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1 Educação Especial inclusiva INCLUSÃO “Incluir: do latim includere – abranger, compreender, envolver Excluir: do latim excludere INCLUSÃO: EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA TODOS 2 Educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir do processo de democratização da escola, se evidencia o paradoxo inclusão/exclusão quando os sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo indivíduos e grupos considerados fora dos padrões homogeneizadores da escola Inclusão ou exclusão? A educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade. Levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. A Constituição Federal de 1988 - Define, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No artigo 206 estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante, como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). O ECA, Lei nº 8.069/90, no artigo 55 define: os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos na rede regular de ensino” . a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994) passam a influenciar a formulação das políticas públicas da educação inclusiva. 9 “Declaração de Salamanca” “As escolas regulares seguindo esta orientação inclusiva, constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos(...)” ( UNESCO, 1994) PRINCIPAIS IDEIAS-FORÇA PROCLAMADAS NA DECLARAÇÃO DE SALAMANCA Direito à educação de todos os indivíduos; Igualdade de oportunidades para as pessoas com deficiência; Promoção do acesso à educação para a maioria das pessoas que apresentam NEE e que ainda não foram por ela abrangidos. Em 1994, é publicada a Política Nacional de Educação Especial, orientando o processo de “integração instrucional” que condiciona o acesso às classes comuns do ensino regular àqueles que “(...) possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos normais” (p.19). Ao estabelecer padrões homogêneos de participação e aprendizagem, a Política não provoca uma reformulação das práticas educacionais. LDB LEI 9394/96- CAPÍTULO V Art. 58 – Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, no artigo 59, preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades; Assegura a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências; Assegura a aceleração de estudos aos superdotados para conclusão do programa escolar. II – MARCOS HISTÓRICOS E NORMATIVOS Em 2004, o Ministério Público Federal publica o documento O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular, com o objetivo de disseminar os conceitos e diretrizes mundiais para a inclusão, reafirmando o direito e os benefícios da escolarização de alunos com e sem deficiência nas turmas comuns do ensino regular. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela ONU em 2006 (Art.24) estabelece que os Estados-Partes devem assegurar um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social compatível com a meta da plena participação e inclusão. OBJETIVO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Visa garantir: • Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior; • Atendimento educacional especializado; • Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino; • Formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar; V – ALUNOS ATENDIDOS PELA EDUCAÇÃO ESPECIAL Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientando para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos. CONCEITUAÇÃO Deficiência: perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, temporária ou permanente. Incapacidade: restrição, resultante de uma deficiência, da habilidade para desempenhar uma atividade considerada normal para o ser humano. Desvantagem: prejuízo para o indivíduo, resultante de uma deficiência ou uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho de papéis de acordo com a idade, sexo, fatores sociais e culturais. 18 CONCEITUAÇÃO Deficiência: 1-DA LINGUAGEM-AUDIÇÃO-VISÃO 2-MÚSCULO-ESQUELÉTICA (FÍSICA) 3-INTELECTUAL-(MENTAL) Incapacidade: 1-DE FALAR, OUVIR(COMUNICAÇÃO)- VER. 2-DE ANDAR-VESTIR-ALIMENTAR-HIGIENE PESSOAL DE APRENDER, PERCEBER, MEMORIZAR, RELACIONAR-SE, DE TER CONSCIÊNCIA. Desvantagem: 1-NA ORIENTAÇÃO. 2-NA INDEP.FÍSICA- NA MOBILIDADE, 3-NA CAPACIDADE OCUPACIONAL, NA INTEGRAÇÃO SOCIAL. 