocidade variando o fluxo de campo através do ajuste da resistência no circuito do enrolamento do campo. Exemplo 4-6: Um motor shunt CC 120 V, possuindo uma resistência do circuito da armadura de 0,2Ω e uma resistência de 60Ω no circuito de campo, absorve da ,rede uma corrente de linha de 40 A a plena carga. A queda de tensão nas escovas na situação nominal é de 3 V, a velocidade a plena carga é de 1800 rpm. Calcule: (a) A velocidade numa situação de meia carga; (b) A velocidade numa situação de sobrecarga de 125%. Solução: a) A plena carga: fLa III −= AVIa 3860 12040 = Ω −= ; )( cov asesaaac vrIVE ∆+−= VEc 4,109)32,0.38(120 =+−= - na velocidade nominal de 1800 rpm, tem-se: )(384,109 carga plenaAI e VE ac == - para situação de meia carga.tem-se: AAIa 192 38 == VvRaIVE asesaac 2,113)32,0.19(120)( cov =+−=∆+−= -usando a regra de três, para a velocidade de meia carga, tem-se: φkN ac meia 2,113 arg = φk 4,1091800 = rpmN ac meia 18604,109 2,1131800arg == rpm N ac meia 1860arg = b) A velocidade numa sobrecarga de 125%: AIa 5,4738.25,1 == VvRaIVE asesaac 5,107)32,0.5,47(120)( cov =+−=∆+−= Então a velocidade a uma sobrecarga de 125% será: 4,109 5,107 .1800%125 =N rpm N 1765%125 = Exemplo 4-7: O motor CC do exemplo 4-6 é carregado (temporiamente) com uma corrente de linha de 66 A, mas fim de produzir o torque necessário, o fluxo polar é aumentado em 12% pela redução da resistência do circuito de campo para 50Ω.Calcule a velocidade do motor. Solução: AIII fLa 6,6350 12066 =−=−= VvRaIVE asesaac 3,104)32,0.6,63(120)( cov =+−=∆+−= NKEc φ= KV 18004,109 φ= NKV φ12,13,104 = Então: 12,1 1 . 4,109 3,104 .1800=N rpm N 1535= 4-9 fcem e Potência Mecânica desenvolvida pela Armadura do Motor caaa EVrI −= acaaaa IEVrII )()( −= acaaaa IEIVrI −= 2 ou aaaaac rIIVIE 2 −= ; -A parcela aa rI 2 corresponde a potência dissipada nos vários componentes que constituem o circuito da resistência da armadura, esta dissipação é denominada perda no cobre da armadura; -A potência remanescente ou desenvolvida, acIE é requerida pela armadura para produzir o torque interno ou desenvolvido; -A relação entre a potência desenvolvida e suprida é: c c ac aa a c V E IV IE P P ===η que é chamada de rendimento da máquina 4-10 Relação entre Torque e Velocidade do motor - Sendo a equação básica da velocidade domotor e desconsiderando a queda de tensão nas escovas: φk rIVN aaa )(−= - O torque é definido por: aIkT φ= - O fluxo polar de um motor-shunt é reduzido pelo decréscimo da corrente de campo; -A fcem NkEc φ= cai instantaneamente ( a velocidade permanece constante, devido à inércia da armadura); - O decréscimo da fcem NkEc φ= provoca um aumento da corrente da armadura: a ca a r EV I − = - Uma pequena redução no fluxo polar ( redução de NkEc φ= ) produz um grande aumento na corrente da armadura; - Na equação aIkT φ= , um pequeno decréscimo no fluxo polar produz um grande aumento na corrente da armadura, onde o aumento do torque é superior à redução do fluxo; - Este aumento no torque produz um aumento da velocidade. 4-11 Dispositivos de Partida para Motores de CC No instante que aplicamos a tensão Va nos terminais da armadura do motor, para iniciar a rotação, tem-se: - não existe velocidade no motor; φk EN c= - fcem é nula; - fatores que limitam a corrente: asesv cov∆ e a resistência da armadura aR , então a sobrecarga é muitas vezes maior que a corrente nominal. Exemplo 4-7: Um motor shunt CC de 120 V Possui uma resistência de armadura de 0,2Ω e uma queda de tensão nas escovas de 2 V. A corrente nominal a plena carga é de 75 A.Calcule a corrente no instante da partida e o seu percentual em relação à situação nominal. Solução: )(590 2,0 2120 partida da instante no nula é fcem aA R vVI a escovaa p = − = − = %786100. 