Buscar

Aula - Aspectos Psicológicos da gestação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO – PERCEPÇÃO MATERNA, PAPEL DOS PAIS E 
DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Antigamente (anterior ao Iluminismo)
-Parteiras quem cuidava das mulheres -> relacionada com a figura de bruxa 
Pós-iluminismo
Houve muita evolução na medicina – mas livros foram escritos com base na visão do homem – 
tratando a mulher como algo “frágil”
ASPECTOS
-Biológico: formação do ser, placenta
-Psicológico: emoção está relacionada com o biológico
-Social: pessoas ao redor influenciam a gestação. Ex: cultura do medo do parto normal
-Econômico: dependendo das condições, a mulher vai ter condição de buscar uma ajuda mais 
especializada, ter uma alimentação melhor, fazer cesária ou parto normal.
-Cultural: gestante é vista de diferente forma em determinada cultura. Ex: mulher é vista como
doente.
-Espiritual: Busca pessoal por sentido para a vida. Muito relacionada com questões religiosas. 
Ex: vidas passadas, de onde vêm essa pessoa, quando a vida começa?
FASES DE “ESTAR GESTANTE”
Pré concepção -> Gravidez -> Parto -> Puerpério
PRÉ CONCEPÇÃO – PLANEJAMENTO DA GESTAÇÃO
-60% das gestações não são planejadas
-20% das gestações acontecem na população com menos de 25 anos
>GRAVIDEZ NA GRAVIDEZ
-Preparo físico e emocional
-Mudanças corporais
-Apoio social
-Medos
-Intercorrências clínicas
>INFERTILIDADE
-Deseja ter filhos mas se depara com uma impossibilidade nesse processo -> produz uma 
ampla gama de sentimentos, tais como:
 Medo
 Ansiedade 
 Tristeza
 Frustração
 Desvalia – aumento da insatisfação pessoal
 Vergonha
-A situação de infertilidade é capaz de:
 Provocar efeitos devastadores tanto na esfera individual como conjugal
 Desestabilizar as relações do sujeito com seu entorno social
 Podendo ocasionar um decréscimo na qualidade de vida
GESTAÇÃO
-Mudanças fisiológicas e psicológicas
>1° TRIMESTRE
-Estágio de medo, de ansiedade e no caso de mulheres que não queriam engravidar, até de 
desgosto.
>2° TRIMESTRE
-Passivo, mais tranquilo, já aceitou que o bebê vai nascer e ele começa a se mexer
>3° TRIMESTRE
-Volta o medo -> medo do parto, medo de não conseguir ser uma boa mãe
Durante todo o processo da gestação a mulher tem um amadurecimento e construção mais 
intensa do que os homens.
>PROCESSO DE GESTAÇÃO
-1° Mês
Ainda nem se sabe que está grávida – fase prazerosa em que os casais transam bastante para 
ter o filho.
-2° Mês
Descobre que se está grávida – muita ansiedade – medo – incertezas
-3° Mês
Já vê o coração batendo – tem como ver o bebê – barriga não cresce muito – fase de 
descoberta – medo do aborto espontâneo
-4° Mês
Descobre o sexo do bebê – individualidade do bebê – dá nome
-5° Mês
Bebê começa a crescer – se meche – pessoas conseguem senti-lo – barriga cresce
-6° Mês
Mês mais tranquilo do desenvolvimento com bebê – construção de vínculo com o bebê (falar 
com bebê, cantar, contar história) – bebê responde aos estímulos – crescimento 
-7° Mês
Terminando decoração do quarto do bebê – construção do que vem depois que o bebê nascer 
– criação de vínculo
-8° Mês
Criação de vínculos – participação de grupos – aprendizado sobre como será a educação dessa 
criança
-9° Mês
Período de mudança – aparece estrias, Melasma, tudo vai ficando inchado -> aumenta a 
ansiedade e o medo – momento de muito estresse – tem que ter trabalhado a construção 
emocional do parir – trabalhar as incertezas
Mulher quer ter o controle – mas não tem como ter – importante ter trabalhado aspectos 
psicológicos
>PARTO
Agora vai ter que sair, me planejei para isso?