19 A educação inclusiva pressupõe que todas as crianças devem aprender juntas, independentemente de suas condições pessoais, sociais ou que possuem potenciais diferentes, abrangendo aquelas que apresentam algum tipo de deficiência (ANDRADE; BISPO, 2010) CONCEITUAÇÃO Autonomia É a condição de domínio do ambiente físico e social, preservando ao máximo a privacidade e a dignidade de quem a exerce. Daqui sai os conceitos de autonomia física e autonomia social. Exemplos: rampas nas calçadas, cadeira de rodas. O grau de autonomia resulta da relação entre o nível de prontidão físico-social do portador de deficiência e a realidade de um ambiente físico-social. (Sassaki, 1997) 21 CONCEITUAÇÃO Independência Capacidade “de decidir sem depender de outras pessoas, tais como: membros da família ou profissionais especializados”. A pessoa deficiente pode ser mais independente ou menos independente, e isso vai depender da sua auto determinação e/ou prontidão para tomar decisões numa situação. Ambas podem ser aprendidas e/ou desenvolvidas. 22 EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO: A Inclusão é a modificação da sociedade como pré-requisito para que a pessoa com necessidades especiais possa buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania. (Sassaki, 1997) 23 24 O conceito da educação inclusiva pode ser definido como “o desenvolvimento de uma educação apropriada e de alta qualidade para alunos com necessidades especiaisna escola regular”.(Hegarty,1994) 25 OS DILEMAS DA INCLUSÃO Norwich(1993) apresentou quatro dilemas principais: O dilema do currículo comum: um aluno com graves problemas de aprendizagem deve aprender os mesmos conteúdos diferentes dos seus colegas? O dilema da identificação: a identificação dos alunos com NEE ajuda-os ou, pelo contrário, marca-os negativamente? ESCOLA INCLUSIVA Cada municipio organize para: 1.Identificar o perfil de seu alunado; 2.Identificar o conjunto das necessidades educacionais presentes nesse conjunto; 3.Desenvolver experiências piloto para aprendizagem; 4.Desenvolver um projeto pedagógico condizente com os resultados dessas avaliações 27 ESCOLA INCLUSIVA Necessidade das Seguintes Modificações • Qualificação das equipes de apoio especializado; • Qualificação do pessoal docente com investimento em nível de graduação e especialização; • Estrutura curricular com métodos, técnicas e recursos educativos; • Treinamento para lidar com a estruturação e organização curricular e com técnicas especializadas; • Instrumentalização das escolas para o uso de novos recursos educativos. 28 A ESCOLA INCLUSIVA REQUER: • Sistema de colaboração e cooperação nas relações sociais, formando uma rede de auto-ajuda na escola; • Estabelecimento de uma infra-estrutura de serviços; • Parceria com os pais; • Ambientes educacionais flexíveis; • Estratégias educativas com base em pesquisas; • Facilitação do acesso físico dos portadores de deficiência; 29 A ESCOLA INCLUSIVA REQUER: • Condições adequadas de trabalho para a equipe técnica dedicada ao projeto de inclusão; • Assistência às escolas para obter os recursos necessários à implementação do projeto; • Auxílio na criação de novas formas de estruturação do processo de ensino-aprendizagem, direcionadas às necessidades dos alunos; • Fornecimento de informações apropriadas a respeito das dificuldades da criança, de seus processos de aprendizagem e de seu desenvolvimento social e individual aos professores da classe comum; 30 A ESCOLA INCLUSIVA REQUER: • Compreensão, por parte dos professores, da necessidade de ir além dos limites que as crianças se colocam, no sentido de levá-las a alcançar o máximo de suas potencialidades; • Oferecimento de novas alternativas aos professores, no sentido de implementar formas mais adequadas de trabalho. 31 A Inclusão é um processo: -de transformações, pequenas e grandes; -Ambientes Físicos; -Mentalidade das pessoas; -Da própria pessoa com necessidades especiais; ACESSIBILIDADE 32 PARA RELETIR.... Embora se verifique a existência de legislação que beneficia e apóia o ensino da educação especial sob a ótica inclusiva, ao mesmo tempo também, observa-se o não cumprimento da mesma, permanecendo em uma situação excludente, os alunos com necessidades educacionais. AND RÉI A
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