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Bioetica na medicina veterinaria Introdução A Bioética tem como objetivo facilitar o enfrentamento das questões éticas/bioéticas que surgirão na vida profissional; O início da Bioética se deu no começo da década de 1970, com a publicação de duas obras muito importantes de um pesquisador e professor norte-americano da área de oncologia : Van Rensselaer Potter. (Artigo “Bioethics, the science of survival” (1970) difundido no livro “Bioethics, bridge to the future” (1971)). Conceito Ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida”. “Visa identificar os valores de referência racionalmente proponíveis e denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001). Necessita ser estudada por meio de uma metodologia interdisciplinar. Segundo a Encyclopedia of Bioethics : A Bioética é “o estudo sistemático da conduta humana na área das ciências da vida e dos cuidados da saúde, na medida em que esta conduta é examinada à luz dos valores e princípios morais”. Princípios básicos da Bioética: Alguns princípios básicos compõem a sua estrutura reguladora da Bioética. Em 1977, a National Commission for the Protection of Human Subjects of Biomedical and Behavioral Research, criada pelo Congresso dos Estados Unidos, iniciou suas reuniões, teve que elaborar alguns princípios gerais que permitissem resolver os casos apresentados e que, ao mesmo tempo, fossem aceitos pela maioria. Esses princípios constituem uma parte do conhecido Belmont Report, publicado pela Comissão em 1978. Princípios de autonomia Princípio do respeito às pessoas: sejam autônomas, quer na sua escolha, quer nos seus atos. Respeito à vontade do paciente ou do seu representante, assim como seus valores morais e crenças. Reconhece o domínio do paciente sobre a própria vida e o respeito à sua intimidade. Limita a intromissão dos outros indivíduos no mundo da pessoa que esteja em tratamento; Os fundamentos filosóficos desse princípio podem ser encontrados, entre outros autores, em Locke, Kant e J. S. Mill. De acordo com esse princípio, as pessoas têm “liberdade de decisão” sobre sua vida. A autonomia é a capacidade de autodeterminação de uma pessoa, ou seja, o quanto ela pode gerenciar sua própria vontade, livre da influência de outras pessoas. Princípio da beneficência/não maleficência Se ocupa da procura do bem-estar e interesses do paciente por intermédio da ciência médica e de seus representantes ou agentes. Fundamenta-se nele a imagem do médico que perdurou ao longo da história, e que está fundada na tradição hipocrática: “usarei o tratamento para o bem dos enfermos, segundo minha capacidade e juízo, mas nunca para fazer o mal e a injustiça”;“no que diz respeito às doenças, criar o hábito de duas coisas: socorrer, ou, ao menos não causar danos.. O benefício (e o não malefício) do paciente (e da sociedade) sempre foi a principal razão do exercício das profissões que envolvem a saúde das pessoas (física ou psicológica). Sempre que o profissional propuser um tratamento a um paciente, ele deverá reconhecer a dignidade do paciente e considerá-lo em sua totalidade (todas as dimensões devem ser consideradas: física, psicológica, social, espiritual). Visa oferecer o melhor tratamento ao seu paciente, tanto no que diz respeito à técnica quanto no que se refere ao reconhecimento das necessidades físicas, psicológicas ou sociais do paciente. Um profissional deve, acima de tudo, desejar o melhor para o seu paciente, para restabelecer sua saúde, para prevenir um agravo, ou para promover sua saúde. Princípio da justiça Eqüidade na distribuição de bens e benefícios no que se refere ao exercício da medicina ou área da saúde. Um indivíduo é vítima de uma injustiça quando lhe é negado um bem ao qual tem direito e que, portanto, lhe é devido. Para a fundamentação filosófica do princípio da justiça podem ser utilizados diversos autores, merecendo ser destacados Aristóteles e John Rawls. Este se refere à igualdade de tratamento e à justa distribuição das verbas do Estado para a saúde, a pesquisa etc. Conclusão Formação de profissionais responsáveis pela saúde e bem estar dos animais. Relações humanas. As práticas de experimentação animal devem estar baseadas em princípios bioéticos, seja para impor limites de dor e sofrimento, como para fiscalizar instalações e procedimentos. É o respeito à vida, o biocentrismo, o referencial para as ações do homem, daí a Bioética e as preocupações com o Bem- Estar Animal.
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