75 590 arg ==ac plena à mPercentage - O exemplo mostra o dano que pode ocorrer a um motor, amenos que a corrente de partida seja limitada por meio de um dispositivo de partida, por exemplo um reostato contínuo com tapes. -dado um resistor externo, cuja finalidade é limitar a corrente de partida: sa escca a RR vEVI + ∆+− = )( . Exemplo 4-8: Calcule os vários valores(tapes) da resistência de partida para limitar a corrente no motor do exemplo 4-7 para: (a). Uma carga 150% superior na partida ao valor nominal; (b) Uma fcem com 25% do valor da tensão da armadura Va, com uma corrente de 150% do valor nominal. ( c) Uma fcem com 50% do valor da tensão da armadura, com uma corrente NII 5,1= (d) Calcule a fcem a plena carga, sem resistência de partida Solução: sa escca a RR vEVI + ∆+− = )( . a a asesca s RI vEVR −+−= )( cov (a) Na partida Ec é zero; a a asesa s RI vV R − − = cov Ω=−−=−−= 85,02,0 75.5,1 2120cov a a asesa s RI vV R (b) Ω=−−−=−+−= 582,02,0 75.5,1 230120)( cov a a asesca s RI vEV R (c) Ω=−+−=−+−= 316,02,0 75.5,1 )260(120)( cov a a asesca s RI vEV R (d) VvRIVE asesaaac 103]2)2,0.75[(120)( cov =+−=+−= Fig. 4-9 Conexões Esquemáticas de Dispositivo de Partida de Motores Shunt, Série e Compostos 4-12 Características do Torque Eletromagnético dos Motores CC - Equação fundamental de torque: aIkT φ= 4-12-1 Motores Shunt - A corrente de campo é constante, estabelecido pelo reostato de campo, implica fluxo de campo φ constante; -Então posso representar o torque por: aIkT '= 4-12-2 Motores Série - O fluxo produzido pelo campo série φ é em todo instante proporcional à corrente da armadura , desde que o núcleo polar seja não saturado: aIk *=φ 2 '' aIkT = 4-12-3 Motores Compostos - O efeito do campo série pode ser cumulativo ou diferencial; -A corrente no campo shunt e o fluxo polar , durante a partida ou funcionamento normal é essencialmente constante; - A corrente no campo série é uma função do corrente de carga solicitada pela armadura e fluxo fφ é constante; -Equações de torque: • Motor composto cumulativo: asf IkT )( φφ += Onde a fluxo do campo série é função da corrente da armadura; • Motor composto diferencial: asf IkT )( φφ −= Fig. 4-10 Torque para dada máquina CC Exemplo 4-9 Um motor composto cumulativo está operando como motor shunt(campo série desligado) e desenvolve um torque de 118 N.mquando a corrente da armadura é de 40 A eo fluxo polar é de 1,6.106linhas.Quando religado como motor composto cumulativo para a mesma corrente desenvolve um torque de 140 N.m. Calcule: (a) O aumento do fluxo devido ao campo-série em percentagem; (b) O torque quando a carga do motor composto aumenta de 10%(admita operação na posição linear da curva de saturação). Solução: - Os dados apresentados estão arranjados abaixo numa forma tabelar , para melhor entendimento: Torque em N.m Corrente da armadura Ia (A) Fluxo polar fφ em linhas original 118 140 1,6.106 fluxo adicional 140 140 610.9,1=fφ torque final fT 154 1,1.1,9.10 6 - Para a condição original : aorigorig IkT φ= af aorig f orig Ik Ik T T φ φ = orig f origf af aorig f orig T T Ik Ik T T φφφ φ =⇒= linhas f 66 10.9,1 118 140 .10.6,1 ==φ %8,18100100. 