-Medo (cultura)
-Preparo do casal -> e de toda a família
-Dor x sofrimento – ter dor é diferente de sofrer
-Forma de nascer
→ Forma de nascer no Hospital Público:
→ Outra forma de assistir ao parto (Particular):
Os dois partos possuem aspectos emocionais totalmente diferentes.
PUERPÉRIO 
Negligência Puerperal -> após o parto a mulher deixa de ser importante e quem vai ser 
importante agora vai ser o bebê -> por todo o processo da gravidez a mulher tem atenção, 
diversas consultas e cuidado – quando o bebê nasce essa atenção muda drasticamente.
->TRISTEZA PÓS-PARTO
-Em torno de 50% até 85% de mulheres no pós-parto – nos primeiros 15 dias – as mulheres 
experimentam uma alteração emocional intensa, de tristeza, desanimo, desvalia.
-É uma fase fisiológica – transitória
-Forma mais leve dos quadros depressivos puerperais
-Começa nos primeiros 2 a 4 dias pós-parto
-Pico entre os dias 5 e 7
-80% dos casos resolvem-se em duas semanas
-20% evoluem para depressão pós-parto -> é importante acolher essa mulher
MOMENTO: não dorme, peitos inchados, bebê não para de chorar, cansaço, dor, pais e família 
pouco participativa -> intensa carga fisiológica muito pesada -> não consegue dormir, não faz 
necessidades e nem ao menos têm o direito de comer adequadamente-> mudança na 
serotonina e hormonal -> retorno aos processos normais fisiológicos 
-É importante acolher essa mulher – ela não precisa estar 100% do tempo com bebê – precisa 
sair e ter uma vida – responsabilidade familiar
>Sintomas:
 Choro fácil
 Labilidade emocional
 Insônia
 Irritabilidade
 Ansiedade
 Sentimentos de inadequação
>Tratamento
 Apoio
 Tranquilização
 Monitoramento clínico
 Por não estar associada ao comprometimento do funcionamento da puérpera e por 
ser transitório, não há necessidade de um tratamento específico.
->DEPRESSÃO PÓS-PARTO
-Sintomas que persistem por mais de duas semanas sugerem a evolução para uma depressão 
maior.
 Começa geralmente até 6 semanas do puerpério
 Pode surgir meses após o parto (3 primeiros meses são os mais críticos)
-10 a 15% das mães apresentam sintomas:
 Sintomas depressivos menores são mais comuns
-Fatores de risco
 Presença de depressão ou ansiedade patológica durante a gestação (principal)
 Episódios depressivos no passado
 Complicações obstétricas durante a gestação
 Hospitalização durante a gestação
 Alterações fetais (natimorto, malformações)
 Trabalho de parto traumático
 Ausência de apoio social
-Quadro clínico
 Semelhante ao das não grávidas -> depressão
 Maior frequência de obsessões com conteúdo de agressão aos bebês
 Humor lábil
 Sintomas de ansiedade
-Tratamento
 O não tratamento pode comprometer o cuidado com o recém nascido e também 
aumentar risco de suicídio materno.
 Medidas não farmacológicas
-Aumento do suporte social
-Envolvimento familiar e conjugal
-Exercício físico
-Psicoterapia (TCC e T. interpessoal)
-Tratamento farmacológico
 Sertralina
 Paroxetina
 Nortriptilina
 Fluvoxamina
 Evitar fluoxetina!
-Abordagens psicológicas que incluam mães e pais nas sessões e que os orientem no manejo 
dos comportamentos dos bebês e nos ajustes na relação afetiva após a chegada do filho, têm 
se mostrado eficazes na prevenção de problemas de saúde mental no pós-parto em mulheres 
sem história de doença mental.
PSICOSE PUERPERAL
-É uma emergência psiquiátrica – a mãe pode matar o bebê ou se matar
-Quadros graves de início precoce
 Primeiras 3 semanas pós-parto
 Geralmente entre as primeiras 48 e 72 horas
-Presente em 0,1 a 0,2% das parturientes -> raro
-Pródromos
 Inquietação
 Irritabilidade
 Alteração de sono
-Quadro clínico psicótico
 Humor depressivo ou eufórico
 Comportamento desorganizado
 Labilidade emocional
 Delírios e alucinações
 Quadros confusionais
 Deve ser descartado patologia orgânica (eclampsia, encefalites, tireoidopatidas..)

Outros materiais