10.6,1 10.9,1 6 6 =−=fluxo no percentual Aumento (c) O fluxo polar na situação final é 1,1.1,9.106 linhas ( devido ao acréscimo de 10% na carga): faf aorig f orig TIk Ik T T f 140 154 140 . 10.9,1.1,1 10.9,1 6 6 === φ φ mN T f .170= Exemplo 4-10: Um motor série absorve uma corrente de 25 A e desenvolve um torque de 66 N.m. Calcule: (a) O torque quando a corrente aumenta para 30 A , se o campo permanece sem saturação; (b) O torque quando a corrente aumenta para 50 A e este aumento produz 60% de acréscimo no fluxo. Solução: 2 akIT = (a) 2 25 )25(66 kT A == 2 30 )30(kT A = Fazendo a relação entre os torques: 2 2 30 )30( )25(66 k k T A = mN T A .9530 = (b) mNIkT a .2110,1 6,1 . 25 50 .66 === φ mNT .211= 4-13 Características de Velocidade em Motores CC -Equação fundamental: φk rIVN aaa )(−= Fig. 4-11: Relação Carga-Velocidade para motores CC 4-13-1 Motor Shunt -Equação básica da velocidade: φφ k rIV k EN aaa f )( ' − == 4-14-2 Motor Série -Equação básica da velocidade: φk RrIVN saaa )( +−= - Como o fluxo do entreferro do campo série é proporcional a corrente da armadura: a saaa I RrIVkN )(' +−= - A equação acima nos dá indicação da característica carga-velocidade de um motor- série: • Se a carga é pequena resulta Ia é também pequena implicando numa velocidade elevada, sem carga portanto, a velocidade é excessivamente alta; • Por essa razão, o motor série tem que ser acoplado a uma carga, como em guindastes,elevadores ou serviço de tração em CC(trens); • A figura 4-11 mostra uma região tracejada onde os motores série não devem ser operados, cujas cargas são extremamente leves causando velocidades elevadas; 4-13-3 Motor Composto Cumulativo -Equação básica da velocidade: + +− = af saaa RrIVkN φφ )( - Com o aumento de carga, o fluxo produzido pelo campo série também aumenta, enquanto a fcem diminui )([ saaa RrIV +− ; -O resultado é que a velocidade cai numa razão mais elevada do que o motor shunt, como se vê na fig. 4-9; 4-13-4 Motor Composto Diferencial -Equação básica da velocidade: -Equação básica da velocidade: −+− = − = af saaa af RrIVkkEN φφφφ )( - Com o aumento de carga e de aI , o numerador da fração decresce umpouco mas o denominador decresce rapidamente; - A velocidade pode cair para carga leve e aumentar para correntes elevadas - Com o aumento de velocidade, a maioria das cargas aumenta automaticamente (pois maior trabalho é executado em velocidades mais elevadas) causando aumento na corrente, um decréscimo no fluxo total e uma velocidade mais elevada, produzindo assim mais carga; - Devido a essa instabilidade, o motor diferencial é raramente usado. - As curvas abaixo mostram a mesma máquina de CC operando no mesmo ponto de carga Fig. 4-12: Relação Torque e Velocidade com potência(carga) Exemplo 4-11: Um motor compost de 10 HP, 230 V,1250 rpmtem uma resistência de armadura de 0,25 Ω, um entrlamento combinado de compensação e interpolos com resistência de 0,25Ω e uma queda de tensão nas escovas de 5 V. A resistência do campo série é de 0,5 Ω e a resistência do campo shunt é 230Ω. Quando ligado como motor shunt, a corrente de linhana situação nominal é 55 A e a corrente de linha a vazio é 4 A. A velocidade sem carga é de 1810 rpm. Desprezando a reação da armadura na tensão especificada,calcule: (a) A velocidade para a carga nominal; (b) Potência interna em W e HP Solução: a) • Motor shunt sem carga: - cálculo da corrente de campo shunt : V V R V I s L f 1230 230 = Ω == ; - cálculo da corrente de armadura shunt : fLa III −= A I a 314 =−= • Motor composto sem carga - cálculo da fcem cE : )( .escaaac vrIVE ∆+−= ⇒=+−= V Ec 223)55,0.3(230 numa velocidade de 1810 rpm(vazio) • Motor composto com carga: - A R VI s L f 1== - A III fLa 54155 =−=−= - cálculo da fcem cE : ⇒=+=∆+−= V vrIVE escaaac 198)55,0.54(230)( . plena carga - cálculo da velocidade: - regra de três simples, trabalhando na parte linear da curva: rpm Nc 16005,223 198 .1810 == b) W IEP acd 1070054.198 === HP W W HPPd 35,14746 10700)( == 4-14 Regulação de Velocidade no Motor - A regulação de velocidade de um motor é definida como a variação desde a plena carga até a situação de carga nula, expressa em porcentagem da velocidade nominal; - Se um motor puder manter uma velocidade praticamente constante para diferentes cargas, diz-se que o motor apresenta uma boa regulação de velocidade; - A regulação de velocidade(RV(%) de um motor é a diferença entre a velocidade do motor sem carga(NSC) e a velocidade do motor com carga máxima (NCMAX) e é expressa como uma porcentagem do valor com carga máxima (ou velocidade nominal): 100.(%) SC CMAXSC V N NNR −= 4-16 Torque Externo, HP e Velocidade Nominal - Seja F igual à força útil desenvolvida por todos os condutores da aramdura, produzindo torque eletromagnético; - r é o raio da armadura em metros; -n é o número de revoluções por segundo; - t é o tempo(segundos) para a armadura girar n vezes. - O trabalho realizado por revolução da armadura é: )(2.. joulesr FdFW pi== ; - A potência é dada por: )(.2. Wattsn t r F t WP pi== ; - Como rFT .= e a velocidade é t nN = ;(N dado em rps) )(2 WN T t WP pi== 746 2 TNHP pi= A partir dos valores calculados de velocidade nominal e da potência interna no Exemplo , calcule: (a) O torque interno; (b) O torque externo quando temos os HP e velocidades nominais dados pelo Exemplo (c) Leve em contas as diferenças. Solução: a) mN N T rpsrpmN W P in d .88,63 67,262 746.35,14 2 746.35,14 67,261600 35,14 === == = pipi (torque interno na armadura) b) mN N T rpsrpmN HPP ext d .57 83,202 746.10 2 746.10 83,201250 10 === == = pipi (torque no eixo da polia) HP interno são desenvolvidos como resultado do torque eletromagnético produzido por conversão eletromecânica.Parte da energia mecânica interna é usada para vencer as perdas mecânicas do motor, reduzindo o torque disponível no eixo para realização de trabalho. Bibliografia -Máquinas Elétricas e Transformadores Autor : Irving Kosow - Máquinas Elétricas Autores:A.E.Fitzgerald , Stephen Umans e Charles Kingsley -Eletromecânica Autor: Aurio Falcone Nome do arquivo: MÓDULO 4 - Torque em Máquinas CC -Motores Diretório: D:\UNIP\aula preparada\Máquinas Elétricas\MAQ-WORD Modelo: C:\Users\MACIEL\AppData\Roaming\Microsoft\Modelos \Normal.dotm Título: MÁQUINAS DE CORRENTE CONTÍNUA Assunto: MÓDULO 4 Torque em Máquinas CC - Motores de Corrente Contínua Autor: Professor MACIEL Palavras-chave: Comentários: Data de criação: 18/04/2013 17:56:00 Número de alterações: 66 Última gravação: 16/03/2014 13:15:00 Salvo por: MACIEL Tempo total de edição: 9.766 Minutos Última impressão: 16/03/2014 13:15:00 Como a última impressão Número de páginas: 28 Número de palavras: 3.926 (aprox.) Número de caracteres: 21.204 (aprox.)
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